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Manual de

Boas Práticas
Prefácio

O Sistema Unificado de Qualidade constituído pelas entidades ABCP, BlocoBrasil e

Sinaprocim/Sinprocim trabalham juntas no Grupo Alvenaria com Blocos de Concreto, com

o objetivo aumentar a competitividade e o desempenho desse sistema construtivo.

A primeira ação desse Grupo foi a realização do I Fórum de Alvenaria com Blocos de Concreto

que aconteceu em março de 2017, contou com a participação de construtoras, projetistas,

consultores, fornecedores de esquadrias, blocos e argamassa, laboratórios e entidades. Neste

Fórum foram discutidos os principais pontos de melhoria do Sistema, que deliberaram a

formação de quatro grupos de trabalho: Execução e Produtividade, Sub-Sistemas, Projeto e

Controle de Qualidade, e Desempenho.

O Grupo de Execução e Produtividade teve como proposta de trabalho a identificação de boas

práticas da construção, controle e planejamento para aumentar a produtividade da alvenaria

com blocos de concreto.

Este Manual de Boas Práticas contou com a colaboração das construtoras participantes,

que abriram seus canteiros de obra para a identificação das boas práticas na execução e gestão

da qualidade da alvenaria com blocos de concreto.

A difusão de conhecimento de boas práticas é uma meta do Sistema Unificado de Qualidade,

agradece e parabeniza a todos que participaram deste grupo pela dedicação de algumas horas

de trabalho em debater soluções para melhoria a produtividade em nossas obras.

O conteúdo pesquisado e formatado contou com a participação dos seguintes profissionais:

Coordenação Geral: Engª Glécia Vieira (ABCP)

Coordenação do grupo: Engº Cleuton Gomes (BlocoBrasil)

Coordenação técnica: Engª Elza Hissae Nakakura (Log)

Engº Alex Kagawa

Engº Wellington Gregorio

Engº Gregory Lacerda

Engª Adelaide da Silva

Engº Luiz Benguigui


Prática Planejamento

1 Aumento de produtividade

O planejamento para a execução da alvenaria se inicia na definição da equipe para

execução da metragem quadrada garantindo o atendimento ao ciclo de produção por

pavimento, que deve ser definido pelo planejamento da obra. Deve ser planejado a

execução dos serviços e atribuições de cada funcionário.

Para que o ritmo de produção não seja influenciado por falta de materiais, deve ser

elaborado um plano logístico para a distribuição dos insumos necessários para a

execução da alvenaria.

Benefícios:

• Aumento de produtividade

• Controle da mão de obra

• Redução dos desperdícios

Recursos necessários:

Os recursos necessários deste processo, dependem das caracteristicas construtivas

de cada projeto. No procedimento descrito a seguir será possível visualizar a forma de

dimensionamento de cada recurso.

Baseado em dados da obra Residencial de 3 torres de 15 pavimentos com 1550 m2 de alvenaria

estrutural por pavimento, sendo 12 apartamento por pavimento (48, 51, 52 e 53 m2).

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Equipe de produção : 08 pedreiros bloqueiros, 10 ajudantes e 1 armador.

Ciclo de 6 dias para execução de um pavimento, executado em dois trechos (metade do

pavimento) com 3 dias cada trecho.

Média de produtividade por pedreiro por dia de 32,29m2 com produtividade potencial de

0,66Hh/m2.

Definição da equipe e ciclo de trabalho


Com os dias de ciclo por pavimento definido pelo planejamento da obra, deve ser

dimensionado a equipe para a execução com base no histórico de produtividade da

empresa, dos pedreiros disponíveis e na expectativa de produtividade pelo tipo de

projeto. Com a equipe definida, deve ser detalhado o DPP (desenho do processo de

produção) para a execução da alvenaria.

