TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO – 3º GERAÇÃO DO ROMANTISMO
NOME: Netiane Rampelotto
LIBERDADE – ABOLICIONISMO
A terceira geração romântica no Brasil de 1870 foi um período marcado por
ideais que vieram a partir de uma visão crítica e mais aprofundada da realidade social da época. Nesse momento da literatura brasileira, a estrutura do pensamento eram as ideias abolicionistas, republicanas e liberais. Neste momento em que a terceira fase do romantismo se iniciou ainda sofríamos da escravidão no Brasil, pois a escravidão teve seu início aqui no Brasil no século XVI, durante o período colonial, e consistiu no uso da mão-de-obra forçada de mulheres e homens africanos. Então essas pessoas foram retiradas a força de grupos étnicos dos quais faziam parte no continente africano e trazidas ao Brasil nos chamados navios negreiros. A origem conhecida como geração condoreira, está marcada pela liberdade e uma visão mais ampla, com uma características da ave que habita a Cordilheira dos Andes Condor, sendo um símbolo de liberdade com seus voos em grandes altitudes. Nesse período, a literatura sofre forte influência do escritor francês Victor-Marie Hugo recebendo o nome de geração hugoana. Os poetas eram muito influentes em vias sócias, tais como debates, e estavam bem informados do momento histórico em que o país estava. Diferentemente dos poetas de primeira geração que se importavam mais com poesias que falavam sobre sentimentos e não ligaram tanto para a realidade social do país. A distribuição de seus textos era feita em eventos como bailes, teatros e associações estudantis, mas a principal entre elas era a de jornais impressos, na qual mostrava ao público leitor ideias abolicionistas e comunicava e dava visão a causas sociais. Como foi dito essa geração expressa um desejo de pôr a frente a questão social e política do país, e tudo isso é possível pois na época o país estava sendo marcado por diversas manifestações libertarias, neste contexto o Brasil sendo um dos últimos país a terminar com a escravidão, o condoreirismo teve uma grande importância por dar lugar de destaque a esses povos escravizados e dando voz para movimentos sociais tais como a luta de igualdade e justiça. Isso aparece no livro da escritora Maria Firmina dos Reis, “Úrsula”, onde vimos o personagem Túlio ser livre como sempre quis, porém essa sua tal liberdade veio das mãos de mancebo como forma de dinheiro. Desta forma Túlio se sentiu no dever de ter que continuar a trabalhar para mancebo mesmo após já ser livre, como ele mesmo diz no livro. “Não troco cativeiro por cativeiro, oh não! Troco escravidão por liberdade, por ampla liberdade! Veja, mãe Susana, se deve ter limites a minha gratidão: veja se devo, ou não provar-lhe até a morte o meu reconhecimento!” A palavra devo aparece muitas vezes fazendo com que o próprio leitor entenda que Túlio se sentia no dever de ter que continuar a trabalhar para mancebo pois na época a honra habitava o homem, e em sua cabeça se ele não honrasse o que o “generoso” mancebo lhe deu ele seria um homem sem honra, por não reconhecer o quão bondoso mancebo foi ao lhe dar uma alta quantia em dinheiro que compraria a sua tão desejada liberdade