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Natal/RN
2019
CAMILA DE LIMA PEGADO
Natal/RN
2019
AVALIAÇÃO DA BANCA EXAMINADORA
1ª Examinadora ORIENTADORA
2ª Examinadora:
3ª Examinadora:
DP - Doença de Parkinson
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................... 3
3 OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 3
3.1 Objetivogeral ..................................................................................................................................... 3
3.2 Objetivos específicos......................................................................................................................... 4
4 MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................................................. 4
4.1 Delineamento e local do estudo ........................................................................................................ 4
4.2 Amostragem ...................................................................................................................................... 4
4.3 Critérios de elegibilidade .................................................................................................................. 4
4.4 Considerações éticas ......................................................................................................................... 5
5 AVALIAÇÃO ..................................................................................................................................... 5
5.1 Instrumentos de avaliação: ................................................................................................................ 5
5.1.1 Medidas de caracterização da amostra ........................................................................................... 5
o Ficha de avaliação ........................................................................................................................... 5
o Escala de Hoehn&Yahr (H&Y) ...................................................................................................... 5
5.1.2 Medidas de desfecho ...................................................................................................................... 6
o Timed Up and Go (TUG) ............................................................................................................... 6
o Timed Up and Go-Assessment of Biomechanical Strategies (TUG-ABS) ..................................... 6
o Short Physical Performance Battery (SPPB)................................................................................... 6
5.2 Procedimentos de avaliação .............................................................................................................. 7
6 ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................................... 8
7 RESULTADOS ................................................................................................................................... 9
8 DISCUSSÃO ..................................................................................................................................... 12
9 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 16
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 17
APÊNDICES ........................................................................................................................................ 20
APÊNDICE 1 ....................................................................................................................................... 20
APÊNDICE 2 ....................................................................................................................................... 23
ANEXO1 .............................................................................................................................................. 24
ANEXO 2 ............................................................................................................................................. 25
ANEXO 3 ............................................................................................................................................. 26
1
1 INTRODUÇÃO
confiáveis de mobilidade funcional, bem como analisar as atividades que podem estar mais
comprometidas em indivíduos com DP com diferentes graus de mobilidade funcional.
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.2 Amostragem
5 AVALIAÇÃO
o Ficha de avaliação
Uma ficha de avaliação (APÊNDICE 2) foi utilizada para colher dados clínicos e
sociodemográficos dos voluntários, mediante as seguintes informações: Dados pessoais;
Dados clínicos pregressos; Exame físico atual. Para obtenção dos dados do exame físico, foi
utilizado um esfigmomanômetro digital (Omron®) para verificar a pressão arterial sistêmica; a
massa corporal foi mensurada por meio de uma balança digital (Beurer®) e a estatura por uma
trena (Vonder®).
leve a moderada, para aqueles nos estágios 4 e 5 a incapacidade física é tida como grave
(HOEHN, YAHR, 1967) (ANEXO 01).
Os escores são dados com base no tempo de realização de cada teste, chegando a pontuação
total, recebendo a seguinte graduação: 0 a 3 pontos (incapacidade ou desempenho muito
ruim); 4 a 6 pontos (baixo desempenho); 7 a 9 pontos (moderado desempenho); 10 a 12
pontos (bom desempenho) (NAKANO, 2007) (ANEXO 03).
Foi esclarecido aos pacientes que eles seriam filmados durante a realização do TUG,
apenas para permitir a avaliação posterior, sem divulgação das imagens e que a execução do
teste deveria ser feita duas vezes. Foram instruídos a levantar de uma cadeira padronizada, de
42 centímetros de altura (do chão ao assento), com encosto e sem apoios laterais e ao
comando do avaliador, deambular em solo plano por 3 metros, circundar um cone simples
com 50 centímetros altura e 24 centímetros diâmetro (posicionado a 3 metros da cadeira),
retornar para cadeira e sentar-se novamente. Para mensurar a distância percorrida, foi
utilizada uma trena simples Vonder®. Os voluntários realizaram o teste em sua velocidade
máxima, mas de forma segura e sem correr.
