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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CAMPUS VII

CENTRO DE CIENCIAS E SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

WESLLEY GOMES SOARES

ESTRESSE NO TRABALHO

PATOS

2022
WESLLEY GOMES SOARES

ESTRESSE NO TRABALHO

Trabalho de Conclusão de Curso (Artigo)


apresentado a/ao Coordenação /Departamento
do Curso Bacharelado em Administração da
Universidade Estadual da Paraíba, como
requisito parcial à obtenção do título de
bacharel em Administração

Área de concentração: Piscologia


organizacional.

Orientadora: Profª. Ms. Dr. Larissa de Araujo Batista Suarez

PATOS

2022
1 INTRODUÇÃO

O estresse é uma resposta a pressões externas que impactam diretamente no corpo e


suas funções fisiológicas, quando relacionado ao trabalho isso se evidencia por tratar-se de
uma rotina, e mediante as situações corriqueiras o indivíduo se encontra num lugar de medo,
onde o corpo reage afim de criar uma barreira para dominar a situação. Assim podendo causar
danos cruciais a saúde atingindo sistemas imunológicos, endócrino e nervoso (BARROS,
2017).

O ambiente do trabalho se reinventa em curtos espaços de tempos, a globalização, o


ritmo acelerado do mercado deixa esse ambiente com turbulências, pois existe a necessidade
de adaptar-se a cada nova mudança. Grande parte dos trabalhadores sofrem ou já sofreram
com conflitos oriundos de cobranças inerentes a tal aspecto, logo se é notado insatisfação
gerando prejuízos não somente ao próprio trabalhador quanto a empresa e seus gestores
(AREIAS E COMANDULE, 2004).

Apesar dos grandes avanços, o trabalho humano é o maior suporte de uma empresa, e
afim de estimulá-los são estabelecidas metas como um plano de compromisso onde a empresa
espera a entrega máxima para obtenção dos resultados e o trabalhador esperar ser reconhecido
remunerado pelo seu esforço. Acontece que, no meio do caminho, é notado que a pressão
dada aflige-os, a insegurança, o medo de não conseguir, a ansiedade em querer que o ciclo
encerre para ver os resultados, tudo isso coloca numa condição de pressão psicológica, e os
causadores são seus próprios medos proveniente das exigências (HIRSCHLE E GONDIN,
2020). E é nesse ponto que focaremos neste trabalho.

Quando observamos o segmento de vendas identificamos fortemente problemas


relacionado ao estresse, e ao ponto de vista dos empresários considera-se um grande vilão da
produtividade. Cabe aos gestores terem planejamento e programas que venham a não só
estimula resultados, mas principalmente focar na qualidade de vida de seus empregados
(HIRSCHLE E GONDIN, 2020).

Instrumentos inseridos no dia a dia também podem ocasionar em irritabilidades, como


por exemplo, o uso contínuo do aparelho celular em suas execuções diárias. O simples fato de
utilizar o aparelho em nossas vidas já é pauta de muitas discussões, e o uso no trabalho
também não é diferente, quando unimos os dois contextos na vida do indivíduo, chegaremos a
conclusão do uso quase que permanentemente por 24 horas (LIMA et al, 2020).

Neste trabalho iremos compreender melhor a patologia do estresse, suas causas,


vulnerabilidades e sentidos, e como todos as suas consequências impactam no cotidiano. O
DSM-V (2014) instrui que eventos traumáticos acarretam gatilhos para o estresse, como
lembranças angustiantes, passado de dores, perdas, pressões, envolvem o indivíduo num papel
vulnerável, desse modo apresenta também complicações fisiológicas dentre elas perturbação
do sono, surtos de raiva, problemas com concentração etc.

Com todas essas problemáticas o que seria um estado de estresse pode acarretar em
outros transtornos devido as suas reações num pico elevado. Ataque de pânico é um comum
transtorno advindo de uma situação de estresse aguda, quando associado a uma futura
situação de medo. Inúmeros são os transtornos adquiridos, o trauma vivido ou até mesmo
“pré” vivido numa pessoa em situação de estresse pode acarretar em um diagnóstico grave
(DSM-V, 2014).

