Você está na página 1de 25

ÍNDICE:

CIRCUNFERÊNCIA
DEFINIÇÃO ...................................................................................... 179
EQUAÇÃO REDUZIDA .................................................................... 179
EQUAÇÃO GERAL .......................................................................... 180
RECONHECIMENTO ....................................................................... 180
POSIÇÃO RELATIVA ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA........ 186
POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETA E CIRCUNFERÊNCIA ........... 192
PROBLEMAS DE TANGENCIA ....................................................... 194
POSIÇÃO RELATIVA ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS ........... 196
RESPOSTAS ................................................................................... 200
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................... 202
 x  a   y  b
2 2
Como DPC  , desta
DEFINIÇÃO
forma, podemos escrever que:
Circunferência é um conjunto de
 x  a   y  b
2 2
pontos do plano eqüidistantes de um r
ponto fixo chamado CENTRO. A
distância do centro a qualquer ponto da
ou
circunferência é denominada RAIO.
Uma circunferência está bem
determinada quando são conhecidos
 x  a   y  b
2 2
seu centro e raio.  r2

Consideremos a circunferência 
de centro no ponto C(a, b) e raio r como
na figura abaixo:
Ex.1: Escrever a equação da
circunferência de centro no ponto (5, 3)
e raio 7.
Resolução:

Substituindo a, b e r na expressão
 x  a    y  b   r 2 , temos que a equação
2 2

procurada é  x  5 2   y  3 2  49 .
Um ponto P(x, y) pertence a  se,
e somente se, a distância PC é igual ao
raio r.
Ex.2: Qual a equação da circunferência
de centro na origem e raio 4?
P    DPC  r
Resolução:

A partir do enunciado, temos


a = 0, b = 0 e r = 4 e, substituindo na
EQUAÇÃO REDUZIDA expressão dada, encontramos
x  y  16 .
2 2

Chama-se equação da
circunferência aquela que é satisfeita
por todo ponto P(x, y) pertencente à
curva. Como foi destacado acima, P  
se verificar a condição DPC  r , assim,
temos que:

P    DPC  r
Em sentido contrário, quando
encontramos uma equação na forma EQUAÇÃO GERAL
 x  a    y  b   r 2 com r 2  0 já
2 2

podemos afirmar que descreve uma o desenvolvimento da equação


circunferência de centro em C(a, b) e reduzida, nos leva à equação geral da
raio r. circunferência, acompanhe:

 x  a   y  b
2 2
 r2
x 2  2ax  a2  y 2  2by  b2  r 2  0
Ex.1: Identificar o centro e o raio da
x 2  y 2  2ax  2by  a2  b2  r 2  0
circunferência de equação k
 x  2   y  4  25 .
2 2

x 2  y 2  2ax  2by  k  0
Resolução:

Comparando a equação dada


com aquela apresentada acima, temos
que a = 2, b = -4 e r = 5, logo o centro é Ex.: Escrever a equação geral da
o ponto C(2, -4) e raio 5. circunferência de centro no ponto
C(1, -3) e raio 4.

Ex.2: Qual o centro e o raio da Resolução:


circunferência que é apresentada pela
k  a2  b2  r 2  12   3   42 
2
equação x 2   y  4   13 ?
2  6

Resolução: x 2  y 2  2ax  2by  k  0


x 2  y 2  2  1 x  2   3   y   6   0
Podemos reescrever a equação
x 2  y 2  2x  6y  6  0
 x  0   y  4  13 , assim, o
2 2
por
centro é o ponto C(0, 4) e o raio é 13 .

