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Arquitetura Neoclássica

Os neoclassicistas, diferente dos renascentistas, acreditavam que os princípios da era clássica


deveriam ser adaptados à realidade moderna, por isso eles propunham discutir os valores
clássicos. Os arquitetos desse período desenvolveram suas ideias em meio ao racionalismo
iluminista e diante das descobertas arqueológicas das cidades de Pompeia e Herculano. Essas
cidades históricas mostraram aos estudiosos da época detalhes sobre a arquitetura e a vida
durante o Império Romano. As obras são majoritariamente claras, pois os arquitetos se
inspiraram nas petrificações dessas cidades. Além disso, por conta do grande porte das
construções desenharam-se novas e grandes avenidas para abrigá-las.

Características:

-Materiais nobres como pedra, mármore, granito e madeira, além dos modernos como
ladrilhos cerâmicos (piso) e ferro fundido (varandas).

-Sistema construtivo simples chamado trílitico, implantado pelos gregos, que consistia em duas
colunas e uma viga que repousava no topo delas. Ou sistemas mais modernos.

-Cúpulas, principalmente nas zonas centrais

-Abóbada de berço ou de aresta

-Frontões triangulares

-Espaços interiores e formas regulares relacionadas a geometria e simetria, sendo que


valorizam intimidade e conforto

-Pórticos (entradas) colunados

-Decoração com referência a elementos clássicos, pintura rural e relevo em estuque


(argamassa feita com gesso)

-Colunas coríntia (mais presente), jônica e dórica

-Decoração se expressa na própria estrutura

-Linhas perpendiculares ou ortogonais

-Portas e janelas grandes

-Balaustres (pequenas colunas usadas para sustentar cercas)

-Colunatas (longa sequência de colunas ligadas por estruturas a cima)

-Platibandas (faixa horizontal no topo do edifício que esconde o telhado)

-Rotunda (tambor de base circular coroado por uma cúpula e circundado por uma colunata)

-Bandeira (painel envidraçado na parte superior de portas e janelas)

-Arco romano (com semicírculo inteiro)

Panteão de Paris

Possui as tumbas de pessoas famosas como: Voltaire, Rousseau, Marie Curie, Victor Hugo, Jean
Braille, Jean Monnet, Alexandre Dumas e o arquiteto que a projetou.
Originalmente estava programado para ser uma igreja dedicada ao Santo Genoveva, porém ela
foi transformada em Panteão Nacional após a Revolucao Francesa. Como ela não tinha sido
firmada como igreja, ela foi usada para ser palco de homenagens, sendo que grandes nomes
da história da republica foram colocados nas paredes do Panteão. Além disso, nomes de
escritores franceses foram colocados durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais. O físico
Foucault fez sua experiência chamada Pêndulo de Foucault. Buscou rivalizar com a Basi´lica de
São Pedro.

Portão de Brandemburgo

A quadriga de cobre representa a deusa da vitória Niké e está direcionada à cidade, mas a que
existe hoje é uma cópia, pois as originais foram destruídas durante a Segunda Guerra.

As passagens não são simétricas pois retratam hierarquia: a família real passava pelo centro
mais largo e os cidadãos pelas extremidades.

Ele representou a união entre o ocidente e o oriente alemães após a queda do Muro de
Berlim, sendo que antes de 1989 ele era inacessível a qualquer cidadão comum.

Capitólio

Após o estabelecimento da República, os EUA adotaram o neoclassicismo como estilo oficial


(Estilo Federal) por relacionarem a democracia da Grécia com a República Romana. Possui uma
estátua da Liberdade no topo. Ela possui a CA~mara do Congresso formada pelo Senado e pela
Câmara dos Representantes.

Arco do Triunfo

Representa as vitórias do exército francês sob as ordens de Napoleão que ordenou sua
construção, porém a obra só foi concluída após a morte do Imperador, no governo de Luís
Felipe.

Na base dele há a Tumba do Soldado Desconhecido que representa os soldados franceses


mortos durante a Primeira Guerra Mundial, mas que nunca foram identificados.

Grande Teatro de Bordeaux: possui doze colunas coríntias que acompanham 12 estátuas,
representantes de 9 musas e 3 deusas (Juno, Vênus e Minerva). Antes de ser inaugurado foi
sede da Assembleia Nacional do Parlamento francês.

Avenida dos Campos Elíseos: faz referência ao paraíso dos mortos da mitologia grega, ao
contrário do Tártaro

Museu Britânico: primeiro museu público do mundo. Foi usado pela Inglaterra para oferecer
empréstimos para retomar o desenvolvimento da navegação e da fabricação bélica.

Neoclassicismo no Brasil
Após a vinda da Família Real para o Brasil e a criação do Reino Unido de Portugal e Algarves, o
rei D. João VI buscou instituir um sistema educativo no Novo Mundo, que antes era
responsabilidade dos jesuítas, além de modernizar a nova sede do reino em que estavam
sendo criadas várias instituições. Para isso, em 1816, foi inaugurada a Missão Artística
Francesa, cujo objetivo era institucionalizar/tornar regular o ensino da arte. Seguindo uma
tendência mundial das elites, o estilo artístico que imperou foi o neoclássico, que se tornou o
estilo oficial da corte. Esses franceses acompanhados pelo espírito iluminista trouxeram o
ensino acadêmico através da criação da Academia de Belas Artes, em 1826.