Dia 1 Dia 2 Dia 3

Hora Atividade Hora Atividade Hora Atividade


07:00 07:00 07:00
08:00 Marcação 08:00 Elevação 8º fiada 08:00
09:00 09:00 09:00 Elevação até Respaldo
10:00 10:00 Proteção Perimétrica, Limpeza 10:00
Elevação 8º fiada
11:00 11:00 e Montagem de Andaime 11:00
12:00 Almoço 12:00 Almoço 12:00 Almoço
13:00 13:00 13:00 Elevação até Respaldo
14:00 14:00 14:00 Colocação do Aço
Elevação 8º fiada Elevação até Respaldo
15:00 15:00 15:00 Grauteamento
16:00 16:00 16:00 Limpeza

Com base na equipe deve ser descrito o processo de produção planejado para a obra.
Pedreiro 1 Área Total 208,95 Pedreiro 2 Área Total 263,32
Dia 1 - Manhã Parede Etapa % exec % exec Dia 1 - Manhã Parede Etapa % exec 6,48
43 P 100% 100% 5A P 100% 1,02
48 P 25% 25% 61A P 100% 2,83
9A P 50% 50% 11A P 50% 0,53
60A P 50% 2,1

Dia 1 - Tarde Parede Etapa % exec 22,51 Dia 1 - Tarde Parede Etapa % exec 24,56
45 P 50% 5,13 60A P 50% 2,1
16A P 100% 2,45 41 P 50% 5,73
19A P 100% 2,45 68A P 100% 2,57
47A P 100% 0,72 66A P 100% 2,27
3A P 100% 1,93 63 P 100% 2,26
49 P 50% 3,64 11A P 50% 0,53
9A P 50% 0,53 37 P 100% 2,94
50A P 100% 4,19 33 P 100% 3,98
24A P 100% 1,47 64 P 100% 2,18

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Com base na descrição do processo, deve ser definido a ordem de execução que cada

pedreiro deverá seguir. Um roteiro de paredes que devem ser executadas por período

deve ser definido e passado para os pedreiros e encarregado do serviço. Este roteiro é

importante para garantir uma logística de abastecimento de forma produtiva e nortear a

produção de forma a facilitar nos deslocamentos.

As etapas de conclusão da alvenaria devem estar disponíveis de forma visual, para que

o encarregado consiga conferir se a meta do dia está sendo atingida. Assim, qualquer

desvio da meta pode ser identificado diariamente para que as ações sejam tomadas. (As

cores representam o que cada pedreiro tem que concluir em cada etapa)

Plano logístico de distribuição de insumos

Para escorar o ritmo de produção, não deve haver falhas no abastecimento de materiais

para a equipe. Sendo assim, deve ser feito um estudo para o abastecimento dos insumos

de curva A na execução da alvenaria, como: blocos, argamassa, graute e barras de aço.

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Blocos
Devem ser levantados todos os blocos para a execução de um pavimento, e separados

por etapa de abastecimento, como orientação para o operador do equipamento de

distribuição, que neste exemplo será o operador de grua. Devem ser definidos os locais

onde os blocos devem ser distribuídos no pavimento para não atrapalhar a logística de

produção.

Paletes para execução Paletes para execução Paletes para


da 1º fiada (marcação) das 7 fiadas execução das 5 fiadas

Bolacha 1 Bolacha 1 Bloco 34 2


Cabeça (meio bloco) 1 Cabeça (meio bloco) 1 Bloco 39 12
Bloco 34 1 Bloco 34 6 Bloco 54 1
Bloco 39 5 Bloco 39 27 Bloco Canaleta 34 2
Bloco 39 (vedação) 1 Bloco 54 2 Bloco Canaleta 39 7
Bloco Hidráulico 39 1 Meia Canaleta 1
Bloco Hidráulico 39 (duplo) 1 Bloco Canaleta 34 1
Bloco 54 1 Bloco Canaleta 39 1
Bloco Canaleta 1

Devem ser quantificados os blocos por etapa de execução.


(A cada palete que o operador enviar para a produção,
deve ser assinalado para auxiliar o operador a não enviar
paletes a mais no pavimento.)

