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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TELEINFORMÁTICA
DISCIPLINA ELETRÔNICA DIGITAL
As funções lógicas podem ser implementadas de maneiras diversas, sendo que no passado, circuitos com
relés e válvulas a vácuo foram utilizados na execução destas funções. Atualmente, circuitos integrados
(CIs) digitais funcionam como portas lógicas. Esses CIs contêm circuitos formados por resistores, diodos e
transistores miniaturizados, diferenciando-se dos circuitos integrados ditos analógicos pelo fato de que
nos digitais os transistores só possuem dois modos estáveis de operação (corte e saturação), ficando
muito pouco tempo nas regiões de transição. Dizemos, idealmente, que os transistores operam como
chaves.
A família 7400 implementa circuitos do tipo TTL (Transistor-to-Transistor Logic), que permitem ligar
diretamente entradas e saídas. Em sistemas usando CIs da família 74, o nível logico 1 é representado por
um nível de tensão de 5V, e o nível lógico 0 é representado por um nível de tensão 0V. Cada
componente discreto possui uma implementação de portas lógicas, descritas em uma datasheet, em
um diagrama como o da Figura 1:
Esse diagrama relaciona pinos físicos - numerados de 1 a 14, em sentido anti-horário, a partir do pino
abaixo da ranhura, com o CI sendo olhado de cima - a suas funções lógicas. Assim, podemos saber que o
pino 3 só terá nível de tensão alto (5V) caso os pinos 1 e 2 tenham, também, nível alto. Adicionalmente, o
diagrama indica os pinos que devem ser conectados à alimentação (Vcc, de 5V, e GND, que será a
referência para 0V). Existem diversos circuitos na família 7400, sendo que cada um deles implementa
tipos diferentes de portas lógicas, com diferentes números de entradas. É possível encontrar listas de CIs
em material especializado (ENGINEERING Staff, 1973) ou em comunidades na Internet (Wikipedia 2015).
Há diversos (mas não todos) CIs da família 7400 no almoxarifado da FEEC.
Os CIs da série 74 são divididos em famílias, e cada uma destas possui características específicas, como
tempo de propagação, níveis de entrada e de saída, fan-out, dentre outras características. Nesta prática
iremos medir o atraso de propagação de um CI da série 74.
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O atraso de propagação é o tempo que leva para um sinal chegar ao seu destino. Em eletrônica, circuitos
digitais e eletrônica digital, o atraso de propagação, ou atraso de porta, é o período de tempo que
começa quando a entrada para uma porta lógica se torna estável e válida para mudar, até o momento em
que a saída dessa porta lógica é estável e válida para mudar. A diferença nos atrasos de propagação dos
elementos lógicos é o principal contribuinte para falhas em circuitos assíncronos como resultado das
condições de corrida. Aumentos marginais na tensão de alimentação podem aumentar o atraso de
propagação, pois a tensão de limite de comutação superior, V IH aumenta naturalmente de forma
proporcional. Aumentos na capacitância da carga de saída, muitas vezes por colocar cargas de fan-out
aumentadas em um fio, também aumentam o atraso de propagação. Se a saída de uma porta lógica for
conectada a um traço longo ou usada para acionar muitas outras portas (alta fanout), o atraso de
propagação aumenta substancialmente.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
- Cl’s da série 74
- Osciloscópio
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3. EXPERIMENTOS
Nesta prática iremos medir o atraso de propagação de um Cl da série 74, com isso utilizamos os fios de
conexão, juntamente com o osciloscópio.
Questão 1). Configure o gerador de frequência encontrado em sua bancada para gerar uma onda
quadrada de frequência de 10MHZ. Confira este sinal no osciloscópio.
Primeiramente foram feitos os ajustes corretos no osciloscópio deixando ele do formato na qual a prática
pede, essa primeira parte é bem simples, deixar o osciloscópio configurado:
10 MHz
Amplitude: 5 Vpp
Figura 3: Montagem
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Questão 2). Escolhe uma porta qualquer, desde que seja não inversora. Injete o sinal de 10MHZ na
entrada e verifique o atraso de propagação. Anote os valores e faça a verificação com o datasheet.
(Utilize a função de medida de atraso do osciloscópio)
Figura 5: demonstração
Na segunda parte da prática foi pedido para escolhermos uma porta não inversora e configurar ela com
uma injeção de sinal de 10MHZ na entrada, sendo assim verificar o atraso. Com isso escolhemos uma
porta AND para realizar o teste e verificar a saída no osciloscópio. O valor de atraso medido para essa
porta foi de 5.8 nanossegundos (ns). Verificando o datasheet do CI 74LS08, é possível verificar que o valor
encontrado no procedimento da prática está bem próximo aos valores típicos (mínimo) encontrados para
essa porta lógica. Os valores mínimos, típicos e máximos para a porta AND estão apresentados na tabela
logo abaixo.
Na terceira e última parte da prática, foi pedido basicamente para fazer o mesmo procedimento da
questão 2, só que ao invés de ser uma porta não inversora, dessa vez tem que ser uma NOT, conectando
a entrada de sinal e a saída no osciloscópio.
O valor de atraso medido foi de 16.3 nanossegundos (ns). Consultando o datasheet do CI LS7404, pode-se
verificar que o valor medido encontrado no procedimento está um pouco acima dos valores tipicamente
encontrados para essa porta lógica, o que não invalida seu funcionamento correto, pois a medição para
essa porta foi feita manualmente e estar suscetível a possíveis erros. Os valores para a porta NOT, de
acordo com o datasheet, estão apresentados logo a seguir.
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4 - REFERENCIAL TEÓRICO
5. CONCLUSÃO
Após todos as operações executadas, foi possível observar uma aproximação dos valores executados na
prática com os atrasos da ficha técnica, foram achados valores muito próximos. Cabe ressaltar que a
prática teve algumas dificuldades para ser realizada, pois os valores alteravam com o tempo, qualquer
interferência externa era capaz de alterar o resultado. Pode-se verificar que a porta NOT teve uma
diferença maior nos resultados, visto que os erros são normais pois tudo foi feito manualmente, apesar
disso, foi uma prática útil para aprender mais sobre atrasos de porta e aumentar o conhecimento sobre a
área.
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