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Os 50 erros mais comuns da

1- Anex o / Anex a Er r ado: Ele já está ao par do ocorr ido.


Cer to: Ele já está a par do ocorr ido.
Er r ado: Seguem anexo os documentos sol ic itados. Por quê? No sent ido de estar c iente, o correto é “a
Cer to: Seguem anexos os documentos sol ic itados. par”. Use “ao par” somente para equivalênc ia
Por quê? Anexo é adjet ivo e deve concordar em camb ial. Ex: “Há muito tempo, o dó lar e o real
gênero e número com o substant ivo a que se refere. est iveram quase ao par.”
Ob s : Muitos gramát icos condenam a locução “em
anexo”; portanto, dê preferênc ia à forma sem a 7- “Quite” / “quites”
preposição.
Er r ado: O contr ibuinte está quites com a Rece ita
2- “Em v ez de” / “Ao inv és de” Federal.
Cer to: O contr ibuinte está quite com a Rece ita Federal.
Er r ado: Ao invés de e laborarmos um re latór io, Por quê? “Quite ” deve concordar com o substant ivo
discut imos o assunto em reunião. a que se refere.
Cer to: Em vez de e laborarmos um re latór io,
discut imos o assunto em reunião. 8- “Media” / “Medeia”
Por quê? Em vez de é usado como subst ituição. Ao
invés de é usado como oposição. Ex: Sub imos, ao Er r ado: Ele sempre media os debates.
invés de descer. Cer to: Ele sempre mede ia os debates.
Por quê? Há quatro verbos irregulares com f inal –iar:
3- “Esquecer ” / “Esquecer -se de” mediar, ansiar, incendiar e odiar. Todos se conjugam
como “odiar”: mede io, anse io, incende io e ode io.
Er r ado: Eu esquec i da reunião.
Cer to: Há duas formas: Eu me esquec i da reunião. ou 9- “Atr av és” / “por meio”
Eu esquec i a reunião.
Por quê? O verbo esquecer só é usado com a Er r ado: Os senadores sugerem que, atrav és de le i
preposição de (de –da –do) quando v ier comp lementar, os convênios se jam f irmados com os
acompanhado de um pronome ob líquo (me, te, se, nos, estados.
vos). Cer to: Os senadores sugerem que, por me io de le i
comp lementar, os convênios se jam f irmados com os
4-“Faz” / “Fazem ” estados.
Por quê? Por me io signif ica “por intermédio”.
Er r ado: Faze m dois meses que trabalho nesta empresa. Através de, por outro lado, expressa a ide ia de
Cer to: Faz dois meses que trabalho nesta empresa. atravessar. Ex: Olhava através da jane la.
Por quê? No sent ido de tempo decorr ido, o verbo
“fazer” é impessoal, ou se ja, só é usado no singular. 10- “Ao meu v er ” / “A meu v er ”
Em outros sent idos, concorda com o suje ito. Ex: Eles
f izeram um bom trabalho. Er r ado: Ao meu ver, o evento foi um sucesso.
Cer to: A meu ver, o evento foi um sucesso.
5- “Ao encontr o de” / “D e encontr o a” Por quê? “Ao meu ver” não ex iste.