Devem ser definidos os locais para distribuição dos blocos no pavimento, para
facilitar a produção e para que não haja interferência na logística de produção.

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Barras de Aço

Para facilitar o processo, as barras de aço são colocadas nas vergas, contra vergas e no

respaldo, pela própria equipe de pedreiros que executa a alvenaria, assim os mesmos não

ficam parados esperando que um outro profissional coloque as barras. Para facilitar essa

colocação, deve ser levantado todas as barras necessárias para a execução e realizado um

estudo de corte racionalizado e montagem de kits para cada pedreiro.

Deve ser levantado as barras


necessárias para execução de um
pavimento conforme definido no
projeto de alvenaria estrutural.

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Com o levantamento das barras, deve ser elaborado um plano de corte e dobra das barras

de forma racionalizada. Devem ser cortadas por um profissional habilitado e estocados

em local especifico. No plano de corte deve ser apresentado os cortes e as dobras para

cada tipo de barra, bem como a numeração que cada uma terá.

Obs.: O plano de corte deve ser feito considerando o menor desperdício possível de material

e mão de obra. (podem ser utilizados softwares para o plano de cortes, porém muitas vezes

o desperdício de mão de obra não é considerado. Quando este é feito a mão, podem ser

considerados reduções de cortes que facilitam na execução.)

Deve ser indicado a montagem


dos kits de aço por etapa de
execução (contra-verga, verga,
respaldo) e por setor (trechos
definidos na alvenaria). Devem
ser montados por profissional
habilitado e estocados em local
especifico, sendo identificado
na barra o número da parede
correspondente.

As barras cortadas devem ser estocadas de forma sequencial pela numeração, para

facilitar a montagem dos kits. O estoque de kits deve ser por setor e por etapa de

execução (verga, contra verga e respaldo)


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O encarregado do processo ou

alguém por ele designado deve

identificar a numeração de todas

as paredes do pavimento.

Assim que o pedreiro receber seu

kit de barras, ele deve selecionar a

barra correspondente a parede que

está executando.

Efetuar a colocação da barra de

aço na parede correspondente.

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Argamassa e graute

Com a estimativa de consumo, deve ser definido a quantidade de “caixotes” necessários

para a execução e detalhados na logística de abastecimento.

Para que não haja falta do material na obra, é essencial que sejam alocados dois silos

para cada tipo de material. Quando um silo esvaziar, deve ser solicitado o abastecimento

enquanto a obra passa a utilizar o outro silo.

É indicado que a obra não deixe o silo esvaziar por completo, deixando o mesmo até o

nível do “funil” para solicitar o abastecimento. Assim, caso haja quebra do outro silo em

uso, existe um pulmão de argamassa/graute para a execução enquanto os silos não são

abastecidos ou consertados.

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Plano da grua
Com os quantitativos de insumos e a ordem de execução do processo, deve ser detalhado

toda a logística de abastecimento da frente de produção, que no exemplo é realizado por

uma grua.

