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No início do ano de 2020, antes que houvesse o decreto de pandemia, quando as

pessoas eram livres e não sabiam, estava trivialmente almoçando com a minha família.

Morava com duas professoras de vida, minha mãe e avó, que somente por coincidência

exerciam essa profissão. Naquela refeição, comentavámos a tão famosa entrada no Ensino

Médio, além de como eu era afortunada por ir a uma escola de qualidade. Dessa maneira, a

base da construção dos meus sonhos estava sendo solidificada com sucesso.

Felizmente, sempre fui rodeada por ávidas estudiosas, as quais me serviram de

incentivo, e nesse dia me deram o melhor dos presentes: um livro. Até porque aprendi “O

conhecimento é o único bem que levamos ao túmulo”. A princípio, achei a escolha inusitada.

O título “Eu sou Malala” não combinava com as sinopses de fantasia por mim muito

apreciadas. Contudo, livros sempre podem ser surpreendentes.

Depois de devorar a biografia e inúmeras reportagens sobre Malala Yousafzai, uma

garota paquistanesa que, quando tinha a minha idade, lutou pelo seu direito à educação e

consequentemente foi baleada ao voltar da escola por membros do Talibã, fiquei espantada

com certeza. Além do crime cometido e da intolerância praticada, chocou-me o fato de

Malala não ter desistido.

Com encorajamento de parentes, ela realizou palestras em diversos países, espalhando

a ideia que educação para todos é a fonte de resposta para os problemas do mundo. Ademais,

essa jovem ativista, no momento em que fez sua voz ser ouvida, não só continuou

influenciando pacificamente milhares de pessoas, mas também fundou uma organização para

democratizar o acesso à educação e mitigar desigualdades.

Ela me mostrou o potencial armazenado para que qualquer indivíduo fosse capaz de

fazer a diferença e melhorar o mundo. Percebi que eu podia e queria ajudar, já que a minha

ação era igualmente importante. Então, fui inspirada a constantemente buscar cada vez mais
conhecimento, entender as dificuldades que assolam as populações e divulgar histórias como

a de Malala para impactar beneficamente o futuro.

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