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Balé no Brasil

Foi uma bailarina Russa quem trouxe o ballet para o Brasil. Maria Oleneva chegou
no Rio de Janeiro em 1927, onde criou a Escola de Danças Clássicas do Teatro
Municipal que, aos poucos, ajudou a difundir a modalidade pelo país. Depois dela,
outros bailarinos europeus também trouxeram novas modalidades do ballet para o
país, ajudando a formar dançarinos brasileiros que, até hoje, mantêm os circuitos de
ballet brasileiros.
Tomando como ponto de referência o ensino do balé clássico neste século na
cidade do Rio de Janeiro, é possível constatar modificações importantes. Até o final
do século XX e início do século XXI, as meninas de classes média e alta eram
estimuladas a fazer balé como um treinamento essencial na sua formação e,
mesmo que não quisessem se profissionalizar, passar por tal treinamento era uma
forma de se distinguir das classes menos favorecidas. Afinal, as despesas relativas
a uma escola de dança eram inviáveis para as famílias de baixa renda. Tal condição
contribuía para a valorização do status daquelas que podiam fazer balé.
E atualmente não é diferente, portanto, por pertencer na grande maioria à elite
social, cultural, intelectual e econômica, tanto os espectadores quanto as (os)
bailarinas(os), escolhemos uma peça de balé clássico, com o objetivo de através de
uma estória de um amor eterno, dramática, cheia de magia, mistérios como o Lago
do Cisne, contada nas pontas dos pés, desperte e aproxime o olhar e interesse da
maior parte da população brasileira, a classe média e de baixa renda, tão carente de
cultura. Trouxemos alguns aspectos contemporâneos à estética e conceito da peça
para que haja uma melhor identificação e diálogo com este público além da
tradicional elite.

Como o Brasil é reconhecido pela sua miscigenação, procuramos abordar isso na


nossa releitura da obra, de forma que a mistura de culturas seja muito explorada.
Não trazemos referências totalmente nacionais, mas buscamos referências de
vários países e as unimos como um todo para representar a diversidade brasileira.
As produções de balé ainda são práticas pouco valorizadas no país nos dias de hoje
e por esse motivo buscamos.

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