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ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS-ESAL/ DEPARTAMENTO DE

AGRICULTURA-DAG
DALYSE TOLEDO CASTANHEIRA, FRANCISLEI VITTI RAPOSO, RUBENS
JOSÉ GUIMARÃES (RESPONSÁVEL).

Fundamentos Da Cafeicultura – Pag 569


Reo 5: Aula 5 Melhoramento genético do cafeeiro

Estudante: Juan Eduardo Soto Mora

O café é uma planta da família das Rubiaceas, Género Coffea, subgénero


Erythrocoffea, e daí derivam muitas espécies, das quais, as mais importantes
economicamente no mundo são coffea arábica e coffea canephora. O café arábica
provinde do cruzamento entre as espécies coffea canephora e coffea eugenoides.
Coffea arabica é originaria da Etiópia e coffea canephora é originaria do Congo. A
diferença genética das duas espécies é grande. O arábica é uma espécie a
alotetraploide, ou seja, possui 44 cromossomas e é autógama (< 5% de fecundação
cruzada). Além disso, essa espécie é unicaule. O canephora é uma espécie diploide,
possuindo 22 cromossomas. Está espécie, ao contrário da arábica, é alógama (> 95%
de fecundação cruzada).

Ao longo dos anos, o café ganho valor no mundo, aumentando a quantidade de terra
em cultivo, com isso, sua produção no mundo, tudo graças ao aumento progressivo na
demanda por seu consumo excessivo em muitos países que não podem produzi-o,
além do sabor complexo que oferece, os benefícios para a saúde, bem como, a
possibilidade de experimentar bebidas diferentes como sabores exóticos, entre outros.
Conforme o aumento da produção, o cafeeiro foi sujeito a produção de frutos intensiva,
afetando a produtividade e reduzindo a vida produtiva da planta. Por conseguinte,
foram criados ao redor do mundo, programas de melhoramento genético, que
pretende, não só manter a produtividade do cafeeiro, também, melhorar a resistência a
pragas e doenças, aumentando a vida útil da planta, a qualidade dos frutos produzidos
e finalmente aumentando as rendas para os produtores.

Começar a desenvolver melhoramento de uma espécie, é um processo que precisa de


tempo e paciência, bem como, altos orçamentos para desenvolver todos os
procedimentos. No mundo existem centros de pesquisa especialidade no
melhoramento das espécies coffea, bem como, cada país tem os seus próprios
centros de pesquisa responsáveis de melhorar as espécies adaptadas bem como cada
região, que trabalham para melhorar a qualidade das variedades com mais
adaptabilidade nos seus territórios.

Com o melhoramento genético, podem-se criar espécies a traves do cruzamento entre


duas ou mais espécies com características atrativas, por exemplo, é comum cruzar
uma espécie com mais resistência a uma praga ou doença específica com outra que
tem maior produtividade pero que é suscetível as pragas ou doenças, nesse caso, a
espécie melhorada terá as características dos seus progenitoras, dando assim origem
a uma nova, com maior qualidade a qual terá que ser submetida a um processo de
adaptação, que conforme passa o tempo, gerará uma estabilidade e finalmente
reprodutibilidade. O tempo aproximado para desenvolver uma cultivar de coffea
arábica L. é cerca de 25 a 30 anos. Nas características desejadas obter com o
melhoramento genético podem-se encontrar a produtividade, resistência à doença,
resistência pragas, adaptação a condições de déficit hídrico, qualidade da bebida,
entre outras. Além disso, espera-se também uniformidade na maturação e tamanho
dos frutos, bem como o tamanho da planta, entre outras características. Observa-se
que a qualidade é dos fatores com menos interesse com o melhoramento, já que, as
variedades mesmas no caso de coffea arábica, têm complexidade sensorial própria da
sua genética, além de poder, conseguir melhorar os atributos a traves de diferentes
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formas do processar o café (natural, semilavado, lavado) bem como, fermentações


controladas, entre outros, sendo de maior interesse, garantir que a planta suportará as
adversidades do ambiente, com isso, vai-se garantir também maiores índices de
produtividade bem como maiores renda.

Na atualidade, existem múltiplas ferramentas e estratégias que podem ser utilizadas


para realizar na hibridação entre espécies, por exemplo, podem-se conduzir sistemas
de hibridação como o método condução das populações segregadas (bulk,
genealógico, SSD, entre outros), que no caso de querer aplicar, deve-se primeiro
selecionar as linhas puras (aquelas que tem as melhores características,
homogeneidade e estabilidade) que se usará no cruzamento, para depois ser
submetidas ao processo mesmo. Comummente é utilizada a estratégia genealógica
sendo a mais fácil de aplicar em campo. Existe também a possibilidade de realizar um
retrocruzamento, que consiste em cruzar duas espécies para obter o F1, a partir daqui,
vai se cruzar cada nova F com só um dos progenitores (aquele que possui uma
característica com objetivo de conservar) até conseguir homozigose.

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