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AULA nº 03

Epidemiologia:
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM
SAÚDE

Prof. Carlos Henrique


Definção

 A Lei 8080/1990 prevê no artigo 47, a organização pelo Ministério da Saúde (MS),
em articulação com os níveis estaduais e municipais do SUS, um Sistema Nacional
de Informação em Saúde – SIS, integrado em todo território nacional
abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.
Definição

 A Organização Mundial da Saúde define Sistema de Informação em Saúde –


 SIS como:
 Um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da
 informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de
saúde.

 Considera-se que a transformação de um dado em informação exige, além


 da análise, a divulgação, e inclusive recomendações para a ação.
• Informação Oportuna: disponível no local e hora necessários para tomada de decisão.

• Informação de Qualidade: atualizada, pertinente e consistente.


São funções do SIS:

− Planejamento; − Armazenamento;

− Coordenação; − Processamento;

− Supervisão dos processos de seleção; − Recuperação;

− Coleta; − Análise e difusão de dados e

− Aquisição; − Geração de informações.

− Registro;
FUNÇÕES

• Respaldar a operação diária e a gestão da atenção à saúde;

• Conhecer e monitorar o estado de saúde da população e as condições sócio-ambientais;

• Facilitar o planejamento, a supervisão e o controle e avaliação de ações e serviços;

• Subsidiar os processos decisórios nos diversos níveis de decisão e ação;


• Apoiar a produção e utilização de serviços de saúde;

• Disponibilizar informações para as atividades de diagnóstico e tratamento;

• Monitorar e avaliar as intervenções, resultados e impactos;

• Subsidiar educação e a promoção da saúde;

• Apoiar as atividades de pesquisa e produção de conhecimentos.


Sistemas de Informação em Saúde

SIM
SINASC
SINAN
SIH -SUS
SIA
SISPNI
SISAB
SCNES
SIM
 SIM – Sistema de Informação de mortalidade;

 Coleta dados sobre óbitos;

 Fornece informações sobre o perfil de mortalidade


nos diferentes níveis do SUS, Vigilância de Óbitos;

 O documento de entrada do sistema é a


Declaração de Óbito – DO.
SIM
 Perfil da “necessidade de saúde” de populações

 Desfecho final, significante

 Não informa sobre problemas de saúde não fatais

 Indicadores: taxa de mortalidade, mortalidade proporcional

 Categorias de análise: região, tempo (série histórica), faixa


etária e sexo
SIM
 Série histórica – acompanhamento do perfil de necessidade e
de intervenções

 Áreas – estudos de variação - variação no perfil de


necessidades

 Áreas – desigualdade em saúde entre regiões

 Avaliação de resultados em saúde –avaliação de programas


e serviços de saúde – linkagem
INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE

Demais causas
XX. Causas definidas 21,7%
externas de
morbidade e
XVI. Algumas afec mortalidade I. Algumas doenças
originadas no período 12,6% infecciosas e
perinatal 3,9% parasitárias
5,2%

X. Doenças do aparelho
respiratório II. Neoplasias
12,7% (tumores)
13,9%

IX. Doenças do aparelho


circulatório
29,9%
SINASC
 SINASC- Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos;

 Identifica os nascidos vivos em todo território nacional;

 Está diretamente relacionado à saúde da mulher e da criança


em todos os níveis do SUS;

 O documento de entrada do sistema é a Declaração de


Nascido Vivo - DNV
INFORMAÇÕES

• DN

• Sexo  Idade gestacional

• Peso ao nascer  No. consultas de prenatal

• APGAR 1o.  Endereço da mãe

• APGAR 5o.  No. Filhos

•  Tipo de parto (normal,  Parto gemelar


cesárea)