RECONHECIMENTO

É essencial saber reconhecer


quando uma equação do 2º grau, dada
em termos de x e y, representa uma
circunferência.
Vamos partir da equação como r é um número real positivo,
Ax  By  Cxy  Dx  Ey  F  0 que, a
2 2
então r 2  0 , então:
partir de agora, trataremos por E1. D2  E 2  4 AF
0
4 A2
Dividindo todos os termos de E1 E, resumindo, são três as condições
por A, obtemos a equação abaixo que para que E1 represente uma
denominaremos E2: circunferência:
B C D E
x 2  y 2  xy  x  y   0
F I. A  B  0
A A A A A II. C  0
D2  E 2  4 AF
Vamos agora comparar E2, termo III. 0
4 A2
a termo, com a equação geral
apresentada na página anterior:
Satisfeitas estas três condições,
temos que a equação
x2  y 2  2ax  2by  k  0
Ax  By  Cxy  Dx  Ey  F  0
2 2

representa uma circunferência de centro


B 2 C D E F D 2  E 2  4 AF
x2  y  xy  x  y   0  D E 
A A A A A C ,  e raio .
 2A 2A  2A
Podemos concluir que:
B
1.  1 A  B  0 OBSERVAÇÔES
A
C
2. 0 C  0 a. Se uma das três condições
A citadas acima não for satisfeita,
D D a equação representa um lugar
3.  2a  a  
A 2A geométrico diferente de uma
E E circunferência ou até mesmo
4.  2b  b  
A 2A um conjunto vazio.
F F
5.  k   a2  b2  r 2  b. Quando a equação da
A A
2 2 circunferência apresenta
F  D   E  coeficientes unitários para x2 e
     r2 
A  2 A   2 A  y2, (A = B = 1), o centro e o raio
D2 E2 F da circunferência podem ser
 r2     encontrados a partir de:
4 A2 4 A2 A D E
D 2  E 2  4 AF a , b e
r 
2 2 2
4 A2
r  a2  b2  k
c. Se os coeficientes de x2 e y2 B não representa uma
não forem unitários, podemos circunferência pois o coeficiente de xy é
dividir todos os coeficientes da diferente de zero.
equação da circunferência por
A, assim obteremos uma C não representa uma
equação onde tais coeficientes circunferência pois D  E  4AF 
2 2

serão iguais a 1.  4   6   4  3  15  128  0


2 2

d. Um outro processo rápido de


encontrar o centro e o raio de D não representa uma
uma circunferência, consiste em circunferência pois D  E  4AF 
2 2

  2   2  4  1 2  0 . Desta forma,


2 2
escrever a equação na forma
reduzida  x  a    y  b   r 2
2 2
o raio seria nulo.
e, por uma comparação
simples, extraímos as E representa uma circunferência
informações que caracterizam pois A  B  2  0 , C  0 pelo fato de
centro e raio. não aparecer o termo xy e, por fim,
D2  E 2  4AF   4    6   4  2   3  
2 2

 16  36  24  76  0 .

Ex.1: Dentre as equações a seguir,


destaque aquelas que representam e
aquelas que não representam uma Ex.2: Achar o centro e o raio da
circunferência e justifique aquelas que circunferência de equação
não representam: x  y  6 x  4y  13  0 .
2 2

A x 2  3y 2  5 x  7y  1  0 Resolução:
B x 2  y 2  xy  4 x  6y  9  0
Este problema pode ser resolvido por
C 3 x 2  3y 2  4 x  6y  15  0
métodos diferentes. Vamos destacar
D x 2  y 2  2 x  2y  2  0 dois destes métodos:
E 2 x 2  2y 2  4 x  6 y  3  0
Método 1
Resolução: Uma das formas de encontrar as
coordenadas do centro e o raio consiste
A não representa uma em completar os quadrados e escrever a
circunferência pois os coeficientes de x2 equação na forma reduzida extraindo,
e y2 são diferentes. daí, as informações pedidas,
acompanhe na próxima página:
x 2  y 2  6 x  4y  13  0 1 x 2  y 2  6 x  4y  13  0

