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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 3.0

99
CURSO DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO III

14 HEMORRAGIA

A importância do sangue é inquestionável. O sangue é o meio onde é


realizado o transporte de oxigênio e nutrientes para as células e gás carbônico e
outras excretas para os órgãos de eliminação. O corpo humano possui normalmente
um volume sanguíneo de aproximadamente 70ml/Kg de peso corporal para adultos
e 80ml/Kg para crianças, ou seja, um indivíduo com 70ml/Kg possui
aproximadamente 4.900ml de sangue.
Hemorragia é definida como a perda de sangue devido ao rompimento de
um vaso sanguíneo. Quanto maior a quantidade perdida de sangue, mais grave será
a hemorragia. Geralmente a perda de sangue não pode ser medida, mas pode ser
estimada por meio da avaliação do paciente e dos sinais de choque. Quanto mais
rápida a hemorragia, menos eficientes são os mecanismos compensatórios do
organismo. Um indivíduo pode suportar a perda de um litro de sangue, que ocorre
em um período de horas, mas não tolera esta mesma perda se ela ocorrer em
minutos.
Os mecanismos normais que o corpo possui para limitar as hemorragias são
as contrações da parede dos vasos sanguíneos, diminuindo o tamanho da abertura
por onde o sangue está drenando e a coagulação do sangue, que é uma sequência
complexa de reações químicas que resultam na formação de um coágulo de fibrina,
impedindo assim a drenagem do sangue pelo orifício de vaso lesado.
Estes mecanismos têm como objetivo a hemostasia, ou seja, o controle do
sangramento pelo organismo isoladamente, defendendo-o, ou em associações com
técnicas básicas e avançadas de tratamento médico. Os pacientes com distúrbios no
mecanismo de coagulação, por exemplo, os hemofílicos, podem apresentar
hemorragias graves por traumas banais.

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14.1 CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS

14.1.1 Hemorragias Externas

Sangramento de estruturas superficiais com exteriorização do sangue.


Podem ser controladas utilizando técnicas básicas de primeiros-socorros. As
hemorragias podem ser: arterial, venosa e capilar.

FIGURA 54 – HEMORRAGIAS EXTERNAS

FONTE: Disponível em: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/hemo.gif>.


Acesso em: 23 set. 2010.

14.1.2 Hemorragias Internas

É o extravasamento de sangue para o interior do corpo. O sangramento de


estruturas profundas pode ser oculto ou se exteriorizar como, por exemplo,
hemorragia do estômago com hematemese. As medidas básicas de socorro não
funcionam, pois é necessário um atendimento especializado realizado em uma
unidade hospitalar.

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14.2 CONSEQUÊNCIAS DAS HEMORRAGIAS

As hemorragias graves não tratadas ocasionam o desenvolvimento do


estado de choque. As hemorragias lentas e crônicas causadas por uma úlcera, por
exemplo, causam anemia, ou seja, a diminuição dos níveis de hemoglobina no
sangue circulante. O quadro clínico varia de acordo com a quantidade perdida de
sangue, velocidade do sangramento, estado prévio de saúde e idade da vítima.
Perdas de até 15% do volume sanguíneo (750 ml em adultos) geralmente
não causam alterações. São totalmente compensadas pelo corpo com, por exemplo,
doação de sangue. Perdas maiores que 15% e menores que 30% (entre 750 a 1.500
ml) geralmente causam estado de choque sem hipotensão arterial.
Os sinais e sintomas são:
 Ansiedade;
 Sede;
 Taquicardia;
 Pulso radial fraco;
 Pele fria;
 Palidez cutânea;
 Suor frio;
 Taquipneia;
 Enchimento capilar lento.

Perdas acima de 30% (maiores que 1.500) levam ao choque


descompensado com hipotensão.
Os sinais e sintomas são:
 Alterações das funções mentais;
 Agitação;
 Confusão ou inconsciência;
 Sede intensa;
 Pele fria;
 Palidez cutânea;

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 Suor frio;
 Taquicardia;
 Pulso radial ausente;
 Taquipneia importante;
 Enchimento capilar lento.

A perda de mais de 50% do volume sanguíneo leva o indivíduo a óbito.

