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ENG1127

Projeto Integrado 1

Relatório – Sprint 03
2120176 Eric Ferreira dos Santos Carneiro Professor:

2110255 Joana da Matta Furtado Ferreira André Fregolente

2111502 João Victor Magalhães Simão

2020492 Lucas Turbay Rangel Calixto Monitores:

2120646 Marcele de Brito Seixas Carlos Eduardo Garcia

2110446 Mariana Teles de Carvalho Felipe Calmon Lucas

2112142 Nicole Souza Dantas Munro de Lima Netto Guilherme Uram

Rafael Lavatori Bastos

Rio de Janeiro
Novembro de 2021

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RESUMO

Esse trabalho tem como objetivo desenvolver uma empresa hipotética de


inovação em elevadores, com ênfase em sustentabilidade, traçando desde seu
planejamento estratégico, modelo de negócio, sua localização e seus serviços até
sua viabilidade econômica.
Para desenvolver um modelo de negócios que abrange todos os âmbitos
necessários para fundação da companhia foi utilizada a ferramenta Canvas,
proposta por Alexander Osterwalder. As diferentes inovações oferecidas como
serviço pela companhia foram propostas a partir de pesquisas bibliográficas, assim
como o referencial teórico, norteados pelas aulas teóricas e de acordo com as
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
O resultado alcançado pelo trabalho é uma empresa factível, com um nicho
ainda pouco explorado no mercado, e com alto potencial de investimento e
lucratividade e viabilidade econômica favorável.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 2.1 - Representação dos componentes do elevador………………………….. 13

Figura 2.2 - Sistema regenerativo em elevadores……………………………………... 20

Figura 3.1 - Logo da companhia…………………………………………………………. 28

Figura 3.2 - Modelo de negócio………………………………………………………….. 29

Figura 3.3 - Cinta de aço revestida com poliuretano…………………………………... 37

Figura 3.4 - Modelos de iluminação de Led para elevadores……………………….... 41

Figura 3.5 - Transição horizontal entre os poços do elevador…………………...…....49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Vantagens e desvantagens da iluminação fornecida pela Up & Co….. 41

Tabela 3.2 - Custo dos colaboradores………….……………………………………...... 44

Tabela 3.3 - Preço das assinaturas…………………………………………………..….. 46

Tabela 3.4 - Preço das modernizações e manutenções únicas….…………………... 46

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SUMÁRIO

RESUMO……………………………………………………………………………………...2

LISTA DE ILUSTRAÇÕES………………………………………………………………….3

LISTA DE TABELAS……………………………………………………………………….. 4

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….8

2. REFERENCIAL TEÓRICO……………………………………………………………..10

2.1 Tipos e sistemas de elevadores……………………………………...…………....10

2.1.1 Elevadores hidráulicos……………………………………………………....10

2.1.2 Elevadores elétricos……………………………………………………….... 11

2.1.3 Elevadores sem casa de máquina………………………………………....11

2.1.4 Elevadores a vácuo…………………………………………………………. 12

2.1.5 Funcionamento e principais mecanismos………………………………... 12

2.2 Gestão de Requisitos……………………………………………………………….. 15

2.3 Missão, visão e valores…………………………………………………..………….16

2.4 Modelo de negócios………………………………………………………..………...16

2.5 Regulamentação e normalização………………………………………..………... 17

2.6 Inovação e sustentabilidade……………………………………………..………… 17

2.6.1 Materiais……………………………………………………………………....18

2.6.2 Painéis solares……………………………………………………………....18

2.6.3 Frenagem dinâmica de elevador…………………………………………...19

2.6.4 Sistema de frenagem regenerativa………………………………………...19

2.6.5 Maquinário eficiente e consumo de energia……………………………... 20

2.7 Custos industriais………………………………..………………………………….. 22

2.7.1 Valor Presente Líquido……………………………………………………... 23

2.7.2 Taxa Interna de Retorno……………………………………………………. 24

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2.7.3 Payback……………………………………………………………………….24

2.8 Tendências futuras…………………………………………………………………...25

3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO……………………………………………….. 28

3.1 MVV (missão, valores, visão)............................................................................ 28

3.2 Modelo de Negócios………………………………………………………………….29

3.2.1 Propostas de valor………………………………………………………….. 30

3.2.2 Atividades chave……………………………………………………………. 31

3.2.3 Recursos chave……………………………………………………………... 31

3.2.4 Canais………………………………………………………………………... 32

3.2.5 Segmento de clientes………………………………………………………..33

3.2.6 Relacionamento com o cliente…………………………………………….. 34

3.2.7 Estrutura de custos…………………………………………………………..34

3.2.8 Rede de parceiros…………………………………………………………... 34

3.2.9 Fontes de receita……………………………………………………………. 35

3.3 Requisitos de regulamentação e normalização…………………………….….. 36

3.4 Inovação e Sustentabilidade………………………………………………………..37

3.4.1 Cinta de aço revestida com poliuretano…………………………………...37

3.4.2. Sistema de frenagem regenerativa………………………………………..38

3.4.3 Máquina de tração com ímãs permanentes……………………………....40

3.4.4 Iluminação de Led………………………………………………………….. 40

3.4.5 Painéis solares……………………………………………………………....42

3.5 Custos Industriais…………………………………………………………………….42

3.5.1 Detalhes da fábrica…………………………………………………………..42

3.5.2 Custo dos colaboradores…………………………………………………... 43

3.5.3 Custos de fábrica……………………………………………………………. 44

3.5.4 Outros custos e custos finais………………………………………………. 45

3.5.5 Receita fixa…………………………………………………………………... 46

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3.5.6 Receita variável……………………………………………………………... 46

3.5.7 Receitas totais………………………………………………………………..47

3.5.8 Viabilidade econômica……………………………………………………....48

3.6 Tendências futuras…………………………………………………………………...48

3.6.1 Aplicação de IOT em elevadores e a tecnologia 5G……………………. 48

3.6.2 Elevadores sem cabo………………………………………………………. 49

3.6.3 Uso de turbinas eólicas para geração de energia………………………..50

3.6.4 Expansão de fábricas sustentáveis……………………………………….. 51

CONCLUSÃO…………………………………………………………………………….... 52

BIBLIOGRAFIA……………………………………………………………………………. 53

APÊNDICE…………………………………………………………………………………. 65

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1. INTRODUÇÃO

No fim do século XVIII, Thomas Malthus escreveu An Essay on the Principle


of Populations (Um Ensaio acerca do Princípio das Populações), comumente
apontado como um dos livros mais influentes da época, em que expressa sua
preocupação com o crescimento populacional e a disponibilidade dos recursos
consumidos (ROGERS; JALAL; BOYD, 2012). O passar dos séculos, como
complementam Rogers, Jalal e Boyd (2012), se encarregou de falsear as previsões
catastróficas feitas naquele ensaio e muitos outros que o seguiram mas, ainda
assim, a teoria malthusiana providencia aos governos e à sociedade um importante
lembrete: a continuidade do consumo desmedido dos recursos naturais pode, cedo
ou tarde, colocar a humanidade em risco. Nesse sentido, pesquisadores sociais e
ambientalistas passaram a discutir caminhos que pudessem viabilizar o
crescimento da população humana e o desenvolvimento do corpo social de forma
que os impactos ao meio ambiente pudessem ser mensurados e minimizados.
Com isso, e aproximando o debate às décadas recentes, a partir do
documento publicado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento intitulado Relatório de Brundtland, a ideia de desenvolvimento
sustentável - em essência, iniciativas capazes de atender às necessidades do
presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações atenderem às suas
próprias necessidades - torna-se, segundo Adams et al. (2016), amplamente
conhecida e torna-se parte do processo de tomada de decisão feito por empresas,
governos e cidadãos comuns. Já no século XXI, segundo Bethônico (2021), o
conceito de desenvolvimento sustentável passa a ser amparado por iniciativas
supranacionais, como a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas, e o
Acordo de Paris, um tratado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a
Mudança do Clima, que estipulam objetivos a partir do conceito de sustentabilidade
com a finalidade de torná-lo realidade. No meio corporativo, destaca Bethônico
(2021), iniciativas sustentáveis são agrupadas por uma sigla: ESG - Environmental,

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Social and corporate Governance (ASG - melhores práticas Ambientais, Sociais e
de Governança corporativa, em tradução livre) e refletem o compromisso das
empresas à altura da relevância do tema.
Em meio ao avanço do debate em favor da sustentabilidade e a passagem
dos séculos, o crescimento populacional catalisou a urbanização e a criação do
espaço urbano, que concentra a população em áreas menores e,
consequentemente, favorece a construção de edifícios (AL-KODMANY apud
BERNARD, 2015). Embora a maior parte das pessoas passe o dia a dia sem notar,
o elevador colabora diretamente com o modo de vida moderno, dado que são
usados para mais de 7 bilhões de viagens por dia, o que torna o elevador o meio de
transporte mais utilizado no mundo. Com isso, Al-Kodmany (2015) afirma que o
deslocamento vertical é um fator crítico para a sociedade, e por isso sua eficiência
é um dos assuntos centrais no que diz respeito à sustentabilidade dos edifícios, das
torres e dos arranha-céus que não param de crescer.
Nesse ínterim foi criada a Up & Co, uma empresa que visa atender à
demanda recente do mercado de elevadores, com o propósito de promover uma
ação responsável e consciente, respeitando o meio ambiente e seus recursos.
Nessa perspectiva, a Up & Co busca sua longevidade no mercado a partir da
inovação constante, atuando principalmente na modernização de elevadores,
atividade que contribui com o desenvolvimento sustentável a partir da remoção de
equipamentos antigos e ineficientes para reciclagem de seus componentes e
implementação das tecnologias mais recentes que visam reduzir o consumo
energético - além de produzir energia limpa e renovável - e a geração de resíduos,
com uso de materiais duráveis capazes de aumentar a segurança e a confiabilidade
do elevador.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Essa sessão tem como objetivo oferecer embasamento teórico acerca dos
conceitos, normas e aspectos técnicos que circundam a empresa, seus projetos e
produtos.

