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Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)

Setembro de 2015

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Este Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
reúne as principais informações que compõem
o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do
empreendimento ASTON MARTIN
PARTICIPAÇÕES S.A., a qual esta sendo
pleiteado a obtenção da Licença Prévia e
Licença de Instalação – LP/LI.

O RIMA traduz os estudos do EIA para uma


linguagem acessível, apresentando as
principais características do empreendimento
e da região onde ele está inserido, as
interferências ambientais por ele geradas,
assim como as ações que serão adotadas para
evitar, minimizar ou mitigar os impactos
negativos e fortalecer os benefícios associados
à sua implantação e operação.

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Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

1. INFORMAÇÕES GERAIS
Identificação do Empreendedor Empresa Respons. pela Elab. do Estudo
Razão Social: Aston Martin Participações S.A Nome: Ambiente Vivo Engenharia LTDA
CNPJ: 13.249.940/0001-60 CNPJ: 10.727.670/0001-68

2. Equipe técnica envolvida no estudo


Profissional Formação Registro no Conselho Função ART
Coordenação Geral e Supervisão
Eng. Florestal - Espec. em Gestão Ambiental - Espec. em
Ivan Leal Valentim CREA: 96217/D Coordenador Geral 2668124
Gestão Florestal - Espec. em Eng. de Segurança do Trabalho
Meio Físico

Fabrício Teixeira de Melo Eng. Agrônomo - Espec. em Avaliação de Flora e Fauna CREA: 89016/D Coordenador 2669150

Meio Biótico
Flora
Eng. Florestal - Espec. em Gestão Ambiental - Espec. em
Ivan Leal Valentim CREA: 96217/D Coordenador da Flora 2668124
Gestão Florestal - Espec. em Eng. de Segurança do Trabalho
Fauna
Breno C. A. Elias Ciências Biológicas - Mestrado em Zoologia CRBio: 15375 Coordenador 2014/09345
Meio Socioeconômico
Geogradia – Espec. em Gestão Ambiental e
Leylane Silva Ferreira CREA: 128304/D Analista Ambiental 2291831
Geoprocessamento
Geoprocessamento
Dalila de Fátima Moreira dos Geógrafa - Espec. em Gestão Ambiental - Mestre em
CREA: 158464/D Coordenadora 2669387
Santos Geografia

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S umário
1. INFORMAÇÕES GERAIS

2. EQUIPE TÉCNICA ENVOLVIDA NO ESTUDO

3. APRESENTAÇÃO

4. ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS

5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

6. DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIAS

7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

8. ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO – ZEE

9. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS - AIA

10. PROGRAMAS AMBIENTAIS

11. PROGNÓSTICO AMBIENTAL


12. PARECER CONCLUSIVO

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Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

3. APRESENTAÇÃO
A atividade de pleito do licenciamento ambiental se refere a
uma Unidade de Tratamento de Minerais – UTM a seco,
localizado no município de Itabirito/MG em local denominado
Córrego do Eixo, o qual possuirá uma capacidade de produção
bruta de 1.500.000 toneladas de concentrados de minério d e
ferro por ano, sendo a recuperação de 62,68%, com isto, ter -se-á
uma produção líquida de 940.200 t/ano.

Para elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – EIA


tomou-se como referência as normas e padrões da Fundação
Estadual do Meio Ambiente e da Secretaria Estadual de Meio
Ambiente – SEMAD, estando os mesmo de acordo com o Termo
de Referência para a elaboração de Estudo de Impacto/Relatório
de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), disponibilizado pela
SEMAD (2011).

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Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

4. ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS


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4.1. Aspectos Aplicados ao Processo de Licenciamento Conforme determina o artigo 7º, incisos

A legislação ambiental brasileira estabelece


projeto, considerando, em todos os casos, a
XIII e XIV da referida Lei, a União, por
meio do IBAMA, tem a atribuição de
também um conteúdo material mínimo que bacia hidrográfica na qual se localiza; licenciar, e consequentemente, fiscalizar,
deve estar presente em todas as avaliações de os empreendimentos (i) localizados e
impacto ambiental, a serem submetidas ao lV - considerar os planos e programas desenvolvidos conjuntamente no país e
Poder Público para fins de licenciamento de governamentais, propostos e em implantação país limítrofe; (ii) localizados e
atividade ou empreendimento. O artigo 5º da na área de influência do projeto, e sua desenvolvidos no mar territorial e
Resolução do Conselho Nacional do Meio compatibilidade.” plataforma continental; (iii) localizados e
Ambiente – CONAMA, nº 1, de 23 de janeiro de desenvolvidos em terras indígenas; (iv)
Quanto aos requisitos técnicos, o artigo 6º da
1986, estabelece que o estudo de impacto localizados e desenvolvidos em dois ou
Resolução nº 01/86 do CONAMA determina
ambiental deverá obedecer às seguintes mais Estados; (v) localizados e
quais são as alternativas técnicas mínimas que
diretrizes gerais: desenvolvidos em unidades de
deverão ser desenvolvidas no EIA, sendo el as:
conservação instituídas pela União (exceto
“I - contemplar todas as alt ernativas em APAs); (vi) de caráter militar; e (vii)
“I - Diagnóstico ambiental da área de
tecnológicas e de localização de projeto, que envolvam materiais radioativos e/ou
influência do projeto, completa descrição e
confrontando-as com a hipótese de não energia nuclear.
análise dos recursos ambientais e suas
execução do projeto;
interações, tal como existem, de modo a

II - identificar e avaliar sistematicamente os caracterizar a situação ambiental da área, antes

impactos ambientais gerados nas fases de da implantação do projeto, considerando:

implantação e operação da atividade;


a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o

III - definir os limites da área geográfica a ser clima, destacando os recursos minerais, a

direta ou indiretamente afetada pelos topografia, os tipos e aptidões do solo, os

impactos, denominada área de influência do

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corpos d'água, o regime hidrológico, as lV - Elaboração do programa de
correntes marinhas, as correntes atmosféricas; acompanhamento e monitoramento (dos
impactos positivos e negativos), indicando os
b) o meio biológico e os ecossist emas naturais -
a fauna e a flora, destacando as espécies
indicadoras da qualidade ambiental, de valor Como parte integrante do EIA, o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA tem por finalidade
científico e econômico, raras e ameaçadas de
fazer com que conceitos técnicos e científicos sejam acessíveis à população em geral. O
extinção e as áreas de preservação permanente;
artigo 9º da Resolução CONAMA nº 01/86 estabelece os requisitos mínimos.
c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação
fatores e parâmetros a serem c onsiderados.” V - A caracterização da qualidade
do solo, os usos da água e a socioeconomia,
ambiental futura da área de influência,
destacando os sítios e monumentos “I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua
comparando as diferentes situaçõe s da
arqueológicos, históricos e culturais da relação e compatibilidade com as políticas
adoção do projeto e suas alternativas, bem
comunidade, as relações de dependência entre setoriais, planos e programas governamentais;
como com a hipótese de sua não
a sociedade local, os recursos ambientais e a
II - A descrição do projeto e suas alternativas realização;
potencial utilização futura desses recursos.
tecnológicas e locacionais, especificando para
VI - A descrição do efeito esperado das
II - Análise dos impactos ambientais do projeto cada um deles, nas fases de construção e
medidas mitigadoras previstas em relação
e de suas alternativas através de identificação, operação a área de influência, as matérias
aos impactos negativos, mencionando
previsão da magnitude e interpretação da primas, e mão de obra, as fontes de energia, os
aqueles que não puderam ser evitados e o
importância dos prováveis impactos processos e técnicas operacionais, os prováveis
grau de alteração esperado;
relevantes, discriminando os impactos efluentes, emissões, resíduos de energia, os
positivos e negativos (benéficos e adversos), empregos diretos e indiretos a serem g erados; VII - O programa de acompanhamento e
diretos e indiretos, imediatos e a médio e monitoramento dos impactos;
longo prazos, temporários e permanentes; seu III - A síntese dos resultados dos estudos de
grau de reversibilidade; suas propriedades diagnósticos ambiental da área de influência VIII - Recomendação quanto à alternativa
cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos do projeto; mais favorável (conclusões e comentários
ônus e benefícios sociais; de ordem geral).”
IV - A descrição dos prováveis impactos
III - Definição das medidas mitigadoras dos ambientais da implantação e operação da
impactos negativos, entre elas os equipamentos atividade considerando o projeto, suas
de controle e sistemas de tratamento de alternativas, os horizonte s de tempo de
despejos, avaliando a eficiência de cada uma incidência dos impactos e indicando os
delas; métodos, técnicas e critérios adotados para sua
identificação, quantificação e interpretação;

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A licença, por conseguinte é o “ato de controle ambiental e demais
administrativo pelo qual o órg ão condicionantes, da qual constituem
ambiental competente, estabelece as motivo determinante.
condições, restrições e medidas de
III – Licença de Operação (LO) – autoriza
controle ambiental que deverão ser
a operação da atividade ou
obedecidas pelo empreendedor, pessoa
empreendimento após a verificação do
física ou jurídica, para localizar, instalar,
efetivo cumprimento do que consta das
ampliar e operar empreendimentos ou
licenças anteriores, com as medidas de
atividades utilizadoras dos recursos
controle ambiental e condicionantes
ambientais consideradas efetiva ou
determinadas para a operação.”
potencialmente poluidoras ou aquelas
que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental” (Resolução
CONAMA 237/1997).
A atividade Unidade de Tratamento de Minerais - UTM enquadra-se segundo o DN
Com relação ao licenciamento 74/04 sob código A-05-01-0 e sua classificação quanto a potencial poluidor e porte é
propriamente dito, cabe destacar que o Classe 3. Há de se observar também as atividades correlatas dessa atividade.
Poder Público emi tirá as seguintes
licenças: Completando o processo de COPAM a partir da data do recebimento
licenciamento, é importante destacar a do EIA e RIMA (formalização do processo
“I – Licença Prévia (LP) – concedida na exigência de realização de Audiência administrativo), fixará em edital e
fase preliminar do planejamento do Pública para empreendimentos sujeitos ao anunciará pela imprensa a abertura do
empreendimento ou atividade aprovando EIA/RIMA. A Resolução CONAMA nº prazo para solicitação de Audiência
sua localização e concepção, atestando a 09/87 determina a realização de audiência Pública, que será de no mínimo 45
viabilidade ambiental e estabelecendo os pública toda vez que for considerada (quarenta e cinco) dias. Sua realização
requisitos básicos e condicionant es a necessária pelo órgão licenciador, ou será promovida pelo Secretário Executivo
serem atendidas nas próximas fases de quando for solicitada por entidade civil, do COPAM, sempre que julgar necessário,
sua implementação. pelo Ministério Público, ou por 50 ou por determinação do Presidente do
(cinquenta) ou mais cidadãos. Conselho, do Plenário ou de Câmara
II – Licença de Instalação (LI) – autoriza a
Especializada, bem como por solicitação.
instalação do empreendimento ou No âmbito estadual, a Delibe ração
atividade de acordo com as especificações COPAM nº 12, de 13 de dezembro de 1994
constantes dos planos, programas e regulamenta a realização de Audiência
projetos aprovados, incluindo as medidas Pública . A Secretaria Executiva do

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Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
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5.1. Histórico do Empreendimento
Fauna, e a própria Caracterização do Compõe o Processo Administrativo a
O processo de regularização ambiental da Empreendimento. Declaração
Prefeitura,
de
que
Conformidade
deferiu sobre
da
o
Unidade de Tratamento de Minério da Aston A Caracterização do Empreendimento foi empreendimento. Dentre as condições
Martin S.A, a ser instalada no município de sistematicamente sendo ajustada para impactar vale ressaltar que foi entregue 40 mudas
Itabirito, iniciou-se em agosto de 2013 quando o menos possível o meio ambiente e cumprir de Ipê à prefeitura de Itabirito em
na oportunidade o empreendedor procurou a com o objetivo proposto. Sendo assim, após cumprimento de condicionante.
empresa Ambiente Vivo Engenharia para garantir uma pilha de estéril que compromete
elaborar o estudo de pré-Viabilidade principalmente com o critério de segurança
Ambiental do empreendimento. Os resultados versos área.
desse estudo mostrou-se factível a implantação
do empreendimento na propriedade Córrego
do Eixo. Ora então, foi firmado em novembro
de 2013 com a mesma empresa, a elaboração do
EIA/Rima + PCA e a gestão ambiental do
processo.

A partir desse momento foi dado início dos


trabalhos do EIA e estudos complementares,
dessa forma, foram somadas outras empresas
para elaboração de estudos específicos, tais
como Arqueologia, Espeleologia, Inventário de

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5.2. Localização e Vias de Acesso
S ua distância em relação à capital Mineira, Belo Horizonte, é de E m relação ao acesso à área de implantação do empreendimento,

55,0 km, enquanto em relação à cidade de Ouro Preto, a distância é este se encontra às margens da rodovia BR 040, o qual, o acesso se dá
de 42,50 km da cidade de Ouro Preto, 42,5 km, sendo que a principal pelas coordenadas UTM X = 612978 / Y = 7749427 – WGS 84 – Fuso
via de acesso para a cidade de Itabirito é a ro dovia BR 040. 23K.

Figura: Localização da sede de Itabirito e do empreendimento.


Figura: Localização do empreendimento.
Fonte: DER/MG, 2015
Fonte: Editado no Software GPS TrackMaker 13.6
Legenda: Circulo Preto = Empreendimento – Círculo Azul = Sede de Itabirito.

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5.3. Uso e Ocupação
A nalisando a área a qual sofrerá intervenção / supressão da
L evando em co nsideração a AID, pode-se observar no a seguir, que cobertura vegetal, a qual equivale a área de implantação do
as áreas compostas por Campo Sujo são as mais representativas . empreendimento.

5.3.1 . Área de Intervenção / Supressão / Limpeza

Gráfic: Participação das classes de uso do solo nas áreas de intervenção / supressão.

Gráfico: Classes de uso do solo da AID.

Gráfico: Participação das classes de uso do solo nas áreas de intervenção / supressão.

Gráfico: Classes de uso do solo inseridas da APP da AID.

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5.3.2. Relatório Fotográfico A o longo dos trabalhos de campo, mais especificamente no mês de

N os trabalhos de campo foi verificado que a vegetação presente setembro de 2014, houve incidência de quei madas, as quais atingiram
tanto a AID como a AII.
nas áreas de influências do empreendimento é composta por Floresta
Estacional Semidecidual Montana – FESD, Campo Rupe stre com
presença de canga, Campo Sujo e Cerrado Típico em seu sentido
restrito.

Segue as fotos das vegetações registradas nas áreas de influências.

Foto: Registros de queimadas na AID e AII.

Aquelas áreas alteradas, as quais já passaram por processos de


intervenção e degradação ambiental, também foram registadas nas
áreas de influências, assim como uma pequena área com deposição de
minério exposto, inserido na AID.

Foto: Áreas de vegetação registradas nas áreas de influências.


Legenda: A = Floresta Estacional Semidecidual – FESD – B = Campo
Rupestre (Canga) – C = Campo Sujo – D = Cerrado Típico (Sentido Restrito).

Foto: Área de deposição de minério inserido na AID.

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Foto: Áreas alteradas presentes nas áreas de influências do empreendimento.
Legenda: A = Casas inseridas na AE – B = Acessos internos – C = Solo exposto acarretando em erosões – D = Antigo clube – E = Entrada da propriedade – F =
Rodovia BR 040.

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O projeto da Aston Martin é bastante privilegiado quanto ao aspecto logístico, tendo em vista que esta situado nas proximidades
de importantes empreendimentos de mineração, de terminais ferroviário e a rodovia BR 040, a partir dos quais poderá escoar seu
produto, destinando-o ao mercado siderúrgico nacional ou internacional, individualmente ou agregado ao produto de outras
mineradoras.

5.4. Alternativas Locacionais


A localização da ASTON para as demais interessadas, no que diz
Avaliando o uso e ocupação da área a ser intervinda / suprimida,
conforme já exposto no tópico 5.3.5, 84,03% da área é compreendido
respeito às vantagens logísticas, encontram -se descritas a seguir: por campo sujo e cerrado típico, os quais apresentam indivíduos
isolados nestas fitofisionomias, sendo que aos redores da área de
8,8 Km da Mina da Gerdau Açominas (Várzea do Lopez), implantação do empreendimento, observa-se grande incidência de
possivelmente o fornecedor de finos de minério para alimentar a canga, com isto, o empreendedor procurou, sempre que possível,
UTM da Aston. O transporte é via a BR040; evitar que haja intervenção nestas áreas.

15,2 Km da região do Pires (Congonhas MG) que é ponto de Diante os expostos acima, conclui -se que inexistem alternativas para
carregamento da Namisa (Nacional Minérios SA e da VALE). Na implantação do empreendimento em questão, princi palmente devido
região do Pires também será possível carre gar para ferrovia MRS e a localização estudada, apresenta boa logística de escoamento dos
exportar o minério via Trafigura (empresa controladora do porto produtos gerados e, não haverá grandes intervenções em áreas
Sudeste); preservadas.

Para o fornecimento junto a um enorme potencial de


consumidor final a Aston está apenas 48 Km da Gerdau Açominas.

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5.5. Descrição do Empreendimento Administração composta por escritório de apoio, vestiário,
banheiro e área de vivência com abastecimento de água, energia

O projeto objeto de licenciamento ambiental refere -se à


elétrica e sistema fossa/filtro/sumidouro;

implantação de uma Unidade de Tratamento de Minérios (UTM), com Balança;


tratamento a seco, bem como de suas estruturas complementares,
Oficina, este que será provido de um ponto de abastecimento ;
quais sejam, pilhas de rejeito e de produto, além de sua respectiva
estrutura de apoio. Almoxarifado;

Desta forma, o beneficiamento de finos de minério o correrá em uma Estruturas de drenagem dos prédios conectados a caixa
planta com capacidade para produção bruta de 1.500.000 t/ano, sendo separadora de água e óleo;
o rendimento de 62,68%, com isto, a produção liquida equivale a
940.200 t/ano, operada em circuito à seco (sem utilização de agua). Estruturas de drenagens das pilhas / sumps e

Estruturas de estocagem temporária de resíduos industriais.


5.5.1 . Layout
Levando-se em consideração, especificamente, a respeito do sistema
A UTM beneficiará minérios d e baixo teor de minas próximas e de energia elétrica, o mesmo será abastecido por um transformador .

rejeitos de minério de ferro. Para tal necessitará de uma pilha de


deposição de rejeitos (PDR) que receberá apenas uma pequena
parcela do rejeito gerado uma vez que a maior parte do mesmo
deverá retornar para preencher cavas exauridas onde o ROM foi
extraído.

Acessos adequados para transporte pesado;

Pátio para armazenamento de ROM;

Pátio para armazenamento e carregamento de produtos;

Desvio de curso d’água com canal extravasor;

Barragem de acumulação/captação de á gua;

Portaria;

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5.5.2 . Pilha de Disposição de Rejeitos cisalhamento do material disponível em uma zona do maciço que
permita definir uma região potencial de ruptura. Assim sendo,
(PDR) fatores que tendam a aumentar ou introduzir tensões cisalhantes, ou
fatores que tendam a diminuir a resistência ao cisalhamento do

A pilha foi concebida com o objetivo de atender parte da demanda


maciço, constituem causas potenciais da desestabilização de taludes .

de disposição do rejeito gerado pela UTM para produzir pellet feed,


sinter feed e hematitinha, utilizando processo a seco para beneficiar
minério de ferro provenientes de jazidas da região.

A PDR é formada por bancadas regulares de 4 m de altura com


bermas intermediárias de 4 m de largura ocupando uma área de 4,09
ha na porção centro/sul da propriedade à jusante da UTM a ser
instalada. O aterro tem 48m de altura sendo o topo na cota 1228 e o
pé na cota 1180.

Aclives máx das rampas = 12%

O volume da pilha é de 240.276 m³ ou 456.524 toneladas a mesma,


ocupa uma área de 40.934m² com 48 m de altura com a base na cota
1180 e o topo na cota 1228.