x 2  6 x  y 2  4y  13 2
x 2  y 2  2ax  2by  k  0
x 2  6x   y 2  4y   13   3

x 2  6 x  9  y 2  4y  4  13  9  4 4
Comparando termo a termo as
x 2
 
 6x  9  y 2  4y  4  25 5 duas equações, temos que:
 x  3   y  2   52
3
6

2a  6  a  3
Na linha 2 isolamos o termo 2b  4  b  2
independente.
Na linha 3 criamos os espaços k  13
que usaremos para de completar os k  a2  b2  r 2
quadrados.
13  a 2  b 2  r 2
Na linha 4 foram completados os
13  32   2   r 2
2
quadrados dividindo os coeficientes de x
e y por 2 e elevando o resultado ao
quadrado. Estes valores foram somados r 2  13  9  4
em ambos os membros da equação. r 2  25
Na linha 5 destacamos, entre r 5
parênteses os dois trinômios quadrados
perfeitos obtidos.
Por fim, na linha 6 fatoramos os Daí, mais uma vez,
dois trinômios com o objetivo de obter concluímos que a circunferência dada
uma forma reduzida da equação da tem centro no ponto C(3, -2) e raio 5.
circunferência.
Daí, podemos afirmar que a
circunferência dada tem centro no ponto OBSERVAÇÃO: Por mais que esta
C(3, -2) e raio 5. segunda resolução pareça mais fácil e
mais rápida, devemos considerar que
este método demanda decorar uma
Método 2 fórmula o que, nem sempre, é viável. De
qualquer forma, ficam as duas opções.
Vamos comparar a equação dada
com uma equação geral de
circunferência com coeficientes de x2 e
y2 iguais a 1, acompanhe;
Ex.3: Obter centro e raio da
circunferência descrita por
208) Determinar a equação da
4 x  4y  4 x  12y  6  0 .
2 2
circunferência de centro e raio indicados
em cada item:
Resolução: a) C  0, 0 e r  3
Vamos resolver tal como fizemos
no primeiro método do exemplo anterior
porém vamos, antes, dividir toda a
equação por 4 a fim de tornar os b) C  2, 0 e r  4
coeficientes de x2 e y2 iguais a 1.

4 x 2  4 y 2  4 x  12y  6  0
3
x 2  y 2  x  3y   0 c) C  1,  2 e r  5
2
3
x 2  x  y 2  3y  
2
d) C  2, 4 e r  1
3
x 2  x   y 2  3y     
2
1 9 3 1 9
x 2  x   y 2  3y     
4 4 2 4 4
 2 1  2 9
 x  x  4    y  3y  4   1 e) C 0,  3 e r  2
   
2 2
 1  3
x  2 y  2 1
2

   

Assim, podemos afirmar que a


1 3
1 3 f) C  ,  e r  4
circunferência tem centro em C  ,  e 2 2
2 2
raio 1.

OBSERVAÇÃO: assim como no


exemplo anterior, este também pode ser
resolvido de duas maneiras distintas
tomando o cuidado, entretanto, para o
fato de os coeficientes de x2 e y2 serem
diferentes de 1. Neste caso, ainda é
recomendável simplificar a equação.
209) Qual a equação da circunferência
que passa pelo ponto P(5, 5) e tem
centro no ponto C(1, 2)?
212)
Determinar o centro e o raio da
210) Determinar o centro e o raio de circunferência de equação
cada uma das circunferências 4 x  4y  12x  12y  7  0 .
2 2

apresentadas a seguir:
a) x 2  y 2  6 x  4y  12  0

b) x 2  y 2  8 x  7  0

c) x 2  y 2  8y  6 x  0
213) Dada a circunferência de equação
x 2  y 2  mx  ny  p  0 , determine a
relação entre m, n e p a fim de que a
circunferência tangencie os eixos.
d) 2x 2  2y 2  8 x  6y  0
214) Um quadrado tem vértices
consecutivos nos pontos A(5, 0) e
B(-1, 0). Escreva a equação da
circunferência circunscrita a este
quadrado.
e) 3 x 2  3y 2  6 x  12y  14  0

215) Qual a equação da circunferência


211) Achar a equação da reta que passa que passa pelos pontos A(2, 4), B(11, 7)
pelo centro da circunferência e D(7, 9).
 x  3   y  2  8 e é perpendicular
2 2

à reta r : x  y  16  0 .
216) O ponto P(3, b) pertence à POSIÇÃO RELATIVA ENTRE
circunferência de centro em C(0, 3) e PONTO E CIRCUNFERÊNCIA
raio 5. Calcule o valor da coordenada b.
Dados um ponto P(x0, y0) e uma
circunferência  :  x  a    y  b   r 2 ,
2 2

vamos determinar a posição relativa


entre P e .