14.3 RECONHECIMENTO DAS HEMORRAGIAS

As hemorragias externas podem muitas vezes ser reconhecidas durante a


inspeção. O sangue pode ser absorvido pelas vestes da vítima, pelo solo ou tapetes,
dificultando a avaliação pelo profissional de emergência. Os pacientes
politraumatizados com sinais de choque e lesões externas pouco importantes
provavelmente apresentam lesão interna.
Os locais mais frequentes de hemorragia interna são o tórax e o abdome.
Observar presença de lesões perfurantes, equimoses ou contusões na pele sobre
estruturas vitais. Os órgãos abdominais que frequentemente produzem
sangramentos graves são o fígado e o baço. Algumas fraturas, especialmente de
quadril e fêmur, podem produzir hemorragias internas graves. Observar
extremidades com deformidade, dor e instabilidade pélvica. A distensão abdominal
com dor após traumatismo sugere hemorragia interna.
Algumas hemorragias internas podem se exteriorizar, por vezes, no tórax
produzindo hemoptise, que é a expectoração sanguínea ou sanguinolenta por meio
da tosse, proveniente de hemorragia na árvore respiratória. O sangramento do
esôfago, estômago e duodeno podem se exteriorizar por meio da hematemese, que
é a saída de sangue pela boca com origem no sistema gastrointestinal. O sangue
eliminado pode ser vermelho vivo ou com aparência de borra de café,
caracterizando a digestão deste sangue. Neste caso, o socorrista pouco pode fazer
no atendimento pré-hospitalar para controlar a hemorragia. As condutas visam o

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suporte da vida, principalmente a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e
respiração, até a chegada ao hospital.

14.4 ABORDAGEM DA VÍTIMA E CONDUTAS (HEMORRAGIAS EXTERNAS)

1. Realizar ABCDE;
2. Desobstruir vias aéreas e efetuar assistência ventilatória, se
necessário. Suplementar oxigênio em alta concentração, utilizando máscara com
reservatório e fluxo de 12L/min.;
3. Elevar extremidades com sangramento acima do nível do coração;
4. Colocar compressa sobre o ferimento, efetuando a compressão direta
da lesão, com a mão enluvada. Caso a compressa fique encharcada de sangue,
coloque novas compressas secas sem retirar a primeira. O objetivo é não retirar o
coágulo;
5. Fixar a compressa sobre o ferimento com bandagem ou, caso não
disponha de bandagem, manter a compressão manual.
6. Se houver persistência da hemorragia, ocluir a artéria próxima ao
ferimento, para diminuir a circulação no local.
A compressão direta e a elevação do membro são os principais métodos
para deter uma hemorragia, pois não diminuem a irrigação sanguínea em outros
locais.

FIGURA 55 – ABORDAGEM E CONDUTA

FONTE: Disponível em: <http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/jpgs/12_1.jpg>.


Acesso em: 24 set. 2010.

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14.5 CONTROLE DAS HEMORRAGIAS INTERNAS

O controle pré-hospitalar de hemorragias internas é impossível, o


tratamento é cirúrgico. Pacientes com hemorragias internas devem ser removidos
rapidamente para o hospital, mantendo os cuidados de suporte básico de vida. Em
focos de fratura é possível reduzir a perda sanguínea por meio de manipulação
adequada e imobilização.

15 CHOQUE

Choque é uma síndrome caracterizada pela incapacidade de o sistema


circulatório fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender as suas
necessidades metabólicas. A insuficiência circulatória causa dano celular e lesão em
vários órgãos, que podem tornar-se irreversível se o choque não for rapidamente
corrigido. Não se deve definir choque com base apenas na pressão arterial, já que
existem condições em que pode haver hipotensão sem choque, com oferta e
consumo adequados de oxigênio.
O conceito atual de choque e toda sua fisiopatologia envolvem um
desequilíbrio entre a oferta e a demanda celular de oxigênio. Para que as
necessidades metabólicas celulares sejam atendidas, deve haver uma adequada
oferta de oxigênio. Esta oferta é a quantidade total de oxigênio transportada aos
tecidos, e é dependente de três fatores: a concentração de hemoglobina, o débito
cardíaco e o conteúdo de oxigênio no sangue arterial.
Após o estabelecimento do quadro de choque, vários mecanismos
compensatórios ocorrem para preservar o suprimento de oxigênio a órgãos vitais
como coração e o cérebro, atuando para restaurar pelo menos parcialmente o
volume intravascular efetivo e aumentar o débito cardíaco. A moderna classificação
do choque foi proposta por Weil em 1972, utilizando quatro categorias, baseadas na

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causa primária da anormalidade perfusional. Estas categorias, contudo, não são
isoladas entre si, havendo considerável superposição entre os diversos tipos.

