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A ARTE NO SÉC.

XIX
- Romantismo
- Realismo

DISCIPLINA: ARTES
PROFESSORA :

Watson e o Tubarão, John Coplay


A ARTE DO SÉCULO XIX

ROMANTISMO – do início a meados do séc. XIX


Entre 1820 e 1850 (aprox.), paralelo às
atividades do grupo neoclássico, surgiu
um outro movimento, chamado
Romantismo.
Enquanto os artistas neoclássicos
voltaram-se para a imitação da arte
clássica e renascentista, os românticos
procuraram se libertar das convenções
acadêmicas em favor da livre expressão
artística.
Assim, de modo geral, podemos afirmar
que a característica mais marcante do
Romantismo é a valorização dos
sentimentos e da imaginação como
princípios da criação artística. Além
disso, temos um sentimento do presente,
“A Liberdade guiando o povo” o nacionalismo e a valorização da
Eugéne Delacroix – 1830 (óleo s/ tela) natureza.
A ARTE DO SÉCULO XIX

“O Eterno” – Willian Blake, 1794


“O Fuzilamento de 3 de Maio de 1808” – Francisco Goya, 1815

A pintura romântica foi marcada por composições com cenas que representam tensão e emoção. Nos
primórdios do movimento, destacam-se o espanhol Francisco Goya e o inglês Willian Blake. Enquanto
Blake detinha-se em temas que expunham sua posição religiosa e política revolucionária; o estilo de
Goya era composto por uma postura dramática das figuras, apresentando referências do simbolismo
barroco, criticando a tirania e a violência de seu tempo.
A ARTE DO SÉCULO XIX

A pintura romântica francesa teve como referência a obra barroca de Rubens e dos pintores venezianos,
valorizando a cor em suas composições, a fim de enfatizar as emoções.
Os temas românticos eram frequentemente trágicos, fosse nas pinturas narrativas – com naufrágios,
lutas, cavalgadas, assassinatos – fosse nas paisagens, com tempestades e outros fenômenos da natureza.

“A Balsa da Medusa” – Théodore Gericault, 1819


A ARTE DO SÉCULO XIX
A ARTE DO SÉCULO XIX

“Dois injustiçados” – Théodore Gericault, 1817


A ARTE DO SÉCULO XIX

Eugène Delacroix
Ferdinand Victor Eugène Delacroix nasceu em Charenton-Saint-Maurice, em abril de 1798. Era filho de Charles
Delacroix, na época embaixador da França junto ao governo holandês, e Victoire Delacroix, desenhista dos móveis nas
cortes de Luís XV e Luís XVI. Foi um dos pintores mais importantes do romantismo francês.

“A Barca de Dante”, 1822


A ARTE DO SÉCULO XIX

Esta obra é criada a partir de uma


tragédia de Byron, que conta sobre
a lenda do último rei Assírio,
Sardanápalo que, ao ver-se
derrotado e sabendo que iria
morrer, manda matar todas suas
posses vivas: suas mulheres,
escravos, animais, para depois
matar-se também. Na obra, notam-
se claramente a obscuridade, a
tragédia e a inclinação para a
representação da crueldade que
são peculiares ao Romantismo.
Para agravar o quadro,
Sardanápalo assiste às execuções,
deitado em seu futuro leito de
morte, tendo atirada aos seus pés
uma de suas amantes. O erotismo
se funde com a desgraça do
sofrimento e da dor. Prazer e “A Morte de Sardanápalo” - Delacroix, 1828
morte se confundem.
A ARTE DO SÉCULO XIX

O Romantismo Inglês na Pintura: paisagens


Na Inglaterra, o principal gênero desenvolvido
foi a pintura de paisagens, destacando-se dois
artistas: John Constable e William Turner.

“A carroça de feno”, Constable, 1821

Constable buscava a realidade, produzindo cenários


rurais e bucólicos. Enquanto Turner desenvolveu um
estilo de paisagem mais livre, representando a tensão da
natureza.

“Chuva, vapor e velocidade”, Turner, 1844


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ARQUITETURA E ESCULTURA
Os arquitetos do período romântico passaram a ver a arquitetura da Idade Média como ideal,
valorizando as formas do estilo gótico (neogótico). Para o arquiteto romântico, construir de acordo
com as formas medievais era um dever moral.