5.5.2.1. Estabilidade da pilha e fator de


segurança
Foto: Local de implantação da PDR/PDE.
De acordo com a NBR-11682/1991: “Estabilidade de Taludes” um Fonte: PIT Engenharia e Consultoria LTDA (2015).
talude pode ser considerado como potencialmente instável a partir
do momento em que as tensões cisalhantes originárias de esforços
solicitantes (instabilizadores) sejam ou possam vir a serem maiores
que as resistências ao cisalhamento do material disponíveis em uma
zona do maciço que permita definir uma região po tencial de ruptura.
Assim sendo, fatores que tendam a aumentar ou introduzir tensões
cisalhantes, ou fatores que tendam a diminuir a resistência ao

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5.5.3 . Unidade de Tratamento
de Minérios - UTM
O projeto prevê a produção de 940.200

t/ano de produtos. Os ensaios


tecnológicos indicaram a possibilidade de
produzir Hematitinha, SinterFeed
Natural, além de concentrado em
Apesar de se tratar de uma instalação
separador magnético tipo terras raras com
operada a seco, é prevista a adição de
uma recuperação em massa calc ulada de
pequenas quantidades de água nos
62,68% utilizando um processo à seco.
produtos. Isto foi concebido uma vez que
o processo de concentração a seco exige a
secagem do material, gerando produtos
com umidade baixíssima e com maior
potencial de geração de poeiras. Com
efeito, para aumentar a compacidade e
coesão aparente dos materiais foi
concebido um sistema de aspersão na
saída dos produtos e rejeitos, os quai s
deverão ter um pouco de umidade em seu Desta maneira evita-se a geração de
descarte em pilha. poeira. Trata-se, portanto, de uma
operação de despoeiramento, não havendo
quaisquer tipos de usos de água
diretamente no processo.

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Fluxograma

Figura: Fluxograma do processo produtivo da ASTON MARTIN PARTICIAÇÔES.

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5.5.3.1. Dimensionamento
dos equipamentos de Quadro: Relação de Equipamentos Aplicados na UTM.

Beneficiamento Demanda
5.5.3.2. Equipamentos de
Quanti Fabrica elétrica (hp)
Equipamento Modelo
Como o empreendimento irá operar 16 dade nte Unitári Tota
o l
carregamento e transporte
h/dia, 7 dias/semana e considerando as
Alimentador
perdas e paradas para manutenção 1 Metso MV40090 20 20 O serviço de transporte de minério para
vibratório
estimou-se um rendimento operacional de alimentara UTM deverá ser totalmente
Peneira
75% totalizando 4.380 h/ano de operação. 1 vibratória Metso SH 5' X 14' 20 20 terceirizado de forma que o
Assim sendo a taxa de alimentação será PV01 dimensionamento apresentado se refere
342,47 t/h, e conforme dados apurados em Secador de Rotativo apenas ao necessário para movimentação
1 Metso 20 20
testes contratados pelo empreendedor finos indireto interna.
serão gerados, em média: Peneira
LH 5' X 14'
1 vibratória Metso 20 20 Transporte de rejeito:
SD
28,39 t/h de Hematitinha com teor PV02
Conc A alimentação da UTM será realizada com
médio de 63%; Inbras- WDRE 24"
1 magnético 5 5 os caminhões descarregando diretamente
Eriez x 120"
58,42 t/h de SinterFeed Natural, WDRE no silo de alimentação, sendo necessária
com teor médio de 62,5% de Fe; Conc mag RE Inbras- uma (01) pá carregadeira parablendar e
1 RE- 60/ 3-3 3 3
Roll Eriez complementares possíveis falta de
127,84 t/h de Concentrado, com Transp 3 rolos -
4 Metso 5 20 materiais.
teor médio de 65% de Fe; e correias (TC) 16"
Transp 3 rolos -
6 Metso 7,5 45
127,81 t/h de rejeitos. correias (TC9) 24"
1 Ciclone
CICLOFIL
Filtro de SIEL 15 15
1 TRO
Manga
TOTAL 168

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Cronograma de Implantação / Operação.

Meses
Serviços
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
Portaria e cerca
Projetos básicos
Testes de caracterização
Projetos executivos
Escritório e almoxarifado
Oficina e lavador
Acessos
Desvio do curso d'água
Tratamento das fundações
Construção da barragem
Vertedouro e canal extravasor
Obras de arte - drenagem
Revestimento dos taludes
Fundação da UTM
Instalação do ramal de eletricidade
Montagem do prédio da UTM
Montagem dos equipamentos da UTM
Instalações elétricas
Automação
Balança e escritórios administrativos

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Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

6. DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIAS 


influência do projeto. Se esta é a área
D efinir áreas de influência é optar por geográfica na qual são detectáveis os
Os limites das áreas de estudo foram
definidos considerando os impactos
impactos de um projeto, então ela não
um recorte que reúna centralidades diretos e indiretos do empreendimento em
poderá ser estabelecida de antemão (antes
específicas, econômicas e socioculturais, suas distintas fases, estes que foram pré-
de se iniciarem os estudos), exceto como
urbanas ou rurais, que terão relação definidas e confirmados após a avaliação
hipótese a ser verificada.
íntima com os processos de operação de dos impactos. A definição destas áreas é
empreendimentos causadores de impact os Ao se tratar especificamente de fundamental nos estudos ambientais,
ambientais, em suas diversas formas. A empreendimentos minerários, deve -se tendo em vista que somente a partir de
compreensão da dinâmica socioeconômica considerar a possibilidade de substancial seu reconhecimento é possível orientar as
instituída nas áreas estabelecidas pelo aumento da demanda por mão de obra, diferentes análises temáticas, bem como
recorte é fundamental para o especializada ou não, bem como de avaliar a intensidade e a abrangência dos
conhecimento de tendências à materiais e equipamentos específicos impactos a serem provocados pelo
concentração de atividades produtivas e inerentes aos processos de operação deste empreendimento.
de serviços em tal regionalidade, bem tipo de empreendimento. Ademais, deve -
como de tendências dos fluxos se considerar o cenário de interesses
demográficos particulares; tendências políticos e econômicos gerados pelas
essas que, quando analisados de maneira expectativas que permeiam a operação do
integrada, permitem uma melhor projeção projeto, especialmente no que se refere à
dos reais valores, impactos e demandas a geração de novas fontes de receita para o
serem agregadas aos projetos que se orçamento público. Todos esses fatores
avaliam por meio dos estudos t écnicos. conferem à mineração um status central
dentro de uma “atmosfera regional”.
Segundo Sánchez, 2008, somente depois
da previsão de impactos que se pode tirar
alguma conclusão sobre a área de

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6.1. Meio Físico e Biótico
6.1.1 . Área de Influência Indireta (AID)
Sua delimitação considera os aspectos físicos e biológicos dos
sistemas a serem estudados e das características do empreendimento,
correspondendo ao conjunto de espaços no qual se prevê a
ocorrência, com maior intensidade, de impactos diretos oriun dos do
empreendimento.

A AID foi delimitada como sendo o topo de morro situado entre o


córrego do eixo e a Rodovia BR 040, a qual se entende que os
impactos incidirão com maior significância nesta área, tanto devido a
implantação como operação do empreendi mento.

6.1.2 . Área de Entorno (AE)


A Área de Entorno (AE), foi delimitada a partir da crista do morro à
norte da Rodovia BR 040, a qual receberá os impactos que não serão
absorvidos pela AID, sendo que foi delimitada a partir da crista do
morro presente nesta área, pois considera-se que os impactos, que
porventura chegarão a estas áreas, não conseguiram ultrapassar os
limites desta área.

6.1.3 . Área de Influência Indireta (AII)


A Área de Influência Indireta (AII) referente aos meios físico e
biótico foi definida como aquela onde há probabilidade de ocorrência
de impactos indiretos, sendo que as características ambientais nesta
área podem ser potencialmente associadas às atividades do
empreendimento, mesmo não sendo ocupadas diretamente pelas
atividades, estarão sujeitas a sofrerem os seus impactos indiretos em
função de sua localização relativa às mesmas.

21
6.2. Meio Socioeconômico 6.2.3 . Área de Influencia Indireta (AII)
A AII é a região real ou potencialmente sujeita aos impactos
6.2.1 . Área de Influência Direta (AID) secundários da operação do empreendimento. Abrange ecossistemas
A AID do empreendimento, no que diz respeito aos aspectos e/ou sistemas socioeconômicos que podem ser impactados de maneira
socioeconômico, foi definido a p artir do limite da propriedade, sendo indireta, a partir de alterações ocorridas na AID.
assim a AID equivale ao perímetro da propriedade. Esta área
receberão os impacto diretos da implantação e operação do
empreendimento.

6.2.2. Área de Entorno (AE)


A AE foi definida através das comunidades, comércios, cas as, ou seja,
todas as estruturas e infraestruturas presentes na área de
implantação do empreendimento, os quais receberão os impactos não
absorvidos pela AID, tanto pela implantação como operação do
empreendimento.

No que se diz respeito às especificidades da Unidade de Tratamento de


Minério de Ferro, o município de Itabirito foi inserido na Área de Influência
Indireta, por estabelecer uma relação com os efeitos secundários advindos
das atividades desenvolvidas na área de implantação do empreendimento.
Tais efeitos indiretos poderão estar relacionados à variação (ainda que
ligeira) do capital circulante na região, bem como da arrecadação
tributária municipal. No limite, promoverá variância na renda média da
população ali residente que, porventura, exercerá atividades diretas ou
indiretas relacionadas à operação da mineração.

22
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 


7.1. Meio Físico Para elaboração dos diagnósticos
referentes aos diversos componentes do
7.1.1 . Clima meio físico – clima, geologia,
Segundo estudos do INMET (2010) em
O estudo das condições climáticas conformidade com a classificação de Köppen, o
geomorfologia, pedologia, espeleologia,
hidrogeologia, hidrografia, qualidade do
tipo climático existente em Itabirito é: Cwb –
proporcionam informações úteis para a ar, qualidade das águas e ruídos – foram
clima tropical de altitude, com verões
abordagem de aspectos relativos aos recursos levados em consideração às informações
temperados e úmidos e invernos secos, são
hídricos regionais que, por sua vez, são disponibilizadas pelo empreendedor e
registradas geadas ocasionais no município.
fundamentais para o dimensionamento de também por órgãos governamentais, bem
obras hidráulicas. Quanto aos tipos climáticos aplicáveis à zona como outros estudos e trabalhos
climática C, tem-se o tipo w, a qual apresenta realizados na mesma região do
Os estudos climatológicos incluíram as empreendimento.
inverno seco, com precipitação média inferi or
análises dos seguintes parâmetros:
a 60 mm em pelo menos um dos meses desta
Pressão Atmosférica; estação.

Temperatura do ar; Por fim, quanto à variáveis do grupo C, tem -se


a variável b, a qual é caracterizada por um
Precipitação;
verão moderadamente quente com temperatura
Insolação; média mês mais quente inferior a 22ºC e,
Umidade relativa do ar; e durante pelo menos quatro me ses, a
temperatura média é superior a 10ºC.
Balanço hídrico.

23
7.1.1.1. Pressão Atmosférica

Gráfico: Temperaturas médias compensadas (ºC).


Fonte: Normais Climatológicas de Belo Horizonte/MG (1961-1990) – INMET.
Gráfico: Pressão atmosférica.
Fonte: Normais Climatológicas de Belo Horizonte/MG (1961-1990) – INMET.

7.1.1.2. Umidade relativa do ar


Temperatura do ar

Em relação à temperatura, a região de estudo


apresenta diminuição de chuvas no inverno, tendo
invernos secos e amenos (raramente frios em excesso) e
verões chuvosos com temperaturas altas. Fevereiro é o
mês mais quente, contando com temperatura média
de 23,0°C, sendo a média máxima de 28,8°C e a
mínima de 19,0°C. E o mês mais frio, julho, apresentou
temperatura média de 18,0ºC, sendo a máxima de
24,6°C e mínima de 13,10°C. Outono e primavera são
estações de transição. Os predomínios são de
temperaturas medianas durante todo o ano. Gráfico: Médias mensais de umidade relativa do ar.
Fonte: Normais Climatológicas de Belo Horizonte/MG (1961-1990) – INMET.

24
7.1.1.3. Precipitação 7.1.1.5. Nebulosidade

Gráfico: Médias mensais de precipitação acumulada (mm).


Gráfico: Nebulosidade (décimos).
Fonte: Normais Climatológicas de Belo Horizonte/MG (1961-1990) – INMET.
Fonte: Normais Climatológicas de Belo Horizonte/MG (1961-1990) – INMET.

7.1.1.6. Evaporação
7.1.1.4. Insolação

Gráfico: Médias mensais de insolação. Gráfico: Média mensais da evaporação total (mm).
Fonte: Normais Climatológicas de Belo Horizonte/MG (1961-1990) – INMET. Fonte: Normais Climatológicas de Belo Horizonte/MG (1961-1990) – INMET.

25
7.1.1.7. Balanço Hídrico

Gráfico: Balanço Hídrico Climatológico.


Fonte: Normais Climatológicas de Belo Horizonte / MG (1961-1990) – INMET.

7.1.1.8. Ventos
Gráfico: Direção e velocidade dos ventos.
Levando-se em consideração a velocidade e direção dos ventos, Fonte: INMET – Estação Cercadinho – F501 – Código OMM 86799.
Período: 27/03/2015 a 24/06/2015
registrados para o período de 27/03/201 5 a 24/06/2015, através da estação
de Cercadinho, no município de Belo Horizonte, situado no bairro Buritis,
os ventos chegaram a atingir uma velocidade máxima maior que 11,1 m/s De acordo com o histórico no período analisado, a velocidade dos
predominando a direção Leste e Sudeste. ventos foi mais presente para a faixa entre 8,8 m/s a 11,1 m/s.

26
7.1.2 . Geologia 7.1.2.2. Compartimentação
Estatigráfica
O substrato geológico de uma dada

região influencia diretamente nas formas As sequências metassedimentares do QF

do relevo, bem como na erodibilidade dos foram definidas primeiramente por Derby

solos ali formados. Portanto, o (1906) como Série Minas, englobando

conhecimento da geologia, englobando xistos argilosos com massas subordinadas

suas litologias predominantes e sistemas de quartzitos, quartzitos ferruginosos

de fraturas e estruturas é fundamental (itabiritos passando a “minérios

para a avaliação do nível de fragilidade impuros”) fortemente cisalhadas e

ambiental da área de estudo. caracterizadas por menos ou maior


quantidade de minerais micáceos.

7.1.2.1. Caracterização
Regional
A região em estudo insere-se no
conhecido Quadrilátero Ferrífero (QF),
este por sua vez encontra-se posicionado
na borda sul do Cráton São Francisco, no
estado de Minas Gerais. É caracterizado
por disposição de forma quadrangular dos
metassedimentos do Supergrupo Minas.
Figura: Geologia simplificada do Cráton São Francisco, Faixa
Tendo em vista sua importância Brasília e Faixa Araçuaí.
econômica em mineralizações de ouro, Fonte: Martínez, 2007.
ferro, manganês dentre outras substâncias
minerais, é conhecido como uma das áreas
mais estudadas no Brasil em termos da
geologia econômica e estrutural. Figura: Unidades litoestratigráficas do
Quadrilátero Ferrífero.
Fonte: CPRM, 2003.

27
7.1.2.3. Contexto Estrutural O primeiro grupo, de caráter extensional, o transporte tectônico de leste para oeste.
é definido pelas megadobras supracitadas,
A partir dos domínios metamórficos
De acordo com Caries & Xavier (2007), a que delimitam o QF, estando estas
descritos na seção anterior,
macroestrutura do QF é composta por fisicamente conectadas e bordejadas por
correlacionando-os ao gradiente
megadobras antiformais e sinformais, altos do embasamento. Os sinclinais
deformacional, Rosière et al. (2001) separa
delineada pelo homocilnal da Serra do Gandarela, de João Monlevade e o
dois domínios para o QF: Domínio de
Curral a norte, o sinclinal Dom Bosco a sinclinório de Itabira, todos de orientação
Baixa Deformação; e Domínio de Alta
sul, o sinclinal Moeda a oeste e o sinclinal NE-SW, podem ser relacionad os em
Deformação
Santa Rita a leste. Estas megaestruturas termos genéticos. Zonas de cisalhamento
são formadas pelos sedimentos dúctil a dúctil-rúptil afetando rochas
peoproterozóicos e bordejadas pela granito-gnáissicos e supracrostais
sequência greenstonebelt, além dos registram esse evento.
terrenos granitognáissicos.
O segundo grupo, de natureza
Chemaleet al. (1994) consideram a compressional, é caracterizada por
estruturação do QF como sendo resultado, sistema de cavalgamentos e estruturas
de maneira simplificada e generalizada, associad Sigla Unidade Litotipo Características
da orientação de dois grandes grupos de as,
Filito cor de alumínio, quartzo-mascovita
famílias de estruturas: indicand Formação Filito, quartzo, quartzo-
PP1mpc (qtf) xisto, quartzito ferruginoso, quartzito
Cercadinho mascovita e dolomito.
ferruginoso cinza-escuro.

Formação Filito e quartzo- Filito cinza-escuro de granulação fina e


7.1.2.4. Caracterização Local PP1mcb
Batatal mascovita e xisto quartzo-mascovita e xisto.

Para fins de um diagnóstico local, aprofundou -se na geologia Formação Itabirito, hematita e Itabirito hematítico e magnético,
PP1mic(mn)
Cauê dolomitos. indiferenciados, corpos de hematitas.
de inserção do empreendimento. Conforme os dados
disponibilizados pelo CPRM (2003), a área em questão abrange Formação Filito, dolomito, Filito dolomítico e argiloso multicolorido.
as unidades geológicas caracteri zadas no. PP1mpf (mm) Fecho do quartzito e formação Mármore havana a vermelho de granulação
Funil ferrífera fina a grossa (mm).
Quadro: Unidades geológicas na área de inserção do
Capeamento limonítico, contendo em muitos
empreendimento. Supergrupo
Eca Canga e hematita lugares, detritos, calhaus e matacões de
Espinhaço
formação ferrífera e hematitas e cimentados

Fonte: Adaptação de dados disponibilizados pelo CPRM, 2007

28
7.1.3 . Geomorfologia a mínima de 962m registrada na Foz do de front de cuestas e hogback.
Rio Itabirito (ALMG, 2014). Apresentam formas muito acidentadas

O estudo de Geomorfologia se justifica A área do empreendimento se encontra


com formas acidentadas, com vertentes
predominantemente retilíneas a côncavas,
tendo em vista às necessidades de se dentro do domínio geomorfológico de
escarpadas e topos de crista s alinhadas,
conhecer as ocorrências das formas do Colinas amplas e suaves, e domínio
aguçados ou levemente arredondados,
relevo presentes nas áreas de estudo. montanhoso.
com sedimentação de colúvios e depósitos
Além disso, o conhecimento do relevo e de tálus. Representam sistema de
de suas características, especificamente na drenagem principal em franco processo de
região do empreendimento, influi entalhamento, apresentando amplitude de
diretamente na qualificação e relevo acima de 300 m. As inclinações de
quantificação das interferências no meio vertentes variam entre 25-45º, com o
ambiente em função das atividades de aparecimento de paredões rochosos
mineração. Fornecem ainda importantes subverticais (60-90°).
informações sobre os processos de erosão
e a evolução do relevo local e regional, Já, o domínio de Colinas amplas e suaves
ajudando a mitigar impactos decorrentes representam formas poucas dissecadas,
da implantação e operação do com vertentes convexas e topos amplos,
empreendimento. de geomorfologia tabular ou alongada.
Apresentam sistem a de drenagem
7.1.3.1. Contextualização principal com deposição com planícies
aluviais relativamente amplas. Exibem
Geomorfológica Local Pode-se observar aind a, no mapa citado amplitude de relevo que varia de 20 a 50m
acima, que tanto a AII quanto a AID e inclinação de vertentes entre 3 -10°.
De acordo com a ALMG (2014), Itabirito, encontram-se inseridas no domínio
município de inserção do montanhoso e no domínio de colinas O processo responsável pela formação
empreendimento, possui amplas e suaves, sendo que a AE desse relevo é a pedogênese, com
aprocimadamente 63% de seu relevo encontra-se, totalmente inserida no ocorrência restrita de processos de erosão
caracterizado como montanhoso, 35% domínio de colinas amplas e suaves. laminar ou linear, acelerada (ravinas e
ondulado e apenas 2% plano. voçorocas). Pode ocorrer geração de
O domínio montanhoso correspo nde a rampas de colúvios de baixas vertentes.
No que diz respeito à altitude, a má xima uma área de alinhamento serrano, com
registrada é de 1723m no Alto do Monge e maciço montanhoso, ou seja, denominado

29
7.1.4. Pedologia
A s características particulares do solo

de uma área são resultantes de sua


interação com os el ementos e processos
atuantes ao seu redor. Esse tipo de estudo
tem fundamental importância no auxílio
de análises ambientais diversas, pois
fornece dados relativos à previsão de
comportamento dos solos em relação às
práticas de uso, manejo e conservação.
Além disso, esse diagnóstico poderá ser
utilizado na elaboração de planos de
prevenção e recuperação de áreas cujos
processos erosivos já alcançaram um
estágio avançado.

