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ANÁNKÊ & AÍÔN

ANÁNKÊ

Na mitologia grega, Anánkê (em grego Ἀνάγκη, “necessidade”)


também chamada de Aísa (Αισα, “destino”), de Adrásteia (Αδραστεια,
“inevitável”) ou de Moíra (Μοιρα, “fado”), segundo cada autor, era a mãe
das Moíres e a personificação do tempo necessário dos seres vivos e cuja
morte é algo inevitável. Foi associada com Penía (Πενία, "pobreza") por
Platón em sua obra Sympósion, sendo assim, sua
equivalente romana seria Necessitas.
Surgiu do nada no princípio dos tempos formada por si mesma
como um ser incorpóreo e serpentino cujos braços estendidos envolviam
todo o universo. Desde sua aparição Anánkê estava entrelaçada com seu
companheiro Aíôn, o deus do tempo eterno. Juntos rodearam o ovo
primogênito de matéria sólida em seu enlace constritivo e o dividiram em
suas partes constituintes (terra, céu e mar), provocando assim a criação do
universo ordenado.
Anánkê e Aíôn permaneceram eternamente entrelaçados como as
forças do destino e do tempo que rodeiam o universo, guiando a rotação
dos céus e o interminável caminho do tempo. Ambos estavam muito
distantes do alcance dos deuses mais jovens, cujos destinos controlavam.
Anánkê era raramente adorada até a criação da religião
mistérica órfica. Na tradição órfica era filha deHýdros e Phúsis e mãe com
Aíôn de Áêr (Kháos), Ákmôn (Aithér), Skótos (Érebos) e Phánes (Érôs).

FILIAÇÃO
Hýdros & Phúsis – Fragmentos órficos 54.
DESCENDÊNCIA
Áêr, Ákmôn, Phánes (com Aíôn)  – Argonautikás órficas 12.
Áêr, Ákmôn, Skótos (com Aíôn)  –  Fragmentos órficos 54.
Moíres  –  Platón, Demokratía.

"Originalmente havia Hýdros, diz Orpheús, e lama, a partir do qual


Phúsis se solidificou: ele postula esses dois como os primeiros
princípios, água e terra... Antes dos dois havia Thésis, no entanto,
ele não deixa claro, se o seu próprio silêncio seja uma indício de sua
natureza inefável. O terceiro princípio, foi gerado em seguida por
estes, Phúsis e Hýdros, que foi é e, será uma serpente com cabeças
adicionais crescendo sobre si, uma de touro, uma de leão e o rosto
de um deus no meio, que tinha asas sobre seus ombros, e seu
nome era Khrónos e também Heraklés. Unida com ele estava
Anánkê, sendo da mesma natureza, incorpóreo, ou Adrásteia, os
braços estendidos por todo o universo e tocando suas
extremidades. Acredito que esse representa o terceiro princípio,
ocupando o lugar da essência, só que Orpheús o tornou
bissexual [como Phánes] para simbolizar a causa geradora
universal. E assumo que a Teologia das Rapsódias Órficas descartou
os dois primeiros princípios (juntamente com o anterior aos dois,
que não foi citado) [isto é, os Órficos descartaram os conceitos de
Thésis, Khrónos e Anánkê], e começou a partir deste terceiro
princípio [Phánes] após os dois, porque este foi o primeiro que foi
exprimível e aceitável aos ouvidos humanos. Pois este é o grande
Khrónos que encontramos nas Rapsódias, o pai de Aithér e Kháos
Com efeito, nesta teologia também [Hieronyman], este Khrónos, a
serpente teve filhos, em número de três: úmido Aithér, ilimitado
Kháos, e como um terceiro, nebuloso Érebos... Entre estes, diz ele,
Khrónos gerou um ovo, essa tradição também torna-o gerado por
Khrónos, e nascido "entre" estes, porque é a partir destes que a
terceira tríade Inteligível é produzida [Phánes] O que é essa tríade,
então? O ovo, a díade das duas naturezas formadas em seu interior
(masculino e feminino) e a pluralidade entre as várias sementes e
em terceiro lugar um deus incorpóreo com asas douradas nos
ombros, cabeças de touros crescendo em seus flancos, e na cabeça
uma serpente monstruosa, apresentando a aparência de todos os
tipos de formas animais... E o terceiro deus da terceira tríade nesta
Teologia também comemora como Protógonos [Phánes], e ele
chama de Zeús a ordem de tudo e do mundo inteiro, portanto ele
também é chamado de Pán. Tanto nessa segunda fonte
genealógica relativa aos princípios inteligíveis."  – Órficos,
Fragmentos 54. 