Detalhe de uso da grua

Dia 1 Dia 2 Dia 3


Início Fim Atividade Início Fim Atividade Início Fim Atividade
07:00 07:03 Argamassa 07:00 07:03 Argamassa 07:00 07:03 Argamassa
07:03 07:06 Argamassa 07:03 07:06 Argamassa 07:03 07:06 Argamassa
07:06 07:12 Bolacha 07:06 07:09 Argamassa 07:06 07:09 Argamassa
07:12 07:18 Cabeça (meio bloco) 07:09 07:12 Graute 07:09 07:12 Graute
07:18 07:24 Bloco 54 07:12 07:15 Graute 07:12 07:15 Graute
07:24 07:30 Maia Canaleta 07:15 07:18 Graute Laje 07:15 07:18 Graute Laje
07:30 07:36 Canaleta 37 07:18 07:21 Graute Laje 07:18 07:21 Graute Laje
07:36 07:42 Canaleta 39 07:21 07:24 Paletes vazio 07:21 07:24 Graute Laje
07:42 07:45 Paletes vazio 07:24 07:27 Kit de aço - verga 07:24 07:27 Argamassa Laje
07:45 07:48 Paletes vazio 07:27 07:33 Bloco 34 07:27 07:30 Argamassa Laje
07:48 07:54 Bloco 39 07:33 07:39 Bloco 34 07:30 07:33 Caçamba (subida)
07:54 08:00 Bloco 39 07:39 07:45 Bloco 54 07:33 07:36 Caçamba (subida)
08:00 08:12 Bloco 39 07:45 07:51 Canaleta 34 07:36 07:51 Livre
08:12 08:18 Bloco 39 07:51 07:57 Canaleta 34 07:51 08:06 Livre
08:18 08:24 Bloco 39 07:57 08:03 Canaleta 39 08:06 08:21 Livre
08:24 08:30 Bloco 39 08:03 08:09 Canaleta 39 08:21 08:36 Livre
08:30 08:33 Graute 08:09 08:15 Bloco 39 08:36 08:51 Livre
08:33 08:36 Graute 08:15 08:21 Bloco 39 08:51 09:06 Livre
08:36 08:39 Argamassa 08:21 08:27 Bloco 39 09:06 09:21 Livre
08:39 08:42 Argamassa 08:27 08:30 Argamassa 09:21 09:24 Argamassa
08:42 08:45 Argamassa 08:30 08:33 Argamassa 09:24 09:27 Argamassa
08:45 08:48 Caçamba 08:33 08:36 Argamassa 09:27 09:30 Argamassa
08:48 08:56 Laje 08:36 08:46 Movimentação da grua 09:30 09:33 Graute
08:56 09:04 Laje 08:46 08:54 Laje 09:33 09:36 Graute
08:54 09:02 Laje 09:36 09:39 Graute (laje)

Deve ser detalhado todas as movimentações da grua, com as indicações dos insumos e

horários de abastecimento de cada material. Isto garante que todos os insumos estarão

disponíveis na frente de produção no momento necessário. Basicamente, o que será

executado no período da tarde, está sendo abastecido de manhã e o que será executado

de manhã, foi abastecido na tarde do dia anterior.

Obs.: O importante deste detalhamento é a ordem de abastecimento, não sendo necessário se

prender ao horário de cada movimentação, visto que podem haver alterações devido a chuva

ou alguma interferência no processo de produção. O importante é a ordem e os tempos de cada

movimentação.
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Prática Comunicação visual

2 para controle da execução

A comunicação visual de controle identifica o status de cada local da obra facilitando

a verificação para todos os envolvidos no processo. Esta comunicação se dá através de

cores e símbolos para cada necessidade.

Benefícios:

• Facilidade na conferência dos parâmetros de projeto

• Agilidade para identificação de desvios na execução

• Facilidade na disseminação na metodologia de conferência

Recursos necessários:

• Treinamento para todos os envolvidos no processo

• Tinta Spray

• Placas de identificação

Procedimentos:

1. Identificação dos pavimentos

2. Pontos de elétrica no pavimento

3. Identificação dos blocos por resistência

4. Identificação do grauteamento
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1. Procedimento para identificação dos pavimentos

1 Levantar no Projeto de Estruturas as resistências dos elementos da alvenaria

(bloco, prismas, graute e argamassa).


