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PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO BRANCO

ESTADO DE MINAS GERAIS


Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

PROJETO EXECUTIVO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)

Unidade Básica De Saúde / Escola Municipal Raimundo Campos - Olaria

1. OBJETO:

Plano executivo para instalação de estações de tratamento biológico de esgoto


sanitário – ETE, Unidade Básica De Saúde / Escola Municipal Raimundo Campos -
Olaria

2. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

- Estação de tratamento de esgoto, com conjunto em Plástico Reforçado com


Fibra de Vidro (PRFV) no mínimo 04 (quatro) estágios, composta por pré-
tratamento com caixa gradeada para resíduos sólidos, filtro e reator
secundário, com Tempo de Detenção Hidráulica (TDH) de no mínimo 4
horas e no máximo 12 horas para o tratamento, com a manutenção do reator
e destinação final do lodo, quando necessário, por um período de 36 meses
(trinta e seis) meses, com cota máxima de 30 cm (trinta centímetros) entre
entrada e a saída de efluente, sem consumo de energia elétrica para
operação.
- A Estação de Tratamento de Esgoto, é para tratamento de volume diário de
17 m³ de efluente do vaso sanitário (conhecido como água negra) e tratar
também os demais efluentes da cozinha, pia, tanque, lavanderia (conhecido
como água cinza), gerado por 130 pessoas/dia;
- A instalação das Estações de Tratamento de Esgoto será por conta da
equipe da Prefeitura Municipal de Ouro Branco.

3. REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO

Localização para a instalação das ETE’s foi através de visita in-loco,


levando em consideração os seguintes itens de controle:

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- Características do relevo;
- Identificação dos acidentes principais e das alterações previstas;
- Informações meteorológicas;
- Informações geológicas (natureza da camada constituinte do subsolo, níveis
de lençol freático, mapas geológicos, relatórios de sondagem e de ensaios
do solo e informações locais);
- Informações pluviométricas (séries históricas dos cursos d’água da região,
suas vazões de estiagem, e informações locais sobre os níveis de
enchentes);
- Corpos receptores existentes e prováveis (informações fundamentais para
avaliação dos efeitos do esgoto sanitário, e sua classificação segundo a
legislação vigente);
- Acesso (facilidade para transporte dos materiais e dos equipamentos
necessários para a execução das obras);
- Ligações prediais (custos, dificuldades de execução, tipos de ligação,
material utilizado);
- Estudo de projeto do sistema de esgoto ao qual será ligado o equipamento;
- Legislação (disposições legais em vigor na região, que possam afetar a
ocupação do sistema, e as normas vigentes em relação a passagem das
canalizações nas vias de tráfego);
- Interferências superficiais e subterrâneas e superficiais que possam influir na
concepção do sistema.

4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

4.1. LOCAÇÃO DA ETE, CAIXAS DE GORDURA E TUBULAÇÃO.

- A locação topográfica consiste em demarcar, no terreno, alguns pontos


definidos em projeto de uma obra para que a mesma possa ser executada
exatamente no local planejado. Os pontos de instalação serão descritos no
projeto em anexo.

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4.2. ESCAVAÇÃO COM RETROESCAVADEIRA EM SOLO PARA


ABERTURA DE VALA DE INSTALAÇÃO DA ETE. (03.MOVT.ESVA.016/01);

4.2.1. Itens

- Retroescavadeira sobre rodas com carregadeira, tração 4x4, potência


líquida 88 HP, caçamba da carregadeira com capacidade mínima de 1 m³, e
caçamba da retro com capacidade de 0,26 m³. Peso operacional mínimo de
6.674 kg e profundidade de escavação máxima de 4,37 metros.
- Servente: profissional que auxilia o trabalho feito pelo equipamento.

4.2.2. Critérios

- Volume de corte geométrico, definido em projeto, para vala com


profundidade de 1,5 metros, largura da vala de 0,8 a 1,5 metros, em solo de
1ª categoria, executada em locais com alto nível de interferência;

4.2.3. Execução

- Escavar a vala no local de acordo com o projeto de engenharia;


- Dispor o material escavado ao lado, para posterior recobrimento do
equipamento.

