Ela é famosa pelo seu ativismo em favor do direitos
civis, em especial a educação às meninas, e por criticar abertamente o Talibã. Seu nome foi inspirado em uma heroína do Afeganistão e por isso muitos se sentiam incomodados, alegando que o nome significa “tomada pela tristeza”. É a filha mais velha de Ziauddin e Tor Pekai Yousafzai, e seus irmão são Atal e Khushal. Seu pai também é um ativista que defende o direito à educação como forma de solucionar tantos problemas relacionados à falta de conhecimento. Desde criança, enquanto crescia dentro da escola de seu pai, Malala contestava o sistema do Paquistão e costumava discutir política com seu pai. Ela se apaixonou pelas ideias, principalmente depois que um braço do Talibã – grupo fundamentalista islâmico radical – infiltrou-se em Mingora e a partir de então, destruiu mais de 400 escolas, baniu as mulheres da vida social e começou a aterrorizar a população com açoitamentos públicos, execuções e ameaças. Malala chamou a atenção do público ao escrever para a BBC Urdu, primeiramente com um pseudônimo, a respeito da vida sob o regime Talibã. Ela relatava que tinha que esconder os livros sob o véu e não podia usar roupas coloridas. “Estou com medo”, era a manchete de um dos textos. Depois de um tempo, o The New York Times publicou um documentário sobre a vida das meninas no Vale do Swat com a participação dela. 12 de julho de 1997 Por conta da popularidade na imprensa, Malala passou a chamar a atenção dos talibãs que aparentavam estar sendo reprimidos. Porém, não era Mingora, Vale do Swat a verdade. O mundo dela mudou em 9 de outubro de 2009, quando a jovem com 15 anos foi atingida na cabeça por um tiro dentro do ônibus enquanto voltava Paquistão da escola. Apesar do membro do talibã ter disparado três tiros, apenas um acertou o lado esquerdo do rosto de Malala, passando pelo pescoço e parando no ombro esquerdo. A recuperação milagrosa de Malala nas mãos de muitos médicos a tornou mais famosa ainda, e a levou aos salões das Nações Unidas de Nova Iorque em 12 de julho de 2013. O dia coincidiu com seu aniversário e o Secretário-geral da ONU oficializou a data como o “Dia Malala”. Aos dezesseis anos ela se tornou um símbolo global de protesto pacifico e em 2014 a mais jovem vencedora da história do Prêmio Nobel da Paz. Atualmente com 19 anos, Malala mora em Birmingham, na Inglaterra, e estuda em um colégio só para meninas.
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