Resistência característica Preenchimento Resistência Resistência Resistência
a compressão do bloco Resistência média
da junta característica à característica à característica à
Pavimento a compressão da
Fbk Classe da Espessura transversal compressão do compressão do compressão do
argamassa (MPa)
(MPa) resistência (cm) (em obra) graute (MPa) prisma oco (MPa) prisma cheio (MPa)
Barrilete 4 B 14 Não 4 15 3,6 7
18 4 B 14 Não 4 15 3,6 7
17 4 B 14 Não 4 15 3,6 7
16 4 B 14 Não 4 15 3,6 7
15 6 B 14 Não 6 15 5,2 10
14 6 B 14 Não 6 15 5,2 10
13 8 A 14 Não 6 20 6,7 12,6
12 8 A 14 Não 6 20 6,7 12,6
11 10 A 14 Não 8 20 8,1 15
10 10 A 14 Não 8 20 8,1 15
9 12 A 14 Não 8 25 9,3 17
8 12 A 14 Não 8 25 9,3 17
7 14 A 14 Não 12 12 10,5 18,7
6 14 A 14 Não 12 12 10,5 18,7
5 16 A 14 Não 12 12 11,6 20,1
4 16 A 14 Não 12 12 11,6 20,1
3 18 A 14 Não 14 14 12,5 21,2
2 18 A 14 Não 14 14 12,5 21,2
1 20 A 14 Não 14 14 13,4 22,1
Térreo 20 A 14 Não 14 14 13,4 22,1
Observação: Conforme o item A.3.1. da ABNT NBR 15961-2.2011, os prismas executados para o controle tecnológico SEMPRE deverão ter

2
todos os septos preenchidos por argamassa, qualquer que seja o padrão de assentamento definido para alvenaria.

Levantar ainda a data da concretagem da laje do pavimento, data do

reescoramento e da retirada do reescoramento.

3 Com os dados obtidos, preparar placa com as informações de cada

pavimento. Esta placa pode ser impressa em papel sulfite, protegia por

plástico e fixada na parede do pavimento sobre madeirite.

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4 Levantar no Projeto de Arquitetura a planta do pavimento, com as

tipologias dos apartamentos. Imprimir cada tipologia em papel sulfite,

proteger com plástico e fixar na parede do pavimento sobre madeirite, ao lado

do apartamento de cada tipologia.

2. Procedimento de locação dos pontos de elétrica no pavimento

1 Levantar no Projeto de Instalações Elétricas de Baixa Tensão os pontos de

locação das caixas de elétrica.

2 Marcar na alvenaria, com spray, a localização destes pontos. A marcação

deve ser realizada uma fiada abaixo da local de instalação das caixas.

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3. Procedimento para identificação dos blocos por resistência

1 Definir padronização de cores

para cada resistência de bloco.

Esta padronização deve estar

disponível na entrada de cada torre.

2 De acordo com a padronização definida, marcar cada palete de bloco com

sua cor de resistência a cada recebimento. Os blocos devem ser armazenados

com esta marcação.

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4. Procedimentos para grauteamento

1 Criação da simbologia para identificação dos pontos de grauteamento

Circular para célula sem armação no grauteamento

Circular com X célula armada

2 Simbologia para identificação da conferência do grauteamento

Ponto amarelo –furo na célula identificando que está preenchido

Ponto vermelho – furo com falhas no preenchimento da célula

Ponto azul – furo identificando conformidade na reinspeção

3 Locação dos pontos de graute na 1ª fiada

A locação dos pontos de graute na primeira fiada, assim como a armadura e a

resistência do graute deverão ser verificadas no projeto de estrutura.Nos pontos

de graute locados deverão ser colocados blocos preparados com os recortes

(janela de visita) nas dimensões que possibilitem o manuseio e inspeção do

ponto. Estas janelas de visita serão utilizadas para a execução da limpeza de

todo o material presente no fundo dos pontos a serem grauteados. Antes do

grauteamento estas janelas deverão ser devidamente fechadas com isopor,

madeira e abraçadeira de nylon (fita Hellerman e “enforca gato”). Observar que

os arranques das células grauteadas devem ter sido posicionados na laje ou no

baldrame e seu comprimento deve ser conferido com o projeto de estruturas.

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4 Identificação dos pontos de graute –7ª fiada

Ao atingir a 7ª fiada na elevação devem ser marcados os pontos de graute,

de acordo com o projeto de estrutura, conforme indicação (bolinha com X –

armado, só bolinha – sem armação).

