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Malala

Malala ficou conhecida mundialmente após ser baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola
em outubro de 2012, quando tinha 15 anos. Seu crime foi se manifestar contra a proibição dos
estudos para as mulheres em seu país.

A jovem nasceu e cresceu em Mingora, a maior cidade do Vale Swat, região bastante
conservadora do Paquistão. Em 2008, o líder talibã, que dominava o local, exigiu que as escolas
interrompessem as aulas dadas para as meninas por um mês.

Naquela época, um jornalista da BBC perguntou ao pai de Malala, que era dono da escola onde
ela estudava, se alguns jovens estariam dispostos a falar sobre o assunto. Foi quando a menina
criou o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa” para escrever sobre seu amor pelos
estudos e as dificuldades vividas no Paquistão. O blog era escrito sob um pseudônimo, mas em
poucos meses a identidade de Malala foi revelada e ela passou a conceder entrevistas para TVs
e jornais.

O ataque à ativista veio logo depois que os talibãs haviam perdido o controle do Vale Swat e a
justificativa foi que ela era uma ameaça contra o Islã. A menina precisou passar por uma
cirurgia e foi transferida para o Reino Unido, onde recebeu tratamento e se recuperou.

Muito antes de ficar conhecida como «a menina baleada pelo Talibã», muito antes até de seu
nascimento, a luta pela educação já estava presente na casa de Malala. Ela nasceu em uma
família de professores, seu avô e seus tios eram professores, e seu pai, além de professor,
cresceu com o sonho de fundar uma escola e poder levar educação a crianças que não tinham
condições.

Isso não era muito comum em um Paquistão em que mulheres não eram ouvidas.

Não foi uma tarefa fácil, mas depois de muito batalhar, fracassar, tentar de novo, Ziauddin
conseguiu abrir a escola junto com um sócio. Foi lá que Malala cresceu entre cadeiras, quadros
e livros, vendo seus pais lutarem para manter o funcionamento, e para garantir vagas gratuitas
destinadas a crianças que não podiam pagar. Além da escola, Malala e Ziauddin falam
publicamente sobre a importância da educação e a necessidade de os governos investirem em
educação, principalmente das meninas.

Em 2014, por conta do seu engajamento para garantir o direito à educação das mulheres,
Malala se tornou a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, aos 17 anos.
Atualmente, ela vive com sua família na Inglaterra, mas tem ainda o desejo de voltar ao seu
país para entrar na política.

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