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Bauru
2021
Resumo
A indústria de alimentos tem se estendido muito na área tecnológica, o que possibilitou
uma melhor gestão na criação de plantas e animais. Por isso, cada vez mais a
tecnologia está acessível ao público geral, graças ao seu baixo preço e sua rápida
propagação. Contudo, há diversas tecnologias utilizadas que são nocivas ao meio
ambiente, sendo que a Aquaponia entra como uma opção de aumentar a qualidade da
produção, e diminuindo o impacto ao ambiente reduzindo o uso de agrotóxicos. Tendo
em vista as vantagens que o sistema aquapônico pode trazer, nosso objetivo é ampliar
suas funções e trazer uma maior simplicidade do sistema integrando-o com o Arduino.
Com a integração do Arduino, desejamos chegar a um sistema que deixe mais eficiente
a produção de plantas e peixes, evitando perdas. Também utilizaremos o Arduíno com
o intuito de deixar a produção mais segura e com menos falhas por meio de sensores e
cálculos feitos pelo nosso equipamento. O sistema terá ligação web através do ESP 32,
que irá exibir informações sobre o estado atual de todas as suas diferentes partes,
junto com a automação geral do sistema tu, facilitando ainda mais a gestão por
qualquer um sem a necessidade de um conhecimento mais detalhado sobre
Aquaponia, criação de peixes e de hortaliças.
1 INTRODUÇÂO.............................................................................................................4
1.1 OBJETIVOS...............................................................................................................6
1.1.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................................6
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.......................................................................................6
1.2 JUSTIFICATIVAS......................................................................................................7
1.3 HIPÓTESE(S) OU RESULTADO(S) ESPERADO(S)…............................................7
2 DESENVOLVIMENTO..................................................................................................7
2.1 HISTÓRIA E ORIGEM...............................................................................................7
2.2 AQUAPONIA.............................................................................................................9
2.3 SISTEMA AQUAPONICO.........................................................................................9
2.4 AUTOMAÇÃO..........................................................................................................11
2.4.1 AUTOMAÇÃO NA AQUAPONIA..........................................................................11
2.5 ARDUINO................................................................................................................11
2.5.1 ARDUINO NA AQUAPONIA.................................................................................11
2.6 SENSORES.............................................................................................................12
2.6.1 SENSORES NA AQUAPONIA…..........................................................................12
2.6.1.1 SENSOR DE FLUXO – YF-S201......................................................................12
2.6.1.2 SENSOR DE TEMPERATURA – DS18B20......................................................13
2.6.1.3 MOTOR DE PASSO 5V – 28BYJ-48.................................................................13
2.6.1.4 MARCADOR DATA/HORA TEMPO REAL – RTCDS3231...............................14
1 Introdução
Ao olhar para o cenário atual da geopolítica, concluímos que o meio ambiente está em
crise, e a preservação ambiental do planeta Terra está em segundo plano nos temas
de debates e na execução das grandes empresas, e isso é preocupante para o nosso
futuro, pois frequentemente nos deparamos com problemas de racionamento de agua,
racionamento de energia e até racionamento de comida em alguns lugares do mundo.
Apesar de todos os problemas citados acima, ainda temos esperança de ver um mundo
melhor para todos, e não podemos ficar de mãos atadas sem executar nada, então
pensamos num modelo em que você possa criar e desenvolver seu próprio alimento de
um modo seguro, saudável - para o meio ambiente e para o próprio ser humano -
eficiente, moderno e rápido para o usuário do sistema.
Quando observamos os níveis de uso de agrotóxicos no Brasil, nos deparamos com o
fato de nos encontrar num crescente desse uso, o que é muito preocupante, já que
alguns agrotóxicos, apesar de serem aprovados pelos órgãos responsáveis, ainda sim
podem causar sérios danos a saúde de quem manuseia o veneno e de quem consome
o alimento em que o veneno foi usado. Pensando nisso, é importante pensarmos no
nosso sistema de um modo que não utilize esses produtos e que seja seguro - tanto
para quem manuseia, como para quem consome os produtos vindos do sistema.
Outra informação importantíssima de se observar é o de população obesa ou em
sobrepeso em seu país, o que é um reflexo de diversos fatores, entre eles, pandemia
(agrava o sedentarismo) e a falta de consumo de alimentos saudáveis. Pensando
nisso, teríamos que enfrentar essa barreira, com algum sistema que produzisse
alimentos saudáveis e que fosse fácil o bastante para o proprietário realizar o manuseio
do sistema.
