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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DISCIPLINA DE SEMINÁRIO DE PESQUISA

Aluno: Antônio Vinícius Oliveira de Almeida


Seminário 1: Linha de Formação Profissional e Prática Pedagógica (08/06/2022)
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Seminário 2: Linha de Desempenho e Metabolismo Humano (01/06/2022)


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A escrita do presente trabalho visou apresentar as considerações pessoais do autor com


relação aos seminários realizados nas aulas da Disciplina de Seminário de Pesquisa I. A disciplina
foi ministrada pelo professor Gabriel Gustavo Bergmann no Programa de Pós-Graduação em
Educação Física da UFPel e aconteceu durante o primeiro semestre letivo do ano de 2022 às
quintas-feiras das 8h às 10h da manhã, de maneira síncrona.

A escolha do primeiro seminário, da área de concentração “Movimento Humano, Educação


e Sociedade” se deu, sobretudo, por ter sido a apresentação do convidado externo que os colegas da
minha linha de pesquisa tinham feito a indicação. Além disso, já existia um interesse prévio em
ouvir o professor convidado e a consideração de que o tema da aula é bastante relevante para
estudantes de programas de Pós-Graduação.

O convidado foi o professor Gustavo Freitas, formado em Educação Física e aluno da


primeira turma de mestrado na ESEF UFPel. Na sua fala, intitulada “A pesquisa em EF dentro de
outros programas de pós-graduação – o caso do PPGEDU/FURG”, ele se propôs a falar de temas
relacionados a pesquisa, a Educação Física e a programas de Pós-Graduação.

O professor Gustavo iniciou sua fala situando aos alunos de onde estava falando, citando a
sua instituição e Educação Física nessa instituição. Como natural de Rio Grande, foi interessante
conhecer a organização e um pouco da história do Instituto de Educação da FURG, o IE. Mesmo
sendo da cidade Rio Grandina, cursei a graduação e atualmente curso o mestrado na ESEF UFPel, o
que me faz conhecer muito pouco sobre a FURG e seus institutos. E aí, deixo uma reflexão. Por que
mesmo estando tão perto geograficamente, temos tão pouco contato e/ou conhecimento de outras
instituições/ programas/ e pesquisadores? Vejo que os “locus” de pesquisas estão cada vez mais
fechados em si mesmos e olhando muito pouco para aquilo que está ao seu redor, o que eu
considero que seja um grande problema, sobretudo para as pesquisas que estão mais localizadas nas
áreas das ciências sociais.

Após conhecer a FURG, através da fala do professor também pude conhecer um pouco mais
a respeito dos três programas de pós-graduação do IE, algo que foi significativo pois eu só conhecia
dois deles. Outro aspecto que me chamou a atenção foi o fato de no mestrado em Educação as
publicações de artigos serem contadas como créditos afim de incentivar as publicações dentro do
programa.

Do fim da fala do professor Gustavo até o os momentos finais de debate, o diálogo esteve
centrado nos Comitês de Ética em Pesquisa e seus desdobramentos. Destaco a utilização do termo
“arena coercitiva” quando ele apresenta que mesmo não sendo lei, acaba que há toda uma
organização por trás que faz com que as submissões se tornem normas nas pesquisas. Após, ele faz
uma crítica interessante ao afirmar que a “racionalidade científica padrão” desconsidera a
multiplicidade do fazer ciência/pesquisa.

Já o segundo seminário escolhido, da área de concentração “Biodinâmica do Movimento


Humano” foi o da apresentação do grupo dois da linha de Epidemiologia da Atividade Física com
os colegas Carlos Alex Soares, Danylo José Costa, Maiara Gonçalves e Naiélen Rodrigues que
apesentou o artigo intitulado “Prevalência de adolescentes fisicamente ativos em capitais
brasileiros”. A escolha se deu pelas reflexões que fiz lá no início do semestre durante a
apresentação dos colegas.

Na introdução o grupo apresenta conceitos e indicadores básicos das pesquisas


epidemiológicas, e aqui chama atenção o dado apresentado que 1 em cada 5 crianças não atinge os
níveis de atividade física recomendados pela OMS. Nesse sentido, como estudante de linha de
Formação Profissional e Prática Pedagógica, já fui tecendo reflexões e pensando possíveis causa
para esse número. Além disso, refletindo se a escola pode ou não interferir nesses dados.

O seminário também oportunizou mais um momento de contato com a PeNSE, uma


pesquisa de caráter nacional do ambiente escolar e que mesmo na linha de Formação Profissional e
Prática Pedagógica eu tenho pouco contato. Se não me engano, estudei ela apenas no último da
minha graduação na disciplina de Saúde na Escola.
Com relação aos números apresentados, é importante fazer uma ligação deles com a prática
pedagógica do professor/a de Educação Física na escola, ou seja, o professor conhecer a realidade e
trabalhar com dados reais. E aí entra a importância de não nos fecharmos em nossas linhas e
pesquisas, mas sim dialogarmos com essas outras áreas da Educação Física, sobretudo nós do
PPGEF UFPel, que temos a oportunidade de estar em um programa com tantas linhas de pesquisa e
professores/as referências nas suas áreas.

Durante o diálogo em aula surgiram debates a respeito da ampliação das aulas de Educação
Física como ação essencial para elevar a prática de Atividade Física. Aqui, deixo registrado que
embora as intervenções sejam interessantes, não podemos sobrecarregar a Educação Física escolar
com demandas que não são apenas dela. Uma reflexão que faço, é que, a Educação Física que
durante muito tempo foi esportivizada, hoje tem se tornado epidemiológica, sobretudo nos discursos
que visam apenas a obtenção de níveis de atividades físicas e desconsideram os demais aspectos
dessa disciplina.

Por fim, destaco que tive um pouco de dificuldade na escolha do seminário da outra área de
concentração. Talvez por um problema crônico na formação que fragmenta a Educação Física e
separa-a em diferentes unidades e na falta de diálogo. Entretanto, considero que a disciplina e a
elaboração desse trabalho construíram resultados significativos em minha formação como mestre e
no conhecimento do programa de Pós-Graduação que faço parte. Pontuo que a escrita desse texto
foi um excelente exercício e que a disciplina ficará registrada em minha trajetória. Concluo
agradecendo ao professor Gabriel e aos colegas pela companhia.

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