Vamos calcular a distância de P


até C e comparar com o raio e, assim,
temos três casos:

1º caso: P é exterior a .
217) Qual o comprimento do lado do
triângulo eqüilátero inscrito na
circunferência
x 2  y 2  2x  10y  10  0 ?

Isso ocorre se, e somente se:

DPC  r

isto é

 x0  a    y0  b 
2 2
 r2

ou ainda melhor:

 x0  a    y0  b 
2 2
r2  0
2º caso: P pertence a .  x0  a    y0  b 
2 2
 r2

 x0  a    y0  b 
2 2
r2  0

Podemos resumir esta teoria com


a seguinte ideia: dada a circunferência
 : x 2  y 2  2ax  2by  k  0 onde
k  a2  b2  r 2 , seja f(x, y) o polinômio
do primeiro membro, isto é:
f  x, y   x 2  y 2  2ax  2by  a2  b2  r 2

Isso ocorre se, e somente se:


Quando é dado P(x0, y0), cuja
posição em relação a  queremos
DPC  r
determinar, substituímos (x0, y0) em f, ou
seja, calculamos
 x0  a    y0  b  f  x0, y0   x02  y02  2ax0  2by0  a2  b2  r 2
2 2
 r2
então, conforme acabamos de estudar,
 x0  a    y0  b 
2 2
r2  0

f  x0, y0   0  P é exterior a .
3º caso: P pertence a . f  x0, y0   0  P pertence a .
f  x0, y0   0  P é interior a .

Ex.1: Qual a posição do ponto P(2, 3)


em relação à circunferência
 : x  y  4x  0 ?
2 2

Resolução:
Temos
P  x, y   x 2  y 2  4x
Isso ocorre se, e somente se: então,
P  2, 3  22  32  4  2  4  9  8  5
DPC  r
Como P  2,3  0 , P é exterior a .
Ex.2: Qual a posição do ponto P(0, 0)
em relação à circunferência
218) Determinar a posição do ponto P
 : x  y  3 x  2y  0 ?
2 2
em relação à circunferência l em cada
item abaixo:
Resolução: a) P(2, 1) e  : 2x 2  2y 2  9  0
Sendo
P  x, y   x 2  y 2  3x  2y , vamos
fazer P  0,0  .
P  0,0  02  02  3  0  2  0  0

Como P 0,0  0 , P pertence a .

Ex.3: Qual a posição do ponto P(0, 1)


em relação à circunferência
b) P(-4, -5) e  : x 2  y 2  2x  2y  2  0
 : 2x  2y  5 x  y  11  0 ?
2 2

Resolução:
A partir de
P  x, y   2x 2  2y 2  5x  y  11, vamos
fazer P 0,1 .
P  0,1  2  02  2  12  5  0  1  11 
 0  2  0  1  11  8

Como P 0,1  8 , P é interior a .


c) P(0, 0) e  : x 2  y 2  3 x   y  1  0

OBSERVAÇÃO:
Note que substituir P(x0, y0) na função
f(x, y) é muito mais simples do que
calcular a distância PC e comparar com
o raio uma vez que obter C e r é uma
operação trabalhosa principalmente se a
equação da circunferência apresentar
coeficientes fracionários ou irracionais.
219) Determinar P de modo que o ponto b) x 2  y 2  4
A(7, 9) seja exterior à circunferência
x 2  y 2  2x  2y  p  0 . (A resolução desta
questão pode ser encontrada na secção RESPOSTAS)