“Edifício do Parlamento Inglês” – Londres (séc. XIX)


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A escultura romântica, desenvolvida


“O Jaguar devorando uma lebre” –
em paralelo com a escultura Antoine Louis Barye (1831)
neoclássica, não conheceu qualidade
estética nem projeção idênticas à da
pintura da mesma época.
Protagonizada pelo francês Antoine
Louis Barye (1796-1875), que
transporta para a estatuária o espírito
romântico do pintor Delacroix, de
quem era amigo, realiza peças
baseadas no estudo naturalístico e
fortemente expressivo de animais
selvagens, como por exemplo, a
escultura O Jaguar devorando uma
lebre. Alguns escultores românticos
franceses significativos foram:
Auguste Préault, François Rude,
Jean-Baptiste Carpeaux e Frédéric-
Auguste Barholdi.

“A Dança” – Jean-Baptiste
Carpeaux (1869)
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REALISMO – meados do séc. XIX


Após a Revolução
Liberal de 1830, o rei
Luís Filipe I assumiu o
poder na França. Seu
governo gerou
insatisfação e os
sucessivos problemas
econômicos e sociais
intensificaram a revolta
popular.
Nas artes, o movimento
Realista já havia se
desenvolvido nas
discussões dos
intelectuais e artistas a
partir de 1840, mas
atingiu o auge após a
revolução de 1848.

“Angelus” – Jean-François Millet (1859)


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A Escola de Barbizon (precursores)


Movimento artístico que se sucedeu
entre os anos de 1830 e 1870,
integrado por um conjunto de pintores
franceses que se estabeleceram
próximo ao povoado de Barbizon, nas
cercanias do bosque de Fontainebleau,
próximo a Paris, numa atitude de
aberta oposição ao sistema vigente.
Motivados pelo impulso romântico de
integração com a natureza, os
paisagistas da Escola de Barbizon
repudiaram, no entanto, o espírito
exagerado da típica pintura romântica,
bem como a tradição acadêmica do
classicismo, que usava a paisagem
como mero pano de fundo para cenas
históricas e alegorias.
Artistas de destaque: Théodore
“Mercado em Normandia” –
Rosseau, Jean-François Millet e Jean- Théodore Rosseau (1845-48)
Baptiste Camille Corot.
A ARTE DO SÉCULO XIX

“Catedral de Chartres” – Camille Corot (1830) “Mulheres camponesas carregando gravetos” – Jean-
François Millet (1858)
A ARTE DO SÉCULO XIX

• Na pintura, a ênfase está na realidade. Ao


artista não cabe “melhorar” artisticamente as
coisas, pois a beleza está na realidade tal qual
ela é.
• Surge então a “pintura social”, denunciando
as desigualdades entre a pobreza dos
trabalhadores e a riqueza da burguesia. Um
dos maiores representantes é Gustave
Courbet.

“Cortadores de Pedras ” – Gustave Courbet (1867)

Para Courbet, a arte tinha a função de


contestar as convenções e o poder da elite.
Em sua obra, ele pretendia chocar a burguesia,
chegando até mesmo a desafiar a própria
profissão, fazendo autorretratos em que
aparecia despojado de vaidade ou qualquer
opulência. Chegou a utilizar a fotografia (já
inventada) como base para suas pinturas de
nu, criticadas por serem muito realistas.

“Mulheres Peneirando ” – Gustave Courbet (1855)


A ARTE DO SÉCULO XIX

“Vagão de terceira classe ” – Honoré Daumier (1863-65)


A ARTE DO SÉCULO XIX
A ARTE DO SÉCULO XIX

Com a industrialização, grandes mudanças ocorreram na Europa. As igrejas e palácios construídos nos
séculos anteriores com requinte foram substituídos por fábricas, hospitais, armazéns, apartamentos
urbanos, escolas, estações ferroviárias, entre outras que atendiam às necessidades da vida urbana. As
obras arquitetônicas passaram a ser realizadas com materiais novos, como o ferro fundido e o concreto
armado.

O ferro foi o principal


material da estrutura da
famosa Torre Eiffel, obra
do engenheiro Gustave
Eiffel e monumento-
símbolo concluído em
1889. Com 324 metros
de altura, foi a
construção mais alta da
época.

A Torre Eiffel na época de sua fundação e nos dias atuais


A ARTE DO SÉCULO XIX

A escultura realista não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os
seres tais como eles são, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Dentre os
escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin (1840-1917), cuja produção
desperta severas polêmicas, motivadas pelo intenso realismo na representação da figura humana.

“O Pensador” (1880) “Os Burgueses de Calais” (1895)

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