8
Em seguida foi feita a avaliação com o SPPB. A avaliação do equilíbrio foi realizada
em três posições (com pés juntos, com um pé parcialmente à frente e com um pé à frente do
outro) sem apoio e por pelo menos 10 segundos. O teste foi encerrado quando o paciente não
conseguiu completar o tempo, passando para a próxima etapa. O segundo teste tratava-se da
velocidade da marcha e foi realizado duas vezes. O paciente percorreu uma distância de 4
metros em uma velocidade habitual e sua pontuação foi dada de acordo com o menor tempo
de prova. Na última etapa do SPPB, avaliou-se força de membros inferiores através de cinco
repetições de sentar e levantar. O avaliador permaneceu atrás da cadeira cronometrando e
numerando em voz alta quantas repetições foram realizadas. O teste foi interrompido quando
o paciente não executou as cinco repetições dentro de um intervalo de 60 segundos.
As gravações do teste TUG foram realizadas com um smartphone (iPhone SE, modelo
A1723) e transferidas para um noteboook, onde foi contabilizado o tempo para completa
execução do teste, sendo considerado apenas o vídeo da segunda execução do teste. A partir
desse vídeo, foi também preenchido cada subitem do teste TUG – ABS, por um examinador
previamente treinado e experiente na aplicação do teste TUG-ABS. Para e pontuação do TUG
– ABS, o examinador escolheu aleatoriamente os vídeos de cada paciente, assistindo cinco
vezes cada um, sem pausas e diminuição de velocidade.
A análise dos dados foi realizada através do programa Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS) em sua versão 22.0, atribuindo um nível de significância de 5% para
todos os testes aplicados.
Para a análise inferencial, foi verificada a normalidade dos dados pelo teste Shapiro-
Wilk. Uma vez que os dados não apresentaram distribuição normal, o teste de Mann-Whitney
foi aplicado para comparar os escores totais e os escores de cada item do teste TUG-ABS
(sentado para de pé, marcha, giro e de pé para sentado) entre os grupos com mobilidade mais
e menos comprometida. Em seguida, foi realizada a correlação de Spearman para verificar a
relação entre os escores totais do teste TUG-ABS e do teste SPPB.
7 RESULTADOS
Participaram desse estudo 27 voluntários, cujos dados demográficos e clínicos estão
expressos na tabela 1, de acordo com a divisão dos grupos.
Tabela 2: Escores das atividades (itens) do teste Timed Up and Go Assessment of Biomechanical
Strategies (TUG-ABS) dos grupos com mobilidade mais e menos comprometida (n=27).
Mobilidade menos Mobilidade mais
Variável (escore) P U z
comprometida(n=15) comprometida(n=12)
TUG ABS - Sentado para de pé** 9,0 (8,0 – 9,0) 9,0 (3,0 – 9,0) 0,06 64,5 -1,8
TUG ABS - Marcha** 15 (15,0 – 15,0) 11,0 (5,0 – 15,0) 0,00 30,0 -3,6
TUG ABS - Giro** 12 (12,0 – 12,0) 9,0 (4,0 – 12,0) 0,001 37,5 -3,3
TUG ABS - De pé para sentado** 9,0 (8,0 – 9,0) 7,50 (3,0 – 9,0) 0,003 34,5 -2,9
TUG ABS - total** 45,0 (43,0 – 45,0) 36,50 (20,0 – 44,0) 0,00 3,0 -4,4
**Dados expressos em mediana (mínimo - máximo).
Valores de P, U e z encontrados pelo teste Mann Whitney.
Abreviações: TUG-ABS, Timed Up and Go Assessment of Biomechanical Strategies.
Tabela 3: Escores das atividades do teste Short Physical Performance Battery(SPPB) dos grupos com
mobilidade mais e menos comprometida (n=27).
Mobilidade menos Mobilidade mais
Variável (escore)
comprometida (n=15) comprometida (n=12)
SPPB – equilíbrio** 4,0 (0,0 – 4,0) 1,0 (0,0 – 4,0)
SPPB – velocidade da marcha** 4,0 (4,0 – 4,0) 3,0 (1,0 – 4,0)
SPPB – sentar e levantar** 3,0 (1,0 – 4,0) 1,0 (0,0 – 3,0)
SPPB – total** 11,0 (8,0 – 12,0) 6,50 (2,0 – 10,0)
**Dados expressos em mediana (mínimo - máximo).
Abreviações: SPPB, Short Physical Performance Battery.
