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O professor Gustavo iniciou sua fala situando aos alunos de onde estava falando, citando a
sua instituição e Educação Física nessa instituição. Como natural de Rio Grande, foi interessante
conhecer a organização e um pouco da história do Instituto de Educação da FURG, o IE. Mesmo
sendo da cidade Rio Grandina, cursei a graduação e atualmente curso o mestrado na ESEF UFPel, o
que me faz conhecer muito pouco sobre a FURG e seus institutos. E aí, deixo uma reflexão. Por que
mesmo estando tão perto geograficamente, temos tão pouco contato e/ou conhecimento de outras
instituições/ programas/ e pesquisadores? Vejo que os “locus” de pesquisas estão cada vez mais
fechados em si mesmos e olhando muito pouco para aquilo que está ao seu redor, o que eu
considero que seja um grande problema, sobretudo para as pesquisas que estão mais localizadas nas
áreas das ciências sociais.
Após conhecer a FURG, através da fala do professor também pude conhecer um pouco mais
a respeito dos três programas de pós-graduação do IE, algo que foi significativo pois eu só conhecia
dois deles. Outro aspecto que me chamou a atenção foi o fato de no mestrado em Educação as
publicações de artigos serem contadas como créditos afim de incentivar as publicações dentro do
programa.
Do fim da fala do professor Gustavo até o os momentos finais de debate, o diálogo esteve
centrado nos Comitês de Ética em Pesquisa e seus desdobramentos. Destaco a utilização do termo
“arena coercitiva” quando ele apresenta que mesmo não sendo lei, acaba que há toda uma
organização por trás que faz com que as submissões se tornem normas nas pesquisas. Após, ele faz
uma crítica interessante ao afirmar que a “racionalidade científica padrão” desconsidera a
multiplicidade do fazer ciência/pesquisa.
Durante o diálogo em aula surgiram debates a respeito da ampliação das aulas de Educação
Física como ação essencial para elevar a prática de Atividade Física. Aqui, deixo registrado que
embora as intervenções sejam interessantes, não podemos sobrecarregar a Educação Física escolar
com demandas que não são apenas dela. Uma reflexão que faço, é que, a Educação Física que
durante muito tempo foi esportivizada, hoje tem se tornado epidemiológica, sobretudo nos discursos
que visam apenas a obtenção de níveis de atividades físicas e desconsideram os demais aspectos
dessa disciplina.
Por fim, destaco que tive um pouco de dificuldade na escolha do seminário da outra área de
concentração. Talvez por um problema crônico na formação que fragmenta a Educação Física e
separa-a em diferentes unidades e na falta de diálogo. Entretanto, considero que a disciplina e a
elaboração desse trabalho construíram resultados significativos em minha formação como mestre e
no conhecimento do programa de Pós-Graduação que faço parte. Pontuo que a escrita desse texto
foi um excelente exercício e que a disciplina ficará registrada em minha trajetória. Concluo
agradecendo ao professor Gabriel e aos colegas pela companhia.