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1. Benícia, solteira, de 17 anos de idade, filha de Adalberto, viúvo, ficou a saber, poucos dias após o
falecimento do seu pai, ocorrido em Braga, que este havia testado aos seus irmãos Frederico, casado com
Carla, residente no Porto, e Tiago, casado com Sónia, residente na Maia, o primeiro na comunhão de
adquiridos e o segundo no regime de comunhão geral de bens, um apartamento no aldeamento turístico
de Pedras d’El Rei, em Tavira, e uma quinta no Gerês, respetivamente. Estes dois imóveis estão avaliados
em € 300.000,00.
Sabendo que, à data da celebração do testamento, já havia sido diagnosticada ao seu pai a doença de
Alzheimer, Benícia pretende impugnar aquele ato, por entender que o seu pai, quando o celebrou, não
estava capaz de compreender o significado do mesmo.
a) Determine o tipo de ação que Benícia terá de propor para o efeito e a forma do processo a
empregar.
b) Qual o tribunal competente para o conhecimento do mérito da causa?
c) Identifique a causa de pedir e o pedido desta ação.
d) Suponha que Benícia intentou a ação de impugnação do testamento contra o seu irmão Tiago.
Sabendo que a ação foi intentada no Juízo Central Cível do Porto e que o réu assinou o aviso de
receção da citação no dia 31 de outubro de 2017, quando terminaria, com multa, o prazo para
contestar a ação?
e) Suponha que, na sua contestação, Tiago alega que:
1. O seu pai estava de perfeita saúde mental quando outorgou o testamento em causa, não
sofrendo de qualquer doença do foro mental, muito menos de Alzheimer;
2. A sua irmã Benícia é menor de idade e, por isso, não pode propor esta ação, por não poder
estar por si em juízo, razão pela qual o réu deve ser absolvido da instância;
3. O réu é parte ilegítima, porque a ação tinha de ser proposta quer contra Tiago e Frederico,
quer contra as mulheres de ambos.
2. Belmira e Augusto, casados, adquiriram, em dezembro de 2014, à sociedade comercial Vendebem, Lda.,
com sede no Porto, uma fração autónoma, tipo T2, em Guimarães.
O prédio onde se integra a referida fração foi construído pela sociedade comercial Constróibem, Lda., com
sede em Pevidém, Guimarães.
Sucede, porém, que, pouco tempo depois de terem começado a habitar nessa fração, Belmira e Augusto
aperceberam-se do surgimento de numerosos defeitos de construção, nomeadamente humidade nas
paredes, soalho manchado e descolado por ação da humidade e caixilharia com sinais de humidade.
Descontentes com a situação, no final de janeiro de 2015, denunciaram os defeitos à empresa vendedora.
Porque a empresa vendedora, apesar das sucessivas promessas de que iria verificar as anomalias
denunciadas, nada fez, em meados de dezembro de 2017, Belmira e Augusto contactaram um advogado,
referindo-lhe que era sua intenção agir judicialmente, por forma a exigir a reparação dos defeitos atrás
enunciados ou a indemnização pelos danos que tais defeitos causaram e ainda causam, orçando os
primeiros em € 6.000,00, de acordo com um orçamento que lhes foi apresentado por um técnico.