• Idade da mãe


INFORMAÇÕES SOBRE NASCIMENTOS

Evolução das Condições de Nascimento

60 19

Taxa Bruta de Natalidade


18
50
18

40 17

17
30
%

16

20 16

15
10
15

0 14
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Ano

% com prematuridade % de partos cesáreos Taxa Bruta % de mães de 10-19 anos


% de mães de 10-14 anos de Natalidade
SINAN

 SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação;


 Notifica e investiga os casos de doenças e agravos que constam da
lista nacional de notificação de agravos, em determinada área
geográfica;
 É facultado aos estados e municípios incluir outros problemas de
saúde importantes em sua região.
 A comunicação das SES com a SVS(Secretária de V i g i l â n c i a e m
S a ú d e ) d e v e r á o c o r r e r quinzenalmente.
SINAN

 cólera, coqueluche, dengue, difteria,


 doença de Chagas, meningites, febre
 amarela, febre tifóide, hanseníase,
 hepatites B e C, leishmaniose visceral,
 leptospirose, malária, peste,
SINAN

 poliomielite, paralisia flácida aguda,


 raiva humana, rubéola, síndrome de
 rubéola congênita, sarampo, sífilis
 congênita, Aids, tétano, tuberculose.
 Papel: Qualquer surto ou epidemia, agravo
inusitado,independente de constar da lista.
SINAN
 Série histórica – acompanhamento do perfil de
necessidade (morbidade) e de intervenções

 Áreas – estudos de variação - variação no perfil de necessidades

 Áreas – desigualdade em saúde entre regiões

 Avaliação de resultados em saúde –avaliação de programas e


serviços de saúde – linkagem
SINAN - DIFICULDADES

 Sub-registro

 Atraso – digitação, correção dos registros

 Atraso no SINAN – demora no preenchimento, em especial das doenças crônicas


(alguns são captados pela vigilância), fluxo longo e complicado
SIH
 Dispõe de informações sobre recursos destinadosa cada hospital que
integra a rede do SUS;

 As principais causas de internações no Brasil;

 A relação dosprocedimentos mais frequentes Quantidade de leitos


existentes para cada especialidade;

 Tempo médio de permanência do paciente no hospital;

 Além de subsidiar estudos epidemiológicos utilizando os dados disponíveis.


SIH - INFORMAÇÕES
 Hospital:
Razão social, natureza jurídica, endereço
 Paciente:
Nome, endereço, sexo, idade
 Internação:
Diagnóstico principal e secundário
Procedimento médico
Duração Óbito
Gasto
SIH
 SUS:
 Perfil de morbidade atendida
 Perfil dos atendimentos
 Indicador de resultado – Óbitos hospitalares – não ajusta o
risco
 Indicadores gerenciais – TMP, Tx ocupação, gastos
 Áreas de atendimento e fluxo dos pacientes por hospitais, por
regiões
INTERNAÇÕES HOSPITALARES
Número de Internações, Média de Permanência, Número de Óbitos e Taxa de Mortalidade por Especialidade(por local de
internação)
2013

Número de Média de Permanência (dias) Número de Mortalidade


Especialidade %
Internações Óbitos Hospitalar (%)

Cirúrgico 171.937 31,6 4,2 3.222 1,9


Obstétricos 119.568 21,9 2,5 32 0,0
Clínico 155.112 28,5 6,9 15.419 9,9
Crônicos 5.428 1,0 22,2 689 12,7
Psiquiatria 16.976 3,1 26,2 15 0,1
Pneumologia Sanitária (Tisiologia) 978 0,2 18,0 56 5,7
Pediátricos 70.172 12,9 6,1 1.327 1,9
Reabilitação - - - - -
Leito Dia / Cirúrgicos 1.935 0,4 0,0 - -
Leito Dia / Aids 1.428 0,3 7,3 - -
Leito Dia / Fibrose Cística - - - - -
Leito Dia / Intercorrência Pós-Transplante 1.399 0,3 8,2 13 0,9
Leito Dia / Geriatria - - - - -
Leito Dia / Saúde Mental - - - - -
Total 544.933 100,0 5,7 20.773 3,8
Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/2014.
CNES
 CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde;