220) Interprete graficamente a solução


de cada uma das inequações do 2º grau
a seguir: c) x 2  y 2  2x  2y  7  0
a) x 2  y 2  9
d) x 2  y 2  2x  2y  1  0 222) Resolva o sistema de inequações
x2  y 2  9
 . (A resolução desta questão pode ser
 x  y  3
encontrada na secção RESPOSTAS)

 x 2  y 2  9
221) Resolver o sistema  2
 x  y  4
2

(A resolução desta questão pode ser encontrada na secção


RESPOSTAS)
223) Resolver os seguintes sistemas de 
 x  y  25
2 2

inequações do segundo grau: c)  2


 x  y  12x  20  0

2

 x  y  9
2 2
a)  2
 x  y  1
2

x 2  y 2  1
d) 
x  y  1
 x 2  y 2  4
b) 
 x  1  y  4
2 2
Considerando a circunferência
POSIÇÃO RELATIVA ENTRE  : x  y 2  2ax  2by  k  0 e a reta
2

RETA E CIRCUNFERÊNCIA dada por r : Ax  By  C  0 , a solução


do sistema

Seja  uma circunferência de  : x 2  y 2  2ax  2by  k  0


centro no ponto C(a, b) e raio r. Existem, S:
no plano, retas que cortam a  Ax  By  C  0
circunferência em dois pontos, retas que
tocam a circunferência em um único determina a posição da reta r em
ponto e retas que não interceptam  em relação à circunferência .
ponto algum.

Estas retas são chamadas,  Se S tem duas soluções distintas, r


respectivamente, de SECANTES, é secante à .
TANGENTES e EXTERNAS À
CIRCUNFERÊNCIA.  Se S tem solução única, r é
tangente à .
Observe a figura:
 Se S não admite soluções reais,
então r é exterior à circunferência .

Ex.: Qual a posição relativa entre a


circunferência  x  3    y  4   25 e a
2 2

reta 3x  y  0 ?

Resolução:
e 
Devemos resolver o sistema
e é exterior à circunferência   x  3    y  4   25
2 2

 .
t  T 3 x  y  0
t é tangente à circunferência 
Resolvendo-o, encontramos como
s    S1, S2 solução os pares ordenados (0, 0) e
s é secante à circunferência  (3, 9). Como o sistema admite duas
soluções distintas, concluímos que a
reta é secante à circunferência.
225)
OBSERVAÇÃO Qual a posição relativa entre a reta
r : 4x  3y  0 e a circunferência
Existe um método alternativo de x  y  5 x  7y  1  0 ?
2 2

determinar a posição relativa entre uma


circunferência e uma reta. Este método
consiste em encontrar a distância entre
o centro da circunferência e a reta e, em
seguida comparar esta distância com o
raio, assim:

dC s  r  s é sec ante a 
dC t  r  t é tan gente a 
dC e  r  e é exterior a 

Utilize a figura da página anterior


para interpretar estas informações. 226) Qual a posição do eixo das
abscissas em relação à circunferência
Na apostila anterior, aprendemos
x 2  y 2  5 x  4y  4  0 .
a calcular a distância entre ponto e reta.

224) Calcular a distância do centro da


circunferência x 2  y 2  5 x  7y  1  0 e
a reta 4x  3y  0 .

227) Determinar os pontos P e Q onde a


circunferência x 2  y 2  4 x  6y  0
encontra a reta 3x + 2y + 12 = 0.
228) Quais as equações das retas PROBLEMAS DE TANGENCIA
paralelas ao eixo das abscissas
tangentes à circunferência Vamos ver, por meio de
 x  1   y  2  9 ? exemplos, dois problemas clássicos de
2 2

tangencia entre reta e circunferência.

1º problema: Determinar duas retas


com inclinação dada e tangentes à
uma circunferência.

229) Qual o comprimento da corda que Ex.: Determinar as retas tangentes à


a reta 7x – 24y – 4 = 0 determina na circunferência x 2  y 2  4 x  2y  4  0
circunferência x 2  y 2  2x  6y  15  0 ? que formam um ângulo de 45º com o
eixo Ox.