"[Primeiro veio] Thétis [Thésis] depois, os antigos, Póros [Aíôn ou


Kaíros] e Tékmor [Anánkê ou Penía]: Tékmor surgiu após Póros... Então...
O chamou Póros desde o início de todas as coisas, pois quando a matéria
começou a ser colocada em ordem, um certo Póros surgiu como um
começo Então Alkmán representa a matéria de todas as coisas como
confusa e sem forma.
Então ele diz que surgiu um ser que colocou todas as coisas em
ordem, então Póros surgiu, e Póros passou em seguida para Tékmor. E
Póros é como um começo, enquanto que Tékmor é como um fim. Quando
Thétis passou a existir, o princípio e o fim de todas as coisas surgiram
simultaneamente, e todas as coisas têm sua natureza semelhante a matéria
de bronze, enquanto Thétis é semelhante a um artesão, Póros e Tékmor
lembram um começo e um fim.
Ele usa a palavra antiga pelo velho. E o terceiro, Skótos [Érebos]:
uma vez que nem o sol nem a lua tinham surgido ainda, mas a matéria
ainda não era diferenciada. Assim, no mesmo momento, surgiram os Póros
e Tékmor e Skótos. Amara [Heméra] e Melaina [Nýx] e terceiro, Skótos,
assim como Marmarugas [Aithér]: o dia não significa simplesmente dia,
mas contém a idéia do sol. Anteriormente, havia apenas escuridão, e
depois, quando eles já tinhas sido diferenciados, luz veio a
existir."...Alkmán, Fragmento 5.

"E Epikoúrios disse que o mundo começou, semelhante a um ovo, e o


Vento [as formas entrelaçadas de Khrónos e Anánkê] Circundando o ovo
na forma de uma serpente como uma coroa ou um cinturão de flores, então
começou a contrair a natureza. Conforme tentou espremer toda a matéria
com maior força, ele dividiu o mundo em dois hemisférios, e depois que os
átomos se ordenaram para fora, os mais leves e mais finos do universo
flutuaram para cima e tornaram-se o Ar brilhante [Aíther] e o Ar mais
rarefeito [Kháos], enquanto o mais pesado e mais sujo se lançou para
baixo, tornado-se a Terra [Gaía], tanto a secura da terra quanto o fluido
das águas [Póntos]. E os átomos se movem por si mesmos e por si mesmos
dentro da revolução do céu e das estrelas. Tudo ainda está sendo
impulsionado pelo circular vento serpentiforme[Khrónos e Anánkê]" –
Epikoúrios, fragmentos.

"Em primeiro lugar, antigo Kháos, severa Anánkê, e Khrónos, que


criou dentro de suas ilimitadas espirais, Aithér e com dois sexos e duas
caras, glorioso Érôs, eterno nascimento, pai de Nýx, a quem os últimos
homens chamaram Phánes, pois ele foi quem primeiro se manifestou." –
Orphikós, Argonaútikas. 

"Agamêmnon vestiu o jugo de Necessidade (Anánkê), com desvio de


espírito." – Aiskhýlos, Prometheús acorrentado 217 [concordou em
sacrificar sua filha Iphigéneia para apaziguar a deusa Ártemis, para que ela
permitisse que a frota grega pudesse navegar para Troía]

"Eu [Prometheús] devo suportar o meu castigo atribuído [ser


acorrentado a uma montanha] tão levemente quanto eu puder, sabendo que
o poder da Necessidade (Anánkê) não permite qualquer resistência." –
Aiskhýlos, Prometheús acorrentado 103.

"Prometheús: Dessa forma não é a Moíra, quem traz toda a


realização, destinada a concluir seu curso. Somente quando for dobrado
por dores e torturas infinitas que devo escapar do meu cativeiro. A
habilidade é mais fraca longe de Anánkê. (necessidade).
Refrão: Quem é o timoneiro de Anánkê (necessidade)?
Prometheús: Aquelas triformes (trimorphoí) Moíres e aquelas
conscientes (mnêmones) Erínyes.
Refrão: Será que Zeús tem menos poder do que elas?
Prometheús: Sim, mesmo ele não pode escapar do que é
predestinado.
Refrão: Por que, o que está destinado para Zeús, exceto prevalecer
eterno?
Prometheús: Isso você não tem que aprender ainda, não seja
ansioso.
Refrão: É um segredo solene, que com certeza, você encobrirá em
mistério.
[Prometheús sabe uma profecia secreta sobre o nascimento de um
filho de Zeús e Thétis que irá depôr o deus]." – Aiskhýlos, Prometheús
Acorrentado 510

"[Prometheús acorrentado ao Monte Kaúkasos:] Deixe que


ele [Zeús] levante-me para o alto e lance-me ao negro Tártaros, com as
enchentes rodopiantes da severa Necessidade (Anánkê): Fazendo o que ele
quiser, pois ele nunca me trará a morte [pois Prometheús é imortal]." –
Aiskhýlos, Prometheús Acorrentado 1050.