Er r ado: Os diretores estão sat isfe itos, porque a at itude


do gestor ve io de encontro ao que dese javam.
Cer to: Os diretores estão sat isfe itos, porque a at itude 11- “A pr incípio” / “Em pr incípio”
do gestor ve io ao encontro do que dese javam.
Por quê? “Ao encontro de” dá ide ia de harmonia e Er r ado: Achamos, em pr incíp io, que e le estava
“De encontro a” dá ide ia de oposição. No exemp lo falando a verdade.
ac ima, os diretores só podem f icar sat isfe itos se a Cer to: Achamos, a pr incíp io, que e le estava falando a
at itude v ier ao encontro do que dese jam. verdade.
Por quê? A pr incíp io equivale a “no iníc io”. Em
6- A par / ao par pr incíp io signif ica “em tese”. Ex: Em pr incíp io, todo
homem é igual perante a le i.
Por quê? É redundante dizer “Há dois anos atrás”.
12- “Senão” / “Se não”
19- “Impl icar ” / “ Impl icar com” / “ Impl icar
Er r ado: Nada fazia se não rec lamar. em ”
Cer to: Nada fazia senão rec lamar.
Por quê? Senão signif ica “a não ser”, “caso Er r ado: O ac idente imp l icou em vár ias vít imas.
contrár io”. Se não é usado nas orações subordinadas Cer to: O ac idente imp l icou vár ias vít imas.
condic ionais. Ex: Se não chover, poderemos sair. Por quê? No sent ido de acarretar, o verbo imp l icar
não admite preposição. No sent ido de ter imp l icânc ia,
13- “Onde” / “Aonde” a preposição ex igida é com. Quando se refere a
compromet imento, deve-se usar a preposição em. Exs:
Er r ado: Aonde coloque i minhas chaves? Ele sempre imp l icava com os f i lhos. Ela imp l icou-se
Cer to: Onde coloque i minhas chaves? nos estudos e passou no concurso.
Por quê? Onde se refere a um lugar em que alguém ou
alguma coisa est á. Indica permanênc ia. Aonde se 20- “Ret if icar ” / “Rat if icar ”
refere ao lugar para onde alguém ou alguma coisa vai.
Indica mov imento. Ex: Ainda não sabemos aonde Er r ado: Estávamos corretos. Os fatos ret if icaram
iremos. nossas prev isões.
Cer to: Estávamos corretos. Os fatos rat if icaram nossas
14- “Visar ” / “Visar a” prev isões.
Por quê? Rat if icar signif ica conf irmar, comprovar.
Er r ado: Ele v isava o cargo de gerente. Ret if icar refere-se ao ato de corr igir, emendar. Ex: Vou
Cer to: Ele v isava ao cargo de gerente. ret if icar os dados da empresa.
Por quê? O verbo v isar, no sent ido de alme jar, pede a
preposição a. 21- “Somos” / “Somos em”
Obs: Quando anteceder um verbo, dispensa-se a
preposição “a”. Ex: Elas v isavam v iajar para o Er r ado: Somos em c inco auditores na empresa.
exter ior. Cer to: Somos c inco auditores na empresa.
Por quê? Não se deve empregar a preposição “em”
15- “A” / “há” nessa expressão.

Er r ado: Atuo no setor de controlador ia a 15 anos. 22- “Entr e eu e v ocê” / “Entr e m im e v ocê”
Cer to: Atuo no setor de controlador ia há 15 anos.
Por quê? Para indicar tempo passado, usa-se o verbo Er r ado: Não há nada entre eu e você, só amizade .
haver. O “a”, como expressão de tempo, é usado Cer to: Não há nada entre mim e você, só amizade .
para indicar futuro ou distânc ia. Exs: Falare i com o Por quê? Eu é pronome pessoal do caso reto e só pode
diretor daqui a c inco dias. / Ele mora a duas horas do ser usado na função de suje ito, ou se ja, antes de um
escr itór io. verbo no inf init ivo, como no caso: “Não há nada
entre eu pagar e você usufruir também.”
16- “Aceita-se” / “Aceitam-se”
23- “A f im” / “Af im ”
Er r ado: Ace ita-se encomendas para festas.
Cer to: Ace itam-se encomendas para festas. Er r ado: Nós v iemos af im de discut ir o projeto.
Por quê? A presença da partícula apassivadora “se” Cer to: Nós v iemos a f im de discut ir o projeto.
ex ige que o verbo transit ivo direto concorde com o Por quê? A locução a f im de indica ide ia de f inal idade.
suje ito. Af im é um adjet ivo e signif ica seme lhança. Ex: Eles
têm ide ias af ins.
17- “Pr ec isa-se” / “Pr ec isam-se”

Er r ado: Prec isam-se de estagi ár ios.