2.1 Tipos e sistemas de elevadores

Os primeiros sistemas de elevadores datam ainda do século XIX, quando a


verticalização das construções se tornou mais popular, exigindo mecanismos que
pudessem facilitar a locomoção entre os pavimentos do edifício (PORTAL SÃO
FRANCISCO, 2021). Nos séculos seguintes a tecnologia foi aprimorada, ainda que
usando os mesmos princípios de funcionamento, e a seguir são descritos os
principais tipos de elevadores e seus sistemas.

2.1.1 Elevadores hidráulicos

Os elevadores hidráulicos são movidos a partir de um pistão localizado


dentro de um cilindro. Possuem também um motor responsável por bombear o óleo
hidráulico para deslocar o bastão e, assim, deslocar o elevador (5 PRINCIPAIS
TIPOS DE ELEVADORES, 2021).  Com isso, a casa de máquinas não se faz
necessária para o funcionamento do mecanismo, permitindo que seja instalado em
qualquer lugar, especialmente em lugares pequenos, além de tornar o sistema mais
viável economicamente por dispensar o uso de correias e consumir menos energia.
Cabe ressaltar também a maior resistência e durabilidade dos elevadores
hidráulicos em comparação com os modelos elétricos. Ademais, o sistema
hidráulico gera mais tranquilidade e segurança aos passageiros, pois em caso de
emergência os elevadores hidráulicos possuem um mecanismo que gera a
possibilidade de descida utilizando apenas a gravidade. Na falta de energia estes

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se alinham no piso térreo de forma automática (ELEVADORES HIDRÁULICOS,
2018).

2.1.2 Elevadores elétricos

Através de máquinas e motores elétricos, o elevador elétrico é tracionado


para subir e descer. Esse constitui basicamente cabos de tração e contrapeso,
guias, cabina com os comandos internos e uma fiação que interliga a cabina e o
quadro de comando na casa de máquinas. Além disso, a facilidade na manutenção
é uma grande vantagem, em que não é necessário que a mesma seja realizada
com frequência, apenas quando ocorre algum acidente (ELEVADORES
ELÉTRICOS, 2020).
Dessa maneira, os acidentes nesse tipo de elevador são muito raros, pois o
cabo do sistema é feito de vários comprimentos de alumínio entrelaçados, sendo
assim, a estrutura é capaz de sustentar o peso do carro e o contrapeso. Além do
mais, os elevadores têm de 6 a 8 cabos, portanto, caso algum seja rompido, o
elevador possui outros capazes de manter o carro no seu lugar (MUNDO
MODERNO, 2021).

2.1.3 Elevadores sem casa de máquina

Nesse modelo de elevador, o quadro de comando é posicionado ao lado da


porta do último pavimento, a máquina é instalada dentro do poço do elevador,
apoiada nas guias (MODERNIZAÇÃO DO MUNDO MODERNO, 2020). Sendo
assim, não possui a necessidade de construir da casa de máquinas. 
Uma das vantagens é que sem a casa de máquinas, o espaço liberado pode
ser utilizado para outros fins, como exemplo, a construção de uma cobertura, ou até
adicionar outro andar no edifício. Ademais, os elevadores sem casa de máquina
possuem uma tecnologia regenerativa, isto é, possibilita que a energia
desperdiçada em sistemas tradicionais possa realimentar a rede elétrica do edifício

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e utilizá-la para alimentar outros elevadores. Assim ,esse tipo de elevador pode ter
maior durabilidade, redução de até 75% do consumo de energia, e transporte mais
tranquilo, comparado com elevadores tradicionais.(ELEVADORES..., 2020).

2.1.4 Elevadores a vácuo

Esse tipo de elevador possui um sistema que conta com válvulas localizadas
acima do elevador. Nesse sentido, essas são encarregadas de regular a pressão
pneumática geral e ao permitir que a pressão aumente, o elevador desce.
(DIFERENÇA ENTRE TIPOS DE ELEVADORES, 2019). Dessa forma, os
elevadores a vácuo não requerem casa de máquinas, óleo, engrenagens, nem
poço, o que facilita os processos de manutenção e montagem. 
Uma das maiores vantagens é o baixo consumo de energia, pois como
possui apenas um compressor para o ar entrar e sair, o consumo de energia é
bastante reduzido. Além disso, em caso de acidentes o elevador a vácuo possui um
sistema que inicia o processo de descida com a abertura das válvulas carregadas
por uma bateria de emergência, que fornece energia para funcionamento da
iluminação, do alarme e da ventilação, caso necessário. O mesmo possui ainda um
freio de emergência eletrônico e mecânico (ANJOS, 2021).

2.1.5 Funcionamento e principais mecanismos

De maneira simplificada, a máquina de tração proporciona, com o uso da


polia, o movimento de subida e descida da cabina e do contrapeso, que funcionam
em um equilíbrio de cargas (THYSSENKRUPP, 2020). A Figura 2.1 enumera e
ilustra os componentes.

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Figura 2.1: Representação dos componentes do elevador. 

Fonte: Portal São Francisco. 2021

Um elevador típico possui sistema com máquina de tração, seus principais


componentes são detalhados a seguir (ARBACHE, 2021):

● Casa de máquinas
Normalmente situada no topo do edifício, abriga a máquina de
tração e o quadro de comando. Alguns projetos, no entanto, visam
deslocamentos menores e buscam uma disposição mais
compacta do maquinário, dispensando a casa de máquinas;
● Caixa de corrida
Espaço do prédio formado pelas paredes, fundo do posso e teto,
onde se movimentam a cabina e o contrapeso;
● Guias
São fixadas em suportes de aço fixos em vigas na caixa de
corrida;
● Cabina

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É a parte responsável pelo transporte das pessoas ou da carga. A
cabina é montada sobre uma plataforma, em uma armação de aço
constituída por duas longarinas fixadas em cabeçotes.
O conjunto cabina, armação e plataforma denomina-se carro;
● Contrapeso
Armação metálica composta por dois cabeçotes e duas
longarinas, onde são fixados os pesos. Esse conjunto deve
possuir o mesmo peso do carro acrescido de 40 a 50% da
capacidade licenciada;
● Cabos de tração
Ligados ao carro e ao contrapeso e passando pela polia de
tração, são usados para subida e descida do carro do elevador;
● Máquina de tração 
É a combinação do motor, da polia de tração e do freio, atuando
na subida e descida da cabina.
O freio eletromecânico é capaz de manter a cabina paralisada.
Os cabos de tração são fixados na suspensão da cabina e
contrapeso ou no piso da casa de máquinas.
O motor do elevador fornece a potência necessária para ao
movimento da cabina e do contrapeso;
● Limitador de velocidade
Dispositivo de segurança acionado quando a velocidade de
descida do carro ultrapassa a velocidade projetada. Ao ser
acionado, o motor do elevador é desligado e o freio de segurança
é acionado;
● Freio de segurança
É o último dispositivo de segurança do elevador e, fixado no carro,
atua para que a cabina não desça em queda livre;
● Quadro de comando

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Gerencia todo o sistema do elevador, processando informações e
controlando a resposta aos comandos dos passageiros, como
estratégia de tráfego, velocidade e precisão nas paradas. Sua
lógica pode ser operada através de relés ou circuitos eletrônicos
com lógica digital;
● Operador de portas
Mecanismo composto por um motor elétrico e um inversor de
frequência, situado sobre a porta da cabina, responsável pela
abertura e fechamento das portas do elevador.

2.2 Gestão de Requisitos

Requisitos são afirmações objetivas que identificam a capacidade,


característica física ou elemento de qualidade que delimitam as necessidades de
um produto ou processo cuja solução será buscada no projeto (HOOD et al., 2007).
Nesse sentido, a gestão de requisitos consiste no processo responsável por extrair
informações, documentar, organizar e rastrear requisitos, além de comunicar estas
informações entre as partes interessadas e à equipe do projeto, garantindo que
refinamentos iterativos e mudanças inesperadas sejam tratadas durante o ciclo de
vida do projeto, visando maior qualidade global do serviço ou produto final (OFFICE
OF GOVERNMENT COMMERCE, 2008).
Com isso, os requisitos estabelecidos nos projetos de elevadores surgem a
partir dos padrões regulatórios, estabelecidos sobretudo pelas demandas de
mercado e dos usuários, pelas normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e pela legislação vigente, fatores que serão explorados em maior
profundidade em outras seções deste trabalho.

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2.3 Missão, visão e valores

Os conceitos de missão, visão e  valores são parte do planejamento


estratégico de uma empresa, servindo para expor sucintamente a função e ponto
de vista da companhia sobre o mundo, sua área de atuação, seus clientes, entre
outros. A missão de uma empresa é uma explicação concisa de porque ela existe,
ilustrando seu propósito. A visão sugere as metas da empresa, como os problemas
que ela planeja resolver, os produtos que ela pretende inserir no mercado, ou o que
ela pretende alcançar em um período de tempo. Os valores de uma empresa são
princípios vitais que guiam suas operações e relacionamentos (SOCIETY OF
HUMAN RESOURCE MANAGEMENT, 2017).

2.4 Modelo de negócios

O modelo de negócios da companhia foi construído a partir da metodologia


Canvas, proposto pelo empreendedor Alexander Osterwalder (THE BUSINESS
MODEL CANVAS, 2008), que consiste em um mapa visual de nove blocos,
representando todos os âmbitos de uma companhia, descrevendo plenamente seu
modelo de negócios. Os nove blocos são: 
● Proposição de valor: conjunto de produtos e serviços oferecidos pela
companhia para seus clientes;
● Atividades chave: as principais ações que a companhia precisa realizar para
executar a proposição de valor;
● Recursos chave: os recursos necessários para sustentar a empresa, sejam
eles financeiros, físicos, intelectuais ou humanos;
● Canais: Os meios de contato da companhia com seus clientes, fornecedores
e colaboradores;
● Segmento de clientes: são aqueles que a empresa identifica como seus
clientes principais, dependendo de suas necessidades e desejos;

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● Relacionamento com o cliente: são os métodos que a empresa tem de
otimizar as operações, atrair novos clientes e manter os atuais satisfeitos;
● Estrutura de custos: os principais gastos que a empresa têm;
● Fonte de receita: as diferentes maneiras que uma empresa tem para receber
capital, tanto interna quanto externamente.
● Rede de parceiros: as atividades-chave realizadas por parceiros da
companhia e meios de obtenção dos recursos de fora da empresa.