"Coro: Eu subiria ao alto com a poesia e com o pensamento elevado,


e apesar de eu ter colocado a minha mão em muitas reflexões, eu não
encontrei força maior do que Anánkê, nem existe qualquer cura para ela
nas tabuletas thrákes estabelecidas pela voz de Orpheús, nem em todas as
Simples [curas] que Phoíbos [Apóllôn] colhidas em ajuda dos grandes
problemas dos mortais e deu aos filhos de Asklêpiós." – Euripídês, Alkéstês
962.

"Há uma lei da severa Anánkê, o decreto imemorial dos deuses feito
rapidamente e para sempre, bravamente jurado e selado: se qualquer
Daímôn (Espírito ou Deus), nascido para ter uma vida duradoura, seja
sujado pelo pecado do massacre, ou transgredir uma disputa, perjurar e
renegar, três vezes, por dez mil anos essa alma deverá vagar como um
pária da felicidade, condenado a ser mortal, e em diversas formas com a
mudança das dificuldades em seus caminhos. Os Céus o forçarão de
cabeça contra o mar, e o mar o vomitará, a terra seca o receberá, mas o
lançará indesejado contra o sol ardente, a partir daí, como um vórtice
celeste será lançado para trás, ele retornará de um hospedeiro para outro,
por todos abominado." – Empedoklés, Fragmentos.
"E haviam outras três que estavam sentadas ao redor a intervalos
regulares, cada uma no seu trono, as Moíres, filhas de Anánkê, vestidas
com vestes brancas com filetes na cabeça, Lákhesis e Klóthô, e Átropos,
que cantavam em uníssono com a música das Seirénes, Lakhesis cantando
as coisas que eram, Klóthô as coisas que são, e Átropos as coisas que
ainda serão... Lákhesis, a filha donzela de Anánkê (necessidade)." –
Platón, Demokratía 617

"Moúses, na música, Hephaístos, na metalurgia, Athena, na


tecelagem, e Zeús no comando dos deuses e dos homens. Daí também os
negócios dos deuses foram inventados por Érôs - claramente amante da
beleza - ardendo neles, pois Érôs não tem nenhuma preocupação com a
feiúra, embora antigamente, como comecei por dizer, haviam muitas obras
estranhas entre os deuses, como diz a lenda, por causa do domínio de
Anánkê. Mas desde quando este deus se levantou, o amor pelas coisas
belas trouxe todos os tipos de benefícios tanto aos deuses quanto aos
homens." – Platón, Sympósion 197

"Themistoklés [historiador grego] deu-lhes [as pessoas de Andros] a


entender que os athenaíoi tinham vindo com dois grandes deuses para
ajudá-los, Peithô (persuasão) e Anánkê (necessidade), e que os Andrioí
deveriam, portanto, certamente dar dinheiro, disseram em resposta. Então
é mais razoável que Athenaí seja grande e próspera, sendo abençoada com
deuses úteis. Quanto a nós Andrioí, somos abençoados, mais com a falta de
terra abundante, e temos dois deuses inúteis que nunca abandonam nossa
ilha, mas querem morar lá para sempre, ou seja, Penía (Pobreza) e
Amekhanía (desamparo). Uma vez que estamos nas mãos desses deuses,
que não dão dinheiro, o poder de Athenaí nunca será mais forte do que a
nossa incapacidade."  –  Heródotos, Historíes 8.

"Os homens são mais inúteis do que a severa senhora Anánkê, que
me conduz agora e me obriga a vir aqui a mando de outro rei." Apollónios
Rhódios, Argonautikás 3
"Anánkê é uma grande deusa. Já não sou eu quem recusa." –
Kallímakhos, Hino a Délos 4

"Todas as coisas amargas que o fuso espiralado de Anánkê repartiu


e teceu para o seu destino, caso os fios da Moíres sempre obedecerem" –
Nónnos, Dionysiaká 2

"[Inó fugindo de seu marido assassino lamenta:] Anankê é uma


grande deusa, para onde você vai fugir?" – Nónnos, Dionysiaká 10

"Anankei: Com Anánkei nem sequer os deuses lutam." – Souídas,


Anánkei. 

"Anankê: Nos Epigramas: Veja como a onisciente Anánkê ensinou-


lhe como encontrar uma fuga de Háidês". E um provérbio: "Os deuses não
lutam contra Anánkê." Ela recomenda que deve-se estar satisfeito com o
que está disponível." – Souídas, Anánkê. 