Resolução
230) Escrever a equação da equação de
centro no ponto (5, 4) e tangente à reta Em princípio, vamos determinar o
3x – 3y + 14 = 0. centro e o raio da circunferência:

  4    2 
a 2 e b 1
2 2
r  a 2  b 2  k  22  12   4   3

Como as tangentes formam 45


com o eixo horizontal, podemos
afirmar que possuem m = 1.
Além disso, distam 3 unidades do
centro C(2, 1). Temos então, que as
retas tangentes possuem equação
t : y  x  n ou t : x  y  n  0 . Daí,
DCt  3
1 2  1 1  n
3
12  12
n 1  3 2
n  1  3 2
n  1  3 2

Assim, as retas tangentes são:


t1 : x  y  1  3 2  0
Antes de tudo, devemos nos
t2 : x  y  1  3 2  0 certificar que o problema tem solução, e
isso acontece somente se P não for
interior à circunferência. A ilustração
_________________
acima nos mostra isso mas a solução
gráfica não é suficiente, vamos, então,
2º problema: Determinar as equações
calcular a distância PC:
das duas retas que passam por um
 5  1   6  2
2 2
ponto dado tangentes à uma DPC   ...  4 5  2
circunferência. logo P é externo e o problema tem duas
soluções que são as retas t da
ilustração.
Ex.: Determinar as equações das retas
tangentes à circunferência De t, podemos dizer que:
 x  1   y  2  4 traçadas a partir do
2 2 y   6 
m  ...  mx  y  5m  6  0
ponto P(-5, -6). x   5 

Resolução: Mas também sabemos que t dista 2


unidades de C(-1, 2), assim:
Como a equação da
circunferência foi apresentada na forma m   1  2  5m  6
reduzida, podemos afirmar, sem maiores 2
m 2   1
2
dificuldades, que seu centro é o ponto
C(-1, 2) e o raio é 2.
Observe a ilustração: 2 m2  1  4m  8
  POSIÇÃO RELATIVA ENTRE DUAS
2
 4m  8 
2
 2 m2  1 CIRCUNFERÊNCIAS
16m 2  64m  64  4m 2  4
A posição relativa entre duas
12m 2  64m  60  0 circunferências será determinada
3m 2  16m  15  0 comparando a distância entre seus
centros com a soma ou subtração do
16  19 comprimento de seus raios.
m
3
Veja os 6 casos:
logo, as equações procuradas serão
16  19
encontradas substituindo m 
3
1º caso:
em mx  y  5m  6  0 e, assim,

16  19 16  19
t1  x  y 5 6 0
3 3
16  19 16  19
t2  x  y 5 6 0
3 3

231) Obter as equações das tangentes à d  r1  r2


circunferência x 2   y  3   36 que
2

sejam paralelas à reta 3x  y  1  0 . pois

d  C1P1  P1P2  P2C2  r1  r2


r1 r2

232) Determine as equações das retas Circunferências exteriores


tangentes à circunferência x 2  y 2  1
que passam pelo ponto P  2, 0 . 
2º caso:

r1  r2  d  r1  r2

pois
d  r1  r2
d  C1P1  P2C2  P1P2  r1  r2
r1 r2 0
pois
d  C1P1  PC
1 2  r1  r2
d  C1P1  P2C2  r1  r2 r1 0

r1 r2

Circunferências secantes
Circunferências tangentes
exteriormente

5º caso:
3º caso:

0  d  r1  r2

d  r1  r2
pois

pois d  C1P1  C2P2  P1P2  r1  r2


r1 r2 0

d  C1P  PC2
r1 r2 Circunferência de menor raio é
interior à outra
Circunferências tangentes
interiormente
6º caso:

4º caso:
Por exclusão, 1 e 2 são
secantes.

Você deve ter atenção pois este é


o caso que exige mais cuidados pois
são necessárias duas comparações:
C1C2  r1  r2 e C1C2  r1  r2 . Nos demais
d 0
casos, ao comparar C1C2 com r1  r2 ou
com r1  r2 , já podemos tirar conclusões.
Circunferências concêntrias

233) Qual a posição relativa entre 1 e


2 em cada caso a seguir?
Ex.: Qual a posição relativa entre as
a) 1 : x 2  y 2  36 e
circunferências 1 : x 2  y 2  49 e
2 : x 2  y 2  6 x  8 y  21  0
2 : x 2  y 2  6 x  8y  11  0 ?