15.1 CHOQUE HIPOVOLÊMICO

No choque hipovolêmico o desarranjo inicial é a perda de volume circulante,


com redução do retorno venoso e diminuição do débito cardíaco e da oferta de
oxigênio. A pressão arterial isoladamente não é um bom indicador da severidade do
choque hipovolêmico, pois pode ser mantida em níveis próximos da normalidade
devido à vasoconstrição intensa, especialmente em pacientes jovens e sem
patologia prévia, devendo ser analisada em conjunto com outros parâmetros na
avaliação da gravidade do choque.
Nas fases iniciais o choque hipovolêmico é rapidamente reversível pela
restauração apropriada do volume intravascular. Contudo, se a perfusão tissular e a
oferta de oxigênio permanecem severamente diminuídas, dano celular irreversível
pode ocorrer. O choque hipovolêmico pode ser classificado em hemorrágico e não
hemorrágico. O choque hipovolêmico hemorrágico caracteriza-se por baixas
pressões de enchimento ventricular e pressão capilar pulmonar associada a níveis
reduzidos de hemoglobina e hematócrito.
Pode ocorrer por perdas sanguíneas externas ou por sangramentos ocultos,
não exteriorizados. O choque hipovolêmico não hemorrágico é resultante de perda
apenas do componente líquido do compartimento intravascular. Geralmente estes
casos são devido à perda excessiva de líquidos pelos tratos gastrointestinal ou
urinário. Também pode ser resultado de transudação para o meio extravascular,
como ocorre nas queimaduras, traumatismos extensos em partes moles, peritonites,
pancreatites e obstrução intestinal.
Achados que suportam o diagnóstico de choque hipovolêmico não
hemorrágico incluem baixas pressões de enchimento e hematócrito normal ou
elevado.

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15.2 CHOQUE CARDIOGÊNICO

Choque cardiogênico pode ser definido como uma incapacidade primária do


coração de fornecer um débito cardíaco suficiente para as necessidades
metabólicas, na presença de um volume circulante adequado. Pode ser encontrado
em diversas situações clínicas, porém, sua principal causa é a perda súbita de
massa muscular por infarto agudo do miocárdio (IAM).
O choque cardiogênico ocorre em cerca de 7 a 10% dos casos de IAM, com
mortalidade de 70 a 90%, sendo geralmente associado à perda superior a 40% da
massa muscular do ventrículo esquerdo. Esta perda pode ocorrer em consequência
de um grande infarto ou com infartos menores sucessivos.
O resultado do tratamento clínico no choque cardiogênico é extremamente
desfavorável. A mortalidade é alta e os sobreviventes apresentam baixa expectativa
de vida devido ao avançado grau de insuficiência cardíaca que se estabelece. A
infusão de drogas inotrópicas deve ser iniciada imediatamente. Vasodilatadores
como a nitroglicerina ou nitroprussiato de sódio podem ser benéficos, pois diminuem
a pré e pós-carga, reduzindo a congestão pulmonar e facilitando o esvaziamento
ventricular. O uso de dispositivos de assistência circulatória mecânica, o balão intra-
aórtico, pode ser uma alternativa terapêutica nos casos de grande perda de massa
ventricular.

15.3 CHOQUE ANAFILÁTICO

As reações alérgicas do tipo I, ou anafiláticas, são mediadas por anticorpos


da classe IgE. Como parte da reação ao antígeno, os anticorpos são gerados e
ligados a receptores de superfície nos mastócitos e basófilos com alta afinidade por
sua porção Fc. Se a porção Fab dos anticorpos se ligarem a um antígeno, ocorre a
ativação de múltiplos sistemas enzimáticos intracelulares, levando à produção e
liberação de vários mediadores químicos vasoativos como a histamina,

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prostaglandinas e leucotrienos, causando vasodilatação, aumento da
permeabilidade vascular e inflamação.
A reação que ocorre pouco tempo após a exposição ao antígeno é
caracterizada por sensação de sufocamento, broncoespasmo, edema laríngeo,
angiodema, respiração ruidosa, transudação pulmonar e alterações cutâneas
agudas urticariformes.

As seguintes alterações hemodinâmicas são encontradas:


 Baixas pressões de enchimento ventricular;
 Débito cardíaco baixo;
 Resistência vascular sistêmica reduzida;
 Hematócrito elevado.