2.5 Regulamentação e normalização

Normas e requisitos são importantes pois são encarregadas de sistematizar


processos, gerando requisitos para solucionar e prevenir problemas. No contexto
de elaboração de projetos e fabricação, esses requisitos se traduzem em
padronização de métodos e produtos, culminando em maior qualidade,
intercambialidade, eficiência e segurança ao usuário (ABNT, 2021).
A nível mundial, a International Organization for Standardization
(Organização Internacional de Normalização - ISO) é a principal entidade
responsável por estudar e propor normas com validade internacional, e tem como
uma de suas associações fundadoras a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), que assume papel semelhante à ISO em território brasileiro (CATHO,
2020). Há ainda casos em que as normas ABNT possuem exigência legal ou são
utilizadas como base para elaboração de leis (APAEST apud ABNT, 2017).
Dessa forma, a elaboração de elevadores conforme as determinações das
normas vigentes é importante não só para prevenção de problemas, como também
para obter respaldo legal sobre os projetos.

2.6 Inovação e sustentabilidade

Desde os primeiros modelos de elevadores, o desenvolvimento tecnológico


desse meio de transporte buscou atender a demandas relativas a itens como
capacidade de carga, restrições de espaço, segurança e conforto. Nos últimos

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anos, no entanto, é possível notar que tecnologias voltadas à eficiência energética
do elevador passaram a ser um fator de escolha determinante entre os
compradores (ALMEIDA et al., 2010).
Segundo Adams et al. (2016), em sentido mais amplo, a busca por iniciativas
sustentáveis - ou seja, iniciativas capazes de atender às necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das futuras gerações atenderem às suas próprias
necessidades - passou a ser um condutor aos fabricantes desses equipamentos,
formando uma avenida de crescimento que requer constante inovação.
Os tópicos a seguir exploram fatores chave para tornar elevadores mais
sustentáveis, buscando soluções que englobam os materiais usados e seu ciclo de
vida, o dispêndio energético e a fonte dessa energia usada.

2.6.1 Materiais

Buscando pleno funcionamento dos equipamentos, é comum implementar


um plano de manutenção programada ou de manutenção preventiva. Os itens
examinados, no entanto, são potencialmente os maiores geradores de resíduos,
pois têm ciclo de vida mais curto e atuam durante toda a vida útil da máquina.
Dentre eles, destacam-se os cabos de tração, pois são componentes vitais para o
funcionamento do equipamento e requerem cuidadosa inspeção para limpeza e
lubrificação, além da busca por sinais de deterioração (ARBACHE, 2021).
Dessa forma, o desafio de desenvolver um sistema alternativo torna-se
relevante para a reduzir a geração de rejeitos. É importante salientar, no entanto,
que a confiabilidade e a segurança do sistema tradicional não podem ser
sacrificadas.

2.6.2 Painéis solares

A energia solar fotovoltaica funciona a partir da interação das partículas de


luz solar colidem com os átomos de silício presentes no painel solar, criando

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uma corrente elétrica. O sistema baseia-se na utilização de painéis solares que
absorvem a luz solar. Assim, a energia elétrica gerada é convertida pelo inversor
solar. Este, converte a energia dos painéis solares de corrente em energia elétrica
e, então, essa energia é distribuída por todo o sistema operacional do elevador e
através de uma fonte limpa e sustentável.

2.6.3 Frenagem dinâmica de elevador

A frenagem, do ponto de vista físico, pode ser descrita como a


transformação da energia cinética em outro tipo de energia, geralmente
dissipando-a. Uma maneira de dissipá-la é por um sistema de freios, transformando
esta energia em calor, ou aplicar um conjugado no motor que realizará uma força
contrária ao movimento, desacelerando ou até parando a máquina. Pode-se
também usar o motor como gerador e conectar um resistor em seus terminais,
convertendo a energia cinética em energia elétrica, que é convertida em calor no
resistor. Essa técnica, de transformar a energia em calor para dissipá-la, chama-se
frenagem dinâmica. A frenagem dinâmica é uma das mais eficientes e sustentáveis
do mercado, por apresentar baixos custos, possibilidade de uso de materiais verdes
e pouco desperdício de energia e outros recursos (BAÚ FILHO, 2011).

2.6.4 Sistema de frenagem regenerativa

O sistema de frenagem regenerativa pode ser descrito como um sistema


que, ao invés de desperdiçar a energia em forma de calor formada durante a
frenagem do elevador, alimenta uma bateria que, quando carregada, retorna a
energia à rede elétrica interna do edifício, onde pode ser reutilizada por outros
elevadores (OTIS ELEVATOR COMPANY, 2007).
Em outras palavras, o sistema de freios regenerativo transforma a energia
dissipada durante o processo de frenagem em energia elétrica, devolvendo-a por
meio de uma bateria a grade interna do edifício, onde pode ser usada por outros

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elevadores ou usuários conectados na mesma rede. (OTIS ELEVATOR COMPANY,
2007). Este sistema é ilustrado na Figura 2.2 a seguir:

Figura 2.2: Sistema regenerativo em elevadores


Fonte: RANGEL, 2014

2.6.5 Maquinário eficiente e consumo de energia

A modernização dos elevadores, visando melhorias no consumo de energia


e eficiência, é um tema cada vez mais relevante. O consumo de energia vem
diretamente do tipo de maquinário utilizado por cada elevador e, é de tremenda
importância que, a escolha das peças utilizadas sejam sustentáveis e capacitadas
para realizar suas devidas funções com alta performance fornecendo o maior
conforto e tecnologia possível para os usuários. Por isso, a Up & Co seleciona as

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melhores peças que oferecem vantagens econômicas e sustentáveis para seus
clientes.
A máquina de tração é uma peça muito importante para qualquer elevador,
pois lida com a capacidade de carga, o comprimento do percurso e o tipo de
suspensão, além de ser uma das peças que mais gasta energia do elevador (WEG,
2021). A utilização de engrenagens no motor gera diversas despesas devido a
necessidade de lubrificação constante, alto custo energético e de compra em peças
que constantemente precisam de manutenção. Além disso, vale ressaltar que há
inconveniências como o peso das peças, dificultando o manuseio, e ruídos durante
o funcionamento . Portanto, a opção pelo uso de ímãs permanentes, a peça chave
para a modernização da máquina, resulta em melhoras no desempenho do sistema
e reduz bastante o consumo de energia.
Outro ponto relevante, mas nem sempre notado, é a iluminação no interior
da cabine do elevador. Enquanto equipamentos mais antigos usam lâmpadas
fluorescentes, a troca por lâmpadas de LED, oferecida pela Up & Co, possibilita
melhor aproveitamento da luz juntamente com a redução do gasto energético, pois
a lâmpada de LED viabiliza melhorias significantes para o elevador e impacto
positivo ao meio ambiente (OTIS, 2020).
A máquina de Laser é equipada com Controle Numérico Computadorizado
(CNC), que pode cortar com precisão e com o tamanho adequado, vários tipos de
materiais, incluindo o aço Inox, através de um feixe de laser. Para formar esse
feixe, espelhos e lentes são usados ​para focar através do tubo de CO2, formando
assim um ponto focal e cortante. Além disso, a máquina de corte tem a função de
gravar palavras, símbolos ou números nas peças, de forma a facilitar a identificação
das peças produzidas pela máquina na hora da modernização dos elevadores.
Requisitos de manutenção da máquina de corte a laser: a cada 2 horas de
operação, a máquina precisa de um intervalo de resfriamento de 30 minutos para
evitar danos e aumentar sua vida útil.

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2.7 Custos industriais

Conhecer o preço de custo da produção de um bem é de extrema relevância


a uma empresa, dado que é condição sine qua non para fixar seu preço de venda e
serviços relacionados. Além disso, os custos são constantemente investigados em
busca de possibilidades de redução, o que torna necessária a possibilidade de
obter essa métrica com rapidez e precisão, de forma que auxilie a tomada de
decisão da empresa na busca por equilíbrio econômico e financeiro (REIS, 2019).
Segundo Seeling (2019), os principais conceitos para definição dos custos
industriais são:
● Pagamentos - saída de dinheiro da empresa;
● Gastos - realiza-se no momento em que a dívida da adquire bens ou
serviços é feita pela empresa, e se divide em dois tipos:
o Custos - são os gastos com bens e serviços consumidos na
produção, ou seja, que efetivamente aumentam o valor
agregado do produto;
o Despesas - são os gastos com recursos (i.e., bens e serviços)
que não são consumidos na produção.
Ainda segundo Seeling (2019), é importante detalhar o custo global, que
compreende a soma dos gastos que a empresa suporta para desenvolver suas
atividades de produção, administração e distribuição dos produtos e serviços. Os
custos diretos são os gastos identificados diretamente com o bem ou serviço
produzido, como materiais diretos consumidos (e.g. as peças do elevador,
lâmpadas e fios) e mão de obra direta (e.g. os técnicos responsáveis pela
montagem do elevador). Já os custos indiretos, por sua vez, são gastos que não
podem ser imputados diretamente a um produto por serem comuns a vários outros,
como materiais indiretos consumidos, mão de obra indireta (e.g. equipe de limpeza
e controle de qualidade), manutenção (de máquinas, equipamentos e instalações),
depreciação de máquinas, aluguéis e energia.