Resolução:

Temos:
1  centro C1 0,0 e raio r1  7
2  centro C2  3,4 e raio r2  6

0  3  0  4
2 2
dC1C2  5

Comparando a soma dos raios:


C1C2  5 e r1  r2  13 e daí concluímos
que 1 e 2 não podem ser exteriores
nem tangente exteriormente.
Comparando a diferença dos
raios: C1C2  5 e r1  r2  1 e,
consequentemente 1 e 2 não podem
ser concêntricas, uma interior a outra
nem tangentes interiormente.
b) 1 : 2 x 2  2y 2  4 x  0 e
2 : x 2  y 2  2 x  3  0

c) 1 : x 2  y 2  8  0 e
2 : x 2  y 2  6 x  6 y  17  0

d) 1 : x 2  y 2  8 x  6 y  0 e
2 : x 2  y 2  2x  0

e) 1 : x 2  y 2  49 e
2 : x 2  y 2  6 x  8 y  21  0

234) Obter a intersecção entre as


circunferências 1 : x 2  y 2  100 e
2 : x 2  y 2  12 x  12y  68  0 .
RESPOSTAS 218) a) exterior
208) a) x  y  9
2 2 b) exterior
c) interior
b)  x  2  y 2  16
2

219) Resolução
c)  x  1   y  2  25
2 2
Fazendo
d)  x  2   y  4   1
2 2
f  x, y   x 2  y 2  2x  2y  p ,
e) x 2   y  3   4
2 devemos ter f  7, 9  0 , assim,
2 2 f  7, 9   72  92  2  7  2  9  p
 1  3
f)  x     y    1
 2  2 f  7, 9   98  p
98  p  0
 x  1   y  2  25
2 2
209) Portanto p  98 .

210) a) C 3,  2 e r  5 Por outro lado, uma condição


b) C  4, 0 e r  3 para a existência da circunferência
c) C  3,  4 e r  5 é que D2  E 2  4AF  0 , e, assim,

 3 5 4  4  4p  0  p  2
d) C  2,  e r 
 2 2
3 Fazendo a intersecção entre as
e) C 1,  2  e r  duas condições, temos a solução.
3
Portanto:
211) x + y – 5 = 0 2  p  98

3 3 5
212) C  ,   e r 
2 2 2

213) m  n  0 e m2  4p 220) a)
214)  x  2   y  3 
2 2
 18

215) x 2  y 2  14 x  8y  40  0

216) 7 ou -1 b)
217) 4 3
Vamos agora destacar a solução da
segunda inequação:
c)

d) Agora, fazendo a intersecção entre


as duas soluções, encontramos o
conjunto de pontos procurado,
portando, a solução do sistema de
221) Resolução: inequações é
Note que as duas inequações que
formam o sistema são as mesmas
dos itens a) e b) da questão
anterior e a solução é a
intersecção dos dois conjuntos,
assim, a solução está
apresentada abaixo:

223) a) b)

Em outras palavras, a solução é


uma coroa circular com uma
unidade de largura. c)

222) A solução da primeira inequação,


nós já conhecemos:

d)
1
224)
10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
225) r é secante à circunferência. DANTE, Luiz Roberto;
226) O eixo Ox é secante à Matemática, Volume dois. São Paulo,
circunferência.
Atica, 2005.
227) P(-4, 0) e Q(0, -6) IEZZI, Gelson e outros;
228) y = 5 ou y = -1 Fundamentos da Matemática Elementar,
229) 8 Volume 4. São Paulo, Atual, 5ª edição,

 x  5   y  4 1977.
2 2
230)  16

231) 3 x  y  3  6 10  0

232) xy  2 0 e xy  2 0

233) a) secantes
b) concêntricas
c) exteriores
d) secantes
e) Tangentes interiormente
234) (1, 2) e (3, 4)

Você também pode gostar