15.4 CHOQUE NEUROGÊNICO

A insuficiência circulatória periférica aguda de causa neurogênica acontece


nos casos de sofrimento intenso do tronco cerebral, precedendo a morte encefálica,
com falência hemodinâmica e vasodilatação generalizada por perda do tônus
vasomotor simpático ou em lesões da medula espinhal alta, caracterizando o
“choque medular”. Este último inclui hipotensão arterial secundária a vasodilatação
periférica pela deficiente atividade autonômica simpática e pela hipotonia e paralisia
musculares.
A diminuição da inervação simpática resulta em redução do débito cardíaco,
pois provoca redução da contratilidade miocárdica e do retorno venoso pelo
aumento do volume sanguíneo no sistema capacitância venosa secundária e
venodilatação. Finalmente, reflexos cardíacos em nível espinal também estão
abolidos, pois a lesão T1 a T4 leva à perda de inervação simpática cardíaca,
facilitando a bradicardia uma vez que a inervação vagal parassimpática permanece
preservada.

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15.5 CHOQUE SÉPTICO

Este termo refere-se ao estágio avançado de uma síndrome progressiva,


denominada sepse. Termos como sepse, septicemia, bacteriemia, síndrome séptica,
choque endotóxico, choque séptico são usados como sinônimos, dando margem a
confusões e um conhecimento impreciso da fisiopatologia.
Choque séptico pode ser causado por uma variedade de microrganismos.
Os mais frequentemente envolvidos são as bactérias gram-negativas (50% dos
casos) e gram-positivas (30 a 35% dos casos). O restante abrange bactérias menos
comuns, fungos, vírus e até protozoários. Apesar de a sepse poder afetar qualquer
faixa etária, o risco maior é para pessoas acima dos 65 anos, pois a defesa contra
infecções requer uma complexa interdependência de diversos sistemas que podem
ser comprometidos pela idade avançada e pela presença de condições comórbidas
que aumentam a suscetibilidade às infecções.
Fatores que predispõem à sepse por qualquer agente incluem desnutrição,
alcoolismo, diabetes mellitus, neoplasias, AIDS, doenças leucoproriferativas, cirrose
hepática, queimaduras, tratamento com imunossupressores e procedimentos
invasivos. O processo, na sepse, começa com a proliferação do microrganismo no
foco da infecção. O organismo pode invadir a corrente sanguínea diretamente,
levando as hemoculturas positivas, ou pode proliferar apenas localmente e liberar
várias substâncias na circulação.
O choque séptico é caracterizado inicialmente por débito cardíaco reduzido,
devido à hipovolemia e ao baixo retorno venoso que existe na maior parte dos
casos. Diversos fatores contribuem para a diminuição do volume intravascular:
a) Desidratação produzida por febre, taquipneia, redução da ingestão de
líquidos e eventualmente vômitos, diarreia, poliúria, sangramentos e sequestração
em cavidades;
b) Aumento da permeabilidade vascular e transudação para o espaço
extravascular;
c) Aumento da capacitância venosa por venodilatação;

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d) Síntese proteica redirecionada para a produção de diversas proteínas da
fase inflamatória aguda em detrimento da síntese de albumina, com redução da
pressão coloidosmótica intravascular.
Após a adequada reposição volêmica, os achados típicos do choque séptico
são: débito cardíaco elevado e resistência vascular reduzida, com tendência ao
aumento progressivo da resistência vascular pulmonar.

15.6 TRATAMENTO DO CHOQUE

A maior parte dos casos de choque requer administração de volume


intravascular. O maior desafio neste ponto é restaurar rapidamente as pressões de
enchimento ventricular a um nível ótimo sem comprometer secundariamente a
função respiratória por sobrecarga hídrica.

15.6.1 Transfusões

Os principais motivos que levam à transfusão de sangue em pacientes em


estado crítico são hemorragia aguda e aumento da capacidade transportadora de
oxigênio. A ocorrência de efeitos adversos com as transfusões faz com que as suas
indicações sejam cada vez mais criteriosas.

15.6.2 Soluções Cristaloides

Soluções isotônicas como soro fisiológico a 0,9% e a solução de Ringer é


universalmente reconhecido como expansores volêmicos primários. Uma dificuldade
que surge com seu uso é a necessidade de grandes volumes para a ressuscitação,

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muitas vezes resultando em edema pulmonar e periférico. Estas soluções
equilibram-se rapidamente entre compartimentos intra e extravascular. Apresentam
efeitos hemodinâmicos máximos no término da infusão, não produzindo efeitos
duradouros.

15.6.3 Soluções Coloides

Os coloides têm seu efeito máximo duas a três horas após o término da
infusão, com persistência de 12 a 24 horas. Sua utilização baseia-se na presença de
grandes moléculas relativamente impermeáveis às membranas capilares,
produzindo uma efetiva pressão osmótica no intravascular com pouco
extravasamento para o extravascular. O efeito final é uma marcada redução no
volume infundido necessário para a expansão volêmica.
As principais soluções coloides utilizadas são: Albumina, Plasma, Gelatina
(Haemacel®), Dextrans, Amido hidroxietílico (Plasmasteril®), Drogas vasoativas
(Dopamina, Dobutamina, Noradrenalina, Nitroprussiato de Sódio).