Após a marcação deve ser realizada conferência visual dos pontos. Toda

conferência deve ter como base o projeto de estrutura. Cada ponto de graute

conferido deve ser apontado no Mapa dos Pontos de Graute. Somente após o

mapeamento de todos os pontos de graute deve-se liberar o grauteamento.

5 Verificação do grauteamento - Os pontos de grauteamento são verificados

através de furos com furadeira. Os pontos em conformidade são identificados

com amarelo, os não conformes são sinalizados com a cor vermelha e ter a

correção/ grauteamento como segue:

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6 Para pontos de graute não conforme,

a correção se faz através de um funil

por onde o graute é inserido; A nova

verificação é através do furo para

liberar o serviço, utilizando a cor azul.

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Prática Proteção Periférica:

3 Fixação no bloco

Proteção periférica através de barras fixadas na alvenaria estrutural.

Benefícios:

• Sistema consolidado

• Produto de mercado

• Normatizado

Recursos necessários:

• Projeto de proteção periférica

• Hastes de acordo com o projeto

• Gradis de diferentes tamanhos de acordo com o projeto

• Porcas de fixação
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Exemplo:

Procedimentos:

As barras de suporte para a proteção periférica são fixadas na alvenaria estrutural por

meio de barras e furos na alvenaria. As barras são fixadas com furos feitos no nível

da quinta fiada. As barras possuem ganchos nos quais são pendurados os gradis de

proteção, para facilitar a colocação e retirada deles.

1 A montagem da proteção é feita quando a alvenaria do pavimento térreo

chegar ao nível da oitava fiada, ou seja, nesse momento os furos são realizados

na quinta fiada para a fixação das barras de proteção periférica.

2 No momento da execução da laje, as telas de proteções são mudadas de

posição, subindo para a proteção da periferia da laje e para a primeira etapa de

execução da alvenaria.

3 Assim que a alvenaria atinge o nível da oitava fiada, são executados furos na

alvenaria, na altura da quinta fiada, para que as barras que seguram as telas

de proteção sejam movimentadas. Para facilitar o processo para os pedreiros,

enquanto os mesmos executam a alvenaria, um profissional habilitado que

faz parte do processo vem executando os furos nas paredes que estão prontas,

assim os pedreiros devem apenas retirar o equipamento de proteção do andar

de baixo e fazer a fixação no pavimento em execução.

20
4 Novamente as barras são movimentadas e as telas são posicionadas pela

equipe da alvenaria garantindo a proteção até o nível do respaldo.

5 Assim que a alvenaria é concluída, começa o processo de colocação de laje e

subida das telas de proteção coletiva, iniciando o processo novamente.

21
Prática Proteção Periférica:

4 Fixação na laje

Proteção periférica com barras fixadas nos ganchos engastados na laje.

Benefícios:

• Não há necessidade de furação nas lajes nem nos blocos

• Fácil instalação

• Utilização da mesma equipe da elevação da alvenaria

Limitações:

• O conjunto necessita de validação por um engenheiro de segurança do trabalho.

Recursos necessários:

• Projeto de proteção periférica.

• Equipamentos necessários: corda poliamida 23,9 KN, cinto com duplo talabarte,

tubos de 50x50x1,5mm de 1,50m, tubo de 60x60x2mm de 6,00m, aço CA50 -

10mm, pino aço CA 50 - 8mm, arame 14, tela alambrado 2".

• Todas as equipes que estão envolvidas nos serviços executados nas lajes. Para

montagem e desmontagem da proteção, é necessário pedreiros e armadores.


22
Procedimentos:

As barras de suporte para a proteção periférica são fixadas nos ganchos engastados na

laje. O posicionamento dos ganchos é definido em projeto de proteção periférica.

A barra da proteção periférica de 6m de comprimento é travada na posição intermediária

através de um pino de aço fixado no gancho da última laje concretada.

Esquema do sistema

1 Fixação dos ganchos na laje

Na concretagem da laje, engastar os ganchos que servirão de suporte para os

tubos. Os suportes/ganchos deverão ser concretados em pontos previamente

locados, a partir dos estudos feitos de acordo com o projeto da proteção periférica.