"[Na Akropólis de Korinthos] há um santuário de Anánkê


(necessidade) e Bías (Força), no qual não é costume entrar." – Pausanías,
Helládos Periégesis.
AÍÔN

Na mitologia grega, Aíôn (em grego Αίων, “eternidade”) ou Khrónos


(em grego Χρόνος, "tempo") também chamado de Heraklés (Ἡρακλής,
“glória do tempo”), Póros (Πόρος, “artifícios”) ou Kaíros (Καιρος,
“oportunidade”), era a personificação do tempo eterno. Surgiu no principio
dos tempos.
Era um ser incorpóreo e serpentino, possuindo três cabeças, uma de
ovelha, outra de touro e outra de leão, unindo a sua companheira Anankê
(necessidade) numa espiral em volta do ovo cósmico que formou o
universo a partir dos restos do ovo e da separação dos demais elementos,
com a terra, o céu, e o mar.
Após a criação Aíôn permaneceu como um deus distante e
incorpóreo, que rodeia o universo, conduzindo a rotação dos céus e o
caminhar eterno do tempo, aparecendo ocasionalmente perante Zeús sob a
forma de um homem idoso de longos cabelos e barbas brancas, embora
permanecesse a maior parte do tempo em forma de uma força que vai
muito além do alcance do poder dos deuses mais jovens.
Aíôn era o deus das eras, das décadas e dos milênios, desde à Idade
de Ouro até a de Bronze, representa o eterno ciclo do tempo e a evolução
da humanidade. Nos mosaicos greco-romanos era representado como um
homem girando a roda zodiacal.
Por ser o criador do tempo, sendo assim, de tudo o que existe no
universo, os gregos consideravam que a humanidade era filha de Aíôn,
portanto, uma vez que é impossível fugir ao tempo, todos seriam mais cedo
ou mais tarde, vencidos por ele.

FILIAÇÃO
Do nada – Nónnos, Dionysiakás
Hýdros & Phúsis – Fragmentos órficos 54.
DESCENDÊNCIA
Áêr, Ákmôn, Phánes (com Aíôn)  – Argonautikás órficas 12.
Áêr, Ákmôn, Skótos (com Aíôn)  –  Fragmentos órficos 54.
Phánes (de um ovo cósmico) –  Fragmentos órficos 54.
Amára – Bakkhylídês, Fragmentos 7.
Moíres – Tzetze, Lykophrón.
Hóres – Nónnos, Dionysiakás.

"Originalmente havia Hýdros, diz Orpheús, e lama, a partir do


qual Phúsis se solidificou: ele postula esses dois como os primeiros
princípios, água e terra... Antes dos dois havia Thésis, no entanto,
ele não deixa claro, se o seu próprio silêncio seja uma indício de sua
natureza inefável. O terceiro princípio, foi gerado em seguida por
estes, Phúsis e Hýdros, que foi é e, será uma serpente com cabeças
adicionais crescendo sobre si, uma de touro, uma de leão e o rosto
de um deus no meio, que tinha asas sobre seus ombros, e seu
nome era Khrónos e também Heraklés. Unida com ele estava
Anánkê, sendo da mesma natureza, incorpóreo, ou Adrásteia, os
braços estendidos por todo o universo e tocando suas
extremidades. Acredito que esse representa o terceiro princípio,
ocupando o lugar da essência, só que Orpheús o tornou
bissexual [como Phánes] para simbolizar a causa geradora
universal. E assumo que a Teologia das Rapsódias Órficas descartou
os dois primeiros princípios (juntamente com o anterior aos dois,
que não foi citado) [isto é, os Órficos descartaram os conceitos de
Thésis, Khrónos e Anánkê], e começou a partir deste terceiro
princípio [Phánes] após os dois, porque este foi o primeiro que foi
exprimível e aceitável aos ouvidos humanos. Pois este é o grande
Khrónos que encontramos nas Rapsódias, o pai de Aithér e Kháos
Com efeito, nesta teologia também [Hieronyman], este Khrónos, a
serpente teve filhos, em número de três: úmido Aithér, ilimitado
Kháos, e como um terceiro, nebuloso Érebos... Entre estes, diz ele,
Khrónos gerou um ovo, essa tradição também torna-o gerado por
Khrónos, e nascido "entre" estes, porque é a partir destes que a
terceira tríade Inteligível é produzida [Phánes] O que é essa tríade,
então? O ovo, a díade das duas naturezas formadas em seu interior
(masculino e feminino) e a pluralidade entre as várias sementes e
em terceiro lugar um deus incorpóreo com asas douradas nos
ombros, cabeças de touros crescendo em seus flancos, e na cabeça
uma serpente monstruosa, apresentando a aparência de todos os
tipos de formas animais... E o terceiro deus da terceira tríade nesta
Teologia também comemora como Protógonos [Phánes], e ele
chama de Zeús a ordem de tudo e do mundo inteiro, portanto ele
também é chamado de Pán. Tanto nessa segunda fonte
genealógica relativa aos princípios inteligíveis."  – Órficos,
Fragmentos 54.