15.7 ACESSO VENOSO

O cateterismo venoso periférico é indicado para permitir reposição volêmica


e administração de medicamentos por via intravenoso. Os acessos venosos
recomendados pela facilidade e segurança são as veias periféricas de membros
superiores. Caso todas as veias de uma extremidade superior estejam inacessíveis,
pode ser necessário posicionar um cateter venoso em uma extremidade inferior e,
neste caso, a veia recomendada é a safena anteriormente ao maléolo medial da
tíbia.
Devido às condições encontradas em ambientes pré-hospitalares, nem
sempre é possível manter níveis adequados de assepsia durante a obtenção do

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acesso venoso. Após a estabilização do paciente no hospital, os cateteres venosos
devem ser substituídos durante o primeiro atendimento. Os cateteres para punção
venosa podem ser de vários tipos: cateter dentro da agulha (intracath), cateteres
sobre a agulha (jelco) e tipo scalp. Cateteres sobre agulha são os mais utilizados no
ambiente pré-hospitalar, pois são fáceis de colocar, têm um diâmetro interno maior
que a agulha e diminuem o extravasamento.
Os cateteres dentro da agulha são pouco utilizados no ambiente pré-
hospitalar, pois apresentam maior incidência de extravasamento, têm o orifício de
introdução mais largo que o cateter e costumam ser menos calibrosos do que os
anteriores.

15.7.1 Técnica de Punção Venosa

• Colocar o paciente em posição de conforto, em decúbito dorsal, com a


extremidade que vai ser utilizada para a punção repousando sobre uma superfície
firme;
• Aplicar o garrote acima da fossa antecubital, prendendo-o de modo que
possa ser removido com apenas uma das mãos;
• Se possível, solicitar ao paciente que abra e feche suas mãos para
auxiliar a visualização da veia;
• Selecionar uma veia apropriada. Os melhores locais são o aspecto
radial do antebraço junto ao punho e o dorso da mão. A veia não necessita ser
visualizada para ser cateterizada com sucesso;
• Realizar a assepsia do local escolhido;
• Segurar o conjunto agulha-cateter diretamente com sua mão
dominante;
• Inserir o conjunto agulha-cateter através da pele em um ângulo de 10º
a 20º sobre a veia ou o seu lado; aplicar tração na pele distal ao sítio de punção;

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• Ao penetrar a luz da veia se observará o sangue fluindo; continuar
inserindo o conjunto por 4 a 6 mm e observar o retorno do sangue;
• Manter a agulha em posição e empurrar somente o cateter para dentro
da veia;
• Ocluir a veia em local proximal ao cateter e remover a agulha;
• Soltar o garrote;
• Conectar o equipo ao cateter e iniciar a infusão;
• Fixar o cateter com esparadrapo.

FIGURA 56 – TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA

FONTE: Disponível em: <http://www.enfermeriadeurgencias.com/>.


Acesso em: 24 set. 2010.

16 QUEIMADURAS

A maior parte das queimaduras que ocorre nas residências é de pequena


gravidade. Somente 3 a 5% dos casos são graves. As queimaduras têm o potencial
de desfigurar, causar incapacitações temporárias ou permanentes ou mesmo a
morte. A principal consequência da queimadura é a perda de líquidos, que saem dos

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vasos sanguíneos e espalham-se entre as células, causando edema e redução do
volume circulante, com consequente insuficiência circulatória (choque). A gravidade
da queimadura depende da causa, profundidade, percentual de superfície corporal
queimada, localização, associação com outras lesões, comprometimento de vias
aéreas e o estado prévio da vítima.

16.1 CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS

16.1.1 Quanto à Profundidade

1º Grau – se restringem à epiderme e são causadas por exposição ao sol,


líquidos quentes ou contato rápido com cáusticos. Manifestam por vermelhidão, dor
leve a moderada e, algumas vezes, bolhas muito pequenas;
2º Grau – acometem epiderme e derme e são caracterizadas pela presença
de bolhas. Levam, dependendo da extensão, à perda de líquido significante,
podendo causar choque. São causadas por exposição prolongada aos agentes
anteriores, mas também por chama;
3º Grau – acomete toda a extensão da pele (epiderme, derme e
subcutâneo) e, em alguns casos, tecidos mais profundos (músculos, tendões e
ossos). Apresenta coloração tipo marmórea ou enegrecida e consistência firme,
como couro. Apesar de a queimadura de 3º grau não ser dolorosa, quase sempre
existem áreas de 2º grau em suas proximidades. Por isso, deve-se sempre
considerar que o paciente sente dor intensa. Queimaduras estão entre as mais
dolorosas lesões que o ser humano pode experimentar.