Dentro da perspectiva do estresse relacionado ao trabalho, é relacionado não somente


as reações no organismos mas todo o contexto no qual está submetido, a realização
profissional é considerado um ponto de ameaça e desencadear uma ânsia prejudicando o
caminho para essa realização, ou seja, um desejo de viés positivo sendo boicotado pela
pressão existente no coorporativo (FRANÇA E RODRIGUES, 2013).

Publicada pela American Management Association uma pesquisa apontou que os


motivos pelos quais os trabalhadores lidavam com motivação entravam em conflito com
possíveis objetivos da empresa, como por exemplo, o desejo de autonomia do individuo
diverge com o modelo de estrutura da empresa, bem como a satisfação profissional individual
contradizer-se com o almejo da necessidade de produção e resultados em larga escala da
organização. Mediante a ambiguidades, incompatibilidade, sobrecarga temos o fator estresse
em evidência (FRANÇA E RODRIGUES, 2013).

Diante do cenário de transformações relatadas, o presente estudo tem o objetivo de


analisar os fatores estressores e identificar as manifestações de estresse em funcionários de
uma empresa privada no segmento de venda de seguros da cidade de Patos/PB.
2 HIPÓTESE

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivos gerais

3.2 Objetivos específicos

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 Estresse Organizacional

Perante as mutações no mercado tanto empregados como empregadores enfrentam


rotineiramente desafios na tentativa de consistir um bom resultado; o cenário que
encontramos é de empresas com desequilíbrio em suas exigências, ofertando grande demanda
de produção e baixo reconhecimento profissional seja remunerado ou não (ZANELLI, 2010).

Zanelli (2010) relata que as condições se tornam piores quando há falta de equidade,
não atendendo os critérios de justo dentro da organização, por muitas vezes alocando pessoas
menos qualificadas em cargos superiores. Ao passar do tempo o trabalho torna-se parte do
indivíduo, uma área que é enxergada como prioridade assim sendo criada expectativa de uma
vida no trabalho.

Lipp (1984, p. 6) diz que "a reação psicológica com componentes emocionais, físicos,
mentais e químicos a determinados estímulos que irritam, amedrontam, excitam e/ou
confundem a pessoa", ou seja reforça ainda mais o fato de que o estresse está atrelado ao seu
interno, externo, ambiente, necessidades e motivações.

Podemos entender um pouco mais das consequências do estresse, manifestações de


fores cargas emocionais que não devem ser subestimados; em grande escala podem causar a
morte, seja lentamente, ou fulminante.
4.2 Burnout

O conceito de Burnout (burn = queima; out = exterior) foi criando por Herbet
Freudenberger pra nomear o esgotamento mental de profissionais associados as drogas,
posteriormente o termo foi desenvolvido por Maslach; inicialmente levando-se em
consideração três pontos: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal
(FRANÇA, 2013).

Aspectos básicos que caracterizam a síndrome de bunout:

Redução da
Exaustão
Despesonalização Realização
emocional
pessoal

BURNOUT

A exaustão emocional dá-se ao desgaste diários nas relações pessoais, o principal


ponto observado seria impaciência mediante a situações, um nível de irritabilidade sensível, a
descontrolar suas reais impressões. Enquanto na despersonalização o profissional desumaniza
seus atos, torna-se frio e inerente ao ambiente, nesse processo é perdido o olhar de empatia,
tratando o outro com indiferença, o contato interpessoal é apenas tolerado. Relacionado ao
terceiro ponto é afirmado que o burnout surge no universo promissor, na realização
profissional, onde é criada todas as expectativas do trabalhador, e ao lidar numa situação de
perturbação devido a esforços afim de almejar algo lida com a frustração de seus planos
(ZANELLI, 2010).