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Dentre as despesas, destacam-se as despesas de distribuição (e.g. frete,
marketing, centro de distribuição e equipe de vendas) e as despesas de
administração, que compreendem os salários administrativos, honorários da
diretoria e despesas financeiras sobre empréstimos (SEELING, 2019).
Finalmente, os custos e despesas ainda podem ser diferenciados entre
variáveis - quando se alteram em linha com o volume da produção - e fixos, quando
independem do volume produzido (SEELING, 2019).
Nas subseções a seguir serão mostradas técnicas para mensurar a
viabilidade de um investimento, que usarão como base o custo de produção para
definir o aporte inicial necessário.

2.7.1 Valor Presente Líquido

O valor presente líquido (𝑉𝑃𝐿) é um indicador calculado a partir das futuras


entradas e saídas de caixa trazidas a valor presente, isto é, descontadas de uma
taxa de juros (𝑖) ou taxa mínima de atratividade, como mostra a fórmula:

𝑛 𝐹𝐶𝑡
𝑉𝑃𝐿 = 𝐹𝐶0 + ∑ 𝑡
𝑡=1 (1+𝑖)

(1)
Em que 𝐹𝐶0 representa o investimento inicial e 𝐹𝐶𝑡 é o fluxo de caixa do

período 𝑡 entre os 𝑛 períodos (REIS, 2017).


Dessa forma, o VPL mostra a diferença entre o valor presente do fluxo de
caixa do investimento e o investimento inicial, logo pode ser interpretado como a
estimativa de geração de valor a partir de um investimento (REIS, 2017).

2.7.2 Taxa Interna de Retorno

A taxa interna de retorno (TIR) é um indicador muito usado para verificar a


viabilidade econômica de um projeto ou investimento, sendo aplicada também na

Projeto Integrado 1 2021.1

23
determinação da taxa de desconto para cálculo do VPL, de modo que este atinja
valor nulo. Logo, para que um projeto seja viável, sua TIR deve ser superior à taxa
mínima de atratividade (TMA) estipulada pelo investidor a partir dos riscos
considerados (REIS, 2018).
Nesse sentido, a TIR é calculada a partir da seguinte fórmula:

𝑛 𝐹𝐶𝑡
∑ 𝑡 = 0
𝑡=0 (1+𝑇𝐼𝑅)

(2)
Onde 𝐹𝐶𝑡 é o fluxo de caixa do período 𝑡 entre os 𝑛 períodos avaliados.

2.7.3 Payback

O payback indica o tempo necessário para recuperar o capital alocado em


um investimento, ou seja, o prazo no qual os rendimentos acumulados tornam-se
equivalentes ao valor inicialmente investido, e por isso é frequentemente usado
para definir a atratividade de um investimento (REIS, 2019).

𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜

(3)
O payback descontado, por sua vez, considera o valor presente (𝑉𝑃) dos
fluxos de caixa futuros da empresa, que é o valor do fluxo de caixa (𝑉𝐹) trazido a
valor presente a partir de uma taxa de desconto (𝑖, taxa mínima de atratividade ou
taxa de juros), como mostra a fórmula:

𝑉𝐹
𝑉𝑃 = 𝑛
(1+𝑖)

(4)

Projeto Integrado 1 2021.1

24
E assim a quantidade de anos até que o capital alocado seja recuperado é
calculado da mesma forma que o payback mostrado, mas considerando o valor
presente dos ganhos projetados (GÂNDARA, 2021).

2.8 Tendências futuras

As cidades, a partir da Primeira Revolução Industrial, passam por processos


de mudança constante a partir das tecnologias desenvolvidas pela humanidade.
Alguns dos marcos transformacionais do ambiente urbano são a máquina a vapor -
que tornou possível trafegar por distâncias mais longas -, a rede elétrica - que
acelerou a circulação de pessoas, melhorou a iluminação e, com o elevador,
verticalizou a cidade - e o automóvel, que forçou o replanejamento do espaço.
Nesse sentido, essas mudanças afetaram diretamente a expansão e o modo de
viver na cidade, e não pararam de acontecer (CORWIN, 2017).
Ainda assim, é possível afirmar que desde a década de 1940 não houve
revoluções no planejamento urbano, o que tende a mudar a partir da
implementação da revolução tecnológica, alavancada pela conectividade, pelo
sensoriamento e pelo poder computacional, tecnologias que buscam facilitar a vida
na cidade e torná-la mais sustentável (CORWIN, 2017).
Segundo Brown (2021), o mercado imobiliário segue a máxima desenvolvida
nas últimas décadas de alta densidade populacional, somada ao alto custo do
espaço urbano, resulta em edifícios altos. Para o futuro, no entanto, a
sustentabilidade evoca a necessidade de reduzir a emissão de gases do efeito
estufa e o consumo de recursos não renováveis. Dessa forma, torna-se necessário
implementar uma infraestrutura verde, com materiais de construção alternativos,
fontes de energia renovável, maior controle sobre o gasto energético e melhor
gestão de resíduos, como já começa a se tornar realidade em megalópoles como
Singapura e Nova York.
Nesse cenário, conectar pessoas e equipamentos torna-se essencial, mas
primeiro é preciso que haja uma rede capaz de suportar tal conexão. Esse é o

Projeto Integrado 1 2021.1

25
papel da rede 5G, rede que já começa a ser implementada ao redor do mundo e
que oferece, em comparação com o 4G, menor latência (tempo entre estímulo e
resposta, ou seja, entre o envio do dado capturado por um sensor, por exemplo, e a
execução da resposta), maior densidade (número de dispositivos que podem estar
conectados a uma mesma antena), maior capacidade de transferência de dados do
sistema (throughput) e maior confiabilidade, garantindo ganho de escala (ANATEL,
2021).
A partir disso, a massificação do uso de internet das coisas (IoT, Internet of
Things), que consiste no uso de sensores para coletar dados que podem ser
processados rapidamente e acessados em tempo real, faz-se viável. O uso de IoT,
portanto, é capaz não só de gerar dados sobre equipamentos, mas também de
torná-los inteligentes a partir de sua interconexão e da interpretação dos dados.
Tecnologias como essa tem aplicações verdadeiramente extensas, das quais se
destacam a automação industrial e a criação de cidades inteligentes (ANATEL,
2021).
Na esteira dessas tecnologias, é desenvolvida ainda a Quarta Revolução
Industrial, ou Indústria 4.0, que se diferencia das outras por sua rapidez e amplitude
de integração. Apesar de terem contribuído com melhoras nos processos ao longo
das cadeias globais de valor, as revoluções anteriores não possuíam a capacidade
de interconexão entre máquinas, produtos, fornecedores e consumidores, além de
não terem se desenvolvido tão rapidamente ou terem gerado tanta conectividade
quanto a quarta revolução (BUISÁN; VALDÉS, 2017).
Desse modo, o futuro das empresas está diretamente ligado à capacidade
de integrar novas tecnologias ao processo produtivo e à toda a cadeia de valor,
atentando-se também à sustentabilidade de suas iniciativas e produtos para
satisfazer clientes cada vez mais exigentes.
Os arranha-céus estão cada vez mais presentes no contexto atual do globo.
As construções extremamente altas trazem o desafio da escolha de seus
elevadores, que atualmente possuem um dutos, onde os elevadores
movimentam-se, ainda mais extenso. Nesse contexto, os cabos não conseguem

Projeto Integrado 1 2021.1

26
acompanhar a expansão vertical dos edifícios, já que os mesmos possuem um
limite, principalmente pela segurança dos passageiros.
Com o intuito inovador, a fim de garantir aos novos modelos de edificações a
alternativa de um processo mais inteligente de deslocamento no interior da
construção, foi criado o elevador sem cabos. Esse sistema revolucionário, não é só
capaz de eliminar os cabos, mas também possibilitar a movimentação até mesmo
na horizontal. O elevador precisa de uma infraestrutura menor, já que não necessita
de cabos, por esse fato, a extensão dos dutos pode ser ampliada, além de
possuírem motores de indução magnética para locomover-se como nos metrôs.
Dessa forma, os frequentadores do edifício, os consumidores finais dessa
nova tecnologia, serão beneficiados de amplas maneiras, exemplo, poder sair do
elevador diretamente no destino desejado. À medida que todo o processo de
deslocamento tornou-se mais inteligente o tempo de espera/uso é muito mais
rápido.
O uso de energia eólica vem crescendo bastante ao longo dos anos. Cada
vez mais os clientes procuram as opções mais sustentáveis para adquirir. Com a
finalidade de reduzir os gastos, favorecer o meio ambiente e satisfazer as vontades
de todos, a transição do uso de energias não renováveis para energias renováveis,
como a eólica, seja inevitável.. O Brasil faz parte do top 10 países do mundo com
maior capacidade instalada total de energia eólica, disponibilizando um vasto
mercado para investimento.
A ideia de que a energia eólica possa ser gerada apenas por turbinas
gigantes instaladas em áreas abertas ficou para trás. Segundo Ivanir Ferreira
(2021), em centros urbanos, turbinas de pequeno porte, em topos de prédios,
possibilita produzir energia limpa e renovável.

Projeto Integrado 1 2021.1

27
3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Essa sessão tem como objetivo apresentar as decisões práticas da empresa


tomadas a partir do embasamento teórico oferecido anteriormente, materializando-o
nos projetos e produtos oferecidos.

3.1 MVV (missão, valores, visão)

O nome escolhido para a empresa é Up & Co, um nome simples, facilmente


identificável e moderno, que ainda remetesse ao produto final da empresa, os
elevadores, e sua funcionalidade. "Levamos você para o próximo nível" é o slogan
da companhia, uma frase representativa e direta com finalidade fixação na memória
do cliente.
Desenvolvido pela companhia, o logo (Figura 3.1) é leve, adaptável e
reconhecível.