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FIGURA 57 – TIPOS DE QUEIMADURAS

FONTE: Disponível em: <http://saudavel.blogs.sapo.pt/arquivo/graus-queimadura.jpg>.


Acesso em: 24 set. 2010.

4º Grau – Geralmente é uma queimadura elétrica. Envolve a completa


destruição de todos os tecidos (carbonização), desde a epiderme até o tecido ósseo
subjacente. Haverá uma ferida de entrada que estará carbonizada e deprimida.
Onde a eletricidade deixou o corpo haverá também uma ferida de saída, que
normalmente exibe bordas explosivas. Se a ocorrente foi forte o suficiente, também
poderão ocorrer fraturas do osso subjacente. Para o fechamento das feridas, além
do enxerto cutâneo, pode-se ter necessário a implantação de retalhos locais ou
regionais para cobertura definitiva.

FIGURA 58 – QUEIMADURA DE QUARTO GRAU

FONTE: Disponível em:


<http://4.bp.blogspot.com/_LDHVqT7YQY4/SWvPoXZ96bI/AAAAAAAAAOw/IJ4exJcec0s/s400/Queim
aduras3.jpg>. Acesso em: 24 set. 2010.

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16.1.2 Quanto à Extensão

A extensão é estimada pela regra dos nove. A cabeça e cada membro


superior representam 9% da superfície corporal, cada membro inferior 18% e o
tronco 36% da superfície corporal. Em crianças pequenas deve-se atribuir maior
valor à cabeça (18%) e menor valor às extremidades inferiores (13,5%).

FIGURA 59 – QUEIMADURA QUANTO À EXTENSAO

FONTE: Disponível em: <http://www.dicaspraticas.com.br/images/articles/Queimaduras-7.gif>.


Acesso em: 24 set. 2010.

16.1.3 Quanto à Localização

Queimaduras nas seguintes áreas são consideradas lesões graves:


- Mãos e pés: podem produzir incapacidade permanente após o processo
de cicatrização devido às retrações;
- Face: associa-se com queimaduras de vias aéreas, inalação de fumaça,
intoxicação por monóxido de carbono e desfiguração;
- Olhos: podem causar cegueira;

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- Períneo: tem alta incidência de infecção, sendo de difícil tratamento.

16.2 QUEIMADURAS TÉRMICAS

Causadas pela condução de calor através de líquidos, sólidos, gases


quentes e do calor de chamas. Uma queimadura superficial ou pouco profunda (1º e
2º graus) envolvendo pequena porção do corpo do paciente tem menor gravidade,
exceto quando envolver o sistema respiratório, face, mãos, pés, virilha, nádegas e
articulações. Se estas aéreas apresentarem queimaduras graves ou se as
queimaduras cobrirem inteiramente uma parte do corpo, trate o paciente como um
grande queimado.

FIGURA 60 – QUEIMADURA TÉRMICA

FONTE: Disponível em: <http://www.jatinstrumentacao.com.br/img/queimadura-termica.jpg>.


Acesso em: 24 set. 2010.

16.2.1 Conduta

• Avaliar a cena;
• Realizar ABCDE;
• Resfriar a área queimada;

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• Envolver a queimadura com curativo frouxo, estéril ou limpo;
• Oferecer cuidados especiais às áreas que são consideradas lesões
graves;
• Umedecer o curativo;
• Providencie cuidados para o choque (em caso de grande queimado);
• Transporte para o hospital

Obs.: Na avaliação da vítima de queimaduras, nunca arranque suas roupas


aderidas ao corpo, pois pode provocar maiores danos aos tecidos queimados.

16.3 QUEIMADURAS QUÍMICAS

Existem numerosas substâncias capazes de causar lesões. Algumas podem


ser voláteis e causar lesão por inalação ou mesmo envenenamentos As
queimaduras químicas colocam em risco os socorristas, por isso, o material de
segurança específico é necessário.

FIGURA 61 – QUEIMADURA QUÍMICA

FONTE: Disponível em: <http://minicastle.files.wordpress.com/2009/08/hand_burnt_by_ln2.jpg>.


Acesso em: 24 set. 2010.