30
7.1.5 . Espeleologia que varia de baixa à média, sendo que de O diagnóstico hidrogeológico tem
alta ou muito alta na porção oeste. importância para o planejamento das
Processos de atividades que incluam água nos seus
espeleogênese 7.1.5.2. Considerações processos, além de subsidiar ações para

Espeleogênese é o processo de formação


Finais remediar impactos em áreas já
degradadas. Indica, também, os locais
das cavidades, este processo varia muito com destacada importância hídrica que
No contexto local observa se que a maior
de litologia para litologia, ou mesmo de devem ser conservados e/ou melhor
parte das cavidades estão associadas a
ambiente para ambiente. São descritos aproveitados, e os locais de importância
cangas e rochas das formações Caué e
diversos mecanismos de degradação e relativa onde as intervenções e ocupações
Gandarela, ou as áreas de transição entre
transporte de material para fora dos
as formações Caué e Gandarela para as
vazios, formando as cavidades.
cangas. Mas mesmo cavidades fora de
Na área de estudo esse processo, de áreas de ocorrência de canga, estão na Contextualização Regional
acordo com sua litologia é de provável maioria associadas cangas de
intemperismo da própria rocha, ou de • Sistema Aquífero Granito-
ocorrência em rochas silicásticas e
rochas adjacentes. Gnáissico
ferrosas.

Outro fato interessante é o de que estas • Sistema Aquífero Itabirítico


formações estão associadas às áreas de
• Sistema Aquífero Granular
7.1.5.1. Potencial maiores elevações altimétricas das serras,
sendo que são raras as cavidades em áreas
• Sistema Aquífero Carbonático
espeleológico de baixadas ou de colinas dissecadas.
• Depósitos coluviais
7.1.6. Hidrogeologia
De acordo com a metodologia adotada
pelo CECAV e ICMBio, a partir da • Horizontes superficiais de
avaliação de multicritérios é possível A s informações hidrogeológicas são
intemperismo
determinar dentro de uma área essenciais para a gestão dos recursos
comparativamente locais com maior hídricos, e deverá conciliar as atividades
possibilidade de ocorrência de cavidades. de explotação do potencial econômico devem se adequar às condições naturais.
mineral e a preservação das reservas
Dessa forma, de maneira geral a ADA do
hídricas distribuídas irregularmente.
empreendimento apresenta potencialidade

31
7.1.6.1. Contextualização
Hidrogeológica Local A segunda classe mais predominante na
área de estudo, a qual foi registrada na
Conforme os dados disponibilizados pelo AII e AID, foi a classe PP1mic, a qual Quadro: Unidades hidrogeológicas
CPRM (2007), a área em questão abrange encontra-se inserida no sistema aquífero identificadas na área de inserção do
as unidades hidrogeológicas itabirítico sendo composta por corpos de empreendime nto.
caracterizadas no Quadro. minério de ferro do QF, pos sui enorme
Nome da Sub-
potencial hidrogeológico, aproveitado Classe
Verifica-se que a classe PP1mp é a Unidade domínio
para a maior parte da região Metassedi
predominante na área do
metropolitana de Belo Horizonte e com PP1mic Cauê mento/
empreendimento, estando presentendo na
fundamental importância ambiental para Vulcânico
AII, AID e AE, sendo que esta última área Metassedi
manutenção para a condição ambiental.
de influência encontra-se totalmente PP1mp Piracicaba mento/
inserida nesta classe hidrogeológica. A Foi também registrada a classe Endi, a Vulcânico
classe em questão é composta pela qual está inserida na AII e em uma Coberturas
formação Cercadinho (quartzitos e filitos pequena porção da AID. Esta classe detritos-
Formação
lateríticas
ferruginosos), formação Fecho do Funil representa um sistema aquífero granular a Cenozóica
Endi com
(filitos, filitos dolomíticos e dolo mitos), qual, o solo é laterítico, material areno - Indiferenci
concreções
formação Tabões (quartzitos finos e argiloso, concreções ferruginosas e ada
ferruginos
maciços) e formação Barreiro (filitos e fragmentos de quartzo. as.
filitos grafitosos); Grupo Sabará (RENGER Carbonato
et al. 1994) – no topo da sequência, em Não menos importante, foi registrado se
PP1mig Gandarela
discordância erosiva, e constituído por também, em uma pequena porção da AII e Metacarbo
AID, a classe PP1mig, esta é denominada natos
cloritaxistos, metatufos, metagrauvacas,
gandarela e representa o sistema aquífero Fonte: Adaptado de dados disponibilizados
quartzitos e metaconglomerados; pelo CPRM, 2007.
carbonático. Apresenta como litologia,
dolomito, calcário, itabirito e filito.

32
7.1.7. Hidrografia
A área em estudo abrange cursos

d’água que fazem parte da bacia


hidrográfica federal do rio São Francisco
delimitado pela UPGRH como SF5, sendo
que a bacia estadual pertence ao rio das
Velhas.

33
7.1.8. Qualidade do Ar materiais particulados, porém, no caso em ra o município de Itabirito, na AII foram
questão, analisando o histórico da região, registrados 9 focos, representando 6,67%

Q uadro: Classificação dos poluentes


observou a grande incidência
queimadas, tanto na AID como na AE e
de de todo o município, enquanto para a AE
não foram registrados nenhum foco e,
atmosféricos. AII do empreendimento. para a AID foram registrados 2 focos.

Classificação Exemplos Em um breve histórico no período de Ressalta-se, ainda de acordo com o


Poeiras, fumos, fumaças e 24/06/2014 a 25/06/2015, o município de diagnóstico de clima, que a direção dos
Material Particulado
névoas Itabirito apresentou 135 focos de ventos predominantes é Leste e Sudeste,
CO; CO2; SO2; O3; NOx5;
Gases e Vapores queimadas, ficando na centésima décima com isto, conforme pode-se observar na
HC; NH3; Cloro; H2S
segunda posição de um total de 832 figura acima, neste sentido passa a
CO3; SO2; Cloro NH3;
Poluentes Primários municípios que registraram focos. Rodovia BR 040, a qual divide a Área de
H2S; CH4; mercaptanas
O3; aldeídos; sulfatos; Influência Direta com a Área de Entorno
Poluentes Em relação às áreas de influências do
ácidos orgânicos; nitratos do empreendimento.
Secundários empreendimento, para o período de
orgânicos
HC; aldeídos; ácidos monitoramento entre 24/06/2014 a
Poluentes Orgânicos orgânicos; nitratos 25/06/2015, de um total de 135 focos
orgânicos r
CO; CO2; Cloro; SO2; e
Poluentes
NOx5; poeira mineral; g
Inorgânicos
névoas ácidas e alcalinas
i
Compostos de SO2; SO3; H2S; NH3;
s
Enxofre Nitratos
Compostos t Figura ao lado: Focos de queimas das áreas de
HC; aldeídos; alcoois r influências do empreendimento. Fonte: INPE,
Nitrogenados
2015 –
Compostos HCL; HF; CFC; Cloretos; a
Período monitorado 24/06/2014 a 25/06/2015
Halogenados Fluoretos d
Óxidos de Carbono CO; CO2 o
Fonte: Assunção (1998). s

p
Na atividade minerária, as principais
a
fontes de poluição se da através de

34
7.1.9 . Qualidade da Água
O monitoramento da qualidade das águas subterrâneas e superficiais
é realizado pelo IGAM, por meio do Projeto Águas de Minas, em
execução desde 1997.

Os principais objetivos desse programa de monit oramento são:

Conhecer e avaliar as condições da qualidade das águas


superficiais em Minas Gerais;

Divulgar a situação de qualidade das águas para os usuários e


apoiar o estabelecimento de metas de qualidade;

Fornecer subsídios para o planejamento da gestão dos


recursos hídricos, Figura: Panorama da qualidade das águas superficiais para o Primeiro Trimestre de 2014.
Fonte: IGAM, 2015
Verificar a efetividade de ações de controle ambiental
implementadas e propor prioridades de atuação.

7.1.9.1. Contextualização na Área de


Influência Indireta (UPGRH SF5)
Em análise a qualidade das águas superficiais para a AII do
empreendimento, será levado em consideração o córrego do Silva
(AV050); ribeirão Mata Porcos (AV070); ribeirão Carioca (AV060); e
rio Itabirito (AV080 e BV035).

Para o primeiro semestre, conforme exposto a seguir, o córrego do


Silva e rio Itabirito enc ontram-se Em Conformidade, enquanto o
ribeirão Mata Porcos e ribeirão Carioca estão em Não Conformidades
as quais foram referentes, respectivamente, devido a Escherichia coli
e presença de substâncias tóxicas. Figura: Panorama da qualidade das águas superficiais para o Segundo Trimestre de 2014.
Fonte: IGAM, 2015

35
7.1.9.2. Contextualização da Área de
Influência Direta (Córrego do Silva)
Observando as figuras expostas no tópico anterior, o córrego do
Silva, o qual o esta inserido na AID do empreendimento, não
apresentou Não Conformidades ao longo do ano de 2014.

A Não Conformidade registrada foi referente à contaminação fecal


(Escherichia coli), sendo enquadrada na classe 2, excedendo em mai s
de 100% o limite estabelecido para a classe de enquadramento.

7.1.10. Ruídos
Figura: Panorama da qualidade das águas superficiais para o Terceiro Trimestre de 2014.
Fonte: IGAM, 2015
A tualmente, como o empreendimento não se encontra instalado, os

ruídos que podem ser observado nas áreas de influências são


originados pelo intenso fluxo de automóveis, caminhõe s, ônibus,
entre outros, que circulam diariamente na BR 040, esta Rodovia que
delimita a AID e AE, passando entre estas duas.

Além das fontes de ruídos mencionadas acima, a propriedade conta


com um ponto turístico, que é a presença de uma piscina, o qual é
cobrado uma taxa para utilização do espaço, com isto, durante os
finais de semana, muitas pessoas utilizam tal espaço e, aproveitam
para ligar som automotivo gerando ruídos.

No mais, não foram observadas outras fontes de ruídos na área de


implantação do e mpreendimento.

Figura: Panorama da qualidade das águas superficiais para o Quarto Trimestre de 2014.
Fonte: IGAM, 2015

36
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 


7.2. Meio Biótico 7.2.1. Flora
naturais em bom estado de conservação dentro
A área de estudo localiza-se na porção do Quadrilátero Ferrífero, contendo As fitofisionomias ocorrentes nas áreas de
importantes remanescentes de Mata Atlântica influência do empreendimento são do
meridional da Serra do Espinhaço, mais
semidecídua, de vegetação de campos domínio da Mata Atlântica, representada
especificamente no Quadrilátero Ferrífero, e
rupestres sobre canga, quartzito, em transição pela floresta estacional semidecidual
mesmo com a proximidade da Região
com formações do Cerrado. Outro ponto montana e fitofisionomias do domínio do
Metropolitana de Belo Horizonte, apr esenta
importante é a existência na área de uma Cerrado, representado pelos campos
baixa ocupação humana, havendo, portanto,
quantidade expressiva e em bom estado de rupestres e pelo campos (campo limpo e
extensos e diversos ambientes naturais muito
conservação do geossistema Canga/Itabirito, campo sujo) de acordo com ZEE (2014).
bem preservados.
uma das formações mais ameaçadas do Brasil
A importância da área que aqui se pretende por sua inevitável coincidência com áreas de
analisar está descrita em diversos estudos, que interesse minerário (ICMBio, 2010).
tratam dos diferentes aspectos bióticos da
A apresentação dos dados relacionados ao
região, valendo ainda ressaltar que se encontra
meio biótico é de suma importância na análise
em área de altíssima fragilidade ambiental, no
dos possíveis impactos ger ados pelas
entorno das Unidades de Conservação de
atividades do empreendimento na AE, AID e
Proteção Integral: Monumento Natural Serra
AII, portanto, segue-se com a exposição das
da Moeda e da Reserva Biológica Campos
informações pertinentes a presente análise.
Rupestres de Moeda Sul, e principalmente que
se insere no bioma Mata Atlântica.

Destaca-se, de imediato, o fato da região de


inserção do empreendimento, compor um dos
últimos fragmentos significativos de áreas

37
7.2.1.1. Floresta Estacional 7.2.1.2. Cerrado Típico (Sentido grande), Q. multiflora (pau -terra-liso), Q.
parviflora (pau-terra-roxo), Roupala montana
Semidecidual Montana Restrito) (carne-de-vaca), Salvertia convallariaeodora
(colher-de-vaqueiro, bate-caixa), Sclerolobium
As famílias botânicas Fabaceae (Leguminosae) Segundo dados da EMBRAPA (2015), as
aureum (carvoeiro), Tabebuia aurea (caraíba,
e Myrtaceae são as famílias melhor espécies arbóreas mais frequentes para a
ipê-amarelo), T. ochracea (ipê-amarelo),
representadas na região. Entre as epífitas vegetação do Cerrado Típico são:
Tocoyena formosa (jenipapo -do-cerrado),
encontram-se muitas espécies de orquídeas, Acosmium dasycarpum (amargosinha),
Vatairea macrocarpa (amargosa, angelim) e
samambaias, cactaceas, bromeliaceas, Annona coriacea (araticum, cabeça -de-negro),
Xylopia aromatica (pindaíba).
piperaceas, araceas e briófitas. Já entre as Aspidosperma tomentosum (peroba -do-
lianas encontram-se muitas espécies das campo), Astronium fraxinifolium (gonçalo -
famílias botânicas Bignoniace a, Fabaceae alves), Brosimum gaudichaudii (mama-
(Leguminosae), Malpighiacea, Sapindacea, cadela), Bowdichia virgilioides (sucupira -
Asteraceas e Trigoniacea. preta), Byrsonima coccolobifolia (murici), B.
crassa (murici), B. verbascifolia (murici),
Caryocar brasiliense (pequi), Casearia
sylvestris (guaçatonga), Connarus suberosus
(bico-de-papagaio, galinha-choca), Curatella
americana (lixeira), Davilla elliptica
(lixeirinha), Dimorphandra mollis (faveiro),
Diospyros hispida (olho -de-boi, marmelada-
brava), Eriotheca gracilipes (paineira -do- Foto: Vegetação de Cerrado Típico
cerrado), Erythroxylum suberosum (Sentido Restrito).

(mercúrio-do-campo), Hancornia speciosa


(mangaba), Himatanthus obovatus (pau -de-
leite), Hymenaea stigonocarpa (jatobá -do-
cerrado), Kielmeyera coriacea (pau -santo),
Foto: Floresta Estacional Semidecidual Montana Lafoensia pacari (pacari), Machaerium
(coordenadas UTM X = 611265 e Y = 7749849)
acutifolium (jacarandá), Ouratea hexasperma
(cabeça-de-negro), Pouteria ramiflora
(curriola), Plathymenia reticulata
(vinhático), Qualea grandiflora (pau -terra-

38
7.2.1.3. Campo Rupestre
Para a vegetação sobre canga,
levantamentos florísticos são escassos e
em geral referem-se à região de Carajás
(SECCO & MESQUITA, 1983; SILVA et al.,
1986; SILVA & ROSA, 1990; SILVA et al.,
1996). Para a região do Quadrilátero
Ferrífero encontramos apenas os trabalhos
de Teixeira (1997), Teixeira & Lemos Filho Foto: Área característica de campo rupestre. Foto: Campo Cerrado (coordenadas UTM X 612597 e
(2000), Porto & Silva (1989) e Vincent Y 7749162).
(2004). Os dois primeiros referem -se à 7.2.1.4. Campo sujo
distribuição de espécies lenhosas
colonizadoras de uma cava abandonada Em termos florísticos, são encontradas 7.2.2. Inventário Florestal
de mineração, enquanto Porto & Silva algumas espécies características: o
pequizeiro (Caryocar brasiliense), o pau -de- O inventário florestal realizado nas áreas
(1989) analisaram as vegetações
tucano (Vochysia tucanorum), os pau s-terras em questão objetivou promover o
metalófilas de três regiões da Cadeia do
(Qualea sp.), o murici (Byrsonima levantamento da flora dentro da área de
Espinhaço, em Minas Gerais. Vincent
verbascifolia), o barbatimão supressão, este que por sua vez encontra -
(2004) estudou a composição florística, a
(Stryphnodendron adstringens), a caviúna - se inserido em parte da AID.
estrutura fitossociológica e as relações
entre a vegetação e o solo em áreas de do-cerrado (Dalbergia miscolobium), a pinha
Os resultados obtidos possibilitam fazer
campos ferruginosos no Quadrilátero ou marolo (Annona crassifolia), a carne -de-
uma análise dos parâmetros
Ferrífero. A predominância de espécies vaca (Roupala montana), a douradinha
fitossociológicos assim como estimar o
das famílias Asteraceae, Poaceae, (Palicourea rigida), a quina-mineira (Remijia
volume a ser gerado com a supressão da
Orchidaceae, Myrtaceae, ferruginea), guabiroba (Campomanesia
cobertura vegetal.
Melastomataceae, Fabaceae, Verbenaceae, adamantium), a lixeira (Davilla elliptica) e a
Rubiaceae, Cyperaceae e Lauraceae e candeia (Eremanthus eleagnus), conforme o
Euphorbiaceae. O Quadro, apresenta uma PMPESRM
tabela com as espécies com ocor rência
apontadas por Ataíde (2010).

39
Quadro: Espécies registradas no inventário florístico.

Domínio
Espécie Nome Comum Família Forma de Vida Tipo de Vegetação
Fitogeográfico
Margarida-do- Cerrado - Mata Campo de Altitude - Campo Rupestre - Cerrado (lato
Aspilia foliacea Asteraceae Erva
campo Atlântica - Pampa sensu)
Caatinga - Cerrado - Campo de Altitude - Campo Rupestre - Cerrado (lato
Baccharis salzmannii Alecrim-da-mata Asteraceae Arbusto
Mata Atlântica - Pampa sensu)
Campo de Altitude - Campo Limpo - Campo
Calolisianthus speciosus Desconhecido Gentianaceae Erva, Subarbusto Caatinga - Cerrado
Rupestre - Cerrado (lato sensu)
Chamaecrista cathartica Sene-do-campo Fabaceae Desconhecido Desconhecido Desconhecido
Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo de
Altitude, Campo Limpo, Campo Rupestre, Carrasco,
Amazônia - Caatinga - Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria,
Arbusto, Árvore,
Chresta sphaerocephala João-bobo Asteraceae Cerrado - Mata Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta
Subarbusto
Atlântica Estacional Decidual, Floresta Estacional
Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial),
Floresta Ombrófila Mista, Restinga
Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo de
Altitude, Campo Rupestre, Carrasco, Cerrado (lato
Arbusto, Caatinga - Cerrado -
Crotalaria sp. Desconhecido Fabaceae sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional
Subarbusto Mata Atlântica
Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial),
Floresta Ombrófila Mista, Restinga
Euphorbia pulcherrima Flor-de-natal Euphorbiaceae Desconhecido Desconhecido Desconhecido
Gomphrena arborescens Para-tudo Amaranthaceae Desconhecido Desconhecido Desconhecido
Heteropterys byrsonimifolia Murici-Macho Malpighiaceae Subarbusto Cerrado Campo Rupestre - Cerrado (lato sensu)
Lantana camara Camará Verbenaceae Arbusto Cerrado Área Antrópica - Cerrado (lato sensu)
Liana / Volúvel / Cerrado (lato sensu) - Floresta Estacional
Lantana fucata Lantana-roxa Verbenaceae Cerrado
Trepadeira Semidecidual
Microliacia sp. Desconhecido Melastomataceae Erva, Subarbusto Cerrado Campo Rupestre - Cerrado (lato sensu)
Solanum sp. Desconhecido Solanaceae - - -
Arbusto,
Vellozia Squamata Canela-de-ema Velloziaceae Cerrado Campo Rupestre - Cerrado (lato sensu)
Subarbusto

40
A B

De acordo com o quadro exposto acima, Segue adiante, alguns


todas as espécies registradas pertencem às registros das espécies
vegetações do domínio cerrado, estando registradas no
presentes, principalmente, em áreas de inventário florístico.
campo rupestre porém, somente as espécies
Heteropterys byrsonimifolia; Lantana camara;
Lantana fucata; Microliacia sp.; e Vellozia
Squamata são considerada exclusivas do
domínio cerrado C D

De todas as espécies registradas, a Vellozia


Squamata é uma espécie típica de Cerrado, a
qual dominou as áreas de campo rupestre.
Esta é uma espécie que tem como forma de
vida característica de arbusto e subarbusto
e podem ser encontradas em áreas de
campo rupestre e cerradas (lato sensu).