A eficiência pode ser uma das maiores barreiras a ser batida, já que aumentar a de
uma planta ou de um animal, sem “mexer” com genética é quase impossível, porém é
só quase, logo, é mais uma barreira a ser batida. Segundo um pôster apresentado no
IV congresso internacional das ciências agrárias, podemos usar um sistema
aquapônico, pois segundo essa pesquisa, “O sistema de produção aquapônico utiliza
apenas 10% da água de um sistema convencional de cultivo de peixes, sendo assim
uma alternativa de produção sustentável, principalmente em locais com acesso restrito
a água”.
Quando detectamos a possibilidade de utilizar um sistema de aquapônia, nos
aprofundamos nas pesquisas sobre esse sistema, e tivemos mais surpresas, para
nossa alegria, uma que nos animou foi a pesquisa feita pela UFSC (Universidade
Federal de Santa Catarina), revelando que, apesar do sistema aquapônico ser menos
eficiente que uma plantação em substrato, consome menos insumos, gerando menos
gastos para o proprietário do sistema, assim, gerando mais lucro. Também diz que o
sistema pode variar seus resultados dependendo do tamanho e do volume de água
usado, logo, os gráficos apresentados lá podem ser melhorados.
A proposta de o sistema ser moderno é um desafio muito interessante, já que há
indícios que o povo asteca utilizava do sistema aquapônico há mais de 1.000 a.C. para
plantar arroz e cultivar peixes. Porém, esse sistema vem numa crescente de uso desde
os anos de 1990, pois é um jeito muito lucrativo de produzir alimentos, então ele vem
sendo amplamente usado em países como Estados Unidos, México e Austrália como
um modo de cultivar peixes e plantas de alta qualidade. Para atingir essa proposta,
pensamos num sistema elétrico integrado ao Arduíno, que tem como objetivo tornar um
sistema seguro financeiramente, pois o Arduíno fará a função de monitoramento do
sistema, assim evitando a quebra de equipamentos valiosos no sistema, como a
bomba d’agua e o sifão Bell.
Ao citar a placa Arduíno, devemos uma explicação ao leitor sobre o que é uma placa
de Arduíno, então afinal, o que é isso? Arduíno é uma placa de prototipagem, ou seja,
ela é utilizada no protótipo de pequenos sistemas eletrônicos, o principal fator que nos
convenceu a usá-lo, é o fato de ele ser um hardware barato e software livre, ou seja,
qualquer um pode programar nele. A programação dele é feita na linguagem C/C++, o
que é uma linguagem fácil de aprender e programar.
Contudo concluímos que teria que ser um sistema razoavelmente barato para ser
acessível, ele teria que ser bem responsivo e automatizado e não necessitar de
produtos químicos, daí tivemos a ideia de reproduzir um sistema aquapônico com a
adição de um sistema eletrônico e que faria praticamente todo o trabalho de
monitoramento, manejo e alimentação dos seres vivos presentes no sistema.
1.1 Objetivos
1.2 Justificativas
Conseguir uma eficiência maior para os seres envolvidos no sistema, para os peixes,
para as plantas e até mesmo para as bactérias, além de um controle melhor trazendo
um sistema de monitoramento com Arduíno incrementado com internet das coisas,
evitando até a quebra dos equipamentos.
2- Desenvolvimento
Com o desenvolvimento, pretendemos explicar passo a passo, com vários detalhes,
logo, para não haver dúvidas sobre o nosso trabalho.
Como optamos pelo sistema de aquapônia, temos o dever de contar a história desse
sistema, que vem desde os maias, incas e astecas evoluindo até os dias atuais.
Inicialmente, o esboço de sistema aquapônico surgiu dos reinos astecas, que
adotavam as “Chinampas”, que são basicamente alagados rasos com pequenas ilhas
de terra onde plantam seus vegetais e etc. Os dejetos das grandes cidades astecas
eram dragados nesses alagados que serviam de fonte de nutrientes para as plantas
que se localizam nessas ilhas.
Também temos os alagados tradicionais do sul da China, Tailândia, Indonésia e Egito,
que tradicionalmente cultivam arroz, apesar disso, esses sistemas são chamados de
poli cultivos, que cria também peixes, porém e obviamente são peixes que são nativos
de lá, onde tradicionalmente são: “oriental loach” (parecido com a tuvira), Enguia do
Pântano, carpa comum e cruciana.