8 DISCUSSÃO
uma maior tendência a apresentar a marcha festinada, caracterizada por passos mais
curtos e pés bem próximos ao solo (SOUZA et al., 2015).
Nos indivíduos com a mobilidade menos comprometida, a fase de balanço com
os dois membros foi bem executada, permitindo a pontuação com escore máximo. Os
grupos voltam a utilizar estratégias biomecânicas semelhantes quando é realizada a
extensão de quadril na fase de apoio, onde é bem percebida a posteriorização do
membro inferior em relação à pelve; logo, os grupos apresentaram o melhor
desempenho para essa atividade. O último subitem avaliou a progressão anterior dos
membros inferiores sem movimentos atípicos de tronco, no qual os dois grupos
realizaram a atividade sem estratégias compensatórias para avançar na marcha, obtendo
o melhor desempenho.
Nesse estudo, o giro foi outra tarefa que o grupo com a mobilidade mais
comprometida demonstrou ter maior dificuldade em executar. No primeiro subitem, que
avalia a relação entre o pé externo e interno durante o giro, os dois grupos concluíram a
atividade com o pé externo completamente à frente do interno, caracterizando o melhor
desempenho. Ao avaliar a quantidade de passos para a realização do giro e para a
rotação do corpo na mudança de direção, foi vista uma disparidade entre as estratégias
utilizadas dos grupos. Os indivíduos com a mobilidade mais comprometida precisaram
de mais de 5 passos para realizar o giro e mais de 3 passos para a mudança de direção,
diferentemente do grupo com mobilidade menos comprometida, que alcança o melhor
desempenho utilizando menos de 4 passos para executar o giro e menos de 3 para
mudança de direção.
O giro é uma atividade desafiadora para o paciente com DP, devido as suas
deficiências no controle postural, de equilíbrio e congelamento durante a marcha
(CHENG et al., 2017), além da diminuição do comprimento do passo quando
comparado com a marcha em linha reta (GUGLIELMETTI et al., 2009). Sendo assim,
essas atividades funcionais mais prejudicadas precisam de uma atenção especial durante
a reabilitação. Para Godi e colaboradores (2019), a marcha e a capacidade de realizar o
giro são fundamentais na manutenção da autonomia e para evitar os episódios de
quedas, possibilitando ao paciente uma melhor qualidade de vida.
Na atividade de transferência de pé para sentado, os dois grupos apresentaram o
melhor desempenho nos três subitens analisados. Ao realizar a sequência entre a
marcha, o giro e sentar-se na cadeira, os movimentos foram contínuos e com boa
14
mas também na prática clínica, como meio de melhorar a avaliação e traçar um plano
terapêutico com base nas reais necessidades do paciente.
16
9 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BEKRIS, Lynn M.; MATA, Ignacio F.; ZABETIAN, Cyrus P. The Genetics of Parkinson
Disease. Journal Of Geriatric Psychiatry And Neurology, [s.l.], v. 23, n. 4, p.228-242,
2010.
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Parkinson. Fisioterapia em Movimento, v. 18, n. 4, p. 43-51, 2005.
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Oliveira. Instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal em idosos. Revista Brasileira de
Cineantropometria & Desempenho Humano, Natal, v. 4, n. 9, p. 408-413, 2007.
HERMAN, T.; GILADI, N.; HAUSDORFF, J. M. Treadmill training for the treatment of gait
disturbances in people with Parkinson’s disease: a mini-review. Journal of Neural
Transmission, v. 116, n. 3, p. 307-318, 2009.
IRANZO, Alex. Sleep–wake changes in the premotor stage of Parkinson disease. Journal Of
The Neurological Sciences, [s.l.], v. 310, n. 1-2, p.283-285, 2011.
18
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Lancet Neurology, [s.l.], v. 5, n. 6, p.525-535, 2006.
PODSIADLO, Diane; RICHARDSON, Sandra. The Timed “Up & Go”: A Test of Basic
Functional Mobility for Frail Elderly Persons. Journal Of The American Geriatrics
Society, [s.l.], v. 39, n. 2, p.142-148, 1991.
PRINGSHEIM, M.D.; JETTE, N.; FROLKIS, A.; STEEVES, T.D. The Prevalence of
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of Timed Up and Go Assessment of biomechanical strategies. Journal Of Rehabilitation
Medicine, [s.l.], v. 49, n. 9, p.723-731, 2017.