Posteriormente essa vertente artística recebeu críticas pelos modernistas criadores do


Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pois ela teria impedido o
processo de construção de uma arte brasileira legítima. Contudo, esse estilo se estabeleceria
de qualquer forma, dado a vinda da Corte Portuguesa e a difusão dessa vertente pela Europa
Ocidental.

Jean-Baptise Debret

Pintor e desenhista, Debret foi chamado de artista histórico por ter deixado um amplo registro
dos costumes e das paisagens brasileiras nas primeiras décadas do século XIX. Ele foi aluno de
Jacques-Louis David, o principal nome do neoclassicismo francês, na Academia de Belas Artes
da França. No Brasil, foi professor na Academia de Belas Artes no Rio de Janeiro e organizou a
primeira Exposição da Classe de Pintura Histórica na academia que lecionava.

-“Um jantar brasileiro”: retrata sobretudo a desigualdade no regime escravista brasileiro. É


fácil notar quem é livre e quem não, sobretudo pelo comportamento dos negros na obra,
como o fato da mulher estar abanando a família e pela aparente disposição dos negros a
prestarem qualquer serviço aos brancos. Além disso, nesse regime os escravos não apreciavam
a comida farta de seus senhores, situação que pode ser exemplificada pelo homem que olha
fixamente para a mesa na obra, além das crianças próximas da mesa que ainda recebem
alguns mimos da senhora, talvez por uma empatia pela condição de criança, mas logo ou já,
iriam começar a trabalhar para esse mesmo casal.

-“Cenário para o balaido histórico”: foi uma encomenda do rei D. João VI, que está no centro
da pintura em uma espécie de pedestal. Abaixo, estão três figuras masculinas que
representam as Nações Unidas de Portugal, Brasil e Algarves. São usados elementos
mitológicos na obra. A cena se passando sobre as águas faria referência a corte chegando no
novo mundo trazendo a monarquia e a civilização.

-Cortejo de uma família brasileira no século XIX: retrata a estrutura patriarcal da família
brasileira, em primeiro vem o pai depois as filhas sendo protegidas por ele, a esposa e depois
os escravos obedientes a ele.

-Segundo casamento de D. Pedro I: novamente os personagens são dispostos segundo a


importância social, sendo que no centro há os noivos, na parte superior direita o clero
responsável pelo matrimônio e no lado esquerdo a corte.

-Escravo sendo açoitado: retrata o cenário de violência, sendo que no primeiro plano um
escravo amarrado em um pau de arara era açoitado e no segundo ouro escravo recebia o
mesmo castigo, mas amarado em uma árvore.

Johann Moritz Rugendas

Desenhista alemão que se formou na Academia de Belas Artes de Munique, fez amizade com
os artistas da Missão Artística Francesa e passou a retratar objetivamente as pessoas, a fauna,
a flora e as paisagens sob tutela de naturalistas. O artista cria imagens idealizadas, amenizando
o sofrimento dos escravos, por exemplo.

https://prezi.com/oizx2rn3-249/negros-no-porao-por-johann-moritz-rugendas/
-Negros no fundo do porão ou O navio negreiro: é possível notar que os escravos ficavam
seminus ou até nus, além de se alimentarem de farinha e água. Como a alimentação era
escassa alguns não aguentavam e tinham que ser levados pelos traficantes. Também é possível
notar algemas e o amontoamento dos escravos que se distribuíam em prateleiras em um
ambiente com teto baixo.

-Dança do lundu: retrata a influência africana na cultura nacional através da música, sendo que
mulheres, homens e até um clérigo se reuniram ao som do instrumento de corda.

-Roda de capoeira: nota-se o espírito festivo do negro, expressado pelas lutas de origem
africana que eram permitidas pelos senhores para que os escravos não se rebelassem, porém,
as lutas permitiram um maior desenvolvimento físico e de combate pelos escravos que
conseguiram fugir e formar quilombos.

Nicolas Antoine Tauney

Pintor e ilustrador, foi chamado de artista paisagista, sendo que atuou com professor de
pintura de paisagens na Academia de Belas Artes, depois de ter retratado algumas campanhas
de Napoleão Bonaparte. (pinturas salvas no computador)

Auguste Henry Victor Grandjean de Montigny

Arquiteto e urbanista, formou-se na Escola de Arquitetura de Paris. Foi influente no Império


Napoleônico, mas após a queda desse imperador decidiu integrar o grupo de franceses que
viriam ao Brasil. Foi professor de arquitetura da Academia Imperial.

-Casa França-Brasil (Antiga Praça do Comércio), Rio de Janeiro: possui colunas dóricas e
abobada de berço.

-Solar Grandjean de Montigny: foi construído para ser a residência do arquiteto. Possui
escadaria (dar monumentalidade), colunas, pórtico e sala cilíndrica. Hoje é museu Universitário
da PUC-RJ.
-Academia Imperial de Belas Artes: foi demolida e seu pórtico faz parte do Jardim Botânico
hoje.
Igreja Curitiba na Praça Garibaldi: presença de frontões e rotunda.
Universidade Federal de Curitiba: frontões, colunas coríntias, platibanda e colunata no pórtico.
Palácio de Petrópolis: frontão, bandeira.
Palácio do Catete: águias que são símbolo de Roma e representam poder forma removidas e
foram colocadas estátuas. No centro a da República tendo à direita a Agricultura e a Primavera,
à esquerda a Justiça e o Outono e nos fundos e ao lado do parque a do Inverno e do Verão. Há
decoração com mitologia greco-romana.
Palácio Imperial do Rio de Janeiro ou Palácio São Cristóvão e Quinta da Boa Vista: foi o local
onde residia a família real no Brasil.

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