Cer to: Prec isa-se de estagiár ios.
Por quê? Nesse caso, a partícula “se” tem a função 24- “D esper ceb ido” / “D esaper ceb ido”
de tornar o suje ito indeterminado. Quando isso ocorre,
o verbo permanece no singular. Er r ado: As mudanças passaram desaperceb idas.
Cer to: As mudan ças passaram desperceb idas.
18- “H á dois anos” / “H á dois anos atr ás” Por quê? Desperceb ido signif ica sem atenção.
Desaperceb ido signif ica desprov ido, desprevenido. Ex:
Er r ado: Há dois anos atrás, inic ie i meu mestrado. Ele estava totalmente desaperceb ido de dinhe iro.
Cer to: Há duas formas corretas: “Há dois anos,
inic ie i meu mestrado” ou “Dois anos atrás, inic ie i 25- “Tem” / “Têm”
meu mestrado.”
Er r ado: Eles tem fe ito o que podem nesta empresa. ex ige a preposição “a”.
Cer to: Eles têm fe ito o que podem nesta empresa.
Por quê? Tem refere-se à 3ª pessoa do singular do 33- “Tão pouco” / “Tampouco”
verbo “ter” no Presente do Indicat ivo. Têm refere-se
ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do Er r ado: Não compareceu ao trabalho, tão pouco
p lural. just if icou sua ausênc ia.
Cer to: Não compareceu ao trabalho, tampouco
26- “Chegar em” / “Chegar a” just if icou sua ausênc ia.
Por quê? Tampouco corresponde a “também não”,
Er r ado: Os presos chegaram em Cur it iba na noite “nem sequer”. Tão pouco corresponde a “muito
passada. pouco”. Ex: Trabalhamos muito e ganhamos tão
Cer to: Os presos chegaram a Cur it iba na noite passada. pouco”.
Por quê? Verbos de mov imento ex igem a preposição
“a”. 34- “A nív el de” / “Em nív el de”

27- “Pr ef ir o… do que” / “Pr ef ir o… a” Er r ado: A pesquisa será real izada a níve l de direção.
Cer to: A pesquisa será real izada em níve l de direção.
Er r ado: Pref iro carne branca do que carne verme lha. Por quê? A expressão “Em níve l de” deve ser usada
Cer to: Pref iro carne branca a carne verme lha. quando se refere a “âmb ito”. O uso de “a níve l de ”
Por quê? A regênc ia do verbo prefer ir é a seguinte: signif ica “à mesma altura”. Ex: Estava ao níve l do
“Prefer ir algo a alguma outra coisa.” mar.

28- “D e mais” / “demais” 35- “Chego” / “Chegado”

Er r ado: Você trabalha de mais! Er r ado: O candidato hav ia chego atrasado para a
Cer to: Você trabalha demais! entrev ista.
Por quê? Demais signif ica excessivamente; também Cer to: O candidato hav ia chegado atrasado para a
pode signif icar “os outros”. De mais opõe-se a “de entrev ista.
menos”. Ex: Alguns possuem regal ias de mais; outros Por quê? Embora alguns verbos tenham dup la forma
de menos. de part icíp io (Exs: impr imido/impresso, fr ito/fritado,
acendido/aceso), o único part icíp io do verbo chegar é
29- “Fim de semana” / “f inal de semana” chegado. Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicat ivo.
Ex: Eu sempre chego cedo.
Er r ado: Bom f inal de semana!
Cer to: Bom f im de semana! 36- “Meio” / “Meia”
Por quê? Fim é o contrár io de iníc io. Final é o
contrár io de inic ial. Portanto: f im de semana; f im de Er r ado: Ela estava me ia nervosa na reunião.
jogo; parte f inal. Cer to: Ela estava me io nervosa na reunião.
Por quê? No sent ido de “um pouco”, a palavra
30- “Ex iste” / “Ex istem ” “me io” é invar iáve l. Como numeral, concorda com
o substant ivo. Ex: Ele comeu me ia maçã.
Er r ado: Ex iste muitos prob lemas nesta empresa.
Cer to: Ex istem muitos prob lemas nesta empresa. 37- “Viagem ” / “Viajem”
Por quê? O verbo ex ist ir admite p lural, diferentemente
do verbo haver, que é impessoal. Er r ado: Espero que e les v iagem amanhã.
Cer to: Espero que e les v iajem amanhã.
31- “Assi st ir o” / “Assi st ir ao” Por quê? Viajem é a f lexão do verbo “v iajar” no
Presente do Sub junt ivo e no Imperat ivo. Viagem é
Er r ado: Ele assist iu o f i lme “Um lugar Chamado substant ivo. Ex: Fiz uma l inda v iagem.
Nott ing Hill”.
Cer to: Ele assist iu ao f i lme “Um lugar Chamado
Nott ing Hill”. 38- “Mal” / “Mau”
Por quê? O verbo assist ir, no sent ido de ver, ex ige a
preposição “a”. Er r ado: O jogador estava mau posic ionado.
Cer to: O jogador estava mal posic ionado.
32- “Responder o” / “Responde ao” Por quê? Mal op õe-se a bem. Mau opõe-se a bom.
Assim: mal-humorado, mal- intenc ionado, mal-estar,
Er r ado: Ele não respondeu o meu e-mai l. homem mau.
Cer to: Ele não respondeu ao meu e-mai l.
Por quê? A regênc ia do verbo responder, no sent ido 39- “N a medida em que” / “À medida que”
de dar a resposta a alguém, é sempre indireta, ou se ja,
Er r ado: É me lhor comprar à v ista à medida em que os 46- “Obr igado” / “Obr igada”
juros estão altos.
Cer to: É me lhor comprar à v ista na medida em que os Er r ado: Muito obr igado! –disse a func ionár ia.
juros estão altos. Cer to: Muito obr igada! –disse a func ionár ia.
Por quê? Na medida em que equivale a “porque”. À Por quê? Homens devem dizer “obr igado”.
medida que estabe lece re lação de proporção. Ex: O Mulheres dizem “obr igada”. A f lexão também
níve l dos jogos me lhora à medida que o t ime f ica ocorre no p lural: “Muito obr igadas! –disseram as
entrosado. garotas ao professor.”

