Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Contexto Histórico
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras
Origem do Renascimento
Cultura Renascentista
A cultura renascentista teve quatro características marcantes, a saber:
O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até
dominar a natureza. O pensamento humanista provocou uma reforma no ensino das
universidades, com a introdução de disciplinas como poesia, história e filosofia.
O estudo dos textos antigos despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo
conhecimento das línguas clássicas como o latim e o grego.
Gestado nessa época, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos
séculos seguintes, inclusive para os filósofos iluministas do século XVIII.
Renascimento Literário
O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles:
Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o autor dá
conselhos aos governadores da época.
Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente
da cavalaria medieval.
Renascimento Artístico
No século XVI, o principal centro de arte renascentista passou a ser Roma. Os principais
artistas plásticos do renascimento foram:
Rafael Sanzio: foi um mestre da pintura, famoso pela doçura de suas madonas.
A Madona do Prado foi considerada a mais perfeita.
Madona do Prado
Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo. Além de pintor foi
um dos maiores escultores do Renascimento. Entre suas obras destacam-se
a Pietá, David, O teto da Capela Sistina, A Criação de Adão e O Juízo Final.
Pietá
Saiba mais sobre os Artistas do Renascimento.
Renascimento Científico
O Renascimento foi marcado por importantes descobertas científicas, notadamente nos
campos da astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia.
O polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela Igreja, ao
afirmar que "a terra não é o centro do universo, mas simplesmente um planeta que gira
em torno do Sol".
Teatro Renascentista
O teatro renascentista foi aquele produzido durante o período do Renascimento, que
teve início na Itália no século XV.
Diferente do teatro medieval, que possuíam um caráter mais religioso, o teatro
renascentista apostou no teatro popular de caráter cômico e burlesco e na exploração de
variados temas.
Autores e Obras
Na Itália, Nicolau Maquiavel foi um dos dramaturgos mais importantes do período
destacando-se com sua comédia em cinco atos publicada em 1524: Mandrágora.
Características
As principais características do teatro desenvolvido durante o período da renascença são:
Antropocentrismo humanista
Textos improvisados
Linguagem coloquial
Caráter popular e cômico
Temas diversificados
Commedia Dell’Arte
A Commedia Dell’Arte é uma das vertentes do teatro renascentista que esteve oposto aos
ideais clássicos que surgiam nas artes durante a época da renascença.
Ou seja, de caráter popular e itinerante, esse tipo de teatro surgido na Itália no século XV,
veio contrapor o academicismo da época do renascimento, por meio de uma linguagem
coloquial.
Entretanto, os temas não possuíam o caráter religioso que possuía o teatro medieval,
mediados no medievo pela forte influência da Igreja.
Exemplo de Teatro Renascentista
Segue abaixo um trecho do texto teatral de Maquiavel “Mandrágora”:
Ato II (Cena I)
Personagens: Ligúrio, messer Nícia e Siro
LIGÚRIO – Como já disse, penso que foi o céu que nos enviou esse homem, a fim de que
se realize o vosso desejo. Ele fez longa prática em Paris e não vos deve espantar se, em
Florença, não exerce a sua arte, que disto é causa, em primeiro lugar, ele ser rico e, em
segundo lugar, dever, a qualquer momento regressar a Paris.
MESSER NÍCIA – Sim, meu amigo, mas isso é de muita importância; porque não gostaria
de que ele me metesse nalguma enrascada e, depois me deixasse entalado.
LIGÚRIO – Quanto a isso, não tenhais dúvidas. Deveis temer, apenas, que não queira
cuidar do vosso caso; mas, se aceitar, não é homem para abandonar-vos enquanto não o
leve a bom termo.
MESSER NÍCIA – Por esse lado da questão, quero fiar-me de ti; mas, quanto à ciência,
assim que eu lhe falar, te direi se é homem de doutrina, porque a mim é que não impingirá
gato por lebre!
LIGÚRIO – É, justamente, porque vos conheço, que vos levo a ele, para que possais
falar-lhe. E, depois que lhe houverdes falado, se não vos parecer, pelo aspecto, doutrina e
linguagem, merecedor de toda a confiança, podereis dizer que eu não sou mais eu.
MESSER NÍCIA – Pois seja tudo como Deus quiser! Vamos. Onde mora ele?
LIGÚRIO – Nesta mesma praça, naquela porta que vedes à vossa frente.
SIRO – Quem é?
MESSER NÍCIA – Não fales assim. Cumpre o teu dever e, se ele levar a mal, que se
dane!