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16.3.1 Condutas

• Use luvas, óculos de proteção e vestes especiais;


• Realizar ABCDE;
• Remova as vestes contaminadas da vítima;
• Escove resíduos sólidos da pele da vítima antes da irrigação;
• Irrigue com água por 15 minutos os produtos químicos, a não ser que a
condição seja crítica e se necessite transportar a vítima mais precocemente;
• Mantenha o ABCDE.

16.4 QUEIMADURAS ELÉTRICAS

A lesão nas queimaduras elétricas é causada pela eletricidade atravessando


os tecidos e sendo convertida em calor. As extremidades geralmente sofrem maior
dano, pois têm menor diâmetro e resultam em maior fluxo de corrente. A corrente
elétrica pode causar, imediatamente, arritmias cardíacas e paradas
cardiorrespiratórias.
Outras lesões são queimaduras da pele nos sítios de entrada e saída,
geradas pelo arco elétrico. As roupas do paciente podem se incendiar e causar
queimaduras de pele adicional. A passagem da corrente através dos músculos pode
causar violenta contração muscular com fraturas e luxações. A lesão de órgãos
internos como o fígado e o baço são raros. O dano tecidual profundo é
desproporcional ao aspecto da lesão.

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FIGURA 62 – QUEIMADURA ELÉTRICA

FONTE: Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/_TFaflqw9q-


0/SSyKQH3XqKI/AAAAAAAAMKg/wixRZOiDURY/s200/queimadura+el%C3%A9trica.jpg>.
Acesso em: 24 set. 2010.

16.4.1 Condutas

• Avaliar a cena;
• Realizar ABCDE;
• Transporte o paciente para avaliação médica, pois é impossível dizer a
extensão do dano no pré-hospitalar;
• Preparar para assistir a ventilação ou para uma parada
cardiorrespiratória;
• Monitorar o paciente;
• Obter acesso venoso e início de reposição volêmica com soro
fisiológico (com autorização médica).

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17 EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS

17.1 EMERGÊNCIAS CAUSADAS PELO CALOR EXCESSIVO

Emergências podem resultar de exposição excessiva ao calor. O corpo é


incapaz de livrar-se sozinho do calor excessivo por meio dos mecanismos naturais
de radiação, transpiração e expiração.

17.1.1 Insolação

A maior parte dos relatos dessas emergências diz respeito a uma produção
prolongada de calor corporal interno. O calor externo, que o paciente está exposto,
não precisa ser maior que a temperatura ambiental normal. Com a transpiração
continua, água e sais minerais são perdidos pelo corpo, ocasionando cãibras
musculares dolorosas ou cãibras produzidas pelo calor.
Os sinais e sintomas são: severas cãibras musculares, esgotamento,
vertigem, fraqueza e perda da consciência, pulso fraco e respiração rápida e
superficial, sudorese intensa.

FIGURA 63 - INSOLAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.grupoescolar.com/a/b/4B6FA.jpg>.


Acesso em: 24 set. 2010.

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Condutas:

• Realizar ABCDE;
• Conduzir o paciente para um local fresco e colocá-lo em posição
confortável;
• Afrouxar ou remover as roupas em excesso;
• Providenciar oxigênio;
• Fornecer água se o paciente estiver consciente;
• Aplicar compressas úmidas sobre a pele para resfriá-la;
• Se necessário, transporte para um hospital, para realizar reposição
volêmica.

17.1.2 Intermação

Quando uma pessoa é exposta ao calor excessivo, os mecanismos


termorreguladores do organismo falham. A emergência, com risco de vida, é
conhecida por choque pelo calor, pode estar se desenvolvendo. A pele apresenta-se
quente e usualmente a pessoa para de transpirar. Muitos casos de intermação são
relatados em dias quentes e úmidos. Entretanto, decorrem da exposição ao calor
seco (exemplo: uma pessoa que trabalha em caldeiras com altas temperaturas).
Essa é uma real emergência, requerendo resfriamento do paciente e seu transporte
para um hospital.
Os sinais e sintomas incluem: respiração profunda, seguida de superficial,
pulso rápido e forte, seguido de pulso fraco, fraqueza, escassez ou ausência de
transpiração, pupilas dilatadas, inconsciência, convulsões ou contrações musculares
podem ser observadas.

Condutas:
• Realizar ABCDE;

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• Conduzir o paciente para um local fresco e colocá-lo em posição
confortável;
• Resfrie o paciente de qualquer maneira, retire suas roupas em
excesso, molhe-o. A temperatura do corpo deve ser abaixada rapidamente ou o
paciente corre risco de morrer;
• Bolsas de gelo, se possível, devem ser colocadas nas axilas, punhos,
tornozelos, virilhas e pescoço do paciente ou imergir o paciente em água fria;
• Monitorar os sinais vitais;
• Providenciar oxigênio;
• Transporte para um hospital.