"[Primeiro veio] Thétis [Thésis] depois, os antigos, Póros [Aíôn ou


Kaíros] e Tékmor [Anánkê ou Penía]: Tékmor surgiu após Póros... Então...
O chamou Póros desde o início de todas as coisas, pois quando a matéria
começou a ser colocada em ordem, um certo Póros surgiu como um
começo Então Alkmán representa a matéria de todas as coisas como
confusa e sem forma.
Então ele diz que surgiu um ser que colocou todas as coisas em
ordem, então Póros surgiu, e Póros passou em seguida para Tékmor. E
Póros é como um começo, enquanto que Tékmor é como um fim. Quando
Thétis passou a existir, o princípio e o fim de todas as coisas surgiram
simultaneamente, e todas as coisas têm sua natureza semelhante a matéria
de bronze, enquanto Thétis é semelhante a um artesão, Póros e Tékmor
lembram um começo e um fim.
Ele usa a palavra antiga pelo velho. E o terceiro, Skótos [Érebos]:
uma vez que nem o sol nem a lua tinham surgido ainda, mas a matéria
ainda não era diferenciada. Assim, no mesmo momento, surgiram os Póros
e Tékmor e Skótos. Amara [Heméra] e Melaina [Nýx] e terceiro, Skótos,
assim como Marmarugas [Aithér]: o dia não significa simplesmente dia,
mas contém a idéia do sol. Anteriormente, havia apenas escuridão, e
depois, quando eles já tinhas sido diferenciados, luz veio a
existir."...Alkmán, Fragmento 5.

"E Epikoúrios disse que o mundo começou, semelhante a um ovo, e o


Vento [as formas entrelaçadas de Khrónos e Anánkê] Circundando o ovo
na forma de uma serpente como uma coroa ou um cinturão de flores, então
começou a contrair a natureza. Conforme tentou espremer toda a matéria
com maior força, ele dividiu o mundo em dois hemisférios, e depois que os
átomos se ordenaram para fora, os mais leves e mais finos do universo
flutuaram para cima e tornaram-se o Ar brilhante [Aíther] e o Ar mais
rarefeito [Kháos], enquanto o mais pesado e mais sujo se lançou para
baixo, tornado-se a Terra [Gaía], tanto a secura da terra quanto o fluido
das águas [Póntos]. E os átomos se movem por si mesmos e por si mesmos
dentro da revolução do céu e das estrelas. Tudo ainda está sendo
impulsionado pelo circular vento serpentiforme[Khrónos e Anánkê]" –
Epikoúrios, fragmentos.

"Os deuses, como eles [os gregos] dizem, não existiam desde o


início, mas cada um deles nasceu como nós nascemos... e Orpheús, que foi
o inventor original dos nomes dos deuses e contou sobre seus nascimentos
e disse o que todos eles fizeram, e que desfruta de algum crédito entre eles
como um verdadeiro teólogo, e é geralmente seguido por Hómêros,
sobretudo, a respeito dos deuses, também fazendo sua primeira gênese da
água: Ôkeanós, que é a gênese de tudo. Hýdros (Água), era de acordo com
ele, a origem de tudo, e de Hýdros a lama foi formada, e deles um ser vivo
foi gerado com cabeças adicionais crescendo sobre ela, de um leão, e
outra de um touro, e no meio delas o semblante de um deus; seu nome era
Heraklés e Khrónos (tempo) deste Heraklés foi gerado um enorme ovo,
que, sendo completamente preenchido, pela força de sua geração foi
dividido em dois pelo atrito. Sua copa se tornou Ouranós (Céu), e o que
tinha afundado para baixo, Gaía (Terra). De lá também saiu um deus
incorpóreo [Prôtógonos-Phánes]." – Orphiká, Theogonía, Fragmento 57.

"Este Khrónos, de recursos imortais, gerou Aithér e grande Kháos,


de forma ampla e que, sem limite abaixo dele, sem base, sem lugar para se
estabelecer. Então o grande Khrónos formou a partir do divino Aithér, um
ovo branco brilhante [a partir do qual Phánes nasceu]." – Rapsódias órficas
66.
"Em primeiro lugar, antigo Kháos, severa Anánkê (inevitabilidade), e
Khrónos (eternidade), que criou dentro de suas ilimitadas espirais, Aithér
e com dois sexos e duas caras, glorioso Érôs/Kósmos/Erikepaios, eterno
nascimento, pai de Nýx, a quem os últimos homens chamaram Phánes, pois
ele foi quem primeiro se manifestou." – Orphikós, Argonautikás 12. 

"Auto-crescido, incansável, nobre descendente de Phúsis, que fizeste


reluzir com primogênitas balanças, ó famoso Aíôn." – Orphikós, Heraklés,
Hýmnos 12.

"Das coisas que acontecerão na justiça ou na injustiça, nem


Khrónos o pai de todos podem tornar o final inacabado" – Píndaros,
Olýmpioi 2.

"[Heraklés funda os Jogos Olímpicos:] e ele [Heraklés] nomeou de


Colina de Krónos, por longos anos, enquanto Oinomaos governava, uma
colina sem nome e regada com neve no inverno. Agora naquela hora do
aniversário [dos Jogos] as Moíres ali estavam, para consagrar este novo
rito estabelecido, e Khrónos, cuja última provação fica o único juiz da
verdade que deve permanecer." – Píndaros, Olýmpioi 10. [o Titán Krónos
era adorado em Olympía, na colina de mesmo nome.] 

