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ATIVIDADE
Bilinguismo: Parte do princípio que o surdo deve adquirir como sua primeira língua, a
língua de sinais com a comunidade surda. Isto facilitaria o desenvolvimento de conceitos
e sua relação com o mundo. Aponta o uso autônomo e não simultâneo da Língua de
Sinais que deve ser oferecida à criança surda o mais precocemente possível. A língua
portuguesa é ensinada como segunda língua, na modalidade escrita e, quando possível, na
modalidade oral. Contrapõe-se às propostas da Comunicação Total uma vez que não
privilegia a estrutura da língua oral sobre a Língua de Sinais. Para os bi linguistas os
surdos formam uma comunidade, com cultura e língua próprias, tendo assim, uma forma
peculiar de pensar e agir que devem ser respeitadas. A preocupação do bilinguismo é
respeitar a autonomia das línguas de sinais organizando-se um plano educacional que
respeite a experiência psicossocial e linguística da criança com surdez. No caso do
bilinguismo, o surdo tem acesso à duas culturas diferentes, tem mais conhecimentos,
além de que podem conseguir bons empregos.
Em relação às desvantagens, creio que seja o fato, por exemplo, de ainda termos
dificuldades de encontrar profissionais ouvintes intérpretes de libras, poucos professores
capacitados, o que interfere no processo de aprendizagem dos surdos. Ainda, por mais
que haja dispositivos legais assegurando a língua de sinais nas escolas, a maioria das
instituições escolares ainda não são acessíveis para os surdos, os currículos,
planejamentos, etc. ainda não abarcam a comunidade surda, ou seja, não são escolas
bilíngues, na minha opinião.
2) A família exerce grande influência na aquisição da linguagem e da fala da criança
surda. Como a maioria das famílias de crianças surdas são ouvintes, explique como a
família e a escola, trabalhando juntas, podem contribuir para o desenvolvimento
linguístico da criança surda. Se a maior parte dos surdos nascem em famílias de ouvintes,
como os surdos podem se desenvolver plenamente?
Com base nas informações acima e nas demais estudadas ao longo dos ciclos, a
linguagem permeia desde cedo a vida da criança. Os principais agentes responsáveis em
fornecer os primeiros contatos com a linguagem são os pais, ou seja, a família da criança.
Em relação aos pais ouvintes de crianças surdas, a Declaração de Salamanca demanda
que os governos incentivem a parceria com os pais, que a educação deve ser dividida
entre pais e profissionais. Expõe que uma atitude positiva da parte dos pais favorece a
integração escolar e social; que pais necessitam de apoio para que possam assumir seus
papéis de pais de uma criança com necessidades especiais. Ainda, ressalta que o papel
das famílias e dos pais deveria ser aprimorado através da provisão de informação
necessária em linguagem clara e simples.
Como elencado no Ciclo 2, a família afeta diretamente o desenvolvimento integral
da criança surda, em seus aspectos cognitivos, emocionais, sociais, entre outros. Por isso,
é de suma importância que tão logo os pais recebam o diagnóstico de surdez do filho (a),
sejam preparados por uma equipe multiprofissional para saber como lidar, como interagir,
etc. Ainda, é imprescindível que os pais participem de comunidade surda, bem como
busquem aprender o quanto antes a língua de sinais, do mesmo modo que deverão buscar
que seu filho (a) aprenda a língua o mais cedo possível também. Em diversos artigos, um
fato relevante sobre esse assunto gira em torno de que muitas famílias ainda acham que
somente cabe à escola o papel de educar os filhos, e que por isso, muitas das crianças
surdas têm um primeiro contato tardio com a língua de sinais.
Em um dos vídeos do material, algo importante deve ser ressaltado: o uso do
Brincar para o desenvolvimento da criança surda e para interação dessa com seus pais. A
Bncc inclusive traz a relevância do brincar no processo de aprendizagem das crianças.
Mas como foi ressaltado no vídeo, é primordial que os pais estejam munidos das línguas
de sinais, bem como seus filhos; o quanto antes aprenderem, mais seus laços serão
estreitados, e mais a criança se sentirá acolhida, refletindo em seu desenvolvimento.
Em relação à escola, primeiramente deve garantir não somente o acesso à criança
surda, mas sua permanência, ou seja, fornecer condições para que seja assegurado o pleno
desenvolvimento da criança surda. Uma das formas de se efetivar tal objetivo, é através
de um currículo que respeite, que abranja as crianças surdas, bem como a participação
dos pais e comunidade na construção do PPP, entre outros. Mais do que nunca, a
articulação da escola e família é essencial no processo de ensino-aprendizagem da criança
surda, e para isso, não somente deve haver contato constante entre a escola e os pais, mas
efetiva participação, de forma ativa, dos pais, dos alunos, dos colaboradores da escola, da
comunidade. A escola deve ser de fato bilíngue, com profissionais capacitados para
receber esses alunos, etc.
De acordo com o que foi estudado, essa relação de pais e instituição de ensino
deve ser constantemente fortalecida; é um vínculo importante que visa garantir o
desenvolvimento pleno da criança surda, bem como o exercício de sua cidadania, de sua
autonomia.
REFERÊNCIAS