SOUSA, Ana et al. Efeitos das pistas visuais na marcha em pacientes com Parkinson. E-
balonmano.com: Revista de Cienciasdel Deporte, v. 11, n. 2, p. 185-186, 2015.
19
APÊNDICES
APÊNDICE 1
1 dia e 7 dias após a última sessão de treinamento você será reavaliado por cerca de 1h e meia
a 2h. Tanto as avaliações quanto os treinamentos serão realizados no Departamento de
Fisioterapia da UFRN.
21
Todos deverão participar por livre e espontânea vontade, pois não receberão
pagamento para isto. Entretanto, caso o(a) sr(a) tenha algum gasto que seja devido à sua
participação na pesquisa, o(a) sr(a) será ressarcido, caso solicite. Os procedimentos serão
explicados antes da realização dos procedimentos, e serão feitos com toda a segurança
necessária para reduzir as possibilidades de riscos.
RISCOS: Os riscos serão mínimos, pois todos os testes e tratamentos são de natureza não-
invasiva, ou seja, não serão realizados procedimentos que envolvam corte, introdução de
instrumentos e coletas de sangue. Você poderá se sentir cansado por se tratar de um processo
longo, porém minimizaremos esse desconforto fazendo pausas durante cada um desses
procedimentos caso você necessite. Ainda assim, caso aconteça algum dano
comprovadamente decorrente desta pesquisa, o(a) sr(a) terá o seu tratamento,
acompanhamento e ressarcimento (indenização) assegurado pelas pesquisadoras responsáveis
por este projeto.
Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em
Pesquisa da UFRN:
Eu,________________________________________________________________________
_____, CPF______________________, RG:__________________, declaro estar ciente e
informado(a) sobre os procedimentos de realização da pesquisa, conforme explicitados acima,
e aceito participar voluntariamente da mesma.
22
_____________________________________________
APÊNDICE 2
FICHA DE AVALIAÇÃO
Data:______________________________
Horário da avaliação:_________________
Avaliador:__________________________
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
1. Nome:__________________________________________________________
2. Sexo: _____________________________
3. Data de nascimento:_________________
4. Peso: ______________________________
5. Altura: ____________________________
6. Telefone(s):________________________________________
7. Endereço: _________________________
8. Estado civil:______________________
9. Religião:____________________
10. Anos de estudo: ____________________________
11. Ocupação: _____________________________
12. Renda familiar em SM: _______________
13. Diagnóstico médico: _________________________________
14. Data (aproximada) do diagnóstico médico:_______________
15. Médico atual:__________________________________________________
16. Antecedentes pessoais: ____________________________________________
17. Antecedentes familiares:___________________________________________
_______________________________________________________
18. Medicações que faz uso e horários:_____________________________
_____________________________________________________________________
______________________________________________________
19. Dominância:_________________________________________________
20. Lateralidade da doença: _______________________________________
ANEXO1
Escala de Hoehn&Yehr
Estágio Sintomas
1 Envolvimento unilateral, com alterações mínimas.
2 Envolvimento bilateral, sem comprometimento de equilíbrio.
3 Envolvimento bilateral, incapacidade leve a moderada, com
comprometimento de equilíbrio, mas independente.
4 Incapacidade grave, mas consegue deambular ou permanecer em pé
sem ajuda.
5 Confinado à cama ou cadeira de rodas a não ser que receba ajuda.
25
ANEXO 2
Timed Up and Go Assessment of Biomechanical Strategies (TUG-ABS)
26
ANEXO 3
Short Physical Performance Battery (SPPB)
(7) Se negou
2.1 Tempo da primeira Tempo para caminar os 4 metros ____ss ____ ms.
prova
(1) Tentou mas não conseguiu
Se o participante não (2) Não conseguiu manter a posição sem ajuda
tentou a prova ou não a (3) Não tentou, o entrevistador se sentiu inseguro
completou, marqueo (4) Não tentou, o participante se sentiu inseguro
porquê: (5) O participante não entende as instruções
(6) Outros (especificar) _________________
(7) Se negou
Auxílio para caminar na Nenhuma
primeira prova Bengala
Outra
Comentários:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
____________________________________________________
2.2 Tempo da segunda Tempo para caminar os 4 metros ____ss ____ ms.
prova
Comentários:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
____________________________________________________