Figura 3.1 - Logo da companhia


Fonte: AUTORIA PRÓPRIA, Up & Co. 2021
 
A missão da companhia é ser reconhecida como um modelo de empresa
ambientalmente responsável, proporcionando soluções de mobilidade inovadoras e
sustentáveis". O principal propósito da empresa é agir de maneira responsável e
consciente, respeitando o meio ambiente e seus recursos. 

Projeto Integrado 1 2021.1

28
A visão consiste em soluções em deslocamento vertical proporcionando um
futuro sustentável", um resumo preciso das metas que a companhia procura
alcançar. 
Os principais valores da companhia são resumidos, mas não limitados, aos
seguintes conceitos:
·  Confiabilidade;
·  Ética;
·  Frugalidade;
·  Segurança;
·  Buscar por soluções sustentáveis;
·  Inovação e melhoria;
·  Respeito ao meio ambiente;
Todos esses conceitos são vitais à essência da Up & Co., e juntos formam
um panorama das questões que são levadas em consideração em todas as
tomadas de decisão da companhia.

3.2 Modelo de Negócios

O modelo de negócios adotado pela companhia é representado pela Figura


3.2 a seguir, um mapa visual composto de nove divisões, cada uma representando
parte da empresa, e que serão detalhados nas seções seguintes.

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29
Figura 3.2 Canvas da empresa. Modelo por The Business Model Foundry
(www.businessmodelgeneration.com/canvas)

3.2.1 Propostas de valor


Oferecimento de soluções completas em elevadores eficientes: a Up & Co
dispõe de produtos e serviços destinados à modernização e manutenção de
elevadores visando baixo consumo de energia e mínima geração de resíduos.
Manutenção centrada em confiabilidade, reduzindo a necessidade de parada
do equipamento. Para isso, são usados sensores conectados à rede para
checagens rotineiras, o que possibilita ao técnico um acesso não invasivo, ou seja,
sem que haja necessidade de parada do equipamento. O programa de manutenção
prevê a necessidade máxima de duas paradas ao ano, limitando o tempo ocioso. O
uso de baterias também colabora com a segurança, pois o uso da energia
armazenada possibilita que o sistema se mantenha operante em caso de apagões.
A economia de energia com maquinário mais eficiente e inteligente, pelas as
peças e mecanismos que compõem o equipamento – como motor, luzes e sistema
de acionamento inteligente – são cuidadosamente escolhidos e desenvolvidos para
minimizar o uso de energia elétrica. Além disso, a opção de sistema regenerativo

Projeto Integrado 1 2021.1

30
de energia, recupera a energia usada pelo elevador enquanto é usado em descidas
e a armazena nas baterias.
A empresa reforça seu compromisso com a sustentabilidade a partir do uso
de materiais duráveis, como cabos de tração revestidos em poliuretano, que são
igualmente duráveis e dispensam o uso de óleo, reduzindo a geração de resíduos e
as despesas com manutenção, limitando o impacto ambiental.
É oferecida ainda a opção de geração distribuída de energia para redução do
consumo, dispondo de placas fotovoltaicas que podem ser instaladas no topo do
edifício, o que torna possível repor a energia consumida pelo elevador ou ainda
ampliar a energia armazenada na bateria. Caso essa energia não possa ser
aproveitada pelo edifício ou pela bateria, destina-se à rede elétrica, gerando crédito
ao edifício junto à distribuidora de energia elétrica.

3.2.2 Atividades chave

As atividades chave da empresa podem ser resumidas em serviço de


modernização de elevadores (troca de motores e placas de comando, instalação de
painéis solares para geração de energia), instalação dos equipamentos vendidos,
serviço de manutenção (inspeção e manutenção programada dos equipamentos
vendidos). Todas as atividades serão realizadas por colaboradores da companhia,
instruído adequadamente para realizá-las.

3.2.3 Recursos chave


A empresa é contemplada por três recursos chave. Um desses recursos é a
mão de obra especializada, incluindo técnicos para manutenção, inspeção e
operação das máquinas, engenheiros para a elaboração e construção dos projetos
da fábrica e operadores de serviço atuando nos setores de atendimento,
administrativos e na própria instalação dos equipamentos. Outro recurso é matéria
prima durável, visando a redução do impacto ambiental, para manter o viés
sustentável, parceiros e fornecedores escolhidos com atenção, com peças e
equipamentos que contribuam para a redução dos impactos ambientais, como na

Projeto Integrado 1 2021.1

31
utilização do cabo de tração revestido em poliuretano, iluminação com luz de led,
ou até mesmo na utilização de placas fotovoltaicas e utilização de baterias -
reduzindo, assim, os níveis de consumo de energia - além da utilização de chapas
metálicas. E, por fim, o maquinário também é um recursos essencial, no qual,
dentre as máquinas que compõem o sistema fabril da companhia, destacam-se as
máquinas de corte a laser que têm a funcionalidade, por exemplo, de realizar cortes
em chapas de metal para que, assim, possam ser utilizadas na modernização dos
elevadores, e ,dessa forma, reduzindo gastos e contribuindo com o meio ambiente,
já que esse processo é realizado pela própria empresa e minimiza a geração de
resíduos.

3.2.4 Canais

Essencialmente, a Up & Co. tem quatro canais para se comunicar com seus
clientes, atuais ou futuros. O primeiro é o aplicativo de smartphone (IOS e Android)
o principal meio de contato de já clientes com a empresa, online 24h por dia, com
acesso à colaboradores para manutenções, atendimentos de emergência, entre
outros. O link para download estará disponível no site, nas redes sociais e em QR
codes em cada andar e dentro das máquinas, além da própria loja online do
dispositivo. Também há o site, que será o cardápio dos modelos e serviços
oferecidos pela Up & Co, expondo todos os elevadores e modernizações com
detalhes e realizando vendas, com contato por meio de um bate-papo ao vivo com
colaboradores disponíveis em horário comercial. Além desses, caso seja
necessário, linhas telefônicas estarão disponíveis em horário comercial para auxiliar
clientes com dúvidas e problemas não solucionáveis e compras não realizáveis
pelas outras plataformas. Por último, a companhia tem contas nas principais redes
sociais, como LinkedIn, Facebook e Instagram, ilustrando projetos e tecnologias da
empresa de maneira dinâmica e breve. As redes são as ferramentas principais para
expandir o alcance, a porta de acesso de novos clientes. O contato é redirecionado
ao site, para mais detalhes.

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3.2.5 Segmento de clientes

Como principais clientes da companhia, foram selecionados gerentes,


administradores e construtores de edifícios com mais de 20 andares, Aeroportos,
Hospitais, Edifícios menores e Universidades. Esses foram escolhidos pois, os
mesmos possuem um grande fluxo de pessoas diariamente, dessa forma,
necessitam de um sistema de elevadores seguros, confiáveis e econômicos e
assim são possíveis futuros compradores. Para edifícios com mais de 20 andares,
usa-se um sistema regenerativo, desse modo, o elevador ao invés de desperdiçar
energia em forma de calor, ele realimenta a rede elétrica interna do local onde o
equipamento está. Essa energia economizada, abastece uma bateria e caso não
seja consumida, vai para a rede, gerando crédito com a distribuidora de energia.
Sendo assim, seria usado motor, painel solar e uma bateria. Para aeroportos e
universidades, como os ambientes são muito extensos, usa-se um sistema de
geração distribuída. A energia elétrica é gerada por uma energia renovável, painéis
solares. Com a implantação desse sistema de energia distribuída, não seria mais
necessário depender das grandes centrais de produção de energia, além de
permitir a preservação do meio ambiente. Assim, seria utilizado motor, painel solar
e bateria. Para hospitais, é imprescindível que os elevadores estejam funcionando
ininterruptamente. Dessa maneira, usa-se um sistema regenerativo e um sistema
de geração distribuída. Então, caso houvesse uma queda de energia, o elevador
não seria dependente das centrais de energia e teria sua fabricação própria. Assim,
evitaria acidentes em hospitais, causados por elevadores e estaria favorável ao
meio ambiente. Para esse ambiente, seria utilizado motor, painel solar, sistema
regenerativo e uma bateria. Para edifícios menores enfatiza-se o foco para redução
do consumo. A visto disso, são instalados na cobertura ou laje dos edifícios, placas
de painel solar que distribuiriam essa energia para os elevadores do prédio. E caso
haja energia excedente, é possível direcioná-la à distribuidora e, assim, modificá-la
para créditos que seriam diminuídos das contas de energia.

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3.2.6 Relacionamento com o cliente

A missão da companhia com o cliente consiste em estabelecer uma


experiência prática e confortável, para evitar problemas recorrentes com nossos
compradores. Isso é dado por meio de várias ferramentas, incluindo um site próprio
para sanar dúvidas e perguntas recorrentes dos clientes, assistência técnica
autorizada da Up & Co, suporte técnico 24 horas por dia, um callcenter da empresa,
garantia de produto por tempo limitado, que em caso de quebra a Up & Co cobre
quaisquer custos necessários, e um cartão VIP para compradores fiéis da marca
após 5 anos que disponibiliza descontos sobre produtos e visitas técnicas grátis.

3.2.7 Estrutura de custos

A estrutura de custos da companhia foi dividida entre os custos da sede,


incluindo aluguel, energia e água, da equipe, que compreende todos os
empregados e seus respectivos departamentos na empresa como a gerência,
jurídico, administrativo e financeiro, RH, engenheiros para supervisão das etapas
do processo de montagem, encarregados gerais para supervisão da linha de
produção, técnicos de montagem, pessoal de organização e limpeza. A estrutura
também inclui marketing e vendas, como publicidade, propaganda e os
profissionais, a distribuição, que conta com entrega de produtos por meio de
empresas parceiras contratadas, os parceiros fornecedores, sócios e empresas
contratadas. Bem como, os custos de TI, envolvendo os profissionais de informática
para o suporte online e técnico, e, por fim, os impostos, principalmente tributos
federais, estaduais e municipais.

3.2.8 Rede de parceiros

A rede de parceiros da equipe consiste, resumidamente mas não exclusivo


à, transportadoras – para levar os elevadores da fábrica até os prédios contratados.