23
2 Elevação da alvenaria - no início da alvenaria na laje, os tubos de 6m devem ser

encaixados nos suportes previamente engastados na laje, e a tela fixada nos tubos.

3 Quando a alvenaria na laje atingir altura de andaime, a tela deve ser

remanejada para a altura de trabalho, e encaixada nos tubos de 6m.

24
4 Quando a alvenaria chega na altura de forma, armação e concretagem, são

encaixados tubos de 1,5m de altura, dentro dos tubos de 6m que já estão

encaixados nos suportes, e a tela é remanejada para a nova altura.

25
Prática Transferência de eixos

5 por nível a laser

A transferência do eixo é realizada pelo nível a laser,

com função de prumo, tomando como referência o

primeiro pavimento para o restante do prédio.

Benefícios:

Minimizar os desvios ao longo da edificação,

pois a referência do eixo sai sempre do mesmo

pavimento, no caso, o térreo ou o 1º pavimento

para obras com bandeja de proteção.

Recursos necessários:

• Nível laser

• Trena

• Nível de mão

• A equipe é composta por dois profissionais, um embaixo com o nível laser, e outro

para assentar os blocos no pavimento, com rádio comunicador.

Procedimentos:

1 Uma base para o nível laser é feita no térreo

ou primeiro pavimento (no caso de obra com

bandeja de proteção).

O nível laser é posicionado no suporte

de forma a transferir o prumo.

26
2 O encarregado mede a distância da parede

no primeiro pavimento para transferência

do eixo a ser referência para o receptor do

nível laser.

3 A medida é passada para

o pedreiro, que assenta

os blocos dos cantos

com a mesma distância,

garantindo o alinhamento.

O nivelamento é garantido

com auxílio do nível de mão.

4 O assentamento dos blocos de

marcação da primeira fiada é

realizado quando a alvenaria

chega na altura da forma,

armação e concretagem. Depois,

são encaixados tubos de 1,5 m

de altura, dentro dos tubos de 6

m que já estão encaixados nos

suportes, e a tela é remanejada

para nova alvenaria.


27
Prática Passagem do eletroduto
antes da elevação
6 da alvenaria

Eletroduto embutido com fiação pelo piso e Laje

Benefícios:

• Melhor produtividade:

• Central de Kit ́s: um pavimento/dia com um funcionário.

• Montagem da laje: um pavimento/dia com três funcionários.

Recursos necessários:

• Projetos de instalações elétricas;

• Central de Kit de Montagem da instalação elétrica na laje

• Tubos de 40 mm para servir de passante;

• Eletrodutos e fios de acordo com projetos;

• Caixas de passagem;

1
Montagem dos eletrodutos na central de Kit ś , incluindo as caixas de passagem

de tetos e fiação de acordo com os projetos. Os eletrodutos já sobem para as

lajes nas medidas certas, cada laje tem o seu kit, evitando erros e desperdícios.

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2 Os eletrodutos são posicionados de acordo com o projeto de alvenaria

estrutural e distribuição elétrica para que não ocorram interferências.

3 Execução da elevação das alvenarias passando os eletrodutos

por dentro dos septos dos blocos.

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4
São realizadas marcações na primeira fiada para facilitar a execução dos

furos para colocação das caixas de passagem, evitando que se fure o septo

errado. As caixas são fixadas 24 horas após a execução do graute.

5 Proteção das caixas de passagem com fixação de parafusos.

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Prática Passagem do eletroduto
após a elevação
7 da alvenaria

Toda a distribuição de elétrica é realizada

pelo teto do apartamento, ou seja, nos pontos

de caixinhas de teto são distribuídos os

eletrodutos para as tomadas e interruptores.

Dessa forma a passagem dos eletrodutos na

alvenaria acontece após a conclusão da última

fiada (respaldo). Atenção para paredes com

cinta intermediária.