4.3. TRANSPORTE DO MATERIAL ESCAVADO (DEPENDERÁ SE A ETE VAI


SER COBERTA OU EXPOSTA);

4.4. APILOAMENTO E NIVELAMENTO DO FUNDO DA VALA;

4.4.1. Execução

- Compactar com placa vibratória, ou soquete manual e nivelar a superfície.

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4.5. LASTRO COM MATERIAL GRANULAR (AREIA MÉDIA), APLICADO EM


PISOS OU LAJES SOBRE SOLO, ESPESSURA DE 10 CM.
(01.FUES.LAST.006/03)

4.5.1. Itens

- Areia média

Volume: 10 cm de altura x area do fundo da vala xxxx m³

- Compactador mecânico ou soquete manual.

4.5.2. Execução

- Lançar e espalhar a camada de areia média sobre solo previamente


compactado e nivelado.
- Após o lançamento, compactar com placa vibratória, ou soquete manual e
nivelar a superfície.

4.6. REFORÇO ESTRUTURAL DO FUNDO DA VALA EM CONCRETO


MAGRO.
4.6.1. Itens

- Concreto magro para lastro, traço 1:4,5:4,5 (cimento: areia média: brita 1)
em massa de materiais secos, preparo mecânico em betoneira de 600L,
fator água/cimento de 0,75.

Volume unitários: 5 cm de altura x área do fundo da vala

Cimento:

Areia:

Brita 1:

4.6.2. Execução

- Lançar e espalhar o concreto sobre solo firme e compactado ou sobre lastro


de brita;

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- Em áreas extensas ou sujeitas a grande solicitação, prever juntas conforme


utilização ou previsto em projeto;
- Nivelar a superfície final.

4.7. ALVENARIA DE ELEVAÇÃO SE NECESSÁRIO;

4.8. POSICIONAMENTO DO EQUIPAMENTO DE PRÉ-TRATAMENTO A


MONTANTE, CONFORME ESPECIFICADO NO MANUAL DO PRODUTO;

4.8.1. Itens
Cintas de XX Kg de capacidade de içamento;

4.8.2. Execução
Posicionar conforme manual do fabricante

4.9. POSICIONAMENTO DO EQUIPAMENTO PRINCIPAL UTILIZANDO


EQUIPAMENTO DE IÇAMENTO;

4.9.1. Itens
Cintas de XX Kg de capacidade de içamento;

4.9.2. Execução
Posicionar conforme manual do fabricante

4.10. INTERLIGAÇÃO DO EQUIPAMENTO COM A LINHA DE ESGOTO COM


TUBULAÇÃO RECOMENDADA PELO FABRICANTE.

4.10.1. Itens
Ver anexo 5.10.1 - Vista superior da instalação da ETE.

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4.10.2. Execução
A. Escavação manual das valas, seguindo projeto de locação da
tubulação projeto, Anexo 5.10.2;
B. A declividade máxima para o ponto de saída do efluente até o
equipamento de tratamento é de 5%;
C. Escavação dos pontos para posicionamento das caixas de gordura, e
de inspeção, segue projeto, Anexo 5.10.2;
D. Preparo de fundo com a utilização de areia para o berço;
E. Assentamento de tubos e conexões seguindo projeto;
F.Reaterro.

4.11. MONTAR SISTEMA DE DESCARTE DO PRODUTO FINAL (VALA DE


INFILTRAÇÃO, SUMIDOURO, CÍRCULO DE BANANEIRAS OU DESCARTE
NO MANANCIAL);

A DEPENDER DA QUALIDADE DE SAÍDA DO EFLUENTE;

4.12. CONSTRUÇÃO DO CITADO ACIMA

4.13. ATERRO DO EQUIPAMENTO SE FOR NECESSÁRIO, DEIXANDO


JANELAS DE VISITA NO NÍVEL 0.

5. TESTE DE START-UP DO SISTEMA

5.10. Execução
No ensaio com água, toda a abertura deve ser convenientemente
tamponada, exceto a mais alta, por onde deve ser introduzida água até o
nível de transbordamento da mesma e mantida por um período de 15 min,
observando-se se a carga hidrostática não ultrapassa 60 kPa = 6 mca.