Foto: Espécie Vellozia Squamata (canela-de-ema)


Foto : Algumas das espécies registradas no inventário florístico. A = Aspilia foliacea
registrada nas áreas de canga.
(Maragarida-do-campo); B = Baccharis salzmannii (alecrim-da-mata); C = Microliacia
sp.; D = Solanum sp.; E = Crotalaria sp.nenhum

41
7.2.2.1. Espécies pública ou de interesse social, mediante análise mais acurada do tema, através do
autorização do órgão ambi ental estadual levantamento de dados secundários.
Ameaçadas, Protegidas por competente”.
A seguir será apresentada a caracterização
Lei, Imunes de Corte, Raras Esta é uma espécie que tem sua forma de de importantes grupos faunísticos para o
e Endêmicas vida sendo considerada Árvore, é uma diagnóstico ambiental de uma determinada
espécie pioneira, sua ocorrência no Estado área: Invertebrados, Ictiofauna,
Nenhuma das espécies registradas no de Minas Gerais é considerada comum, Herpetofauna, Avifauna e Mastofauna.
inventário é considerada rara a nível do predominando os domínios fitogeográficos
Brasil, nem é são consideradas ameaçadas Para a elaboração do diagnóstico relativo à
da caatinga, cerrado e mata at lântica. Esta
de extinção, porém quando se trata de fauna, houve o levantamento de dados
não é uma espécie considerada endêmica.
espécies protegidas por lei, foi registrada secundários para todos os grupos
somente a espécie Handroanthus ochraceus De acordo com o inventário florestal, faunísticos, com exceção da avifana, a qual
foram registrados 21 indivíduos, todos foi também realizado o levantamento de
De acordo com a Lei Estadual 20.308/2012, inseridos nas áreas de cerrado de forma dados primários. Tanto os dados primários
o qual define: isolada no ambiente. (avifauna) como os dados secundários,
foram realizados para a área de estudo
7.2.3. Fauna
“Art. 1º - Fica declarado de preservação
como um todo, ressaltando -se a ausência
permanente, de interesse comum e imune
de estudos específicos para os diferentes
de corte no Estado o Ipê-amarelo.
A composição faunística nativa é um grupos faunísticos locais. Foram utilizados
Parágrafo Único – As espécies protegidas principalmente estudos ambientais
dos indicadores mais relevantes para
nos termos deste artigo são as essências realizados na região, teses, artigos e
estimar-se a vulnerabilidade ambiental de
nativas popularmente conhecidas como periódicos, bem como consulta a diversas
uma região, devido à sua elevada
ipê-amarelo e pau d’arco -amarelo, bases de dados governamentais como o
suscetibilidade a alterações antrópicas em
pertencentes ao gênero Tabebuia e Zoneamento Ecológico Econômico, o Atlas
ambientes naturais. No entanto, há uma
Tecoma”. da Fauna em Unidades de Conservação do
considerável deficiência nas bases de
Estado de Minas Gerais, dentre outros.
“Art. 2º - A supressão do Ipê-amarelo so informações a respeito da distribuição d a
será admitida nos seguintes caso: fauna e informações sobre áreas de
endemismo, de diversidade e prioritárias
I – quando necessária a execução de obra, para a conservação, o que dificulta uma
plano atividade ou projeto de utilidade

42
7.2.3.1. Herpetofauna Família Espécie Endêmica
Aplastodiscus arildae
A herpetofauna brasileira apresenta uma das maiores riquezas do Bokermannohyla circumdata
mundo, com aproximadamente 750 espécies de anfí bios e 650 espécies Bokermannohyla martinsi X
de répteis. Dendropsophus decipiens
Dendropsophus elegans
Na Mata Atlântica são conhecidas 340 espécies de anfíbios. Em Minas
Dendropsophus minutus
Gerais, 70% das espécies de anfíbios são encontradas nesse bioma. Essa
Hypsiboas albopunctatus
considerável riqueza é atribuída, dentre outros, ao elevado índice
Hypsiboas faber
pluviométrico, à alta diversidade estrutural de habitat arbó reos e à
Hylidae Hypsiboas pardalis
disponibilidade de ambientes úmidos desse hábitat. Estes últimos
Hypsiboas polytaenius
estão ligados ao folhiço de matas localizadas nas margens de grandes
Phasmahyla jandaia X
rios e/ou em florestas de altitude. As florestas de altitude destacam -se
Phyllomedusa burmeisteri
por notáveis endemismos propiciados pelo isolamento geográfico de
Phyllomedusa itacolomi X
conjuntos serranos, como os do grande complexo da Mantiqueira. Nas
Scinax eurydice
Serras do Caparaó, Brigadeiro, Ibitipoca e Itatiaia, podem ser
Scinax fuscovarius
encontradas espécies exclusivas (DRUMMOND et al, 2005). Scinax longilineus
Scinax luizotavioi
Quadro: Lista de espécies de anuros com ocor rência na região de
inserção do empreendimento. Hylodidae Hylodes uai X
Physalaemus cuvieri
Família Espécie Endêmica Leiuperidae Physalaemus erythros
Ischnocnema izecksohni X Pseudopaludicola saltica
Brachycephalidae
Ischnocnema juipoca Leptodactylus cunicularius
Rhinella pombali Leptodactylus fuscus
Bufonidae
Rhinella rubescens Leptodactylidae Leptodactylus jolyi
Hyalinobatrachium eurygnathum Leptodactylus labyrinthicus
Centrolenidae
Hyalinobatrachium uranoscopum Leptodactylus ocellatus
Craugastoridae Haddadus binotatus Fonte: Leite et al (2008).

Cycloramphus eleutherodactylus
Cycloramphidae Odontophrynus cultripes
Proceratophrys boiei

43
7.2.3.2. Avifauna A menor parte das espécies registradas através de dados secundá rios é
semidependente (22%) de habitats florestais para sua sobrevivência. A
O projeto Minerário da Aston Martin Participações S/A., encontra -se maioria das espécies registradas está dividida entre espécies
inserido no entorno da Serra da Moeda, localiz ado no município de dependentes e independentes de habitats florestais, a primeira com
Itabirito, no estado de Minas Gerais. Esta região localiza -se na porção (35%) e a segunda com 43%. Estes resultados são es perados, uma vez
sul da Cadeia do Espinhaço, conhecida como Quadrilátero Ferrífero, que o empreendimento insere-se, principalmente, em ambiente
uma área prioritária para a conservação da biodiversidade em Minas campestre, com vegetação típica de topos de montanhas e com alguns
Gerais (DRUMMOND et al. 2005). poucos fragmentos florestais ao longo de córregos e nascentes.
Entretanto, há que se destacar que somando os sem idependentes aos
7.2.3.2.1. Diagnóstico de Dados Secundários dependentes de habitats florestais tem -se um total de 57% das espécies
da avifauna da região que ainda necessita de alguma forma destes
A compilação dos dados secundários disponíveis em bibliografia, fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual presente na região do
museus e no banco fotográfico resultaram em uma listagem de 227 empreendimento.
espécies de aves, distribuídas em 47 famílias, com potencial ocorrência
para a Área de Influência. Gráfico: Dependência florestal das aves registradas por dados
secundários para a Área de Influencia Indireta e entorno do
Gráfico: Representatividade das principais famílias de aves registradas empreendimento da Aston Martin Participações S/A.
por dados secundários para a área de influencia do empreendimento da
Aston Martin Participações S/A.

44
7.2.3.2.2. Diagnóstico de Dados Primários durante o período de estudo, pode -se citar o tucanuçu (Ramphastos
toco), a maitaca-verde (Pionus maximiliani) e o alegrinho ( Serpophaga
Gráfico: Famílias de aves mais bem representadas na área do subcristata). No que tange às aves dependentes de florestas, 36 espécies
empreendimento da Aston Martin Participações S/A, Itabirito, MG. foram registradas (26%). Como exemplos, citam -se o tangarazinho
(Ilicura militaris), o pula-pula (Basileuterus culicivorus) e o tiê-de-topete
(Lanio melanops), todos observados em fragmentos florestais próximos a
cursos d’água.

Em relação à dependência florestal das aves registradas no estudo por


área de influência, observou -se que nas áreas (AE, AID) 53% em ambas
as área a avifauna registrada é independente de ambientes florestais
para sua sobrevivência. Já na Área da Propriedade (AP) 50% das
espécies são dependentes de ambientes florestais, onde as principais
fitofisionomias são matas estacionais semideciduais

Gráfico: Dependência florestal das espécies de aves registradas por


Áreas de Influência.

Em relação à dependência florestal das espécies registradas, observou -


se que as espécies independentes de ambientes florestais foram as mais
abundantes na área de influência do empreendi mento como um todo.

Ambientes campestres, como o campo rupestre, campos sujos e os


pastos abandonados, são predominantes na Área de Influência Direta e
Área de Entorno do empreendimento o que justifica este resultado.
Como exemplos de espécies independente s de ambientes florestais que
ocorreram na área de estudo, pode -se citar a rolinha-fogo-apagou
(Columbina squammata), o anu-preto (Crotophaga ani) e o joão-bobo
(Nystalus chacuru). Dentre as espécies semidependentes de ambientes
florestais, que representar am apenas 27% da avifauna registrada

45
Por sua vez, as espécies granívoras também possuem grande
relevância, pois normalmente apresentam espécimes de forte apelo
sociocultural, espécies cujo canto é apreciado pela população, e por
isso são visadas para captura. Como exempl o, podemos citar o canário -
rasteiro (Sicalis citrina-) e o baiano (Sporophila nigricollis).

Foto: Espécies registradas na área de estudo.


Legenda: A = Haplospiza unicolor espécies registrada apenas em fragmentos florestais.
B = Tyrannus albugularis, espécie registrada apenas em área antrópica.

Gráfico: Alimentação preferencial das espécies de aves registradas no


empreendimento da Aston Martin Participações S /A, Itabirito - MG.

Foto: Espécies registradas nas áreas de estudo.


Legenda: A = Tyrannus savana espécies insetívora encontrada em toda a área de estudo. –
B = Turdus rufiventris, espécie frugívora encontrada na área de estudo. – C = Sicalis citrina
espécie granívora. – D = Sporophila ardesiaica espécie muito capturada assim como o
baiano (Sporophila nigricollis) devido à semelhança de plumagem e canto entre as duas.

46
7.2.3.2.3. Espécies flores) e das ordens Falconiformes (Fal cões) que apresenta hábitos dependentes de
e Strigiformes (Corujas). criatórios humanos.
endêmicas, bioindicadoras,
raras, ameaçadas e de
Foram obtidos registros de 22 espécies
7.2.3.3. Mastofauna
endêmicas, ou seja, aquelas que possuem
especial interesse distribuição restrita a um determinado Os mamíferos constituem um dos grupos
habitat ou área. Dentre os endemismos, mais complexos do reino animal, reunindo
Durante a campanha de campo foram nove são pertencentes ao território nacional, características que possibilitam a ocupação
registradas duas espécies efetivamente como é o caso do casaca-de-couro-da-lama de uma grande quantidade de nichos, tanto
ameaçadas de extinção, de acordo com as (Furnarius figulus) e o vite-vite-de-olho- nos ambientes aquáticos quanto nos
listas consultadas. Além dessas espécies cinza (Hylophilus amaurocephalus). terrestres. Divide-se em pequenos não
outras duas foram registrada s no status de voadores (roedores e marsupiais) abaixo de
“quase ameaçadas” e duas categorizadas Ao todo 16 espécies são endêmicas do bioma
1 kg, pequenos voadores (quirópteros),
como “deficiente em dados”. da Mata Atlântica como o tachurí -
grandes e médios mamíferos terrestres e
campainha (Hemitriccus nidipendulus) e o
mamíferos aquáticos.
Destacam-se cinco espécies que aparecem na formigueiro-da-serra (Formicivora serrana).
lista de espécies ameaçadas de extinção de Na área de estudo registrou-se também três O Brasil é considerado o país com maior
Minas Gerais (Biodiversitas 2007, COPAM espécies endêmicas do cerrado: o tapaculo - diversidade de mamíferos do mundo.
2010) sendo duas na categoria “em perigo”, de-colarinho (Melanopareia torquata), a Estima-se a ocorrência de 652 espécies. Em
o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) e gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus) e a Minas são conhecidas 238 espécies de
a águia-cinzenta (Urubitinga coronata), uma campainha-azul (Porphyrospiza caerulescens). mamíferos, sendo 58% destas não são
na categoria “quase ameaçada” a corruíra - Por fim, foi registrado o rabo -mole-da-serra consideradas ameaçadas de extinção e as
do-campo (Cistothorus platensis) e duas (Embernagra longicauda ) espécies endêmica demais divididas entre ameaçadas, quase
como “deficientes em dados” o pintassilgo do topo de montanhas do leste do Brasil. ameaçadas ou sem dados para avaliação. Em
(Sporagra magellanica) e o urubu-rei relação específica à fauna de mamíferos da
(Sarcoramphus papa). 7.2.3.2.4. Espécies Exóticas Mata Atlântica, esta é estimada em 261
espécies e desse total, cerca de 70 podem ser
Ao todo 21 espécies se enquadram no Não foram registradas em nenhuma das
consideradas endêmicas (MYERS et al., 2000
Apêndice II da lista de espécies ameaçadas áreas de estudos espécies exóticas, apenas
apud DRUMMOND et al, 2005).
ou com prioridade para conservação (CITES animais domésticos como a galinha (Gallus
2014). Como por exemplo, todos os registros gallus) que não apresenta risco para as
pertencentes à família Trochilidae (Beija - populações de espécies nativas, uma vez

47
1998, quando foram relatadas 24 espécies exóticas no Estado, sabe -se
Para a região de inserção do empreendimento são relatadas as
que hoje existem 63 espécies de peixes introduzidas em Minas Gerais
seguintes espécies (LESSA et al, 2008): Akodon cursor (rato da
(ALVES et. al., 2004 ).
mata), Gracilianus microtarsus (cuíca), Marmosopos incanus
(cuica), Micoureus paraguayanus (cuíca), Monodelphis domestica 7.2.3.4.1. Resultados
(cuica), Olygoryzomys nigripes (roedor) e Oxymycterus dasythrichus
(hocicudo), Callithrix penicillata (mico-estrela), Cerdocyon thous O quadro apresenta a lista de espécies, sua categoria de ameaça e
(Cachorro do mato), Cuniculos paca (Paca), Didelphis albiventris endemismo, com ocorrência na bacia hidrográfica do rio das Velhas, de
(Gambá de orelha branca), Didelphis aurita (Gambá de orelha acordo com Alves et al (2010), com ênfase na área do empreendimento.

preta), Eira barbara (Irara), Guerliguetos ingrami (Esquilo) e Procyon Quadro: Lista de espécies de peixes com ocorrência na região de
cancricorus (Mão Pelada). inserção do empreendimento.

Família Espécie Ameaça Endêmica


Astyanax bimaculatus
Astyanax cf. scabripinnis
Characidae
Astyanax sp.
7.2.3.4. Ictiofauna Hyphessobrycon sp.
Crenuchidae Characidium cf. zebra
Minas Gerais abriga uma ictiofauna nativa estimada em 354 espécies, o Cyprioniformes Cyprinus carpio
que representa quase 12% do total encontrado no Brasil (MCALLISTER Harttia leiopleura VU X
et al., 1997). Em relação à região Neotropical – 4.475 espécies de peixes Harttia novalimensis VU X
de água doce –, esse percentual seria de 7,9%, conforme informações Harttia sp.
mais recentes (REIS et al., 2003). A bacia do São Francisco apresenta o Loricariidae
Neoplecostomus franciscoensis VU
maior número de espécies (173), seguida das bacias do Paranaíba (103), Pareiorhaphis mutuca X
Grande (88), Doce (64), Paraíba do Sul (55), Mucuri (51) e Pareiorhina sp.
Jequitinhonha (35). Erythrinidae Hoplias cf. lacerdae
Poeciliidae Poecilia reticulata
Os problemas relacionados à introdução de espécies exóticas são
Heptapteridae Rhamdia quelen
comuns a todas as drenagens de Minas Gerais e representam uma
Cichlidae Tilapia sp.
ameaça real à diversidade de peixes no Estado. Entretanto, esse
Trichomycteridae Trichomycterus sp.
problema não tem sido avaliado com a de vida atenção. Diferentemente
Fonte: Alves et al (2008).
das informações disponíveis durante a elaboração do primeiro atlas em

48
7.2.4. Áreas de Interesse jurisdicionais, com características naturais
relevantes, legalmente instituído pelo Poder
Ecológico Público, com objetivos de conservação e
Áreas Prioritárias para Conservação

A s listas vermelhas vigentes da fora e da limites definidos, sob regime especial de


administração, ao qual se aplicam garantias
• Importância biológica especial: abrangendo
áreas com ocorrência de espécie(s) restrita(s) à
fauna de Minas Gerais servem para retratar adequadas de proteção. área e/ou ambiente(s) único(s) no Estado;
a situação de ameaça desse patrimônio, na
medida em que relacionam 1127 e 273 Diante o exposto acima, a AII se limita e • Importância biológica extrema: abrangendo

espécies ameaçadas, respectivamente está parcialmente inserida no Monumento áreas com alta riqueza de espécies endêmicas,

(DRUMMOND et al., 2008). No que diz Natural Estadual Serra da Moeda, que se ameaçadas ou raras no Estado e/ou fenômeno
enquadra na categoria de Unidade de biológico especial;
respeito à fauna, mais de 50% das espécies
ameaçadas ocorrem nos remanescentes da Proteção Integral, criado pelo Decreto nº
• Importância biológica muito alta:
45.472 de 21/09/2010, com uma área t otal de
Mata Atlântica no Estado (DRUMMOND e t abrangendo áreas com média riqueza de
2.372,5572 hectares, sendo que 1.943,9 ha
al., 2008). Essa situação é facilmente espécies endêmicas, ameaçadas ou raras no
estão inseridos no município de Moeda e
compreendida ao considerarmos que esse Estado e/ou que representem extensos
428,71 ha no município de Itabirito. Além
bioma, que cobria originalmente 41% da remanescentes significativos, altamente
de também se limitar com a Reserva
superfície estadual, hoje se restringe a ameaçados ou com alto grau de conservação;
apenas 4% dessa área. Biológica Campos Rupestres de Moeda Sul,
que se enquadra na categoria de Proteção • Importância biológica alta: abrangendo
Neste cenário, de áreas de interesse Integral, criada pelo Decreto Municipal nº áreas com alta riqueza de espécies em geral,
ecológico, foi avaliada a inserção da AII, da 10 de 24/10/2008, com uma área total de presença de espécies raras ou ameaçadas no
AE e da AID, sendo os resultados 749,768951 hectares, estando completamente Estado, e/ou que representem remanescente de
apresentados a seguir. inserida no município de Moeda. vegetação significativo ou com alto grau de
conectividade;
7.2.4.1. Unidades de A posição das áreas de influência em
• Importância biológica potencial:
relação às Unidades de Conservação e o
Conservação estado de conservação das mes mas acabam abrangendo áreas insuficientemente conhecidas,
mas com provável importância biológica, sendo,
por elevá-las um elevado patamar no
De acordo com o SNUC – Sistema Nacional portanto, prioritárias para investigação científica.
cenário das áreas de interesse ecológico e
de Unidades de Conservação da Natureza,
prioritárias para a conservação.
uma UC – Unidade de Conservação é
considerado o espaço territorial e seus
recursos ambientais, incluindo as águas

