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Rio de Janeiro
2020
Maiara Verly da Silva - Cap BM QOC/08
Orientador
Ten Cel QOC/96 Márcio Coutinho Maia Nogueira
Rio de Janeiro
2020
Maiara Verly da Silva - Cap BM QOC/08
Este artigo científico apresentado foi aprovado pela Banca Avaliadora como parte
das exigências do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais do Quadro de Combatentes
da Escola Superior de Comando de Bombeiro Militar.
Banca Avaliadora
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PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE EXAME PSICOTÉCNICO NO CONCURSO
PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
RESUMO
SÍNTESE
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
The Military Firefighter Academy D. Pedro II (ABMDPII) is the institution of higher learning
responsible for training and graduating Military Firefighter Officers of the combatant board of
Rio de Janeiro’s Military Firefighting Force (CBMERJ). The professional profile of a Military
Firefighter Officer entails both ordinary and specific abilities, such as being in charge of
squads and coordinating operational services, not to mention having the necessary
psychological skills to effectively deal with situations which implicate risk of death for the
officer themself and/or another. Therefore, the training of a Military Firefighter Officer
encompasses cognitive, emotional and psychomotor aspects, nevertheless, since the
entrance examinations of 2008, a psychological assessment was no longer required to enroll
in the Academy, which has ultimately caused a harmful impact not only on the Military
Firefighter Cadet’s health but also on their personal and collective safety. The present study
proposes the reintegration of a psychological aptitude test as part of the psychological
assessment of the applicants for the Officer Training Program through the screening of
previous psychological assessments of other Military Academies’ Entrance Examinations. It
was concluded that the psychological assessment model used by the Military Police Force of
the State of Rio de Janeiro in their previous entrance examinations seemed to be the most
adequate one to be implemented, however, standardized tests could not be proposed, since
some variables must be taken into account, such as test costs, the list of psychological
aptitude tests validated by the Federal Council of Psychology on the date of the examination,
the number of members on the evaluation team and the time available for the
grading/anouncement of the results.
OVERVIEW
The present study aimed at proposing the reimplementation of a psychological aptitude test
in the entrance examinations for the Military Firefighter Officer Training Program of The
Military Firefighter Academy D. Pedro II (ABMDPII), by utilizing psychological assessment
processes from other Military Academies as a baseline.
KEYWORDS
Como foi visto, o concurso para admissão no CFO não conta com exame
psicológico ou teste psicotécnico, sendo assim, para avaliar aspetos psíquicos do
candidato, é exigido apenas um laudo de sanidade mental emitido por um médico
psiquiatra. Na maioria dos casos, para emissão deste laudo, basta que o candidato
realize uma consulta com o médico psiquiatra, o que torna o processo falho, visto
que muitos transtornos psiquiátricos quando tratados com a medicação adequada
passam desapercebidos em uma simples entrevista. O entrevistado pode ainda,
durante a anamnese, omitir que faz tratamento psiquiátrico regular, no intuito de
obter o atestado de sanidade. Neste caso, o psiquiatra não dispõe de meios e/ou
ferramentas diagnósticas que o permitam perceber a realidade psíquica do paciente
em apenas uma consulta.
É importante esclarecer que a avaliação psicológica só pode ser realizada
por um psicólogo e os instrumentos facilitadores para avaliação psicológica são os
testes psicológicos, os quais são ferramentas de uso exclusivo dos psicólogos.
Sendo assim, o psiquiatra não pode se valer destes instrumentos para emissão de
laudo psiquiátrico. De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2002):
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Art. 1º - A avaliação psicológica para fins de seleção de
candidatos é um processo, realizado mediante o emprego de
um conjunto de procedimentos objetivos e científicos, que
permite identificar aspectos psicológicos do candidato para fins
de prognóstico do desempenho das atividades relativas ao
cargo pretendido.
Segundo Thadeu e Ferreira (2013), muitas técnicas e instrumentos podem
ser utilizadas em processos seletivos a fim de avaliar requisitos considerados
relevantes ao cargo ao qual o indivíduo se candidata. Essas ferramentas de seleção
costumam ser chamados de preditores, sendo os testes psicológicos mais utilizados
com esta finalidade. Para o Conselho Federal de Psicologia (2003), os testes
psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características
psicológicas, com o objetivo de descrever e/ou mensurar características e processos
psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas emoção/afeto,
cognição/inteligência, motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção,
memória, percepção nas suas mais diversas formas de expressão, segundo padrões
definidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ATRIBUTO 1 (A1).OPERACIONALIDADE
A – ADAPTABILIDADE: Ajustar-se apropriadamente a quaisquer mudanças de
situações.
B – COMBATIVIDADE: Atuar sem esmorecer, e defender as ideias e causas em
que acredita ou aquelas sob a sua responsabilidade.
C – INICIATIVA: Agir de forma adequada e oportuna, em conformidade com as
demandas da missão, sem depender de ordem ou decisão superior.
D – ORGANIZAÇÃO:Desenvolver atividades profissionais de forma sistemática e
metódica.
E – PERSISTÊNCIA: Manter-se em ação continuadamente, a fim de executar
uma tarefa, vencendo as dificuldades encontradas.
F – RUSTICIDADE: Adaptar-se a situações de restrição e/ou privação, mantendo
a eficiência.
ATRIBUTO 2 (A2). EXPANSÃO DO CONHECIMENTO E DEDICAÇÃO
G – ABNEGAÇÃO: Agir, renunciando aos interesses pessoais, integridade física
e conforto em favor da instituição, grupos e / ou pessoas, no sentido do
cumprimento da missão.
H – CAMARADAGEM: Agir, relacionando-se de modo solidário, cordial e
desinteressado com superiores, pares e subordinados, por meio da escuta
empática e prestação de serviços.
I – AUTOCONFIANÇA: Agir com segurança e convicção nas próprias
capacidades e habilidades, em diferentes circunstâncias. Está relacionada à
atitude de iniciativa.
J – COOPERAÇÃO: Agir, contribuindo espontaneamente para o trabalho de
alguém e/ou de uma equipe.
L – LEALDADE: Agir, sendo fiel a pessoas e grupos, considerando as
necessidades da Instituição, de modo a inspirar a confiança.
M – SOCIABILIDADE: Agir, relacionando-se com outros por meio de ideias e
ações de modo adequado, considerando os seus sentimentos e ideias, sem ferir
suscetibilidades.
ATRIBUTO 3 (A3).COMPORTAMENTO
L – DECISÃO: Optar pela alternativa mais adequada, em tempo útil e com
convicção, evitando a omissão, a inação ou a ação intempestiva.
M – DEDICAÇÃO: Realizar as atividades necessárias ao cumprimento da missão
com empenho e entusiasmo.
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N – DISCIPLINA INTELECTUAL: Adotar e defender a decisão superior e/ou do
grupo mesmo tendo opinado em contrário.
O – DISCRIÇÃO: Manter reserva sobre fatos de seu conhecimento que não
devam ser divulgados.
P – EQUILÍBRIO EMOCIONAL: Agir, controlando as próprias reações emocionais
e sentimentos para se conduzir de modo apropriado, nas diferentes situações.
Q – REPONSABILIDADE: Cumprir adequadamente as atribuições de seu cargo,
função e posto, assumindo e enfrentando as consequências de suas atitudes e
decisões.
R – EMPATIA: tentar compreender sentimentos e emoções, procurando
experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.