"Para mim, qualquer parte que seja da excelência do trono do


dotado Destino, eu sei muito bem que Khrónos, embora o seu pé seja lento,
deve trazê-lo para o final ordenado." – Píndaros, Nêmeía 4

"Pode o poderoso Khronos, como coletor, jamais se cansar de um


curso estabelecido para mim." – Píndaros, Paíôn 2

"Filha radiante de Khrónos e Nýx, é o décimo sexto dia [Heméra] do


qüinquagésimo mês." – Bakkhylídês, Fragmento 7. 

"Khrónos recolheu as areias da praia sobre o lançamento dos


respectivos cabos, quando o exército a bordo avançou diante de Ílion". –
Aiskhýlos, Agamémnôn.
"Mas logo o tempo (Khronos) que cumpre tudo passará pelos
portais de nossa casa, e depois toda a poluição vai ser expulsa do lar pela
limpeza dos ritos que expulsam calamidades. Os dados da fortuna (týkhai)
virarão enquanto caem e se deitarão com faces lindas de se ver, favoráveis
a quem quer que permaneça em nossa casa." – Aiskhýlos, Portadores da
Libação.

"Prometheús: Mas o tempo eteno (khronos gêraskôn) ensina todas


as coisas.
Hérmês: Sim, mas pelo menos você ainda não aprendeu a manter
uma mente sóbria." – Aiskhýlos, Prometheús Acorrentado.

"Um número de criaturas cujos mal arranjados membros declarou


que eles não são nem homens nem animais se reuniram em volta dela
[Kírkê a feiticeira] como um grande rebanho de ovelhas seguindo o pastor
do rebanho, monstros indescritíveis como estes, equipados com membros
diversos, já foram produzidos espontaneamente por Gaía da lama
primordial, quando ela ainda não tinha se solidificado sob um céu sem
chuva e nem derivado de nenhuma umidade do sol escaldante. Mas
Khrónos, combinando isso com aquilo, colocou a criação animal em
ordem." – Apollónios Rhódios, Argonautiká 4

"Zeús... Cavalga sobre domínio dos Anemoí (ventos), Eúros (leste),


Boréas (norte), Zéphyros (oeste), e Nótos (sul) [presumivelmente os quatro
deuses dos ventos tinha assumido a forma de cavalos]: para Íris de plumas-
multicores retirar o jugo de seu eterno carro dessa equipe tempestuosa, o
carro que o imortal Aíôn moldou para ele de Ádamathos com mãos
incansáveis." – Koíntos Smyrnaíos, Queda de Troía 12.

"Obras de Caesar e... prósperos labores [batalha de Actium]; cujo


nome está nos lábios de Aíôn, por sua honra Caesar acalmou a tempestade
da guerra e o choque dos escudos." – Anônimo, Epigrama. 

"[Khrónos e o Titán Krónos são identicados nesta passagem:] Por


Saturnus novamente destacaram aquele ser que mantém o curso e a
revolução das estações e os períodos de tempo, a divindade assim
denominada em grego, pois o nome grego de Saturnus é Krónos, que é o
mesmo que Khrónos, um espaço de tempo." – Kikérôn, De Natura Deorum
2.
"Zeús vestindo a tempestade com sua couraça aigís desceu pelo ar
das alturas, sentado na carruagem de Khrónos com quatro corcéis alados,
os cavalos que puxavam Kroníôn [Zeús] eram do grupo dos Anemoí
(ventos)." – Nónnos, Dionysiakás 4.

"Então, [durante o Grande Dilúvio que inundou toda a terra] toda a


estrutura do universo teria sido emoldurada, em seguida o todo-criador
Aíôn teria dissolvido toda a estrutura das gerações não semeadas da
humanidade, mas pela ordenação divina de Zeús, Poseidón de cabelos
azul-marinho com o tridente divisor da terra, separou o pico da montanha
no centro da Thessalía, e cavou uma fenda através dela, na qual a água
corria espumante para baixo. Afastou da terra a enchente que viajou tão
alto, e mostrou-se ressuscitada." – Nónnos, Dionysiakás 6.