49
7.2.4.2. Flora para a conservação nas áreas de influência grupo faunístico não é considerado
(ZEE, 2014), sendo que de acordo com prioritário para conservação.
As áreas de influências do futuro BIODIVERSITAS (2005), para tal grupo a
empreendimento encontram-se inserido na prioridade de conservação é considerada 7.2.4.4. Reserva Legal (RL)
região da Serra da Moeda, com isto, é Especial.
O empreendimento possui área de 37,2266
classificada como de importância biológica
ha, a qual é destinada para fins de reserva
Extrema no que diz respeito à prioridade
para conservação, sendo que apresenta
A vifauna (grupo faunístico representado legal, tal área representa 20,38% da área
total do empreendimento a qual equivale a
como pressões antrópicas atividades pelas aves) obteve classificação Muito Alta
182,6570ha.
minerárias, expansão urbana, queimadas e (ZEE, 2015) e Extrema (BIODIVERSITAS,
extração vegetal, para isto, como
recomendações, faz necessári o realizar
2005) no que diz respeito à prioridade de
conservação para este grupo faunístico,
7.2.4.5. Área de Preservação
inventários e criar unidades de conservação manifestando estrita relação ao estado de Permanente (APP)
(BIODIVERSITAS, 2005). conservação da flora local.
O empreendimento em questão, apres enta
7.2.4.3. Fauna algumas APPs inseridas na área de
M astofauna (grupo representado pelos implantação do empreendimento, as quais,
No caso da fauna, a AII, a AE e AID estão 12,1053ha encontra-se em APP, todas
mamíferos de pequeno porte não voadores –
classificadas na categoria Especial para a hídricas (figura: curso d’água), a qual
roedores e marsupiais – e de pequeno porte
prioridade de conservação da fauna corresponde a 18,83% da área de
voadores – quirópteros – e por de grande e
conforme o BIODIVERSITAS (2005) e ZEE implantação.
médio porte terrestres e aquáticos) foi
(2014).
considerada como muito Baixa prioridade
Tal classificação se deve às condições de para conservação (ZEE, 2015) e, em relação
conservação da flora, que se torna fonte de a BIODIVERSITAS (2005),
alimentação, abrigo e refúgio dos diversos
grupos faunísticos.
I ctiofauna (grupo faunístico representado

H erpetofauna (grupo faunístico


pelos peixes) apresenta baixa prioridade
para conservação (ZEE, 2015), sendo que de
representado por anfíbios e répteis) é acordo com BIODIVERSITAS (2005), tal
considerada como Muito Alta a pri oridade

50
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro


7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 7.3.2. Histórico de Ocupação do Ribeirão do
7.3. Meio Socioeconômico Eixo (AE e AID)
dados primários, está inserido na AE e
O diagnóstico que ora se apresenta tem AID do empreendimento.
A região foco do estudo se caracteriza como
aglomerado rural as margens da BR 040, foi
tomada como base para estudo as famílias da
por objetivo formular uma caracterização
7.3.1. Histórico: Itabirito (AII) direita da BR (BH-Rio), ou seja, as famílias que
que enfoque os traços básicos da dinâmica A história inicia-se no final do século estão tão logo a jusante do empreendimento.
demográfica, socioeconômica e cultural XVII, com as descobertas do ouro nas
do município de Itabirito em Minas imediações de Sabará e Ouro Preto
Portanto a população residente nessa área de
Gerais, assim como o aglomerado do entorno – AE é formada por uma comunidade
provocaram um grande deslocamento de
Ribeirão do Eixo. basicamente familiar, composta por
pessoas para a região central de Minas
aproximadamente 11 (onze) famílias, parentes
Gerais. Colonos e imigrantes de vários entre si, descendentes do Sr. Silva que se
O município de Itabirito representa a
lugares começaram a povoar as terras que, radicou no local quando de sua vinda para
Área de Influência Indireta (AII) do
em pouco tempo, transformaram-se em trabalhar na construção do antigo Viaduto das
empreendimento, sendo que tal exercício
arraiais, freguesias e vilas. Almas, obra que constitui um trecho da
de regionalização tem a finalidade de
rodovia BR 040. Nesta comunidade cada
constituir amplo cabedal que permita a
família possui seu próprio terreno, com
percepção acerca da viabilidade ambiental edificação de suas moradias, área externa,
da implantação e operação d o referido hortas e criação de animais domésticos.
empreendimento, considerando os pontos
favoráveis e os aspectos restritivos, Neste local, há, além da comunidade da família
Silva, encontra-se um restaurante que atende a
juntamente com os potenciais impactos e
viajantes diversos, caminhoneiros e, não muito
as respectivas medidas de controle.
frequente, a população da proximidade.

O aglomerado Ribeirão do Eixo, o qual foi


realizada pesquisas através de coleta de Figura: Imagem histórica de Itabirito.
Fonte: Prefeitura Municipal de Itabirito (2012)

51
7.3.3. Contextualização Regional (AII)
Atividade Minerária no Município

N o contexto regional, ou seja, o município de Itabirito, o qual se

refere à Área de Influência Indireta – AII, encontra-se duas empresas


de mineração, Grupo Ferrous e MSM .

7.3.3.1. Índice Mineiro de Responsabilidade


Social (IMRS)
Gráfico: Evolução do IMRS de Itabirito.
Analisando o histórico de evolução do IMRS para o município em
Fonte: FJP, FAPEMIG: IMRS, 2013.
questão, tem-se (Gráfico):

Quadro: Índice Mineiro de Responsabilidade So cial, Microrregião de Ouro Preto.

IMRS - IMRS -
Índice Mineiro IMRS - IMRS - IMRS - IMRS IMRS -
IMRS - IMRS - Esporte Saneamento
de Assistência Finanças Renda e - Segurança
Municípios Cultura Educação Turismo Habitação e
Responsabilidade Social (0 a municipais Emprego Saúde pública (0
(0 a 1) (0 a 1) e Lazer Meio Ambiente
Social (0 a 1) 1) (0 a 1) (0 a 1) (0 a 1) a 1)
(0 a 1) (0 a 1)
Itabirito 0,678 0,585 0,882 0,543 0,339 0,611 0,785 0,833 0,687 0,621
Diogo de
0,54 0,534 0,584 0,415 0,3 0,586 0,414 0,496 0,685 0,614
Vasconcelos
Mariana 0,664 0,645 0,896 0,495 0,473 0,716 0,615 0,83 0,628 0,586
Ouro Preto 0,69 0,618 0,913 0,6 0,383 0,608 0,616 0,839 0,731 0,666
Média -
0,643 0,596 0,819 0,513 0,374 0,63 0,608 0,75 0,683 0,622
Microrregião
Média
Minas 0,580 0,481 0,578 0,378 0,483 0,594 0,444 0,603 0,712 0,685
Gerais
Fonte: FJP, FAPEMIG: IMRS, 2013.

52
7.3.3.2. Índice de Desenv. Humano Municipal

Quadro: Índice de Desenvolvimento Humano, Microrregião de Ouro Preto (1991 – 2000 - 2010).

IDHM
IDHM IDHM Renda IDHM Educação
Longevidade
1991 2000 2010 1991 2000 2010 1991 2000 2010 1991 2000 2010
Itabirito (MG) 0,49 0,629 0,73 0,612 0,665 0,737 0,722 0,756 0,828 0,266 0,494 0,638
Diogo de
Vasconcelos 0,293 0,463 0,601 0,467 0,475 0,578 0,654 0,715 0,811 0,082 0,292 0,464
(MG)
Mariana (MG) 0,493 0,62 0,742 0,596 0,638 0,705 0,722 0,787 0,874 0,279 0,474 0,664
Ouro Preto
0,491 0,64 0,741 0,607 0,665 0,721 0,688 0,754 0,834 0,283 0,524 0,677
(MG)
Microrregião 0,442 0,588 0,704 0,571 0,611 0,685 0,697 0,753 0,837 0,228 0,446 0,611
Minas Gerais 0,478 0,624 0,731 0,618 0,68 0,73 0,689 0,759 0,838 0,257 0,47 0,638
Brasil 0,493 0,612 0,727 0,647 0,692 0,739 0,622 0,727 0,816 0,279 0,456 0,637
Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

Mais uma vez, conforme se pode observar no gráfico a seguir, que a


média microrregional ficou bem abaixo das demais médias analisadas,
sendo que a média nacional se sobressaiu em relação às demais, sendo
que enquanto o Estado desacelerou o crescimento, o município
registrou crescimento, chegando a ultrapassar a média estadual no
período de 2010.

Gráfico: Evolução do IDHM Renda na série histórica analisada.


Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

53
7.3.3.3. 7.3.3.4. Distribuição e Mapeamento da
Dinâmica População
Populacional Entre os anos de 2000 e 2011, a população de Itabirito teve
uma taxa média de redução na população de 0,26%, sendo
O conhecimento da
que a menor população foi registrada em 2006 com 3.832
dinâmica populacional
habitante, em contrapartida, o ano de 2009 foi responsável
do município foi
pela maior população, com 4 .067 habitante.
obtido a partir do
levantamento do perfil Comparando com as médias da Microrregião e de Minas
etário da população Gerais, podemos concluir que a população de Itabirito tem Gráfico: Pirâmide Etária de Itabirito em 2000.
local e permitiu a mudado para outros municípios, podendo ser tanto da Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013
mensuração da microrregião como de outras partes do Estado de Minas
capacidade de sua Gerais.
estrutura populacional
em fornecer mão de O ano de 2010 foi atípico em Minas Gerais como um todo,
obra em idade ativa, sendo que apresentou a maior redução na população de
que poderá ser Itabirito (-5,38%), o menor crescimento para a Microrregião
demandada pelo o (0,08%) e a maior redução na população de Minas Gerais ( -
empreendimento. Nos 2,18%).
tópicos seguintes, será
detalhado
demográfico.
tal perfil
A evolução das pirâmides etárias de It abirito indica

exatamente este processo de inversão base -topo, no qual as


pessoas passam a viver mais e ter menos filhos. O desenho
da pirâmide deste município, antes uma pirâmide com base Gráfico: Pirâmide Etária de Itabirito em 2010.
Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013
larga, vai se transformando em um losango, conforme
teorizado.

54
7.3.3.5. Taxa de Urbanização
Para a população rural, para os mesmos anos a p articipação de Itabirito em relação a Minas Gerais foi de, respectivamente, 0,09%, 0,08% e 0,07%.

Quadro: População total, urbana, rural e taxa de urbanização.

Total Rural Urbana Total Rural Urbana Total Rural Urbana


Local (%) (%) (%) (%) (%) (%)
(1991) (1991) (1991) (2000) (2000) (2000) (2010) (2010) (2010)

Itabirito 32.091 3.413 10,64 28.678 89,36 37.901 2.656 7,01 35.245 92,99 45.449 1.883 4,14 43.566 95,86
Minas
15.743.171 3.956.278 25,13 11.786.894 74,87 17.891.499 3.219.670 18,00 14.671.829 82,00 19.597.330 2.882.114 14,71 16.715.216 85,29
Gerais
Percentual 0,20 0,09 - 0,24 - 0,21 0,08 - 0,24 - 0,23 0,07 - 0,26 -
Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

7.3.3.6. Dinâmica Produtiva Quadro: Condições de Empregabilidade : Percentual de ocupação da população com 18 anos ou mais

Setor Setor Extrativo Indústria de Setor de Setor Setor


Os dados acerca da estrutura produtiva Região Ano SIUP
agropecuário Mineral Transformação Construção comércio Serviços
de um município são um conj unto de 2000 1,47 9,85 19,96 1,07 10,43 13,31 42,37
indicadores que servem para Itabirito
2010 3,32 14,77 12,46 0,94 10,28 15,84 37,57
caracterizar o perfil econômico de uma 2000 72,27 - 1,14 - 6,93 3,09 15,65
Diogo de
determinada área de influência, uma Vasconcelos 2010 55,85 0,73 1,57 - 4,89 6,71 24,07
vez que aborda itens como a relevância 2000 11,94 9,71 8,63 0,1 11,29 10,51 47,19
de cada setor da economia na Mariana
2010 6,92 14,64 4,93 1,02 11,88 13,47 42,76
constituição do PIB da região e a 2000 7,5 4,73 10,63 0,26 11,5 10,36 53,93
alocação de mão de obra nas Ouro Preto
2010 6,53 7,17 7,46 0,94 11,7 13,14 49,65
respectivas atividades. Estabelecem, 2000 23,3 6,07 10,09 0,36 10,04 9,32 40,01
também, relações entre renda, pobreza Microrregião
2010 18,16 9,33 6,6 0,72 9,69 12,29 38,51
e desigualdade. Associa o perfil etário Minas 2000 19,93 0,78 12,76 0,58 8,04 13,53 43,19
com o perfil ocupacional da população, Gerais 2010 15,83 0,97 11,9 0,88 8 14,6 42,48
de maneira a inferir sobre condições de 2000 17,4 0,36 13,56 0,52 7,2 14,43 45,24
empregabilidade e a distribuição de Brasil
2010 13,55 0,48 11,92 0,93 7,4 15,38 44,29
renda, pobreza e desigualdade. Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

55
Levando em consideração a evolução para o município de Itab irito, Gráfico: Evolução da situação dos empregados com 18 ano ou mais no
pode-se observar que à medida que a população apresenta maiores município de Itabirito.
idades, a taxa de atividade aumenta, em contrapartida, a taxa de
desocupação para a população com 18 ou mais anos de idade recua.

Gráfico: Evolução das taxas de atividade e desocupação de Itabirito.

Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

Gráfico: Percentual do s ocupados, com 18 anos ou mais, para cada


grau de escolaridade no município de Itabirito.

Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

7.3.3.7. Distribuição da Renda, Pobreza e


Desigualdade
A renda per capita média de Itabirito cresceu 117,22% nas últimas
duas décadas, passando de R$ 361,18 em 1991 para R$ 500,41 em 2000
e R$784,55 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 38,55%
no primeiro período e 56,78% no segundo.

Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

56
E m relação ao Índice de Gini, este é
7.3.3.7. Aspectos Econômicos: Produto Interno Bruto
um instrumento usado para medir o
grau de concentração de renda. Ele Quadro: PIB de Itabirito, Microrregião e Minas Gerais no ano de 2010.
aponta a difere nça entre os
PIB Per
rendimentos dos mais pobres e dos Impostos VA VA VA
PIB (R$ Capita VA Total
mais ricos. Numericamente, varia de 0 Líquidos Agropecuário Indústria Serviços
Ano Mil (R$ (R$ Mil
a 1, sendo que 0 representa a situação (R$ Mil (R$ Mil (R$ Mil (R$ Mil
Correntes) Correntes Correntes)
Correntes) Correntes) Correntes) Correntes)
de total igualdade, e o valor 1 significa / hab)
completa desigualdade de renda. 2000 406.557,90 10.621,50 22.098,40 1.873,30 255.998,60 126.587,60 384.459,50
Itabirito
2010 1.778.126,00 39.093,40 79.827,50 11.361,40 1.189.100,60 497.836,60 1.698.298,60
Quadro: Índice de GINI na série
Diogo de 2000 6.337,30 1.600,30 77,70 1.396,90 572,10 4.290,50 6.259,60
histórica analisada. Vasconcelos 2010 22.062,00 5.733,40 480,1 5.713,90 1.823,00 14.045,00 21.581,90
2000 487.411,20 10.313,00 18.443,30 3.182,90 327.569,90 138.215,10 468.967,90
Índice de Gini Mariana
2010 2.808.215,40 51.832,20 99.025,00 22.843,10 2.036.229,20 650.118,10 2.709.190,40
1991 2000 2010
Itabirito 2000 679.245,70 10.211,20 81.343,40 4.469,20 398.323,10 195.110,10 597.902,30
0,49 0,48 0,47 Ouro Preto
(MG) 2010 5.478.637,10 78.013,30 186.764,60 14.751,40 4.178.923,60 1.098.197,50 5.291.872,50
Diogo de Média 2000 394.888,03 8.186,50 30.490,70 2.730,58 245.615,93 116.050,83 364.397,33
0,52 0,56 0,5
Vasconcelos Microrregião 2010 2.521.760,13 43.668,08 91.524,30 13.667,45 1.851.519,10 565.049,30 2.430.235,85
Mariana 0,6 0,57 0,51 Média 2000 117.951,11 3.818,68 14.529,04 10.885,81 32.588,29 59.947,97 103.422,07
Ouro Preto 0,58 0,56 0,5 Minas
2010 411.935,41 12.213,80 51.015,29 30.600,01 121.191,47 209.128,65 360.920,12
Microrregião 0,55 0,54 0,49 Gerais
Fonte: FJP, FAPEMIG: IMRS, 2013.
Minas
0,61 0,61 0,56
Gerais
Brasil 0,63 0,64 0,6
Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

57
Gráfico: Evolução da compensação financeira (R$ Correntes) para
A pesar do crescimento em todos os índices analisados, para o PIB exploração mineral ao longo da série histórica de 2000 - 2011.

Per Capita, Impostos Lí quidos e VA Agropecuário, o crescimento


tem ocorrido de forma mais lenta, para os demais índices,
principalmente PIB e VA Indústria, principalmente entre os anos de
2009 e 2010, há um grande salto no crescimento.

Gráfico: Evolução do PIB no período de 2000 a 2010 para o


município de Itabirito.

Fonte:
FJP, FAPEMIG: IMRS, 2013.

Quadro: Participação da compensação financeira (%) para


exploração mineral.

Ano Total Microrregião Total Minas Gerais


2000 0 0
2001 32,88 7,76
2002 0 0
Fonte: 2003 18,86 4,62
FJP, FAPEMIG: IMRS, 2013. 2004 28,25 7,68
2005 30,55 9,11
7.3.3.8. Mineração 2006 25,66 7,46
2007 29,84 7,36
Quando fazemos uma análise do município em relação às médias 2008 25,78 7,61
microrregional e municipal, pode -se observar que Itabirito sempre 2009 20,08 4,73
esteve acima das médias comparadas, c om exceção no ano de 2009, 2010 27,00 6,13
o qual ficou abaixo da média microrregional. 2011 27,00 6,13
Fonte: FJP, FAPEMIG: IMRS, 2013.

58
7.3.3.9. Agricultura 7.3.3.10. Pecuária
Em um levantamento geral no banco de dados do IBGE (2014) para Segundos dados de Produção Pecuária municipal (IBGE, 2014),
a agricultura, o município de Itabirito tem uma produção agrícola Itabirito não apresenta quantidades expressiva s para as atividades
em baixa escala, sendo que o produto de ma ior produção refere-se à registradas. Em relação a valores de produção, vale destacar o leite
cana-de-açúcar, com produção de 49.000 toneladas, porém, o milho de vaca, o qual o valor de produção é de 2.240 milhões de reais.
(em grão) ocupa a maior área de plantio, com 900 hectares, estes
Quadro: Dados da pecuária (efetivo dos rebanhos, produção e valor
dois produtos, inclusive, são os que proporcionam os maiores
de produção) 2012.
valores de produção, com respectivamente , R$ 49.000,00 e R$
2.624,00.
Rebanhos Quantidade Unidade Valor da Produção Unidade

Quadro: Dados da agricultura de Itabirito – lavouras permanentes e Bovinos 6.004 Cabeças - -


temporárias – 2012. Equinos 2.231 Cabeças - -
Bubalinos 18 Cabeças - -
Valor da Suínos - Total 4.200 Cabeças - -
Quantidade Área Área Rendimento
Produção Suínos - Matrizes 350 Cabeças - -
Lavoura Produto Produzida Plantada Colhida Médio
(mil Caprino 81 Cabeças - -
(ton) (ha) (ha) (Kg/ha)
reais)
Ovino 222 Cabeças - -
Cana-de-
49.000 4.165 700 700 70.000 Galináceos - Total 13.040 Cabeças - -
açúcar
Feijão Galináceos - Galinhas 5.216 Cabeças - -
320 960 600 600 533
(em grão) Codornas 500 Cabeças - -
Temporária
Mandioca 60 90 4 4 15.000 Vacas - Ordenhadas 1.659 Cabeças - -
Milho Leite de Vaca 2.240 Mil litros 2.240 Mil Reais
5.400 2.759 900 900 6.000
(em grão) Ovos de Galinha 78 Mil dúzias 274 Mil Reais
Tomate 18 27 1 1 18.000 Ovos de Codorna 8 Mil dúzias 9 Mil Reais
Banana Mel de Abelha 7.300 kg 55 Mil Reais
700 1.050 70 70 10.000
(cacho) Fonte: IBGE, 2014.
Café (em
14 56 15 15 933
Permanente grão)
Laranja 1.800 1.440 180 180 10.000
Limão 105 63 15 15 7.000
Tangeria 480 288 40 40 12.000
Fonte: IBGE, 2014.

59
7.3.3.11. Saúde
Do número total de estabelecimento registrados, 17 pertencem à
rede pública, a qual representam 26,98%, somente 1 estabelecimento
é considerado filantrópico, representando 1,59%, enquanto os
estabelecimentos privados correspondem a 71,43% com um total de
45.

Gráfico: Participação dos Recursos Humanos segundo categorias


selecionadas do município de Itabirito.

Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

A leitura dos indicadores de saúde disponíveis, registrou uma

evolução positiva dos componentes ao longo do período


intercensitário avaliado. Estes indicadores são: Esperança de Vida
ao Nascer a qual é utilizada para compor a dimensão Longevidade
do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM);
Mortalidade Infantil, a qual considera a mortalidade de crianças
com menos de um ano; e Taxa de Fecundidade, a qual representa a
Fonte: CNES - Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010 estimativa de um número médio de filhos a qual uma mulher teria
até o fim de seu ciclo reprodutivo.
Levando-se em consideração ao registros de mortalidade, devido à
algum tipo de doença no município de Itabirito, para o ano de 2012, Conforme se pode observar no quadro a seguir, houve crescimento
pode-se observar, que a maior contribuição para as mortes foi na esperança de vida ao nascer ao long o da série histórica enquanto
devido às doenças ligadas ao aparelho respiratório, sendo a taxa de mortalidade infantil e taxa de fecundidade registraram
registrado 19 causas e participação de 32,76%. queda.

Gráfico: Participação de cada grupo de causas das mortes.

60
Quadro: Evolução dos dados analisados para o município de Itabirito.

Esperança de Taxa de Mortalidade Taxa de Taxa de Taxa de


Ano
vida ao nascer Crescimento infantil Crescimento fecundidade total Crescimento
1991 68,30 - 28,70 2,50
2000 70,36 2,93 27,59 -4,02 2,41 -3,73
2010 74,68 5,78 15,80 -74,62 1,46 -65,07
Total - 8,71 - -78,64 - -68,80
Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

7.3.3.12. Educação
Gráfico: Taxa de matriculados e frequênc ia nas escolas para o município de Itabirito.
No caso de Itabirito, em todo período
avaliado o número de esco las encontra-se
abaixo da média microrregional,
apresentando um total de 41 escolas no anos
de 2011, representando 16,60%, porém em
relação à média nacional, Itabirito é
superior, representando 0,18%.

Quadro: Participação do número de escolas


de Itabirito em comparação à microrregião e
ao Estado.

Percentual - Percentual -
Ano
Microrregião Minas Gerais
2007 16,73 0,18
2008 17,41 0,18
2009 16,67 0,18
2010 16,80 0,18
2011 16,60 0,18
Fonte: FJP & PNUD: IMRS, 2013

Fonte: FJP & PNUD: IMRS, 2013

61
Gráfico: Indicadores de Educação no período de 1991 - 2010 para as Gráfico: Percentual dos indicadores de habitação no período de 1991 -
regiões analisadas. 2010.

Fonte: FJP, IPEA & PNUD: Atlas IDH, 2013

Fonte: FJP & PNUD: IMRS, 2013 7.3.3.14. Comunicação

7.3.3.13. Infraestrutura: Habitação Em relação à telefonia, segundo a ANATEL, existem quatro


operadoras, Claro S.A., Telefônica Brasil S.A. (Vivo), TIM Celular
O parâmetro habitação contem indicadores relacionados às condições
S.A. e TNL PCS S.A. (Oi), atuantes no município de Itabirito.
habitacionais, envolvendo características da habitação (tipo de parede
e número de pessoas por dormitório) e acesso a serviços (água, esgoto, Percebeu-se nos últimos dez anos em todo o país, efeito direto
lixo e luz). do processo de privatização da TELEBRAS e de todas as
concessionárias estaduais, enorme aumento da prestação de
Tais indicadores fornecem informações a respeito da quali dade de vida
da população e o seu nível de implantação está diretamente associado
serviço de telefonia pública, assim como, do número de
à saúde da população. conexões domiciliares que se aproxima da totalidade em
centros urbanos.

62
7.3.3.15. Transportes 7.3.3.16. Segurança
Gráfico: Contribuição das frotas de Itabirito em relação a Microrregião Gráfico: Taxas de crimes e homicídios.
em Maio/2015.

Fonte: FJP & PNUD: IMRS, 2013

7.3.3.17. Lazer/Turismo/Cultura
Fonte: Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, Segundo o Portal Minas Gerais (PMG, 2012), Itabirito tem seu
Sistema Nacional de Registro de Veículos/RENAVAM, Sistema Nacional de Estatística de
surgimento ligado a descoberta de ouro em Minas Gerais, cujas
Trânsito/SINET (2015)
explorações deram início ao povoamento que cresceu e se tornou o
atual município.

O destino oferece ao turista, locais naturais para cavalgadas,


caminhadas, banhos em diversas cachoeiras. Os Morros do Trovão e do
Cristo e o Pico de Itabirito merecem destaqu e na paisagem de Itabirito
listadas na figura abaixo.

63
1º Alto Forno em Carcaça de Aço da AméricaLatina Casa de Cultura Maestro Dungas
Localizado no Bairro Esperança, bem na Localizada no centro da cidade, a Casa de
entrada norte da cidade. O alto-forno foi Cultura foi fundada em 07 de setembro de
construído com pedras e revestido de 1994, visando criar um espaço para
tijolos refratários feitos no local, com barro manifestações artísticas locais e
tirado da Grota das Cobras. O local é todo regionais. A casa possui uma
estruturado para o turismo e rende belas infraestrutura excelente, possuindo
fotos. sistema de iluminação, equipamentos de
som, sala de multimeios com 50 lugares,
sala de ensaio, galeria de arte e camarim.
A população e visitantes podem sempre
contar com uma programação cultural rica
nos fins de semana.

Alto Cristo Complexo Turístico da Estação


Com uma altitude de 1.179m, o Alto do Em 16 de julho de 1887, inaugurou-se a
Cristo possui vista panorâmica, de onde se estação, que ligava Itabirito ao Rio de
observa a Serra da Piedade, o Pico do Janeiro. O edifício sóbrio é de alvenaria,
Itacolomi, a Serra do Caraça, além de trabalhada com arte, estilo que não se faz
grande parte da cidade. O morro foi mais. Em 2003, a Praça foi toda
escolhido por ser um dos mais altos da restaurada e revitalizada pela Prefeitura e
cidade, visto por diversos pontos do atualmente abriga a Biblioteca Pública
município, dando um charme particular Municipal, o Centro de Referência e
para moradores e visitantes de Itabirito. Informações Turísticas (CRIT), a Sala dos
Conhecido como Morro do Cruzeiro, o local Ferroviários, uma loja de artesanato e o
abrigava uma antiga cruz antes do atual Trapiche Assitur, além de um comércio
Cristo Redentor, de 30 metros de altura. com comidas típicas. Na época, o prefeito
Hoje, o Alto do Cristo sedia concursos de Manoel da Mota Neto, entregou a obra no
pipas, campeonatos de mountain bike e aniversário de 80 anos de Emancipação
down Hill e é ponto de encontro de famílias Política da Cidade e a praça tornou-se um
e jovens que procuram lazer e uma bela importante local de eventos culturais,
vista. shows e ponto de encontro dos jovens.

Alto da Serra da Santa Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem


Com altitude de 1.200m, a Serra da Santa A capela primitiva da Matriz de Nossa
é uma parada obrigatória da Rodovia dos Senhora da Boa Viagem foi construída no
Inconfidentes. A serra tem composição início do século XVIII. O interior mescla
rochosa com afloramentos, formando um elementos produzidos em diferentes fases
conjunto de esculturas naturais em da arquitetura colonial mineira, como os
projeções abstratas. Nos meses de estilos joanino e rococó, além de pinturas
inverno, forma-se um “mar de nuvens” do século XX. Seus três altares encantam,
sobre as montanhas, considerado um com molduras bem talhadas, que
verdadeiro espetáculo. Conta-se que o relembram uma infinidade de arabescos
pintor Guignard costumava usar esse artisticamente trabalhados e dispostos
cenário para fazer alguns de seus quadros. com suas colunas espirais salomônicas
douradas.

Figura: Listagem dos principais pontos e evento turísticos. Fonte: PM Itabirito, 2014. Figura: Listagem dos principais pontos e evento turísticos. Fonte: PMItabirito, 2014.

64
7.3.4 Contextualização investindo-se no incentivo e valorização Diante da precariedade e dificuldades no
destes moradores, situação que poderia acesso da população, esta se desloca até a
Local (AID) viabilizar a participação e integração da cidade mais próxima, neste caso,
No diagnóstico descrito a seguir, será
população local com o novo Congonhas/MG, onde tem acesso a diversos
utilizada a denominação margem esquerda
empreendimento. serviços e comércio.
e margem direita, as quais se referem a
comunidade do Ribeirão do Eixo, sendo que Os moradores, sobre a expectativa da
7.3.4.3. Educação
a margem esquerda se refere à sede do instalação do novo empreendime nto,
município de Itabirito e a margem direita se acreditam na possibilidade de geração de No aglomerado rural situado na margem
refere ao lado oposto à sede, a qual esta novos empregos, na melhoria das condições esquerda da rodovia BR 040, já menciona do
situado o município de Congonhas. econômicas relativo ao comércio, transporte anteriormente, existe uma escola
e segurança pública. frequentada pelas crianças da comunidade
7.3.4.1. Dinâmica Produtiva familiar, tendo em vista, a facilidade no
7.3.4.2. Saúde transporte das crianças pelo fato de um dos
A população da Comunidade Familiar tem
familiares ser o funcionário responsável em
como fonte de renda, salários de diferentes A população local é assistida por um
conduzi-las.
empregos e aposentadorias advindos dos serviço precário ofertado pelo posto de
empregos nas mineradoras instaladas na saúde instal ado no bairro situado a margem Pode se verificar durante as convers as para
região. Alegam existirem poucas esquerda. É um local que se torna realização deste diagnóstico, que na
oportunidades de trabalho na região e, pela demorado para se chegar em virtude do comunidade, os moradores possuem grau
política trabalhista das empresas, a difícil acesso, conforme relatado de escolaridade baixo.
rotatividade é uma constante na anteriormente sobre a travessia. Não há
contratação e na oferta de trabalho, uma estrada implantada que leve ao bairro. 7.3.4.4. Infraestrutura -
geralmente, para a mão -de-obra com pouco
ou nenhuma qualificação, sendo que para
O atendimento neste posto de saúde é feito,
Habitação
segundo os moradores, por uma enfermeira
atividades especificas nem sempre oferecem que orienta até o dia da visita do médico A comunidade é precariamente atendida
oportunidade de melhoria dessa que acontece uma vez por semana, mas não por serviço público de coleta de lixo, sendo
qualificação profissional. acontece de forma contínua, pois este que o lixo não é coletado regula rmente.
atende outras localidades além, das Segundo informações dos moradores, a
Entretanto, para atender o anseio de
imprevistas urgências médicas. coleta do lixo ocorre a cada 15 (quinze)
oportunidade seria necessário investimento
dias.
na capacitação e treinamento destes. Há de
se pensar ainda no aspecto psicossocial,

65
O esgoto da região não recebe tratamento e pedestres, como uma passarela, por
7.3.4.9. Arqueologia
muito menos possui infraestrutura para seu exemplo, considerando que acidentes de
lançamento. No local se utilizam fossas. veículos e atropelamentos são fatos quase Em síntese, os pontos observados não
rotineiros no local. A passarela é o grande demonstraram grande relevância história
Segundo informações dos moradores lo cais,
anseio da comunidade, prometida por ou arqueológica. Os possíveis locais de
a água captada por eles, não passa por
várias administrações públicas . ocorrência de sítios pré-históricos e
qualquer tipo de tratamento antes do
minerários foram esgotados em termos
consumo humano. Considerando o aspecto da segurança do
superficiais e, nesse caso, nenhuma
trânsito que como já relatado, é bastante
7.3.4.5. Transporte
estrutura ou vestígio pôde ser observado.
intenso, seria um fator relevante e positivo
Associado ao levantamento histórico -
para a instalação do empreendimento vez
O local não é atendido por transporte arqueológico regional, e ao próprio
que o mesmo se localiza na mesma margem
urbano, são utilizados os ônibus conhecimento da dinâmica de ocupação do
da BR 040 que a comunidade. Neste caso
intermunicipais e interestaduais que por ali espaço ao longo do tempo, é possível
não comprometendo a comunidade pela
transitam ou por meio de veiculo próprio. concluir que a potencialidade arqueológica
travessi a da rodovia sendo factível a
local – considerando-se, nesse caso, a futura
minimização nas possibilidades de
7.3.4.6. Rodovia BR 040 ocorrências de atropelamentos, um dos
AID e seu entorno imediato é baixa (Buriti,
2015).
maiores receios da população local.
Em relação a rodovia BR 040, esta é a

7.3.4.8. Lazer/Turismo/Cultura
principal rodovia de acesso aos demais
municípios. Por ser rota de escoamento de
Deste estudo se pode aferir, que na área em foco,
produtos e mercadorias, possui intensos A região não tem muitas opções de lazer, qual seja, famílias da margem direita do
fluxos ao longo do dia. Sua duplicação é com exceção das festividades religiosas, aglomerado rural Ribeirão do Eixo residem poucos
medida que já está em fase de implantação. além destas festividades, têm-se os habitantes, de base familiar com finalidade
costumes de celebrarem as datas residencial a qual não sofrerá impactos
7.3.4.7. Segurança comemorativas da família. significativos considerando sua localização.

Em relação às expectativas quanto à implantação


A segurança pública e do trânsito pesado No ponto de vista cultural nada foi relatado
do empreendimento, os moradores demonstraram
na rodovia é ponto preocupante. Além do em especial. Ao que parece, estas pessoas
expectativas positivas, principalmente quanto à
intenso ruído, a travessia é perigosa. Os levam uma vida mais pacata e as atividades geração de emprego, e almejam que a região
veículos transitam em grande velocidade e de lazer acontecem entre os familia res e prospere e se desenvolva economicamente.
não existe um local adequado para os amigos.

66
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

8. ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO – ZEE 


8.1. Vulnerabilidade Natural ZEE
8.1.1 Componente Biótica
A Vulnerabilidade Natural das áreas de O Zoneamento Ecológico Econômico do

influências do empreendimento, foi O s indicadores que compõe a componente Estado de Minas Gerais – ZEE-MG
consiste na elaboração de um diagnóstico
predominante da classificação considerada biótica da carta vulnerabilidade natural são:
dos meios geo-biofísico e socioeconômico-
Muito Alta, porém, foi registrado alguns integridade da flora e integridade da fauna.
jurídico- institucional, gerando
fragmentos considerados alto. Estes
A seguir são apresentados os indicadores e respectivamente duas cartas principais, a
fragmentos considerados altos são mais
fatores condicionantes que compõe a carta de Vulnerabilidade Natural e a Carta
predominantes na AE.
componente biótica com seus respectivos de Potencialidade Social, que sobrepostas

conceitos e métodos, bem como a classificação irão conceber áreas com características

para a AII, AE e AID do empreendimento. próprias, determinando o Zoneamento


Ecológico-Econômico do Estado de Minas
Gerais.

O ZEE-MG tem a coordenação da


Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável - SEMAD,
participação de todas as Secretarias de
Estado de Minas, de outras entidades e da
sociedade civil.

Figura: Vulnerabilidade Natural. Fonte: ZEE, 2015


Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

67
8.1.1.1. Integridade da Flora 8.1.1.3. Relevância Regional

Relevância Regional da fitofisionomia Floresta Estacional


Relevância Regional na fitofisionomia Campo
Integridade da Flora. Semidecidual
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

8.1.1.2. Grau de Conserv. 8.1.1.4. Prior. de Cons. da Flora


da Vegetação Nativa

Relevância Regional na fitofisionomia Campo Rupestre.


Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Prioridade de Conservação da Flora
Grau de Conservação da Vegetação Nativa.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

68
8.1.1.5. Heterogeneidade
da Flora

Integridade da Fauna. Prioridade para conservação das aves.


Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

Heterogeneidade espacial da flora.


Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

8.1.1.6. Integridade da
Fauna

Prioridade para conservação de anfíbios e répteis.


Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Prioridade para conservação dos invertebrados.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

69
8.1.2. Componente Abiótica 8.1.2.2. Vulnerab. da erosão
O s indicadores abordados adiante são
indicadores que compõe a component e
abiótica, sendo: índice de umidade,
vulnerabilidade erosão, vulnerabilidade dos
solos e vulnerabilidade dos recursos hídricos

A seguir são apresentados os indicadores e


fatores condicionantes que compõe a
componente abiótica com seus respectivos
conceitos e métodos, bem como a classificação
para a AID, AE e AII do empreendimento.
Prioridade para conservação dos mamíferos.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

Vulnerabilidade da erosão
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
8.1.2.1. Índice de umidade

Prioridade para conservação dos peixes.


Índice de umidade. Indicador erodibilidade.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

70
8.1.2.3.Índice de umidade 8.1.2.4. Vulnerab. dos solos

Indicador Risco Potencial de Erosão.


Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Indicador Intensidade de Chuva.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII Vulnerabilidade dos Solos.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

Indicador Declive.
Indicador de Exposição do Solo.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

Indicador Suscetibilidade à Degradação


Estrutural do Solo.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

71
8.1.2.5. Vulnerabilidade dos
recursos hídricos

Indicador Probabilidade de Contaminação pelo Indicador Disponibilidade de Águas Subterrâneas.


Uso do Solo. Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos.
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

Indicador Potencialidade de Contaminação dos Aquíferos.


Indicador Decomposição da Matéria Orgânica. Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII Indicador Disponibilidade de Água Superficial..
Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII

72
8.2. Potencialidade Social 8.2.1. Componente Humano

A potencialidade social indica o ponto de partida de um município


C orresponde, especialmente, aos objetivos de desenvolvimento

ligados à satisfação das necessidades humanas, melhoria da qualidade


ou região para alcançar o desenvolvimento de forma sustentável. É
de vida e justiça social, mais precisamente define a situação da geração
medido pelas condições do município, através dos Componentes
de emprego e renda, redução da pobreza e acesso aos serviços sociais
Produtivo, Natural e Humano.
básicos, todos voltados para a construção da cidadania (ZEE -MG, 2008)
O município de Itabirito obteve classificação muito favorável na carta
Para esse componente o município de Itabirito foi classificado, no ZEE -
Potencialidade Social.
MG, como muito favorável.

8.2.1.1. Ocupação Econômica


O nível de ocupação da população é um Fator Condicionante do
Componente Humano. Seus indicadores são dados básicos para
dimensionar o mercado de trabalho e avaliar a capacidade do sistema
econômico em prover ocupação produtiva a todos q ue a desejam,
permitindo analisar a estrutura ocupacional e o ritmo de crescimento
do emprego associado ao crescimento da economia

Quadro: Indicadores do fator condicionante ocupação econômica de


Itabirito.

Muito Pouco Muito


Indicador Favorável Precário
Carta potencialidade social do município de Itabirito. Favorável Favorável Precário
Fonte: ZEE. 2015
Taxa de ocupação X
Os conceitos e classificação dos fatores condicionantes e seus Tx. de desocupação
X
indicadores que compõe o índice de Potencialidade Social são invertida
apresentados a seguir, possibilitando identificar as potencial idades e Emprego formal X
fragilidades do município de Itabirito.
Fonte: ZEE, 2015

73
8.2.1.2. Demografia Quadro: Indicadores do fator condicionante condições sociais de
Itabirito.
Os Indicadores demográficos como o tamanho, a estrutura e o
crescimento da população são os principais determinantes da oferta de Muito Pouco Muito
força de trabalho e influem fortemente no consumo de bens e serviços. Indicador Favorável Precário
Favorável Favorável Precário
Portanto, os efeitos da dinâmica populacional sobre o funcionamento
Renda X
da economia são sentidos, simultaneamente, tanto do lado da oferta
como do lado da procura de bens e ser viços Educação X

Habitação X
Quadro: Indicadores do fator condicionante demografia de Itabirito.
Saúde X
Muito Pouco Muito
Indicador Favorável Precário Saneamento X
Favorável Favorável Precário
Tx. de crimes
Razão de X
violentos
dependência X
IDH Municipal X
invertida
Fonte: ZEE, 2015
Distribuição
espacial da X O município de Itabirito foi classificado para o fator condicionante
população Condições Sociais como muito favorável. É valido ressaltar que os
Fonte: ZEE, 2015 indicadores de saneamento, taxa de c rimes violentos e saúde merecem
atenção, uma vez que receberam classificações baixas.
Desta forma, o indicador Demografia foi classificado como muito
favorável para o município de Itabirito

8.2.1.3. Condições Sociais


O Fator Condicionante Condições Sociais foi formado por sete
indicadores: renda, educação, habitação, saúde, saneamento, segurança
pública e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH -M

Figura: Carta condições sociais do município de Itabirito.