Fazendo uma pesquisa no site Aquapônia Brasil, eles explicam que: “O
desenvolvimento da aquaponia moderna é frequentemente atribuída aos diversos
trabalhos do “New Alchemy Institute” e do Dr. Mark McMurtry e colaboradores, na
Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA. Inspirado pelos sucessos do
“New Alchemy Institute”, e pelas técnicas de aquaponia alternativas desenvolvidas pelo
Dr. Mark McMurtry e colaboradores, outros institutos logo seguiram o exemplo.
Iniciando-se em 1997, o Dr. James Rakocy e seus colegas da Universidade das Ilhas
Virgens pesquisaram e desenvolveram o uso de canais de hidroponia por DWC (Deep
Water Culture) em sistemas aquapônicos de larga escala.
A primeira pesquisa em aquaponia no Canadá foi um pequeno sistema adicionado à
uma já existente pesquisa em aquicultura, em uma estação de pesquisa em Lethbridge,
em Alberta. O Canadá viu um crescimento em instalações de aquaponia durante a
década de 90, predominantemente instalações comerciais que cultivavam culturas de
alto valor como a truta e a alface. Uma instalação baseada no sistema DWC,
desenvolvida na Universidade das Ilhas Virgens foi construída em uma estufa em
Brooks, Alberta, onde o Dr. Nick Savidov e colegas pesquisaram a aquaponia do ponto
de vista das ciências agrárias. O time fez descobertas no rápido crescimento das raízes
em sistemas de aquaponia e no fechamento do ciclo dos resíduos sólidos, e constatou
que devido à certas vantagens do sistema em relação à aquicultura tradicional, o
sistema pode funcionar bem em um nível de pH baixo, o que favoreceria plantas, mas
não peixes.”
Depois dessas pesquisas, usaram esses sistemas nas ilhas caribenhas, que são
desfavorecidas pela pobreza da população, porém com a implementação desses
sistemas aquapônicos modernos começou a gerar receita para os moradores de lá por
causa dos turistas que adquirem e consomem os alimentos locais.
E desde então esses sistemas vem sendo usados em vários lugares subdesenvolvidos,
como: Bangladesh que teve um papel importante na redução do uso de agrotóxico.
Outro lugar foi a Faixa de Gaza, que convive constantemente com a seca e com
guerras, que foi importante para amenizar os impactos da região.
2.2 Aquaponia
Dadas as informações, temos alguns aprimoramentos que podem ser feitos no sistema,
e existem alguns tipos de sistemas aquapônico diferentes para reproduzir no nosso
projeto, os quais explicaremos aqui. O mais importante que focaremos na explicação é
o fluxo do sistema, no qual existem 2 tipos que são: fluxo de água contínuo ou fluxo de
água intermitente.
O fluxo contínuo é quando a água vinda do tanque passa pelas caixas de plantio
continuamente, ou seja, sem parar como mostra a imagem abaixo:
Já o fluxo intermitente é quando a água vinda do tanque de peixes passa pelas caixas
de plantio, mas, diferente do fluxo contínuo, a água fica parada até quase encher a
caixa de plantio e depois é escoada para o tanque de peixes de volta, como mostra a
imagem abaixo:
2.4 Automação:
A automação teve início na metade do século XVIII, na Inglaterra; onde foram criadas
tecnologias capazes de realizar tarefas próprias, como apertar um parafuso, sem a
necessidade da interferência humana. Desde então essa tecnologia tem se aprimorado
para ajudar ainda mais os humanos a evitar trabalhos repetitivos e desnecessários;
dando mais espaço para trabalhos focados em serviços criativos e intelectuais do que
manuais.
2.4.1 Automação na Aquaponia:
2.5 Arduíno:
2.6 Sensores:
Utilizamos o Sensor de Fluxo para registar se a água está se deslocando dos peixes
para as plantas ou das plantas para os peixes, e em qual velocidade ela está se
deslocando, assim, caso haja algum problema, o usuário ficará sabendo e poderá
tomar as devidas providências o mais rápido possível.
2.6.1.2 Sensor de Temperatura - ds18b20:
Utilizamos o sensor de temperatura para que o usuário saiba caso a água esteja em
uma condição imprópria para os peixes viverem (muito fria ou muito quente), assim
evitando a morte prematura dos peixes mais novos e também possíveis prejuízos.
Já o Motor de Passo será o responsável por abrir a comportar onde estará localizada a
ração dos peixes para alimentá-los sempre automaticamente e na hora correta.
2.6.1.4 Marcador Data/Hora Tempo Real - RTC DS3231:
O Marcador de Tempo Real funciona em conjunto com o Motor de Passo, ele que
fornece o horário atual para que o Motor saiba quando funcionar, para assim alimentar
os peixes sempre no mesmo horário e no horário correto.