 O CNES é uma obrigatoriedade instituída a TODOS os estabelecimentos que se


dizem prestadores de serviços de saúde no Brasil;

 É a base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, sendo estes


imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e eficiente;
CNES

 O cadastramento é uma prestação de informações completas e precisas,


relacionadas aos aspectos de recursos humanos, área física, equipamentos e
serviços ambulatoriais e hospitalares sobre cada uma destas unidades de saúde;

 Visa disponibilizar informações das atuais condições de infra- estrutura de


funcionamento dos Estabelecimentos de Saúde em todas as esferas: Federal,
Estadual e Municipal.
SISPNI

• O Programa Nacional de Imunizações é responsável por reunir as informações de vacinação de todo o país.
Para isso, são utilizados sistemas informatizados que facilitam o acompanhamento por todos os gestores.

• O PNI, desde 1994, utilizou sistemas de informação com dados agregados, ou seja, os municípios
realizavam suas ações de imunização, consolidavam as informações de doses aplicadas e enviavam esse
quantitativo total ao Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação de Avaliação do Programa de
Imunização (API) e, mais recentemente, por meio do Sistema de Informação de Avaliação do Programa de
Imunizações.
SISPNI
• Objetivo geral 
Registrar individualmente dados de vacinação de todos os residentes do Brasil

• Objetivos específicos 
• Fornecer dados sobre pessoas vacinadas; 
• Fornecer dados sobre movimentação de imunobiológicos nas salas de vacinação; 
• Reduzir erros de imunização; 
• Ser o único meio de transmissão de dados de vacinação para o Programa Nacional de Imunizações;
• Salas de vacina de todo o Brasil onde serão vacinadas todas as pessoas do país; 
• Qualquer interessado em dados de imunização poderá ter acesso a relatórios consistentes sobre pessoas
vacinadas para qualquer vacina;
SISTEMA DE INFORMAÇÃO AMBULATORIAL
SIA - SUS

• Permite apurações das quantidades e valores de procedimentos ambulatoriais realizados


e apresentados para cobrança pelas Unidades Ambulatoriais e aprovados pelas
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

• Permite agregações por Municípios, Estados, Regiões e totais do Brasil e detalhamento


por mês de cobrança ou atendimento, tipo de prestador, procedimento, item de
programação, grupos especiais de procedimento, gestão financeira, etc
Instrumento:

• Unidade de registro de informações é o procedimento ambulatorial realizado desagregado em atos


profissionais
• Consultas
• Exames laboratoriais
• Atividades e ações
• Preenchimento do Boletim de Produção Ambulatorial (BPA)
• Foi implantado o sistema de informações para Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta
Complexidade - APAC
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA
ATENÇÃO BÁSICA - SISAB

• Criado em 1998
• Incluem instrumentos que tratam:
• Cadastramento das famílias acompanhadas
• Situação socioeconômica
• Atenção à saúde e das condições de morbidades
• Situação de risco prioritárias
• HAS, DM, Tb, hanseníase, acompanhamento das gestantes e crianças
e da cobertura e resultados das ações promoção da saúde
SISAB

Objetivos:
• Acompanhar as atividades das equipes de saúde da família e do PACS

• Permitir a análise de dados sobre a população acompanhada pelas equipes

• Auxiliar a tomada de decisões e o planejamento de ações referentes às comunidades, indivíduos e


famílias

• Avaliar o trabalho dos profissionais e das equipes

• Propiciar a análise do impacto das ações básicas


QUEM UTILIZA A INFORMAÇÃO?

Diretoria de Atenção a
Saúde SMS
ESF

OUTRAS DIRETORIAS
DA SMS

DISTRITOS
SANITÁRIOS

SISAB
CIDADÃO
POPULAÇÃO (VIA INTERNET)

SES CURSOS/
PESQUISADORES ALUNOS
MS

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