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Exercícios de fixação – Analise cada frase, informe se o uso do subjuntivo está certo ou

errado, justifique sua afirmação (seja ela qual for) e corrija a sentença quando
necessário.

1. Magdá, toda trêmula e exausta de forças já no tope da pedreira, defrontou com o


pavoroso abismo que se precipitava debaixo de seus pés, soltou um grito rápido, fechou
os olhos, e teria caído para trás, se o Conselheiro não lhe acode tão a tempo.

Incorreta. Foi empregado “acode”, presente do indicativo, quando a correlação usual


com as demais formas verbais exigiria o pretérito imperfeito do subjuntivo, “acudisse”.

2. Todo aquele que perseguir um animal que esteja amamentando corre o risco de ver o
Diabo.

Incorreta. A correlação de modos e tempos exige, na forma culta, o futuro do subjuntivo


(estiver) e o futuro do presente do modo indicativo (correrá).

3. A conscientização da população brasileira é fundamental para a construção de uma


República efetivamente democrática, em que os eleitores tenham plena ciência da
repercussão das decisões tomadas pelos seus representantes.

Correta. O uso do modo subjuntivo em “tenham” remete à possibilidade de uma


“República” efetivamente democrática.

4. Se lêssemos os jornais e revistas de hoje com espírito crítico apurado pela dúvida,
mais complexos acabariam por se revelar aqueles fatos que julgávamos tão cristalinos.

Correta. A primeira oração, subordinada adverbial condicional, apresenta a forma verbal


no pretérito imperfeito do subjuntivo, o que empresta ao verbo “ler” a ideia de ação
hipotética, condicionada a outra que vai estar na oração a que ela se subordina. Ora, o
verbo dessa oração, deve ficar no futuro do pretérito, tempo verbal que torna a ação
futura dependente de um pretérito condicionador.

5. O presidente Lula sugere que Walfrido e Agnelo ficam.

Depende. O verbo “sugerir” possui mais de um sentido. O mais usual - que indica
“aconselhamento”, “proposição” – exigiria o verbo “ficar” no presente do subjuntivo
(“que fiquem”). Entretanto, o sentido produzido nas relações entre as palavras que
compõem o enunciado e dessas com a posição de autoridade de quem insinuou – o
Presidente da República - indica “sugerir” no sentido de “dar a entender”, “insinuar”, o
que exige o verbo “ficar” no presente do indicativo.

6. Quem pusesse os pés nos trilhos ficava ali grudado e seria esmagado facilmente pelo
bonde. Precisava pular.

Incorreto. Na linguagem formal, o imperfeito do subjuntivo ("pusesse") é compatível


com o futuro do pretérito do indicativo. Assim, as formas corretas seriam "ficaria ali
grudado" e "Precisaria pular".
7. Conhecer profundamente os negócios de nossos clientes é só o primeiro passo que
permite que oferecêssemos sempre respostas mais rápidas, proporcionássemos decisões
mais assertivas e alcançássemos melhores resultados.

Incorreto. Para manter a correlação verbal, é necessário que os verbos “oferecer”,


“proporcionar” e “alcançar” estejam no presente do subjuntivo, indicando possibilidade,
em função da forma verbal “permite” (presente do indicativo) da oração anterior. Fica,
então, assim: Conhecer profundamente os negócios de nossos clientes é só o primeiro
passo que permite que ofereçamos sempre respostas mais rápidas, proporcionemos
decisões mais assertivas e alcancemos melhores resultados.

8. Teoricamente, quem estiver abaixo da linha de indigência não terá conseguido sequer
sobreviver.

Incorreto. O tempo composto “terá conseguido” indica uma ação futura, mas que ocorre
antes de outra ação também futura, o que no trecho acima fica incoerente. Pela lógica,
primeiro a pessoa atinge a linha de indigência para depois não conseguir sobreviver,
portanto, na segunda oração, o adequado seria o tempo simples “conseguirá”:
Teoricamente, quem estiver abaixo da linha de indigência não terá conseguido
conseguirá sequer sobreviver.

9. Não há um limite que estabelece até quando o apego a bichos de estimação é normal
ou não.

Correta. A forma verbal “estabelece” está se referindo a um fato real (modo indicativo),
a forma “estabeleça” faria referência a um fato hipotético, por estar no modo subjuntivo.

10. Quando Estela descer da carruagem, poderia acontecer-lhe uma desgraça se o


cocheiro não dispuser adequadamente o estribo.

Incorreta. Como o verbo da primeira oração está no futuro do subjuntivo ("Quando


Estela descer"), o verbo da principal deverá ir para o futuro do presente (poderá) e não
para o futuro do pretérito ("poderia"). Com a correlação verbal corrigida, a frase fica
assim: Quando Estela descer da carruagem, poderá acontecer-lhe uma desgraça se o
cocheiro não dispuser adequadamente o estribo.

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