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6. INSPEÇÃO PERIÓDICA

6.1. É recomendado inspeções periódicas no sistema predial de esgoto com


vistas a detectar os defeitos que venham a ocorrer em função do uso
indevido e ao próprio tempo de uso das instalações.
6.2. A inspeção deve ser feita em todas as caixas de inspeção regularmente,
abrindo e verificando se há alguma material inapropriado para o sistema ali
presente. O roteiro de inspeção nos principais pontos críticos do sistema,
podem ser identificados no projeto, visando melhor adaptar a característica
de funcionamento do sistema.
6.3. Para cada serviço de manutenção realizado recomenda-se o
preenchimento de uma ficha de manutenção, ou reportar o que foi feito para
o responsável do projeto.

7. PROCEDIMENTO PARA MANUTENÇÃO DO SISTEMA

7.1. Cuidados mínimos na manutenção

7.1.1. É PROIBIDO uso de qualquer produtos químicos para a descamação


interna de tubulações (salvo recomendado pelo fabricante da ETE),
deve-se identificar claramente quais são os materiais das mesmas, de
forma a garantir que o produto utilizado não venha a danificar o tubo
devido à ação química.
7.1.2. Devidas precauções devem ser observadas quando se utiliza
métodos de desentupimento que envolvam ar ou água à pressão
elevada, pois pode danificar partes da instalação.
7.1.3. Métodos de desentupimento que utilizem equipamentos mecanizados
devem ser somente operados por pessoal treinado e habilitado. As
tubulações devem também ser antecipadamente identificadas de forma
a se utilizar as ferramentas de desobstrução compatíveis com o
material constituinte das tubulações.

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7.1.4. Entupimento parcial ou total devido a materiais inadvertidamente


lançados no sistema predial de esgoto, tais como toalhas de papel e
absorventes higiênicos, podem ser removidos pela ação de vara ou
arame, introduzido pelo ponto de acesso, à montante, mais próximo do
local de entupimento, através das caixas de inspeção.
7.1.5. Não utilizar métodos de desentupimento após o pré-tratamento na
ETE, somente nas tubulações que precedem este.
7.1.6. Não utilizar sistemas pneumáticos de desobstrução devido a
estanqueidade do equipamento poder ser comprometida.
7.1.7. Limpeza química consiste no derramamento para o interior das
tubulações de substâncias químicas que reajam com a matéria
acumulada na obstrução. Este método NÃO deve ser utilizado pois
pode causar danos tanto no operador como nas tubulações, e no
equipamento de tratamento.
7.1.8. Bacias sanitárias podem ser desentupidas por meio mais simples e
eficaz, que é o uso de uma bomba de borracha, que pressuriza o sifão
da bacia promovendo a desobstrução. Há também hastes
suficientemente flexíveis para também passar pelo sifão da bacia e
desobstruir o ramal. A limpeza química se aplica quando há material
precipitado junto das paredes internas da bacia.
7.1.9. Obstruções em coletores prediais podem ser localizadas pelas peças
de inspeção. As peças devem ser abertas e a que estiver seca ou
parcialmente seca, mais próxima do local de entupimento, é aquela pela
qual deve se introduzir uma haste flexível para desentupir a tubulação.

8. ANALISES DE EFICIENCIA DE TRATAMENTO

8.1. A Resolução CONAMA nº 430/11 dispõe sobre condições, parâmetros,


padrões e diretrizes para lançamento de efluentes em corpos de água,
Seção III, art. 21.
8.2. O monitoramento será feito no no inicio da operação do equipamento e a
frequência de analises será realizada a cada XXXX meses.

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8.3. Das Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes:


I. a) pH entre 5 e 9;
II. b) temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a variação de temperatura do corpo
receptor não deverá exceder a 3ºC no limite da zona de mistura;
III. c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff.
Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja
praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente
ausentes;
IV. d) Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20ºC:
V. máximo de 120 mg/L, sendo que este limite somente poderá ser ultrapassado
no caso de efluente de sistema de tratamento com eficiência de remoção
mínima de 60% de DBO, ou mediante estudo de autodepuração do corpo
hídrico que comprove atendimento às metas do enquadramento do corpo
receptor.
VI. e) substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100 mg/L; e
VII. f) ausência de materiais flutuantes.

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Ouro Branco, 10 de maio de 2022.

Cirlene Ribeiro Dias


Gerente de Meio Ambiente

Neylor Aarão
Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

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5. ANEXOS

Anexo 5.10.1 - Posicionamento da ETE no terreno A4.

Anexo 5.10.2 - Planta baixa de localização das tubulações A1.

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