"As doze Hóres circulares, filhas de Khrónos, envolvem três vezes o


trono de fogo do Cocheiro incansável em um círculo, servas de Hélios que
cuidam de seu brilhante carro, sacerdotisas de cada raio de luz a seu
turno: Elas dobram o pescoço servil ao antigo gestor do
universo [Khrónos]. Em seguida, falou a Hórê cultivadora da uva,
estendendo sua foice do outono de ansiosas frutas como testemunha de sua
oração: Hélios, doador das estações, das plantações cultivadas, senhor
das frutas! Quando o sólo fará com que as uvas mães do vinho cresçam?
Qual dos bem-aventurados terá a honra de desposá-la por Aíôn? Não as
oculte, peço-vos, por causa de todas as minhas irmãs somente eu não tenho
o privilégio da honra! Eu não forneço frutos, nem milho, nem campinas,
nem a chuva de Zeús. Ela disse, e Hélios levantou um dedo e apontou para
sua filha circular [a Hórê do Outono] perto de uma parede oposta estavam
separadas as tabuletas da Harmonía. Nelas estão registrados em um grupo
todos os oráculos que a mão profética do primogênito Phánes gravou
como ordem para o mundo, e desenhou com seu lápis uma casa própria
para cada [casa astronômica ou casa zodiacal]. – Nónnos, Dionysiakás 12. 

"[Quando Aphrodítê entrou em uma competição contra Athená na


tecelagem ela negligenciou suas obrigações no amor] O antigo Aíôn, que
guia a nossa existência, ficou perturbado, e lamentou o vínculo do
matrimônio não mais utilizado." – Nónnos, Dionysiakás 24.

"E então, o rodopiante Khrónos, girando a roda das quatro estações


anuais, estava avançando  para o sexto ano." – Nónnos, Dionysiakás 36.
"Pois então Khrónos, girando em seu eixo prolongou a trégua do
combate e do conflito entre os indioi e mygdonioi". – Nónnos, Dionysiakás
38.

"Tão grandiosa era a antiga maravilha [um eclipse] do eterno Aíôn,


nosso pai de criação, que nunca havia apresentado, desde Phaéthên,
atingido pelo vapor do fogo divino, caindo meio queimado da carruagem
que ostenta a luz de Hélios, e foi engolido pelo rio Céltico." – Nónnos,
Dionysiakás 38.

"Eu [Hélios] conduzo as medidas de tempo (Khrónos), rodeado


pelas quatro Hóres, sobre o mesmo centro, até que eu tenha passado por
uma casa inteira [do Zodíaco] e cumprido um mês completo, como de
costume... Contrário a Ménê da lua, eu movimento a minha esfera
rolante... e passaria pela minha trajetória sem fim sobre o ponto da
viragem do Zodiakós, criando as medidas de tempo [Khrónos]." –Nónnos,
Dionysiakás 38.

"A cidade de Beroé estava lá [no início dos tempos], quando Aíôn
com sua primeira aparição a viu nascer junto com sua antiga companheira
Gaía." – Nónnos, Dionysiakás 41. 

"Ó Beroé [a primeira cidade que nasceu na criação do universo], raiz


da vida, nutriz de cidades, a glória dos príncipes, a primeira cidade visível,
a irmã gêmea de Aíôn, contemporânea com o universo." –Nónnos,
Dionysiakás 41.

"Aíôn, seu [antigo Ôkeanós] contemporâneo [ou seja, da mesma idade],


com as mãos envelhecidas enrolaria sobre o corpo da jovem recém-
nascida com as vestes de Díkê [deusa Beroé da cidade famosa por suas leis
e códigos], profeta de coisas futuras, porque ele afastaria a corda para
longe do pântano como suas débeis balanças da idade, e cresceria jovem
novamente banhado nas ondas do Direito." – Nónnos, Dionysiakás 41.