O burnout tem relação direta com o estresse agudo e é conhecido popularmente como
um problema de saúde no trabalho, visto suas consequências. Essa síndrome acontece
geralmente em pessoas que trabalham e têm contato interpessoal, onde além das
problemáticas diárias, deve-se lidar com fatores humanos seja do corpo da empresa ou seja do
público, sempre com excessiva pressão, conflito e pouco reconhecimento (FRANÇA, 2013).
A principal incidência dos sintomas são oriundas das condições físicas, emocionais e
psicológicas lidadas no trabalho. Podemos notar seus principais sintomas como distúrbios do
sono, falta de energia generalizada, fadiga física, dores no corpo, irritabilidade entre outros. E
em sua maioria os sintomas aparecem de formas leves e a falta de reconhecimento da
síndrome acarreta em agravamento desses sinais (MPPI, 2020).

4.3 Qualidade de vida

A origem do conceito de qualidade de vida no trabalho está associada a ética e


condições salubres de trabalho, incluindo sua segurança física, bem estar. (ZANELLI, 2010)

Kertesz e Kerman apresentam um esquema para avaliação do estresse com aspectos


que elevam o bem estar do indíviduo, são pontuados:

 Alimentação;
 Atividade física;
 Tempo de repouso adequado;
 Espaço para lazer e diversão;
 Trabalho que contenha capacidade de realização;
 Inserção de grupo social.

Com uma rotina de novos costumes ocupacionais durante o dia, tende o corpo e mente
sentir-se mais satisfeitos, fazendo não ter espaço para ociosidade; tudo isso atrelado a uma
carga horário de trabalho que seja validada a um lugar de realização. É uma junção de fatores
que interligam o bem estar (ZANELLI, 2010).

A qualidade de vida é uma integração de interesses do trabalhador com a empresa,


evitar o esgotamento no colaborador tornou-se uma estratégia para bons resultados além de
favorecer a saúde do ambiente. O planejamento é fundamental para ser aplicado métodos que
beneficiem o bem estar do funcionário; com uma equipe alinhada a tendencia é um maior
índice de produtividade (DINIZ, 2013).
5 METODOLOGIA

5.1 Tipo e local de estudo

O presente estudo trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e quantiqualitativa,


realizada no ano de 2022; e tendo como local de estudo uma corretora de seguros localizada
na cidade de Patos/PB, cidade conhecida por ser um grande polo estudantil e comercial
devido a sua localização geográfica que a põe num local a cerca de muitas cidades menores a
dependerem dela, além de ficar próxima as extremidades de divisão de estado com PE e RN.
A empresa fundou-se na cidade há 8 anos atrás, escolhendo a cidade justamente por seus
pontos favoráveis, tendo em vista um publico ideal para suas vendas de seguros de
automóveis, vida, empresarial, residencial, rural, de animal, responsabilidade civil, entre
outros.

5.2 Critérios de inclusão e exclusão

Inclusão: fazer parte da equipe de funcionários da corretora de seguros e que estejam


de acordo com em participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e
Especial (TCLE);

Exclusão: não fazer parte do quadro de funcionários da empresa e os potenciais que


não estejam interessados em fazer parte da pesquisa.

5.3 Instrumentos e procedimentos de análise de dados

A Escala de Estresse no Trabalho (EET), aborda dois itens importantes para pesquisa,
os fatores estressores organizacionais e suas consequências psicológicas (TAMAYO E
PASCHOAL, 2004).
O MBI (Maslach Burnout Iinventory) avalia o que o trabalhado vivencia em seu
trabalho em três aspectos: exaustão emocional, despersonalização e realização profissional. É
composta por 22 perguntas fechadas relacionado a situações rotineiras no trabalho e apresenta
uma escala de resposta criada inicialmente por Maslach de 1 (nunca) a 7 (todos os dias), e
adaptada por Tamayo numa escala usada hoje de 1 (nunca) à 5 (todos dias) para melhor
validação (MASLACH, 1993). Com isso sendo possível de uma forma mais clara a avaliação
do Burnout.

