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2 JOÃO

Introdução Capítulo 1

INTRODUÇÃO

Estas epístolas, como 1 João, não trazem o nome do seu autor, que
se apresenta simplesmente debaixo do nome de "presbítero". No estilo e
na matéria que versa muito se assemelham à primeira epístola, de sorte
que a maioria dos eruditos está convencida de que todas as três tiveram
um mesmo autor. A segunda epístola parece ser endereçada a uma igreja,
mas qual fosse exatamente não temos meios de saber. A terceira epístola
é uma carta puramente particular a Gaio, amigo do presbítero. Ambas
visam àqueles mestres que perambulavam de igreja em igreja - no que
apresentam uma faceta da vida da primitiva Igreja, sendo que a segunda
epístola recomenda com instância aos leitores que não recebam mestres
heréticos; e a terceira se queixa de que um certo Diótrefes não tem dado
acolhida aos irmãos.
Quanto ao resto, há poucos indícios sobre que fatos lhe deram
ocasião; tudo quanto podemos dizer é que a segunda epístola parece
visar muita coisa idêntica à situação encarada na primeira, embora
possivelmente noutra igreja. É provável que as três epístolas tenham sido
escritas mais ou menos na mesma época (lá para os fins do primeiro
século), em Éfeso, onde João viveu, endereçadas a várias partes da Ásia
Menor.

COMENTÁRIO

2 João 1
O escritor da epístola denomina-se o Presbítero (ou Ancião), e dá a
entender que os destinatários dela sabem quem ele é. Chama a esses
destinatários a senhora eleita e seus filhos (1). O peso da evidência que
2 João (Novo Comentário da Bíblia) 2
decorre dos termos da carta (por exemplo o emprego do pronome vós
nos últimos versículos, e a saudação de tua irmã eleita, no verso 13)
sugere que não se trata de uma senhora e sua família, e sim que é a
designação secreta de uma igreja e seus membros.
A saudação, na qual o escritor associa-se a todos os que conhecem
a verdade (1), começa, prossegue e finda com amor e verdade. Foi
agradável a ele constatar que alguns dos filhos da senhora eleita
andavam na verdade (4), segundo o mandamento, e continua, como na
primeira epístola, a frisar o lugar do mandamento do amor (5-6; ver 1Jo
2.7-11), fazendo sobressair a conexão íntima entre a obediência e o
amor.
No verso 7 se diz que os enganadores "saíram pelo mundo fora", de
modo que temos aí referida a mesma situação indicada em 1Jo 2.19,
relacionando-se aqui outra vez o anticristo a uma recusa de reconhecer
uma real encarnação.
Os falsos mestres evidentemente falavam com orgulho de si
mesmos como "adiantados" (o todo aquele que ultrapassa do verso 9 é,
de acordo com uma redação melhor, "todo aquele que se adianta") e João
assinala que é possível alguém adiantar-se, ir além, desviar-se do
Cristianismo.
A salvaguarda contra isso é permanecer na doutrina de Cristo (9).
O verdadeiro cristão não deve acolher os que não trazem essa doutrina
(10), porque encorajá-los assim é partilhar da responsabilidade de suas
obras más (11). Nesse ponto o escritor pára e deixa a consideração das
demais coisas para quando os visitar e com eles conversar de viva voz.

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