"Tristezas de muitas formas possuía a vida dos homens, que começa


com o trabalho e nunca vê o final da ansiedade: Aíôn e sua companheira
eterna [Anánkê] mostraram a Zeús Todo-Poderoso a humanidade, aflitos
com o sofrimento e com nenhuma porção de felicidade no coração. Pois o
pai ainda não havia cortado os fios do recém-nascido Bakkhós [Dionýsos]
e brotado de sua coxa grávida, para dar descanso a humanidade de suas
tribulações, que ainda não havia feito a libação do vinho absorver os
caminhos do ar e torná-los bêbados com as exalações do doce aroma. As
Hóres, as filhas do radiante[Hélios], ainda imóvel, não trançaram
guirlandas para os deuses solitários do prado verdejante. Pois estava
faltando vinho. Sem Bakkhós para inspirar a dança, a sua graça estava
apenas metade completa e bastante sem proveito, que encantava apenas os
olhos da companhia... Mas Aíôn maniforme, segurando a chave da
procriação, espalhou seus rebeldes cabelos brancos sobre os joelhos de
Zeús, deixando cair à massa fluente de sua barba em súplica, e fazendo sua
oração, inclinando a cabeça ao chão, inclinando o pescoço, esticando toda
a extensão de suas costas, e então ajoelhando-se, o ancião dos dias, o
pastor da vida perene, estendeu a mão infinita e falou: Lorde Zeús!
contempla por si mesmo as dores de um mundo desesperado! Não vês que
Enýô [deusa da guerra] fez toda a terra enlouquecer, segando estação por
estação na colheita de rápido perecimento juvenil? Podemos ainda ver
vestígios do dilúvio que enviastes a todas as nações, quando o fluxo das
enchentes aéreas subia no ar e fervia contra a vizinha lua. Despeço-me da
vida dos homens, uma vez que perecem tão cedo! Eu renuncio a divina
direção de seu destino, eu não vou mais segurar as correntes do mundo.
Deixe algum outro dos Santíssimos, um melhor do que eu, receber o leme
da vida sempre renovada; deixe outro ter o curso dos meus anos, pois
estou cansado da piedosa e infeliz raça sofredora dos homens. Não há
idade suficiente, que atormente a juventude, e faça com que um homem vá
devagar e com a cabeça baixa, quando encurvado e trêmulo, ele segue seu
caminho com um pé a mais, pesado de joelhos e apoiando-se sobre uma
vara, o fiel servo de idade! Não é fado suficiente, aquele que muitas vezes
esconde no Léthê o jovem esposo, companheiro de uma noiva de mesma
idade recentemente casada, e rompe os cabos da própria vida de uma
união que não podem ser quebrada! Eu sei como é delicioso um casamento
quando um jovem Athenaíos soa junto com as flautas de Pán: no entanto,
de que serve, quando o alto som da harpa de sete cordas é ouvida vibrando
perto da câmara nupcial? Alaúdes não podem conformar o coração
pesado, mas Érôs interrompe sua dança e joga fora a tocha nupcial, se ele
vê um casamento sem alegria. Mas, alguns podem dizer que um
medicamento [Elpís] foi plantado para fazer os sofridos mortais
esquecerem seus problemas, para salvar suas vidas. Poderia Pándora
nunca ter aberto a tampa do jarro celestial, ela que é o doce veneno da
humanidade! Não somente, mas também, Prometheús por si mesmo é a
causa da miséria do homem - Prometheús que cuida dos pobres mortais!
Em vez do fogo, que é o começo de todo o mal ele deveria ao em vez disso
ter roubado o doce néktar, que alegra o coração dos deuses, e dado aos
homens, coma qual ele poderia ter dispersado as dores do mundo, com a
sua própria bebida. Mas não importa os cuidados da vida sacudida pela
tempestade, basta considerar que suas próprias cerimônias trouxeram à
tristeza. Estas satisfeito com o vapor vazio do holocausto que vagueia sem
libação? Quando o ancião tinha terminado, Zeús Sapientíssimo por um
tempo se entregou a sua infinita sabedoria, num pensativo silêncio, e deu
asas à sua mente, uma após a outra as reflexões do que o cérebro criativo
revolvia diante de si, e o Kronídês, por fim, dirigiu sua voz divina para
Aíôn, e revelou um oráculo mais elevado do que o do centro profético
[Delphoí]: Ó Pai auto-gerado [ele não nasceu de qualquer outro deus, mas
surgiu no início do universo], pastor do ano sempre a fluir! Não te ires, a
raça humana originada da cera e minguante como a lua, nunca falha ou se
esquece de sua estação. Deixe o néktar para os Santíssimos, e eu darei a
humanidade para curar suas dores o delicioso vinho, outra bebida como o
néktar auto-destilada, e adequada para os mortais. O mundo primordial
irá sofrer ainda, até que seja entregue a uma criança [Dionýsos]... Ontem
com o aceno de Deo [Deméter] senhora de amplas eiras, da terra escavada
pelo ferro galanteador, do trigo entregue em feixes, da seca fruta do solo.
Agora também meu filho, portador de um presente glorioso, deverá plantar
na terra o fruto úmido e perfumado da vindima que cura tudo, meu filho
Dionýsos, Todo-alegre, amará a uva nunca-triste, e a rival Deméter. Então
você irá me elogiar quando ver a videira escarlate repleto de vinho
orvalhado, arauto do coração alegre... "O Pai falou, as Moíres
aplaudiram; com suas palavras as Horai de pés luminosos espirraram,
como um prenúncio do que está por vir. Finalizado o parlamento eles se
separaram, Aíôn para a casa de Harmonía, o outro para a câmara bem-
feita de Héra."  – Nónnos, Dionysiakás 7.

NOTA PESSOAL
Conforme foi repassado anteriormente, acredito que seja mais
correto considerar Kósmos, como gerador dos deuses gêmeos; Aíôn, tempo
eterno, e Anankê, tempo necessário, símbolos do poder infinito que domina
acima do poder dos próprios deuses e dos homens, pois sendo Érôs, o poder
da atração que equilibra todo o universo, pois sendo Kósmos a luz da
consciência que permite aos homens ter domínio sobre sua própria
existência, é também aquele que harmoniza o tempo existencial daqueles
que são considerados imortais, e o tempo existencial daqueles que estão
sujeitos a morte. Assim como Kháos gerou filhos etéreos de sua própria
matéria, noite e trevas, Kósmos geraria seus filhos por divisão unicelular,
tempo divino e tempo humano. 

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