17.2 EMERGÊNCIAS CAUSADAS PELO FRIO

Acidentes por resfriamento podem ocorrer. Alguns desses problemas são


vistos até mesmo em ambientes com temperaturas moderadas, especialmente se o
paciente for idoso ou tenha abusado de álcool ou drogas.

17.2.1 Hipotermia

O esfriamento geral do corpo humano é conhecido como hipotermia.


Exposição ao frio reduz a temperatura do corpo. Com o tempo, o corpo fica incapaz
de manter sua temperatura interna. Se a hipotermia continuar, poderá levar à morte.

Os sinais e sintomas de hipotermia são:


a) Calafrios (observados em estágios iniciais);
b) Sensação de entorpecimento;
c) Sonolência e desinteresse até mesmo para atividades simples;
d) Respiração e pulsos rápidos (nas fases iniciais);

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e) Respiração e pulsos lentos (observados quando a hipotermia se
prolonga);
f) Articulações e músculos rígidos;
g) Perda da coordenação e habilidade para pegar e segurar objetos;
h) Alterações na cor da pele em face, orelhas e dedos. Inicialmente
vermelhos depois cianóticos;
i) Falha na acuidade visual (observada em casos de hipotermia
prolongada);
j) Inconsciência, usualmente com o paciente apresentando um olhar
parado (observa em casos extremos).

FIGURA 64 - HIPOTERMIA

FONTE: Disponível em: <http://drsergio.com.br/IMGsos/interma%E7ao.jpg>.


Acesso em: 24 set. 2010.

Os cuidados aos pacientes com hipotermia moderada (ativo com calafrios e


talvez algum entorpecimento).
a) Realizar ABCDE;
b) Realize a assistência ao paciente e uma entrevista para determinar a
extensão do problema;
c) Mantenha o paciente seco. Remova roupas molhadas e envolva-o com
mantas;

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d) Use calor para elevar a temperatura do corpo do paciente. Mova-o para
um local aquecido. Aplique calor ao corpo do paciente, na forma de bolsas de água
quente, garrafas com líquidos quentes, acolchoados elétricos ou o calor de seu
próprio corpo e de acompanhantes;
e) Se o paciente estiver consciente, dê líquidos quentes. Não dê bebidas
alcoólicas;
f) Providencie cuidado para o choque e administre oxigênio;
g) Monitore os sinais vitais;
h) Transporte para um centro de saúde de referência.

Considere um paciente em severa hipotermia quando apresentar os


seguintes sinais:
• Inconsciência;
• Respiração lenta ou parada respiratória;
• Pulso lento ou parada cardíaca;
• Confusão mental ou apatia;
• Rigidez muscular.

Nestes casos, os cuidados de emergência devem ser:


a) Dirija-se ao paciente gentilmente. Manipulações bruscas podem
provocar ritmos cardíacos letais;
b) Assegure vias aéreas permeáveis. Providencie oxigênio, se estiver
autorizado. Uma fonte aquecida de oxigênio é recomendada;
c) Envolva o paciente com mantas;
d) Esta é uma emergência, requer um avançado suporte à vida e
transporte imediato.

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17.2.2 Congelamento

É uma forma de resfriamento local. A pele e as camadas inferiores dos


tecidos estão congeladas. É causa de ulceração profunda. Requerem manipulação
cuidadosa para evitar danos adicionais.
Os sinais e sintomas incluem:
• A área afetada da pele terá aspecto branco, como que revestida por
cera;
• A área afetada estará gelada na superfície;
• A pele poderá tornar-se manchada ou com bolhas. A cor branca pode
tornar cinza-amarelada e, por fim, cinza azulada;
• No local do resfriamento, a pele terá sua superfície gelada e as
camadas de tecidos abaixo poderão apresentar-se, também, endurecidas.

Os cuidados oferecidos a este paciente devem ser:


a) Realizar ABCDE;
b) Prevenir o choque e administrar oxigênio se estiver autorizado;
c) Cuidadosamente leve o paciente a um local aquecido;
d) Reaqueça a parte do corpo afetada como foi descrito nos casos de
hipotermia;
e) Aplique uma fonte fixa de calor sobre o local afetado;
f) Transporte para um centro de saúde de referência.

FIGURA 65 - CONGELAMENTO

FONTE: Disponível em: <http://static.hsw.com.br/gif/freezing-cold-2.jpg>. Acesso em: 24 set. 2010.

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----------------------FIM DO MÓDULO III------------------

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