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34
Outras parcerias são as fabricantes de peças – as peças do elevador que não
fazem parte da tecnologia disponível à empresa, como motor/lâmpadas de
led/bateria/etc, sendo terceirizadas, ou seja, compradas de outras empresas.
Fabricantes de painéis solares – o foco da companhia é um elevador sustentável,
logo, a energia utilizada é uma parte muito importante, assim imprescindível a
parceria com empresas de painéis solares. Também, uma empresa criadora de
aplicativos – por meio do aplicativo criado por essa empresa, também a
manutenção do aplicativo,  feita pela mesma, os clientes poderão ter acesso à
economia de energia do elevador, agendamento de manutenção e atendimentos de
emergência. E, por fim, redes sociais para firmar parcerias com sites que fazem
com que nossos anúncios sejam mais vistos nas redes, trazendo o retorno de mais
clientes.  

3.2.9 Fontes de receita

As fontes de receita são as formas que os clientes pagam a empresa, e são


divididas em dois tópicos principais, pagamento único ou venda e receita
recorrente. O pagamento único consiste no pagamento do cliente pelo produto
adquirido, obtendo total propriedade, enquanto a receita recorrente consiste no
pagamento de uma assinatura que dá ao cliente maior cobertura de assistência
técnica e troca de equipamentos a preços reduzidos. 
Dessa forma, o serviço de modernização ou manutenção pontual  constituem
o pagamento único, no sentido de que não há previsibilidade à companhia sobre
sua ocorrência. As demandas do cliente, portanto, contemplam serviços fora da
garantia.
Finalmente, a receita recorrente é obtida por meio de três assinaturas online
oferecidas, detalhadas a seguir em ordem crescente de valor. A primeira, mais
acessível, cobre os custos da visita e da mão de obra do técnico para manutenção
programada, enquanto a assinatura intermediária oferece os mesmos benefícios da
assinatura básica, com adição de isenção do preço de troca de peças e

Projeto Integrado 1 2021.1

35
equipamentos, e por fim, a assinatura premium oferece o mesmo que a assinatura
intermediária, com adição de um desconto de 35% na compra de futuras
modernizações disponibilizadas pela companhia.

3.3 Requisitos de regulamentação e normalização

Em 2019, a Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que torna


obrigatória a aplicação das normas da ABNT relativas aos elevadores de
passageiros em qualquer tipo de edificação. O projeto tem número 8454/2017, e
ainda está em andamento na Comissão de Desenvolvimento Urbano (SOUZA,
2019).
A nível municipal, no entanto, em São Paulo a Lei nº 10.348 de 4 de
setembro de 1987 dispõe sobre a instalação e funcionamento de elevadores e
outros tipos de transporte. Em seu artigo 11, é estabelecido que “a instalação,
funcionamento e conservação de aparelhos de transporte deverão obedecer às
normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas, adotadas
oficialmente pela Prefeitura do Município de São Paulo, bem como disposições da
legislação municipal” (São Paulo (SP), 1987).
Sobre o Rio de Janeiro, a Lei nº 2.743 de 7 de Janeiro de 1999, no artigo 6,
demanda que todos os aparelhos de transporte do Município obedeçam às normas
pertinentes da ABNT relativas à fabricação, instalação e conservação, incluindo
elevadores de passageiros (Rio de Janeiro (RJ), 1999).
A ABNT dispõe ainda de diversas outras normas que indicam requisitos para
projeto, instalação, manutenção e modernização de elevadores, das quais
destacam-se (APAEST apud ABNT, 2017):

· ABNT NBR NM 207:1999 - Elevadores elétricos de passageiros -


Requisitos de segurança para construção e instalação;

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· ABNT NBR 16083:2012 - Manutenção de elevadores, escadas
rolantes e esteiras rolantes — Requisitos para instruções de
manutenção;

· ABNT NBR 15597:2010 - Requisitos de segurança para a construção


e instalação de elevadores - Elevadores existentes - Requisitos para
melhoria da segurança dos elevadores elétricos de passageiros e
elevadores elétricos de passageiros e cargas;

· ABNT NBR 10982:1990 - Elevadores elétricos - Dispositivos de


operação e sinalização - Padronização.

Relativo ao escopo de atuação da Up & Co., as duas normas mais


relevantes são ABNT NBR 15597:2010, por tratar dos requisitos relativos à
modernização de elevadores e ABNT NBR 16083:2012, que detalha as instruções e
procedimentos necessários para instalação e manutenção das máquinas, visto que
a empresa tem seus serviços voltados principalmente para modernização e
manutenção de elevadores. Vale citar também a norma ABNT NBR NM 207:1999,
que se refere às regras mínimas de padronização e segurança para construção e
instalação de elevadores, uma vez que é parte das exigências legais em alguns
municípios.

3.4 Inovação e Sustentabilidade

A seguir, são apresentadas as aplicações das tecnologias oferecidas pela Up


& Co, com base em seus vetores de inovação e sustentabilidade que buscam
soluções capazes de minimizar o consumo de recursos, proporcionar maior
durabilidade dos componentes e preservar a segurança dos usuários.

3.4.1 Cinta de aço revestida com poliuretano

Projeto Integrado 1 2021.1

37
Como alternativa ao sistema de cabos de tração para suspender a cabine do
elevador, é empregada uma cinta de aço revestida com poliuretano, como ilustrado
pela Figura 3.3 abaixo.

Figura 3.3 - Cinta de aço revestida com poliuretano


Fonte: ALMEIDA et al. 2010
O uso do revestimento em poliuretano elimina o contato entre partes
metálicas, dispensando o uso de óleo - um potencial rejeito altamente prejudicial
ao meio ambiente e à saúde humana por sua capacidade de contaminação e
toxicidade (ECYCLE, 2013) - e permite que sejam usados mais cabos de aço com
menor diâmetro, o que por sua vez reduz o raio de curvatura da roldana do motor
de tração em até 70%, o que requer menos torque para acionamento e permite
instalação mais compacta (ALMEIDA et al., 2010). Além disso, as cintas são três
vezes mais resistentes do que os cabos tradicionais, o que amplia a durabilidade do
sistema e o torna ainda mais confiável contra rompimentos (OTIS, 2020).
Quanto à manutenção e serviços de modernização de elevadores, os
materiais retirados são levados pela equipe responsável até a fábrica da empresa
para eventual desmonte. Ademais, a reciclagem do óleo lubrificante (resíduo
gerado pela retirada das antigas correias), que é destinado às refinarias para sofrer
o processo de rerrefino. O processo define-se em resgatar as propriedades
originais do óleo, tornando-o um produto que pode ser novamente utilizado,
garantindo a sustentabilidade em todo o sistema de modernização da empresa.

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3.4.2. Sistema de frenagem regenerativa

A Up & Co tem como missão proporcionar soluções ambientalmente


amigáveis de mobilidade, e de acordo com Rangel (2014), um elevador realmente
sustentável tem que incluir em seu maquinário um sistema regenerativo que
resgata boa parte da energia antes desperdiçada. Portanto, uma das prioridades do
serviço de modernização e fornecimento é a instalação de um sistema de freios
regenerativos.
A companhia utiliza a tecnologia Drive ReGen, desenvolvida pela companhia
Otis de elevadores, por apresentar um alto valor de retorno de energia, podendo
reduzir a utilização de energia elétrica em até 75% quando comparado a sistemas
de freios que não incluem o sistema regenerativo, como o freio dinâmico, além de
uma economia nos custos dessa energia elétrica de até 36% (OTIS ELEVATOR
COMPANY, 2007).
Dentro do sistema, a energia elétrica é regenerada quando o elevador sobe
com pouca carga, desce com muita carga e durante a desaceleração do elevador.
Um elevador descendo totalmente cheio fornece uma porção significativa da
energia consumida por um elevador subindo também totalmente cheio. O sistema
da tecnologia ReDrive reduz os custos operacionais globais do edifício,
proporcionando aos seus proprietários e condôminos economias anuais
significativas, durante toda a vida útil do elevador, reduzindo os dois principais
fatores que influenciam os custos da energia elétrica: a potência consumida na
corrente de pico e o consumo de energia elétrica total. Tanto os custos fixos
baseados na corrente de pico, assim como os custos baseados no consumo de
energia elétrica diminuem.
Segundo Rosa (2021), 47,63% das partidas de um elevador residencial
médio tem capacidade de regeneração de energia, trazendo a economia média de
R$ 753,00 por mês, por elevador, com a instalação do sistema regenerativo,
aproximadamente R$ 9.036,00 por ano durante toda vida útil do elevador.

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O sistema regenerativo aplicado pela Up & Co envolve o uso de uma bateria
para armazenar a energia retornada até estar cheia ou até que outra parte da rede
necessite dessa carga. A tecnologia dessa bateria é semelhante à tecnologia
Powerwall, da companhia Tesla. A bateria é carregada toda vez que ocorre uma
viagem em que a frenagem regenerativa seja possível, e sua carga é utilizada em
viagens cujo sistema regenerativo não seja aplicável. Também, esta bateria serve
como reserva caso haja uma queda de luz no edifício, possibilitando que os
elevadores operem até os andares mais próximos, evitando acidentes. (TESLA,
2021).

3.4.3 Máquina de tração com ímãs permanentes

Durante muito tempo, os elevadores utilizavam motores de tração com


engrenagens, no entanto, uma nova alternativa, proporcionando resultados mais
sustentáveis e eficientes, vem ganhando muito espaço diante deste cenário.
Como alternativa para as engrenagens, o uso de imãs permanentes com a
máquina de tração, pode reduzir em até 70% o consumo de energia (WEG, 2021).
A máquina utilizada pela Up & Co usa uma cinta de aço revestida com poliuretano
como alternativa para os cabos de tração, aprimorando ainda mais a eficácia do
sistema. Com a facilidade oferecida na instalação, o elevador pode transportar os
usuários com mais precisão, segurança e conforto. O emprego de ímãs
permanentes também oferece maior durabilidade do produto reduzindo os gastos
de manutenção e reposição das peças. Dessa forma, é possível descartar o uso de
óleo lubrificante e o uso de graxa impactando positivamente para o meio ambiente
ao mesmo tempo que atende todos os requisitos exigidos pela legislação (ATLAS
SCHINDLER ELEVADORES, 2012).