Benefícios:

O maior ganho nesse processo é maior rapidez na execução da alvenaria, pois não há

eletrodutos já instalados no piso para que o pedreiro tenha que ficar passando pelos

septos dos blocos.

Recursos necessários:

Para a passagem dos eletrodutos na alvenaria não é necessário nenhum equipamento.

O dimensionamento da equipe alocada depende do planejamento e do tempo disponível

para a passagem dos eletrodutos.

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Procedimentos:

1 O profissional deve montar os kits de eletrodutos, que consiste em já deixar

cortados nos tamanhos certos os eletrodutos necessários na alvenaria.

Assim que a alvenaria atinge o nível da oitava fiada, o profissional marca na

parede os pontos de caixinhas e onde serão passados os eletrodutos.

2 Na conclusão da alvenaria, antes do

grauteamento da cinta de respaldo, o

ajudante de elétrica posiciona os eletrodutos

nos pontos previamente marcados.

3 Após o grauteamento, são realizados os

cortes nos pontos de caixinhas onde os

eletrodutos estão chegando.

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Prática Passagem do eletroduto
antes e após a
8 elevação da alvenaria

Os eletrodutos de

sistema (dados e voz) são

posicionados durante a

concretagem do piso do

pavimento, ou seja antes do

inicio da alvenaria. Para os

demais pontos é passado o

eletroduto juntamente com

a elevação da alvenaria.

Benefícios:

• Separação de sistema de dados e voz (por baixo) com o sistema elétrico (por cima)

• Economiade perda de material.

Procedimentos:

1 Antes da concretagem fazer a

passagem dos eletrodutos de

acordo com o projeto e sempre

por cima da malha positiva.

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2 Locar as subidas e fixar as

mangueiras que receberão a

fiação de sistemas (dados e

voz) para a concretagem.

3 Quando a alvenaria atinge

altura de grauteamento, os

eletricistas posicionam os

furos onde serão instaladas as

caixinhas de elétrica e deixam

o eletroduto passado, assim

os pedreiros podem continuar

a alvenaria com os eletrodutos

já posicionados e preencher as

células de graute

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Com a alvenaria concluída

e os eletrodutos passados,

verificar se não há obstrução

nos eletrodutos e começar

a preparar a forma para

concretagem.

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5 Nessa etapa são realizados os serviços de escoramento e montagem da

forma da próxima laje, juntamente com a passagem das conexões dos

eletrodutos e montagem da armação positiva, para depois seguir com o

posicionamento das mangueiras na laje.

6 Concluídas as emendas entre

os eletrodutos da alvenaria e os

que percorrem a laje,verificar o

posicionamento das caixinhas

e dos eletrodutos, inclusive os

eletrodutos que serão subida

sistemas (dados e voz) e

concretar a laje.

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Prática Bloco tipo canaleta
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Componentes
As canaletas tipo "U"
de alvenaria com

conformação geométrica

criados para racionalizar

a execução de vergas,

contravergas e cintas.
As canaletas possuem

um corte em “V”

As canaletas tipo "J"(jotão)

As canaletas tipo "j" (jotinha)

são utilizadas para executar

o rebaixo das sacadas

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Benefícios

As canaletas com corte em “V” facilitam o

posicionamento da armação. A barra de aço se encontra

a 7 cm da parte inferior da canaleta e a 12 cm do topo da

canaleta.

Blocos especiais tipo "J" utilizados na última fiada, em

alvenaria de periferia com função de canaleta e forma

lateral para concretagem em lage maciça, substituindo

as formas de madeira nas laterais. Jotinha são utilizadas

para executar o rebaixo das sacadas

Recursos necessários:

• Bloco

• Graute

• Aço

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Procedimentos:

1 As canaletas são colocadas seguindo os projetos de paginação, as armações

são posicionadas de acordo com o projeto, seguindo os transpasses e

executando os pontos de armação desses transpasses.

Bloco U Bloco V

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