5.4 Análise de dados

A análise terá suporte dos softwares Microsoft Excel® vesão 2019 e do IBM® SPSS
statistics para ser feita a análise dos dados estatísticos. Serão coletados números com médias e
escalas de avaliação para serem enfatizados na pesquisa de amostragem não-probabilística.

5.5 Posicionamento ético

Todas as informações fornecidas pelos participantes da pesquisa serão mantidas em


sigilo, onde os mesmos estarão assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) e serão informados do que trata-se a pesquisa, o questionário aplicado e suas
características.

A resolução número 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Ministério da


Saúde (MS) evidencia a adequação da pesquisa aos princípios científicos e respeito aos
participantes em todos os caráteres éticos associados. (BRASIL, 2013)

5.5.2 Riscos e Benefícios

Riscos: receio a participação do questionário devido ao fator empregatício sendo assim


considerando um risco pois a pesquisa lida com as funcionalidades de relação direta a
demandas da empresa. Afim de reduzir esse risco será evidenciado o TCLE como forma de
segurá-los, e relatar a importância do estudo aplicado, bem como ser referência para futuros
leitores dos resultados.

Benefícios: com os resultados a empresa ciente das variantes encontradas subsidiarão a


necessidade de criar-se programas ou promoções de saúde mental a equipe.

5.6 Resultados esperados

Ao finalizar o estudo será esperado encontrar os fatores de estresse pertinentes no dia a


dia dos funcionários para ser levantadas pautas de saúde do trabalho no ambiente da
organização, afim de priorizar o bem estar dos funcionários.

6 CRONOGRAMA

Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês


Atividades
5 6 7 8 9 10 11 12

Revisão de literatura X X X X X X X

Revisão do projeto X

Envio ao
X
CEP

Coleta de dados X X X

Análise de dados X X X

Elaboração de relatório final X

7 ORÇAMENTO
Fases Quantidade Valor em R$
Transporte 1 30,00

REFERÊNCIAS:

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais: DSM-V. Tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento... et al.; revisão
técnica: Aristides Volpato Cordioli... et al.; 5ed. Porto Alegre, 2014.

AREIAS, M.E.Q. & COMANDULE, A. Q. Transformações no mundo do trabalho: a


inserção da Qualidade Total. Série Saúde Mental e Trabalho, ORG. GUIMARÃES &
GRUBITS vol.2 Casa do Psicólogo, 2004.

BARROS, D.; FUNKE, G.; et al. 49 Pergunta sobre Estresse. Instituto Bem Estar. Manole,
2017.

FRANÇA, A. C.; RODRIGUES, A.; Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. 4ed.
São Paulo – ATLAS, 2013.

ZANELLI, J.; Estresse nas organizações de trabalho: compreensão e intervenção baseadas


em evidências. Porto Alegre – Artmed, 2010.

TAMAYO, A.; PASCHOAL, T. Validação da Escala de Estresse no Trabalho. Estudos de


Psicologia, Natal, 2004.
Ministério da Saúde. Resolução CNS Nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Publicada no DOU
nº 12, 2013.

DINIZ, P. Guia de qualidade de vida: saúde e trabalho. 2ed. Barueri, SP: Manole, 2013.

MASLACH, C. Burnout: A multidimensional perspective. 1ed. 1993.

Ministério Público do Estado do Piauí - (MPPI). Guia prático sobre a Síndrome de


Burnout. Bom viver no MPPI. Piauí, 2020.

LIMA, G.; GOMES, L; BABORSA, T. Qualidade de vida e nível de estresse dos


profissionais da atenção primária. SciELO. Paraná, 2020. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0103-1104202012614> data de acesso: 21 de julho de 2022.

HIRSCHLE, A.; GONDIM, S. Estresse e bem estar: uma revisão de leitura. SciELO. Bahia,
2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csc/a/7rhP4hgWgcspPms5BxRVjfs/?
lang=pt#> data de acesso 19 de julho de 2022.

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