3.4.4 Iluminação de Led

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A aplicação da Luz de Led, disponível em diversos modelos ilustrado pela
Figura 3.4, vem crescendo exponencialmente devido ao seu impacto positivo ao
meio ambiente. Cada vez mais elevadores adotam este tipo de iluminação deixando
o emprego de lâmpadas fluorescentes, que utilizam reatores, de lado. Abaixo, na
tabela 3.1, são explicitadas as vantagens e desvantagens da implementação da
iluminação de Led.

Figura 3.4 - Modelos de iluminação de Led para elevadores


Fonte: Blog.Otis, 2020

Tabela 3.1 - Vantagens e desvantagens da iluminação fornecida pela Up & Co

Vantagens: Desvantagem

Redução no consumo de energia: Maior custo de aquisição


- até 30%

Melhor aproveitamento da luz:


- potência necessária: 2 W

Não esquentam:
- apenas 5% transformado em calor

Maior durabilidade:
- aproximadamente 25 mil horas

Dispensa metais pesados:


- não produz elementos tóxicos

Fonte: Blog.Otis, 2020

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Apesar de ter um custo maior, é considerado um bom investimento o uso de
Led, pois reduz em até 30% o consumo de energia da iluminação em relação às
lâmpadas fluorescentes. Assim, o aproveitamento da luz é aprimorado, dado que, a
potência necessária é equivalente a 2 W e apenas 5% da energia é convertida em
calor. Além disso, elas possuem maior durabilidade (aprox. 25 mil horas) e
dispensam metais pesados (ORG.OTIS, 2020). Portanto, a Luz de Led impacta
positivamente o meio ambiente, pois não há produção de elementos tóxicos, e à
saúde humana, eliminando a emissão de radiação UV e IV. Após o desgaste total
da peça, a Up & Co faz a reciclagem de seus produtos.

3.4.5 Painéis solares

Com o serviço de modernização da Up & Co, os elevadores possuirão um


equipamento que funcionará com uma energia monofásica de 230V. Essa
tecnologia será alimentada por energia de painéis solares, instalados no topo dos
edifícios e com a quantidade de placas escolhida pela demanda dos clientes.
Assim, a placa fotovoltaica alimentará o elevador e uma bateria que em caso de
emergência os usuários não ficarão presos nos elevadores e permitirá que o
elevador continue até 100 viagens. Esse tipo de modernização necessita até 12
vezes menos potência instalada da rede elétrica comparada a um elevador padrão.
(OTIS ELEVATOR COMPANY, 2021). Além disso, a energia acumulada pela placa
solar que não for consumida pela bateria, será destinada à rede elétrica gerando
crédito de energia ao edifício junto à distribuidora de energia elétrica.

3.5 Custos Industriais

As subseções a seguir apresentam os principais custos industriais da Up &


Co considerando seu escopo de atuação, produtos e serviços oferecidos. Nesse
sentido, essas informações também são usadas para calcular a necessidade de
capital da companhia e sua viabilidade econômica a partir de expectativas de
geração de receita.

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3.5.1 Detalhes da fábrica

Como os serviços oferecidos pela Up & Co se tratam de modernizações, não


necessitando de uma linha de montagem ou de um espaço grande de fábrica, o
espaço de trabalho escolhido é um galpão de 350 m² localizado em São Bernardo
do Campo, região metropolitana de São Paulo. A escolha da localização se deu por
ser uma zona industrial próxima à capital, onde a maioria dos clientes da
companhia se encontram. Além disso, a região tem uma população com alto nível
de escolaridade e aluguéis relativamente baratos quando comparados a outras
partes da região metropolitana (FRALLONARDO, 2021).

3.5.2 Custo dos colaboradores.

Os trabalhos realizados pela companhia podem ser descritos como pacotes


de modernizações à elevadores datados, elevando sua eficiência para diminuir o
impacto no meio ambiente e os custos para os responsáveis pela máquina.
Para executar essa função, a companhia conta com um engenheiro sênior,
responsável pela administração financeira e logística da companhia, além de traçar
planos estratégicos de desenvolvimento de projetos. Também, a companhia conta
com dois engenheiros júnior para servirem de auxiliares nessas funções. Além
desses, a companhia conta com seis técnicos: três técnicos mecânicos e três
técnicos elétricos, responsáveis pela execução direta dos serviços dispostos pela
companhia.
Também, a empresa conta com alguns funcionários terceirizados. Uma
empresa de marketing contratada para administrar as contas nas redes sociais da
companhia, desenvolver e manter o site e o aplicativo, uma empresa de tecnologia
responsável por manter os servidores da companhia estáveis, proteger os dados
dos clientes, uma empresa de limpeza contratada por período integral, durante

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cinco dias na semana, e uma empresa de segurança durante vinte e quatro horas,
todos os dias.
O salário designado a cada cargo foi decidido a partir de uma média nacional
de cada área, levando em conta as especificidades dos cargos (GLASSDOOR,
2021) (SOARES, 2019). O custo dos serviços terceirizados também foi estabelecido
a partir de uma média nacional do mercado (GLASSDOOR, 2021). O custo total de
um funcionário representa, além de seu salário, seus benefícios e necessidades,
como vale-transporte, vale-alimentação, férias remuneradas, impostos,
treinamentos, uniforme, entre outros. Assim, todos esses valores são ilustrados na
tabela abaixo, presente no apêndice A:

Tabela 3.2 - Custos dos colaboradores

Fonte: GLASSDOOR, 2021 e SOARES, 2019

3.5.3 Custos de fábrica

Sobre os custos da fábrica, estes podem ser divididos em duas partes, os


custos únicos, que serão investimentos para o início das operações, e os custos
recorrentes, que serão pagos mensalmente para manter o funcionamento do
espaço.
Os custos únicos podem ser resumidos à compra dos equipamentos
necessários para montar a fábrica. A máquina a laser de fibra metálica irá auxiliar

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no corte das chapas de inox e na identificação de peças, e tem o valor aproximado
de R$50.000,00. Também, serão necessárias ferramentas para realizar serviços
específicos, cuja média de custos é R$5.000,00 (TRAMONTINA, 2021).
Os custos recorrentes se referem, principalmente, à contas, impostos e
manutenção. O espaço escolhido para a montagem da companhia tem um aluguel
igual a R$6.800. Esse espaço tem o IPTU de, aproximadamente, R$2.600,00 (SÃO
PAULO, 2021), de acordo com a média da região. Em média, a conta de energia da
fábrica é de aproximadamente R$12.000,00 (ENEL, 2021). Também,um custo
mensal de R$1.000,00 será destinado à possíveis consertos e reposições de
materiais, e outro de R$4.800,00 destinado ao custo de transporte dos funcionários,
equipamentos e materiais (MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA, 2019). Isso
totaliza um valor de R$24.600,00.

3.5.4 Outros custos e custos finais

De acordo com os valores levantados anteriormente, a fábrica necessita de


um investimento de R$185.873,50 para iniciar as operações, e R$128.273,50 em
todos os meses subsequentes para mantê-la ativa.
Os custos dos materiais necessários para exercer os serviços de
modernização variam conforme a classe de modernização escolhida pelo cliente. A
modernização básica envolve a troca de lâmpadas para LED e do painel de
controle, além da instalação de um sistema de frenagem regenerativa e
modernização da cabina. Ao todo, cada modernização básica custa R$38.993,10. A
modernização intermediária envolve todos os elementos da básica, com a adição
de troca dos motores e implementação da correia de poliuretano no sistema,
totalizando R$71.233,10 por serviço. A modernização premium resume todos os
serviços oferecidos pela companhia, sendo os mesmos da intermediária mais a
instalação da bateria (MARSH, 2021) e dos painéis solares, totalizando
R$129.050,46 por serviço.

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3.5.5 Receita fixa

A receita fixa é composta pelos diferentes pacotes de assinatura oferecidos


pela companhia. O pacote de assinatura básica oferece cobertura de manutenção,
mas não cobre o preço das peças para conserto caso se mostre necessário, e
representa 25% da renda fixa da companhia. A assinatura intermediária, além de
cobrir a manutenção, também arca com os custos de qualquer peça necessária
para o conserto, representando 40,4% da receita fixa. Por último, a assinatura
premium também inclui os preços de peças e manutenções, mas oferece um
desconto de 35% em qualquer modernização futura que o cliente deseje realizar,
incluindo as que ainda não estão no catálogo. Essa faixa representa 34,6% da
receita fixa da companhia. A renda mensal das assinaturas é de R$52.000,00. Na
tabela, presente no apêndice B abaixo estão representados os valores de cada uma
das assinaturas:

Tabela 3.3 - Preço das assinaturas

Fonte: autoria própria


3.5.6 Receita variável

A receita variável da companhia é composta por dois pontos: o serviço de


manutenção único, e a modernização. O serviço de manutenção único é destinado
aos clientes que não tem um plano de assinatura com a empresa, mas que tiveram
necessidade de manutenção em uma ou mais máquinas. A modernização é a
principal receita variável da companhia, e pode abrangir uma ou todas as opções
disponíveis pela empresa. Na tabela abaixo, presente no apêndice B estão os
valores do serviço de manutenção único e cada peça de modernização:

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Tabela 3.4 - Preço das modernizações e manutenções únicas

Fonte: autoria própria

3.5.7 Receitas totais

No início das operações da companhia, espera-se um período de três meses


onde a empresa está se conectando com clientes e se estabelecendo no mercado.
Por conta disso, espera-se que nesses meses a renda da companhia seja
significativamente menor que durante o resto das operações. Nesses meses, a
empresa espera vender uma modernização básica e uma modernização premium,
além de um serviço de cada tipo de manutenção. Também, espera-se que haja
duas assinaturas, uma básica e uma premium. Isso totaliza R$222.900,00, que
subtraído dos custos dos serviços realizados, resulta num prejuízo de R$73.417,06
ao mês. Em situações normais, ou seja, passado esse período de abertura da
companhia, as possíveis receitas da fábrica foram divididas em dois extremos: um
mês ideal e um mês fraco. Em um mês ideal, a companhia vende um serviço de
modernização básica, um serviço de modernização intermediária, três serviços de
modernização premium, quatro manutenções gerais e quatro manutenções
específicas. Isso totaliza R$669.000,00, que subtraído pelo custo de todos esses
serviços (R$625.651,08), e somado com a renda fixa esperada das assinaturas
resulta em uma receita mensal de R$96.348,92. Em um mês fraco, a companhia
vende dois serviços de modernização básica, um serviço de modernização
intermediária, um serviço de modernização premium, duas manutenções únicas

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gerais e três manutenções únicas específicas. Isso totaliza R$521.000,00, que
subtraído pelo custo de todos esses serviços (R$477.776,36), resulta em uma
receita mensal de R$43.223,64. Em um período de seis meses, é esperado que a
empresa tenha três meses ideais e três meses fracos.