Fonte: ZEE, 2015

74
8.2.2. Componente Produtivo
S ão dois os fatores condicionantes ao desenvolvimento do

componente produtivo: as condições de infraestrutura existentes no


município e as atividades econômicas produtivas. Deve -se considerar
que o incentivo ao desenvolvimento destes fatores promoverá o
desenvolvimento social, fortalecendo o capital humano e as
instituições sociais e políticas (ZEE -MG, 2008).

O município de Itabirito obteve a classificação muito favorável na carta


Componente Produtivo.
Figura: Carta infraestrutura de transporte do município de Itabirito.
Fonte: ZEE, 2015
8.2.2.1. Infraestrutura de Transporte
Quadro: Indicadores do fator condicionante infraestrutura de
8.2.2.2. Atividades Econômicas
transporte de Itabirito.
Quadro: Indicadores do fator condicionante atividades econômicas de
Muito Pouco Muito
Indicador Favorável Precário Itabirito.
Favorável Favorável Precário
Densidade da Muito Pouco Muito
Indicador Favorável Precário
malha rodoviária X Favorável Favorável Precário
(km/km²) Valor Agregado
X
Transporte aéreo X (VA) Agropecuária

Densidade da Índice VA Indústria X

malha ferroviária X Índice VA Serviços X

(km/km²) Índice de
X
Fonte: ZEE, 2015 exportação
Fonte: ZEE, 2015

O município de Itabirito obteve classificação muito favorável no fator


condicionante Atividades Econômicas.

75
8.2.3. Componente Natural 8.2.3.1. Utilização das Terras
Quadro: Indicadores do fator condicionante utilização das terras de
O potencial natural, para fins do Zoneamento Ecológico Econômico Itabirito

do Estado de Minas Gerais foi determinado por quatro fatores Muito Pouco Muito
condicionantes: utilização das terras, estrutura fundiária, recursos Indicador Favorável Precário
Favorável Favorável Precário
minerais e ICMS Ecológico
Densidade de
O município de Itabirito obteve a classificação precá ria para a Ocupação
Componente Natural. Econômica X
das Terras –
DOET
Indicador de
nível
X
tecnológico da
agropecuária
Fonte: ZEE, 2015

O município de Itabirito obteve classificação precária na carta


Utilização das Terras.

8.2.3.2. ICMS Ecológico


Política Ambiental (COPAM). No caso do município de Itabirito foi
classificado como favorável.

Figura: Carta componente natural do município de Itabirito.


Fonte: ZEE, 2015

A classificação favorável se deve ao fato do município de


A seguir são apresentados os indicadores e fatores condicionantes que Itabirito possui Unidade de Conservação, segundo o ZEE e o
compõe o Componente Natural com seus respectivos conceitos e
Sistema Integrado de Informação Ambiental – SIAM.
métodos, bem como a classificação para o município de Itabirito.

76
8.2.3.3. Estrutura Fundiária A CFEM é devida por quem exerce atividade de mineração em
decorrência da exploração ou extração de recursos minerais. A
A estrutura fundiária é composta pelos indicadores Índice de exploração de recursos minerais consiste na retirada de substâncias
concentração fundiária invertida e a proporção entre o número total de minerais da jazida, mina, salina ou outro depósito mineral, para fins
agricultores, em relação ao total do município de aproveitamento econômico.

Muito Pouco Muito Esse componente foi classificado como muito favorável no município
Indicador Favorável Precário
Favorável Favorável Precário de Itabirito segundo o ZEE-MG. O índice é calculado sobre o valor do

Índice de faturamento líquido, obtido por ocasião da venda do produto mineral


(2004-2006) (ZEE-MG, 2008).
Concentração
X
Fundiária Invertida –
Índice de Gini
Coeficiente de
agricultores
- - - - -
familiares
(indisponível)
Fonte: ZEE, 2015

8.2.3.4. Recursos Minerais


A exploração e consumo de bens minerais são determinados pelo
dinamismo da atividade econômica e está associado à complexidade da
estrutura produtiva. As diversas fases que envolvem o uso de
substâncias minerais desde sua extração e utilização até a geração e a Figura: Carta recursos minerais do município de Itabirito
disposição de subprodutos geram impactos econômicos e ambientais de Fonte: ZEE, 2015
ampla magnitude e abrangência (IBGE, 2004).

A análise para os recursos minerais baseou -se na formação de um


indicador, a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais (CFEM).

77
8.2.4. Componente 8.2.4.1. Capacidade Organizações de fiscalização e
institucional controle
Institucional
O componente institucional na

potencialidade social do
Zoneamento Ecológico-
Econômico do estado de Minas
Gerais cumpre papel
fundamental, pois representa a
capacidade institucional dos
municípios de atender aos
cidadãos em suas demandas,
sejam de caráter social, ecológico, Carta organização de fiscalização e controle do
Carta capacidade institucional do
município de Itabirito. Fonte: ZEE, 2015
econômico, político ou cultural. município de Itabirito. Fonte: ZEE, 2015
As instituições, para efeito da
Organizações de ensino superior e
potencialidade social, são 8.2.4.2. Organização jurídica profissionalizante
entendidas aqui como
organizações formais, de caráter
público ou privado, voltadas para
o atendimento público nos setores
da saúde, da educação, do meio
ambiente, da cultura, do lazer, da
segurança, da economia, entre
outros. Parte-se do pressuposto
de que tais instituições são
responsáveis pelo bo m
funcionamento da sociedade
associado ao crescimento, Carta presença de organizações Jurídicas do
desenvolvimento e equidade município de Itabirito. Fonte: ZEE, 2015 Carta organizações de ensino superior e profissionalizante
do município de Itabirito. Fonte: ZEE, 2015
social

78
Organizações de segurança 8.3. Índice Ecológico- De forma complementar, foram
consideradas cinco zonas temáticas. Essas
pública Econômico são formadas por regiões que têm restrições

O índice Ecológico-Econômico (IEE) é o


legais,
registradas
pontos
como
urbanos
tendo
e
potencial
as áreas
para
resultado da combinação lógico -intuitiva mine¬ração, independentemente de estarem
dos vários níveis de potencialidade social em locais onde nunca serão viabilizadas por
com os de vulnerabilidade natural. As questões legais.
possíveis combinações permitem agrupar
 Zonas Urbanas
áreas semelhantes quanto à severidade dos
problemas ambientais e dos potenciais  Zonas de Proteção Integral
sociais que nelas podem ser encontrados .  Zonas Potenciais e especiais para
Mineração
Dessa forma foram estabelecidas seis zonas
 Zonas especiais de Uso Sustentável
Carta organizações de segurança pública do de desenvolvimento, conforme
município de Itabirito.
discriminadas a seguir:  Áreas Indígenas.
Fonte: ZEE, 2015
Quadro: Correspondência entre as classes
 AA = Terras de baixa
Organizações financeiras vulnerabilidade em locais de alto
de IEE e as combinações entre
potencial social Vulnerabilidade Natural e Potencial Social.

 AB = Terras de alta vulnerabilidade Vulnerabilidade Natural


em locais de alto potencial social Muito Muito
Baixa Média Alta
 BA = Terras de baixa vulnerabilidade Baixa Alta
Muito

Potencialidade Social
em locais de médio potencial social AA AA AA AB AB
Favorável
 BB = Terras de alta vulnerabilidade
Favorável AA AA AB AB AB
em locais de médio potencial social
Pouco
BA BA BA BB BB
 CA = Terras de baixa Favorável
vulnerabilidade em locais de baixo Precário CA CA CA CB CB
potencial social
Muito
CA CA CB CB CB
Figura: Carta organizações financeiras do  CB = Terras de alta vulnerabilidade Precário
município de Itabirito. Fonte: ZEE, 2015 em locais de baixo potencial social Fonte: ZEE, 2015

79
Quadro: Índices para cada zona de Gerais acha-se intensamente antropizado
desenvolvimento de Itabirito. devido ao seu histórico de
desenvolvimento.
8.3.1 Zonas ecológico- Área
Zona Percentual
(ha)
econômicas
Zona de desenvolvimento 1 18717,17 34,37%
Zona de desenvolvimento 1: Esta
Zona de desenvolvimento 2 35730,72 65,63%
zona é formada pela classe AA
do Índice Ecológico-Econômico- Zona de desenvolvimento 3 0 0%

IEE. Zona de desenvolvimento 4 0 0%

Zona de desenvolvimento 2: Esta Zona de desenvolvimento


0 0%
especial 5
zona é formada pela classe AB
do IEE. Zona de desenvolvimento
0 0%
Figura: Qualidade Ambiental.
especial 6 Legenda: Preto = AID – Branco = AE – Rosa = AII
Fonte: ZEE, 2015.
Zona de desenvolvimento 3: Esta Fonte: ZEE, 2015
zona é formada pela classe BA
A classificação da Área de Influência
do IEE. Indireta - AII do empreendimento, segundo
As classificações expostas acima se deram
por alguns indicadores, as quais foram a
ZEE, predominaram a Zona 2.
Zona de desenvolvimento 4: Esta erosão atual, grau de conservação de
zona é formada pela classe CA
8.4. Qualidade Ambiental vegetação nativa e qualidade da água.
do IEE.

Zona de desenvolvimento
O s resultados mostraram que a qualidade

especial 5: Esta zona é formada ambiental na maior parte da área de estudo


é baixa a muito baixa. As regiões baixo Rio
pela classe BB do IEE
das Velhas e Central apresentaram a melhor
qualidade ambiental, particularmente a
primeira. Esses resultados eram de certo
modo antecipados, já que o estado de Minas

80
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

9. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS - AIA 


9.1. Definição
Uma avaliação de impacto ambiental, tem por
O conceito de meio ambiente, no campo do objetivos (IAIA, 1999 apud Sánchez, 2008): A definição legal para
ambientais é exposto pela Resolução
impactos

planejamento e gestão ambiental, é amplo, I – Assegurar que as considerações ambientais CONAMA nº 01/86, a qual em seu art. 1º
multifacetado e maleável (SÁNCHEZ, 2008). sejam explicitamente tratadas e incorporadas tem-se a seguinte menção:
Na legislação brasileira, mei o ambiente é “o ao processo decisório;
conjunto de condições, leis, influências e Qualquer alteração das propriedades
interações de ordem física, química e biológica, II – Antecipar, evitar, minimizar ou compensar físicas, químicas ou biológicas do meio
que permite, abriga e rege a vida em todas as os efeitos negativos relevantes biofísicos, ambiente, causada por qualquer forma de
suas formas” (Lei Federal nº 6.938, de 31 de sociais e outros; matéria ou energia resultante das
agostos de 1981, art. 3º, I). atividades humanas, que direta ou
III – Proteger a produtividade e a capacidade
indiretamente afetem:
Em síntese, o conceito de i mpacto ambiental, dos sistemas naturais, assim como os processos

definido por Sánchez, 2008, é a alteração da ecológicos que mantêm suas funções; I – a saúde, a segurança e o bem-estar da
qualidade ambiental que resulta da população;
IV – Promover o desenvolvimento sustentável
modificação de processos naturais ou sociais
e otimizar o uso e as oportunidades de gestão II – as atividades sociais e econômicas;
provocada por ação humana, sendo que a
de recursos.
avaliação de impacto ambiental se refere ao III – as condições estéticas e sanitárias do
processo de exame das consequê ncias futuras meio ambiente;
de uma ação presente ou proposta (SÁNCHEZ,
2008). IV – a qualidade dos recursos hídricos.

81
9.2. Critérios da avaliação dos impactos
ambientais
I ncidência: Direta/ Indireta
A brangência (B)

Abrangência dos impactos. • Pontual; • Restrita; • Externa

E feito: Positivo/ Negativo

S ignificância (S)

T endência: A tendência de um impacto pode se m anifestar sob três


Relação (A/B), ou seja, a relação entre
abrangência (B).
a intensidade (A) e a

formas: • Progredir; • Manter; • Regredir

R eversibilidade: Reversível/ Irreversível

I ntensidade (A):

Intensidade dos impactos ambientais. • Baixa; • Média; •


Alta; • Alta; • Muito Alta; • Generalizada

82
Quadro: Significância dos impactos ambientais.
9.3. Impactos Prováveis
Significância
Critérios
A/B
Conceitos A avaliação de impactos ambientais deverá ser feita considerando a
1/1 Impacto de baixa intensidade e pontual restrito à AID
seguinte condição:
1/3 Impacto de baixa intensidade restrito à AID e AE
Inexpressivo
1/5 Impacto de baixa intensidade que pode ocorrer na AII Avaliação dos impactos prováveis: Identifica e indica os impactos q ue
3/1 Impacto de média intensidade, porém pontual e restrito à AID. o empreendimento deverá causar, considerando -se todos os sistemas
3/3 Impacto de média intensidade restrito à AID e AE de controle projetados e as demais medidas mitigadoras elencadas
Pouco Impacto de baixa intensidade e sem limite geográfico (cabe destacar que é possível a existência de impactos não mitigáveis).
1/7
Expressivo determinado
A avaliação dos impactos prováveis deve ser consid erada para
3/5 Impacto de média intensidade atuante sobre AII
verificação da viabilidade ambiental do empreendimento.
Impacto de alta intensidade, porém de abrangência pontual e
5/1
restrito à AID e AE A seguir, foram elencados os aspectos e impactos para o
5/3 Impacto de alta intensidade restrito à AID;
empreendimento.
Impacto de média intensidade e sem limite geográfico
Significativo 3/7
determinado;
5/5 Impacto de alta intensidade e de abrangência sobre à AII
Impacto de intensidade muito alta, porém localizado e restrito
7/1
à AID.
Impacto de intensidade muito alta e de abrangência sobre a
7/3
AID e AE
Impacto de alta intensidade e sem limite geográfico
5/7
Muito determinado;
Significativo Impacto de intensidade muito alta e de abrangência sobre a
7/5
AII;
Impacto de intensidade muito alta e sem limite geográfico
7/7
determinado.

83
Quadro: Aspectos e possíveis impactos ambientais identificados nas fases de planejamento, implantação e operação do
empreendimento.
Meio Fase Aspectos Ambientais Impactos
Aumento dos riscos de erosão - Aumento dos riscos de
Implantação - Operação Alteração da qualidade do solo
escorregamento de taludes
Aumento da carga de sedimentos nos cursos d'água - Dispersão Alteração da qualidade das águas superficiais e
Implantação - Operação
de efluentes sanitários – Dispersão de óleos e graxas subterrâneas
Físico
Alteração da rede hidrográfica – Supressão / Limpeza da
Implantação - Operação Alteração na dinâmica hídrica superficial
cobertura vegetal
Implantação - Operação Emissão de ruídos Alteração dos níveis de pressão sonora
Implantação - Operação Dispersão de gases e poeiras Alteração da qualidade do ar
Implantação Supressão da cobertura vegetal Eliminação da espécie Handroanthus ochraceus
Interferência em áreas de Campo Rupestre
Implantação Limpeza da cobertura vegetal
Biótico - Flora (canga)
Interferência em áreas de Floresta Estacional
Implantação Supressão da cobertura vegetal
Semidecidual
Biótico – Flora + Interferência em área prioritária para
Implantação Supressão / Limpeza / Intervenção da cobertura vegetal
Fauna conservação
Implantação - Operação Interferência sobre os cursos d'água Alteração de hábitats aquáticos
Implantação Supressão / Limpeza da cobertura vegetal Alteração / destruição de hábitats terrestres
Supressão / Limpeza da cobertura vegetal - Aumento do tráfego
Biótico - Fauna Implantação - Operação Afugentamento e/ou Mortandade da fauna
de veículos - Emissão de ruídos
Supressão / Limpeza da cobertura vegetal – Emissão de ruídos – Eliminação de espécies de aves consideradas
Implantação - Operação
Aumento na circulação de pessoas ameaçadas
Planejamento Aumento da oferta de empregos - Elaboração do EIA/RIMA Geração de expectativa
Planejamento Elaboração do EIA/RIMA Conhecimento das características locais
Implantação e Operação Implantação e Operação do empreendimento Geração de emprego
Operação Operação do empreendimento Aumento da arrecadação tributária
Aumento do tráfego de veículos - Dispersão de gases e poeiras -
Socioeconômico Implantação e Operação Riscos à saúde humana
Emissão de ruídos
Aumento do tráfego de veículos - Dispersão de gases e poeiras -
Implantação e Operação Geração de incômodos à população
Emissão de ruídos
Alteração dos modos de vida da população
Implantação e Operação Implantação e operação do empreendimento
local

84
C onforme se pode observar no a seguir, ao todo foram identificados A nalisando os impactos positivos e negativos para cada meio

20 impactos ambientais, sendo 2 na fase de planejamento, 6 na fase de diagnosticado temos que somente o meio soci oeconômico obteve
implantação, 1 na fase de operação e 11 impactos ocorrem tanto na fase registros de impactos positivos, o quais correspondem a 4, sendo que
de implantação como operação, destes, 4 impactos são c onsiderados os impacto negativos para o mesmo meio, correspondem a 3.
positivos e 16 são negativos.
O meio físico obteve 5 impactos negativos, já em relação ao biótico, ao
Em relação aos impactos positivos, 2 foram registrados para a fase de todo foram registrados 8 impactos, send o 3 negativos para a Flora, 4
planejamento do empreendimento, 1 na fase de implantação e 1 na fase negativos para a Fauna e 1 impacto negativo em comum para a Fauna e
de operação, em contrapartida, os impactos negativos foram Flora.
registrados na f ase de implantação (6) e nas fases de implantação e
Gráfico: Número de impactos positivos e negativos por meio.
operação (10).

Gráfico: Número de impactos positivos e negativos para cada fase do


empreendimento.

85
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

10. PROGRAMAS AMBIENTAIS 

N o tópico Avaliação dos Impactos E m relação ao monitoramento e controle Gestão Ambiental da


Ambientais foram realizadas as avalições dos ambiental, estes levam em consideração todos Empresa:
impactos registrados devido a implantação e os programas necessários para fins de
operação do empreendimento em questão, monitorar e controlar os efeitos dos impactos Gestão Ambiental da Obra;
sendo que foram mencionados os programas ambientais sobre o meio ambiente.
Monitoramento e Controle Ambiental;
ambientais capazes de mitigar e compensar os
No que diz respeito às compensações
impactos registrados, sendo que no caso dos Compensações Ambientais; e
ambientais, estes são referente àqueles
impacto considerados positivos, as medidas
impactos os quais não se podem mitigá -los, os Sócio institucionais.
têm o objetivo de maximizá-los.
quais, se faz necessários para fins de
O conjunto destes programas ambientais fazem compensar os danos provocados ao meio
partes do sistema de gestão ambiental da ambiente.
empresa, o qual foi classificado em 4
Por fim, os sócios-institucionais se referem,
categorias: Gestão Ambiental da Obra;
especificamente, ao meio socioeconômico,
Monitoramento e Controle Ambiental;
voltados tanto para mitigar os efeitos
Compensações Ambientais; e Sócio
negativos dos impactos como para maximizar
institucionais.
os impactos positivos.
Os programas referentes à gestão ambiental da
obra levou em consideração aqueles
relacionados ao meio físico e biótico (flora e
fauna) os quais se faz necessários para fins de
mitigação dos efeitos dos impactos voltados
para ambos os meios.