40- “Par a m im” / “Par a eu” f azer 47- “Menos” ou “Menas”

Er r ado: Era para mim fazer a apresentação, mas t ive Er r ado: Os atendentes f izeram menas tarefas hoje.
de me ausentar. Cer to: Os atendentes f izeram menos tarefas hoje.
Cer to: Era para eu fazer a apresentação, mas t ive de Por quê? “Menas” não ex iste. Mesmo refer indo-se a
me ausentar. palavras femininas, use sempre menos. Ex: Hav ia
Por quê? “Para eu” deve ser usado quando se refer ir menos pessoas naque le departamento.
ao suje ito da frase e for seguido de um verbo no
inf init ivo. 48- “D escr im inar ” / “D iscr im inar ”

41- “Mas” / “Mais” Er r ado: Os produtos estão descr iminados na nota


f iscal.
Er r ado: Gostar ia de ter v iajado, mais t ive um Cer to: Os produtos estão discr iminados na nota f iscal.
imprev isto. Por quê? D iscr iminar signif ica separar, diferenc iar.
Cer to: Gostar ia de ter v iajado, mas t ive um imprev isto. Descr iminar signif ica absolver, inocentar. Ex: O juiz
Por quê? Mas é conjun ção adversat iva e signif ica descr iminou o jovem acusado.
“porém”. Mais é advérb io de intensidade. Ex:
Traga mais uma cerve ja. 49- “Acer ca de” / “A cer ca de”

42- “Per ca” / “per da” Er r ado: Estavam discut indo a cerca de polít ica.
Cer to: Estavam discut indo acerca de polít ica.
Er r ado: Há muita perca de tempo com banal idades. Por quê? Acerca de signif ica “a respe ito de”. A
Cer to: Há muita perda de tempo com banal idades. cerca de indica aprox imação. Ex: Eu trabalho a cerca
Por quê? Perca é verbo e perda é substant ivo. Exs: de 5 km daqui.
Não perca as esperanças! / Essa perda foi irreparáve l.
50- “Meio-dia e meio” / “ Meio-dia e meia”
43- “D eu” / “D er am” tantas hor as
Er r ado: Nesta empresa, o horár io de almoço inic ia ao
Er r ado: Deu dez da noite e e le ainda não chegou. me io-dia e me io.
Cer to: Deram dez da noite e e le ainda não chegou. Cer to: Nesta empresa, o horár io de almoço inic ia ao
Por quê? Os verbos dar, bater e soar concordam com me io-dia e me ia.
as horas. Porém, se houver suje ito, deve-se fazer a Por quê? O correto é me io-dia e me ia, pois o numeral
concordânc ia: “O sino bateu dez horas.” frac ionár io concorda em gênero com a palavra hora.

44- “Tr az” / “Tr ás”

Er r ado: Ele olhou para traz e v iu o vulto.


Cer to: Ele olhou para trás e v iu o vulto.
Por quê? Trás signif ica parte poster ior. Traz é a
conjugação do verbo “trazer” na 3ª pessoa do
singular do Presente do Indicat ivo. Ex: Ela sempre traz
os re latór ios para a gerênc ia.

45- “N amor ar alguém” / “N amor ar com alguém”

Er r ado: Mar ia namora com Paulo.


Cer to: Mar ia namora Paulo.
Por quê? A regênc ia do verbo namorar não admite
preposição.

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