3.5.8 Viabilidade econômica

De acordo com a equação 1, pode-se calcular o valor presente líquido da


companhia considerando a taxa mínima de atratividade como 1,25% ao mês, que é
igual a R$48.967,75 em um período de seis meses, portanto, o projeto é viável
(REIS, 2017). Seguindo a equação 2, o valor calculado para a taxa interna de
retorno nesse mesmo período é de 3% ao mês, o que também garante a viabilidade
do projeto, porque é maior que a taxa mínima de atratividade. A partir da equação
4, é calculado o payback descontado da companhia, que equivale a oito meses e
doze dias.

3.6 Tendências futuras

A partir das análises da Indústria 4.0 e das tendências traçadas para as


cidades inteligentes, as seções a seguir apresentam as iniciativas projetadas pela
Up & Co para seus produtos e serviços no futuro, reforçando sua missão com a
inovação e a sustentabilidade.

3.6.1 Aplicação de IOT em elevadores e a tecnologia 5G

Ao analisar e coletar dados, através da interconexão digital dos elevadores


com a internet, os elevadores da Up & Co fornecerão informações de desempenho
em tempo real disponibilizada ao cliente com total transparência e de forma
imediata. Essa tecnologia permitirá que os profissionais de serviço identifiquem de
forma proativa os problemas em potencial e consigam resolver remotamente antes

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que causem interrupções no serviço. Além disso, a aplicação de sensores na
máquina de tração, auxiliará o profissional no momento da manutenção, dando
precisamente os locais que precisam ser trocados e possíveis problemas futuros
(NAKAMURA, 2021).
Nesse âmbito, pode ser explorada ainda a Inteligência Artificial (IA). Com a
IA, os elevadores da Up & Co podem tratar com maior clareza o fluxo de
passageiros nos e sua distribuição, bem como recursos preditivos aprimorados.
Isso equivale à capacidade de visualizar e controlar a quantidade de passageiros e
as operações em tempo real, ajustando a frequência, capacidade e o número de
elevadores necessários no local. Além disso, poderá analisar um padrão de rotina
dos usuários para disponibilizar os elevadores no horário preciso e, assim, reduzir o
tempo gasto nas viagens desnecessárias (ALSTOM, 2020).
A tecnologia 5G, ampliará a análise de grandes dados dos elevadores em
tempo real permitindo uma conectividade do sistema operacional com os
elevadores. Assim, será possível realizar análises mais precisas e rápidas de
possíveis problemas presentes (ANATEL, 2021).

3.6.2 Elevadores sem cabo

Hoje, a maioria dos elevadores utilizam sistema de eixos verticais, com


apenas uma cabina por poço, restringindo a capacidade de locomoção das pessoas
e ocupando espaço excessivo em edifícios. Contudo, com o avanço da tecnologia,
surge uma nova geração de elevadores que se movimentam tanto vertical quanto
horizontalmente, os elevadores sem cabos.
A ThyssenKrupp, empresa alemã de fabricação de elevadores, já provou ser
possível esse inovador sistema de locomoção ao lançar o sistema “MULTI”, o qual
oferece várias cabinas por poço rodando em um movimento único circular. Para
tanto, foi desenvolvido o sistema de motor de indução linear magnético que em
conjunto com um permutador para mover as cabinas de um poço para o outro,

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permite a movimentação vertical e horizontal do veículo (THYSSENKRUPP, 2014).
Abaixo, na Figura 3.5, é possível ver uma ilustração desse sistema.

Figura 3.5 - Transição horizontal entre os poços de elevador


Fonte: APPUNN et al., 2018
Eliminar os cabos não só reduz a quantidade de infraestrutura necessária para
operar um elevador, como também permite que os eixos sejam construídos quase
infinitamente compridos, pois o peso do próprio cabo de aço forte não é mais uma
limitação (LISZEWSKI, 2017). Ademais, esse novo tipo de elevador torna as
criações arquitetônicas mais amplas, pois elimina o alinhamento vertical, reduz a
ocupação da área útil dos edifícios e o tempo de espera, aumenta a capacidade e a
eficiência de transporte.

3.6.3 Uso de turbinas eólicas para geração de energia

Pelas resoluções normativas da Aneel, o consumidor brasileiro tem


permissão para gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis. O
excedente da energia produzida deve ser fornecida à rede de distribuição local
(JORNAL USP, 2021). A Up & Co incentiva o crescimento da geração própria de
energia elétrica.
A geração de energia eólica em centros urbanos é bastante limitada. Sempre
buscando inovar, a Up & Co planeja a instalação de turbinas de pequeno porte nos
topos de altos edifícios em centros urbanos. No entanto, é preciso fazer estudos
sobre a área de instalação. Estatísticas relevantes como a direção do vento, a

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velocidade, a intensidade, a constância e a temperatura são os fatores chaves
considerados e avaliados para realizar a instalação (Hussni, 2021).

3.6.4 Expansão de fábricas sustentáveis

A localização da fábrica é um dos fatores mais relevantes para se avaliar. A


Up & Co realiza estudos para avaliar as características climáticas das regiões e dos
estados no Brasil.
A expansão planeja ser direcionada ao Nordeste, a região que lidera o
ranking de geração de energia eólica no Brasil. Ela representa 89% da produção
total existente com uma geração média diária de 8.650MW. Os estados com
destaque são: Rio Grande do Norte, com capacidade de produção igual a 4.066
MW, Bahia, com capacidade de produção igual a 3.951 MW, e Ceará, com
capacidade de produção igual a 2.045 MW (Origo Energia, 2020).
Através da instalação de turbinas de alto porte em áreas com alto índice de
ventos, a Up & Co visa utilizar ao máximo as fontes renováveis para uso em sua
fábrica.

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CONCLUSÃO

O presente trabalho teve como objetivo desenvolver uma empresa voltada à


inovação em elevadores, com ênfase na sustentabilidade de sua fabricação e de
seu funcionamento, e que se mostrasse viável financeiramente.
Focada na modernização de elevadores, a empresa alcança seus objetivos a
partir da implementação de tecnologias como motores com ímãs permanentes, de
alta eficiência energética, iluminação de LED e sistema de recuperação de energia,
que reduzem o gasto de energia elétrica, materiais duráveis - que reduzem o
descarte de resíduos e a necessidade de manutenção - e o uso de painéis
fotovoltaicos para geração distribuída de energia.
De acordo com o que foi apresentado, percebe-se que a empresa mostra
seu valor a partir da ampla gama de opções de modernização de elevadores, assim
como seu modelo de negócios com opção de assinatura, o que garante maior
assistência ao cliente e maior previsibilidade financeira à Up & Co, e atenção à
satisfação do cliente a partir da assistência técnica 24h e garantia dos produtos e
serviços.
Dessa forma, a viabilidade financeira é auferida a partir da combinação da
estrutura de custos enxuta com o versátil modelo de negócios, o que é atestado
pela rentabilidade acima da taxa mínima de atratividade - estipulada em 1,25% ao
mês, ou 15% ao ano, refletindo prêmio sobre a taxa de juros em vigor no país -,
com taxa interna de retorno projetada em 3% ao mês e payback descontado
projetado em pouco mais de oito meses.
Diante disso, o desenvolvimento de novas tecnologias proporciona outras
possibilidades de crescimento dentro do escopo de atuação da empresa, sobretudo
visando aprimoramento da eficiência e versatilidade do elevador, o que cria
oportunidades de aprimoramento do trabalho desenvolvido. Algumas tendências
futuras foram mapeadas, mas podem ser exploradas em maior profundidade para
implementação no elevador, são elas: o uso de 5G e a aplicação de Internet das
Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA), a possibilidade de eliminação dos cabos de

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tração, possibilitando deslocamento horizontal do elevador, novas fontes de
geração de energia renovável (sobretudo eólica).
Uma limitação deste trabalho, no entanto, é a falta de protótipos e ensaios
experimentais, consequências da atual pandemia de Covid-19 que restringiu o
acesso aos laboratórios da universidade para atividades presenciais.
Finalmente, novas medidas, tais como intercâmbios com outras
universidades e alianças com centros de pesquisa, podem ser interessantes para
desenvolver materiais sustentáveis alternativos e métodos de implementação das
tecnologias listadas. Realizando este tipo de relação com diversos
estabelecimentos, uma empresa como a Up & Co é capaz de proporcionar um
projeto mais eficaz e com maior desempenho.

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Governo do Brasil. Região Nordeste bate recorde na geração de energia eólica


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APÊNDICE

Apêndice A: Tabela de custos

Apêndice B: Tabela de receitas

Apêndice C: Tabela de viabilidade econômica

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