86
Fluxograma dos Programas Ambientais.

Programas Ambientais

Monitoramento e Controle da Qualidade


Gestão Ambiental da Obra Compensação Sociais e Institucionais
Ambiental

Programa de Monitoramento e Controle dos Programa de Compensação Ambiental,


Programa de Gestão Ambiental Programa de Educação Ambiental
Processos Erosivos conforme SNUC (Lei 9.985/2000)

Prorgama de Gerencimanento dos Resíduos Programa de Monitoramento da Qualidade das Programa de Compensação Florestal, conforme
Programa de Comunicação Social
Sólidos Águas Lei 11.428/2006

Programa de Monitoramento e Controle dos Programa de Compensação Ambiental, Programa de Contratação e Capacitação da
Programa de Resgate da Flora
Ruídos conforme Resolução CONAMA 369/2006 Mão de Obra Local

Programa de Afugentamento / Resgate da Programa de Monitoramento e Controle da Programa de Compensação Florestal, conforme
Programa de Saúde, Segurança e Alerta
Fauna Qualidade do Ar Lei 20.308/2012

Prorgama de Supressão da Vegetação Programa de Monitoramento da Fauna

Programa de Recuperação de Áreas


Degradadas

Programa de Revegetação

Programa de Gerenciamento de Riscos

87
10.1. Gestão Ambiental da 10.1.2. Programa de Após promover o resgate de sementes,
plântulas, epífitas e indivíduos adultos,
Obra Gerenciamento de Resíduos será necessário promover o
10.1.1. Programa de Gestão Sólidos - PGRS armazenamento destes em ambiente

Ambiental – PGA
adequado para condução do
O empreendimento em questão deverá desenvolvimento até que atinga o tempo

P ara que, tanto os impacto negativos promover o gerenciamento de resíduos


certo para serem plantadas nas áreas alvos
de compensação ambiental e florestal, para
sólidos, de maneira a realizar a
sejam mitigados, assim como os impactos isto, será proposto também, a criação de
identificação das atividades geradoras dos
positivos sejam maximizados, se faz um viveiro temporário para conduzir o
resíduos sólidos, a quantificação dos
necessário promover o programa de gestão desenvolvimento destes materiais até que
mesmos, além de garantir o seu correto
ambiental, garantindo desta maneira, que se atinjam as condições ideais para
manuseio, acondicionamento e, sobretudo,
cada programa seja realizado de forma promover o plantio.
a destinação final de maneira adequada.
integrada, facilitando de se estabelecer
procedimentos e instrumentos técnico -
10.1.3. Programa de Resgate 10.1.4. Programa de
gerenciais capazes de assegurar o controle
da Flora Afugentamento / Resgate
da execução dos programas ambientais, de
da Fauna
forma a garantir o êxito das ações
N a fase de instalação do
propostas por cada programa ambiental.
empreendimento será necessário promover
E mpreendimento os quais necessitam
Neste sentido, a implantação de um
a supressão da vegetação, sendo que nos promover a supressão da cobertura
sistema gerencial deverá garantir a
ambientes estudados, encontram-se vegetal, mais comumente tem realiz ados
completa e perfeita condução dos
diversas espécies arbóreas apresentando programas de afugentamento / resgate da
programas ambientais, os quais estarão
interesses de conservação, entre elas, as fauna.
sujeitos a critérios de controle da
consideradas protegidas por lei e
qualidade. Este irá determi nar o grau de Em relação ao resgate, este é realizado,
endêmicas, conforme exposto no
atendimento dos objetivos, além do principalmente para os animais os quais
diagnóstico ambiental. Tem-se ainda, as
cumprimento da legislação ambiental tem dificuldades em se locomover sozinhos
espécies presentes nas áreas de campo
vigente. até chegar em um ambiente seguro.
rupestre (canga), as quais se tem interesse
especial na preservação destas.

88
10.1.5. Programa de das áreas com solo exposto, promovendo a influência direta e indireta, buscando as
melhoria da qualidade ambiental melhores técnicas para promover a
Supressão da Vegetação auxiliando na prevenção de processos revegetação das áreas conforme as

C onforme diagnosticado neste estudo,


erosivos e instabilidade de taludes. especificidades
compensação.
exigidas para cada

AID do empreendimento apresenta 1,6042


serão necessários promover a supressão em
56,4864 ha e a limpeza em 3,1528 ha.
ha com presença de solo exposto, tem -se
10.1.8. Programa de
ainda, que a implantação do
Tanto a supressão como limpeza serão empreendimento promoverá a alteração do
Gerenciamento de Riscos –
realizados para fins de instalação das uso do solo expondo -o e, contribuindo PGR
para os processos erosivos.
estruturas necessárias
planta do empreendimento.
para compor a

Diante deste cenário, se torna fundamental


D e acordo com a NR-22, cabe à empresa

promover a recuperação destas áreas, elaborar e implementar o Programa de


O programa em questão se faz necessário
através de técnicas e procedimentos os Gerenciamento de Riscos - PGR,
para fins de estabelecer os procedimento
quais serão descritos no programa em contemplando, no mínimo, os aspectos
técnicos e operacionais os quais serão
questão. relacionados a: a) riscos físicos, químicos e
necessários para o exercício das atividades,
biológicos; b) atmosferas explosivas; c)
minimizando desta maneira, os impactos
direcionados à flora e fauna, assim como, 10.1.7. Programa de deficiências de oxigênio; d) ventilação; e)

Revegetação
proteção respiratória, de acordo com a
minimizando as chances de ocorrência de
Instrução Normativa n.º 1, de 11/04/94, da
acidentes de trabalho.
O programa de revegetação em questão,
Secretaria de Segurança e Saúde no

10.1.6. Programa de Trabalho; f) investigação e análise de


apresenta as diretrizes, para fins de acidentes do trabalho; g) ergonomia e
Recuperação de Áreas atendimento às legislações ambientais organização do trabalho; h) riscos
Degradadas - PRAD vigentes, no que diz respeito às decorrentes do trabalho em altura, em
compensações ambientais e florestais a profundidade e em espaços confinados; i)
E m geral, as atividades minerárias serem implantadas pelo empreendimento. riscos decorrentes da utilização de energia
elétrica, máquinas, equipamentos, veículos
promovem a alteração e inversão das O programa em questão foi elaborado
e trabalhos manuais; j) equipamentos de
camadas do solo. A Recuperação das Áreas considerando a paisagem, não somente na
proteção individual de uso obrigatório,
Degradadas é um importante programa o área de implantação do empreendimento,
observando-se no mínimo o constante na
qual proporciona a proteção superficial mas como também, em sua área de

89
Norma Regulamentadora n.º 6. l) adoção de medidas de controle nas fontes
estabilidade do maciço; m) plano de de emissão de efluentes.
emergência e n) outros resultantes de 10.2.4. Programa de
modificações e introduções de novas 10.2.2. Programa de Monitoramento da Fauna
tecnologias. Monitoramento e Controle
10.2. Monitoramento e de Ruídos D e acordo com HELLAWELL (1 991), o

Controle Ambiental T al programa se justifica para fins de


monitoramento
acompanhamento
se constitui
intermitente,
de um
que
Programa de promover o controle e monitoramento dos objetiva verificar a magnitude de um dado,

Monitoramento e Controle alteração dos níveis de pressão sonora dentro de um contexto de variáveis que se
estabelecem ao longo do tempo, em relação
dos Processos Erosivos ocasionadas na fase de implantação e
a uma base de dados gerada a partir de
operação do empreendimento.

O presente programa justifica-se pela


10.2.3. Programa de
levantamentos.

As aves, mamíferos, répteis e anfíbios são


dinâmica geomorfológica existente na área
Monitoramento e Controle utilizados com frequência como
de inserção do empreendimento, be m como
os efeitos a que esta estará sujeita,
da Qualidade do Ar bioindicadores. Esses grupos respondem
de forma relativamente rápida às
considerando as atividades supracitadas e,
consequente as alteração das condições
O programa, disponibiliza de técnicas modificações ambientais e os
monitoramentos permitem avaliar
morfodinâmicas na área de inserção do ambientais visando o controle nas fontes
modificações na composição das
empreendimento. de origem do problema, neste caso, a
comunidades em um curto espaço de
emissão de particulados na atmosfera que
10.2.1. Programa de
tempo.
proporciona a alteração na qualidade do
Monitoramento das Águas ar.

O s procedimentos a serem adotados, se

referem às ações de avaliação dos


resultados de monitoramento periódico do
lançamento de efluentes líquidos e da
qualidade das águas superficiais, além da

90
10.3. Compensações O corte ou a supressão de vegetação ou supressão de vegetação em Áreas de
primária ou secundária nos estágios médio Preservação Permanente.
Ambientais ou avançado de regeneração do Bioma
O artigo 5º, § 2º tem a seguinte menção:
10.3.1. Programa de Mata Atlântica, autorizados por esta Lei,

Compensação Ambiental,
ficam condicionados à compensação As medidas de caráter compensatório de
ambiental, na forma da destinação de área
conforme SNUC (Lei
que trata este artigo consistem na efetiva
equivalente à extensão da área desmatada, recuperação ou recomposição de APP e
9.985/2000) com as mesmas características ecológicas, deverão ocorrer na mesma sub-bacia
na mesma bacia hidrográfica, sempre que hidrográfica, e prioritariamente:
E ste programa traz as diretrizes possível na mesma microbacia
hidrográfica, e, nos casos previstos nos I - na área de influência do
necessárias para promover a compensação
arts. 30 e 31, ambos desta Lei, em áreas empreendimento, ou
ambiental visando compensar os impactos
localizadas no mesmo Município ou região
decorrentes da implantaç ão do II - nas cabeceiras dos rios.
metropolitana.
empreendimento em questão, uma vez que
Conforme exposto acima, afim de
acarretará em impactos irreversíveis e Diante o exposto acima, visando o
atendimento às obrigações legais e
significativos ao meio ambiente, assim atendimento legal e as obrigações
ambientais, se faz necessário a execução do
como os impactos não podem ser ambientais, o referido programa tem sido
referido programa ambiental.
mitigáveis. elaborado.

10.3.2. Programa de 10.3.3. Programa de 10.3.4. Programa de


Compensação Florestal, Compensação Ambiental, Compensação Florestal,
conforme Lei 11.428/2006 conforme Resolução conforme Lei 20.308/2012
CONAMA 369/2006. O
A lei 11.428, de 22 de dezembr o de
empreendedor se compromete a

2006, dispõe sobre a utilização e proteção A Resolução CONAMA 369, de 28 de realizar o plantio de 105 mudas de Ipê -
amarelo dentro dos limites da propriedade,
da vegetação nativa no bioma Mata
março de 2006, dispõe sobre os casos o qual resulta em uma proporção de
Atlântica.
excepcionais, de utilidade pública, compensação de 5:1.
O artigo 17 tem a seguinte menção: interesse social ou baixo impacto
ambiental, que possibilitam a intervenção

91
10.4 Sócio institucionais serem tomadas para fins de mitigação dos que nem toda população local estarão
impactos, os quais todas as informações aptas a ocupar um dos cargos ofertados.
Programa de Educação acerca do empreendimento deverão ser
Ambiental – PEA apresentadas no Relatório de Impacto 10.4.3. Programa de Saúde,
Ambiental – RIMA e expostas ao público Segurança e Alerta
O programa servirá de estímulo ao através de audiência pública.

fortalecimento dos valores que contribuem 10.4.2. Programa de


A exploração minerária, por sua própria

para o estabelecimento de uma melhor


relação entre o homem e o meio,
Contratação e natureza, envolve a realização
atividades que geram riscos, não somente
de

considerando os aspectos socioculturais, Capacitação da Mão-de- aos trabalhadores, como também para a
físicos e bióticos, visando a cons ervação Obra Local população local.
dos recursos naturais e, principalmente,
seus usos. Ademais, avaliações periódicas A priorização da contratação da mão -
Além dos riscos à segurança
envolvidos na construção e operação do
dos

das atividades realizadas permitirão


de-obra local (AE e AII áreas próximas) é empreendimento, tem-se também, as
adequações às dinâmicas contextuais
de fundamental importância para, preocupação quanto aos agentes potenciais
específicas de cada público, alinhando
principalmente, minimizar os efeitos dos de doenças no ambiente de trabalho e do
linguagem, métodos e ferramentas de
impactos negativo gerado à sociedade e, estado sanitário dos trabalhadores.
avaliação.
potencializar os impactos positivos no que
No caso da saúde ocupacional, o
10.4.1. Programa de diz respeito a geração de empregos local.
empreendedor deverá se adequar às
Comunicação Social - PCS Considerando que tanto na implantação Normas Regulamentadoras nº22 da
como operação do empreendime nto serão Portaria 3214/78 do Ministéri o do
O programa em questão visa também, necessários de profissionais de diversos Trabalho, referente à Segurança e Saúde
níveis de escolaridade, desde o ensino Ocupacional na Mineração.
divulgar o empreendimento quanto aos
fundamental até níveis superiores, sabe -se
impactos a serem gerados, as medidas a

92
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

11 PROGNÓSTICO AMBIENTAL 


Por fim, atualmente já existe impactos
A presente análise da hipótese de não referente a emissão de ruídos, emissão de Prognóstico Ambiental
gases e poeiras emitidos pelo grande fluxo de
execução do projeto leva em consideração o Conforme determina a Resolução
veículos que circulam diariamente na rodovia
conceito do tripé da sustentabilidade, em que CONAMA 01/86 em seu Artigo 5º, o
BR 040 e, ainda, conforme moni toramentos da
aspectos ambientais, soci ais e econômicos são Estudo de Impacto Ambiental deve
qualidade da água, o mesmo já apresenta Não
considerados dentro do contexto de análise. contemplar a análise onde o projeto é
Conformidades nos rios da bacia a ser
implantado o empreendimento. confrontado com a hipótese de sua não
Em relação ao cenário da implantação do
execução.
empreendimento, a análise se baseará na
avaliação de impacto constante neste estudo. 11.1.2 Meio Biótico

11.1 Cenário Sem Q uanto ao meio biótico, a região de

Implantação do implantação do empreendimento se encontra


Empreendimento descaracterizada em relação à sua formação
original. A área do empreendimento não
11.1.1 Meio Físico possui formações vegetacionais com
densidade representativa, salvo alguns
D o ponto de vista dos componentes do pequenos fragmentos de floresta estacional
semidecidual.
meio físico, o cenário sem a implantação de
novas estruturas do empreendimento terá Apesar da região em que a referida área está
como principal impacto negativo a não inserida abrigar a zona de tran sição dos
implementação da recuperação de áreas biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, sendo
degradadas, o que acarretará na possibilidade que há pequenos fragmentos florestais em
de potencializar as condições de degradação
ambiental existentes.

93
meio as áreas de cerrado, não são encontradas espécies de grande relevância ecológica, por

se tratar de um cenário sem o devido cuidado e respeito às reduzindo consideravelmente os riscos


consideravelmente antropizado e sem normas de segurança. de acidentes ambientais e potenciais
fragmentos de vegetação conservados, o riscos associados. Por se tratar de uma
Devido às dificuldades na travessia do
que impossibilita a riqueza da área sensível aos imp actos relacionados
moradores da margem direita
diversidade biológica local. ao meio físico serão utilizadas as
(localização da comunidade) à margem
medidas mitigadoras necessárias, com
Sem a implantação do empreendimento, esquerda (sede de Itabirito), eles
um sistema de monitoramento amplo da
o local poderá, em escala longa de preferem se deslocar para o município de
qualidade ambiental objetivando um
tempo, retornar às características Congonhas, o qual também se encontra
controle rigoroso dos impactos
naturais com o processo de regeneração na margem direita.
ambientais da área de inserção do
através da dispersão natural das
Em virtude de um movimento benéfico, empreendimento e seu entorno .
sementes e ocupação de plantas
de regularização ambiental proposta
pioneiras, iniciando a formação de Em contrapartida, considerando os
pelo empreendedor e pelo o órgão
estratos de vegetação com maior efeitos negativos os quais incidirão ou
regulador, tem de ser pensado de
densidade, o que também irá conferir serão agravados com a implantação do
maneira estratégica e, principalmente,
maior estabilidade aos solos . empreendimento, tem-se o aumento do
sustentável para que o empreendedor se
nível de ruídos e poeiras, geração de
11.1.3 Meio consolide enquanto empresa ambiental e
resíduos sólidos, efluentes líquidos
Socioeconômico
socialmente responsável, visto que sem a
sanitários e óleos e graxas, res ultantes
implantação do empreendimento todos
do contingente de operários e, das
O s impactos atuais relatados pelos
sairiam perdendo.
atividades de implantação e operação e
do empreendimento. Contudo, todos
habitantes da região são: poluição 11.2 Com a Implantação estes impactos preveem medidas para
sonora, gerados pelo intenso fluxo de do Empreendimento mitigação através da execução dos
caminhões de grande porte; poluição
diversos programas ambientais
atmosférica advinda de poeira do asfalto 11.2.1 Meio Físico mencionados.
e das cargas por vezes mal protegidas; e
tem-se ainda, a fumaça lançada pelos A s estruturas serão construídas de
escapamentos dos veículos e resíduos
acordo com as mais rígidas normas de
(lixos) oriundos dos veículos de carga e
segurança e técnicas de engenharia,
transportes de passageiros que transitam

94
11.2.2. Meio Biótico comunidade da flora e fauna de interesse permitidos gerados durante as atividade
para conservação na área de implantação de instalação e operação do

A implantação do empreendimento,
do empreendimento, no
conservação da fauna e flora poderá ser
entanto, a empreendimento, são mais
calculáveis e, igualmente, se as sociam
facilmente

de maneira geral, resultará em impactos fortalecido nos ambientes do entorno do para viabilizar a execução deste tipo de
poucos significativos para o meio empreendimento, pois a presença do iniciativa.
biótico, principalmente para a flora, pois empreendimento na área fortalecerá os
a área em questão, apresenta baixo grau Em síntese, os prognósticos realizados
sistemas de prevenção e combate aos
de conservação e diversidade florística, para a região considerando as
incêndios florestais.
no entanto, não se pode descart ar que consequências do processo de
haverá intervenção em áreas de campo A implantação do empreendimento, regularização ambiental a ser cumprido
rupestre (canga) a qual é considerado um consequentemente, acarretará nas são bem mais promissores para
impacto mais significativo, no entanto, diversas maneiras de compensar os população afetada, ou bem men os
tem-se um programa que visa resgatar a impactos os quais não serão possíveis de impactantes, no limite. Os ganhos
flora, principalmente neste ambiente, mitiga-los. ambientais obtidos a partir da operação
assim como, o programa de supressão da regularizada, e mais condizente com
vegetação proporcionará a mitigação dos 11.2.3. Meio critérios de sustentabilidade, serão
impactos. Socioeconômico contribuintes de grande valia para o
posicionamento do empreendimento
O principal agravante com implantação
do empreendimento se dá na
O s efeitos ambientais positivos a enquanto empresa social e
ambientalmente responsável e para a
comunidade faunística, a qual apresenta decorrerem da regularização ambiental
manutenção municipal em posição de
diversas espécies, principalmente de são incalculáveis se comparados aos
destaque na produção estadual.
aves, consideradas ameaçadas, raras, prejuízos (inclusive ambientais)
endêmicas e de especial interesse, decorrentes da cumulativa geração de
porém, os diversos programas outros impactos associados ao atual
ambientais, visando a proteção da fauna, contexto de implantação. Dessa forma, os
foram elaborados. ganhos com a eliminação de fontes
geradoras de problemas respiratórios,
Tem-se ainda a interferência em decorrentes da inalação de particulados
ambientes prioritários para conservação, atmosféricos, ou de problemas auditivos,
o qual promoverá a alteração de toda decorrentes de ruídos acima dos padrões

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Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

12. PARECER CONCLUSIVO 

N uma análise da viabilidade ambiental do Parecer Conclusivo


empreendimento alvo deste licenciamento, Diante do EIA apresentada a SUPRAM
levando-se em conta os impactos descritos
nesse estudo, a avaliação sobre os meios P ortanto, diante do exposto no corpo desse
CM entende que há viabilidade ambiental
para a implantação da UTM Córrego do
físico, biótico e meio socioeconômico todos os Eixo.
estudo, em específico na Avaliação de
impactos são mitigáveis e/ou compensados.
Impacto Ambiental, o empreendimento atesta
Deve ser sempre ressaltado que a área afetada
sua viabilidade técnica-ambiental desde que
é bastante alterada antropicamente, cabendo
cumpridas às proposições de medidas,
ressalvar que não há impedimentos legais
programas ambientais e demais exigências
para a implantação da UTM Córrego do Eixo
que vierem a serem solicitadas pelo
nessa localidade.
COPAM/SUPRAM e outros Órgãos
Deliberadores.

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Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Unidade de Tratamento de Minério (UTM) a Seco: Setembro de 2015
Minério de Ferro

RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA ELABORADO PARA A EMPRESA


ASTON MARTIN PARTICIPAÇÕES S.A.

INFORMAÇÕES GERAIS, APRESENTAÇÃO, INTRODUÇÃO, ASPECTOS LEGAIS,


CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO, DEFINICÇÕES DAS ÁREAS DE
INFLUÊNCIAS, DIAGNÓSTICO AMBIENTAL, ZONEAMENTO ECOLÓGICO-
ECONÔMICO, AVALIAÇÃO DE IMPACTOS, PROGRAMAS AMBIENTAIS,
PROGNÓSTICO AMBIENTAL, PARECER CONCLUSIVO.

Proibida a reprodução e distribuição deste documento sem prévio aviso ao autor do


projeto.

Direitos Autorais – Lei 9.610/98 – artigo 29. “...depende de autorização prévia e


expressa do autor a utilização da obra...”

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