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Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

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Regulamento Geral de Mestrados

Regulamento Geral de Mestrados

Preâmbulo

De acordo com os compromissos resultantes do Processo de Bolonha, o Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de


Fevereiro, regulamentou o novo sistema de créditos curriculares (ECTS-European Credit Transfer System),
que substituiu o sistema de créditos consignado no Decreto-Lei n.º 173/80, de 29 de Maio e instituiu
princípios e instrumentos inovadores para a criação do Espaço Europeu de Ensino Superior.

O presente Regulamento visa desenvolver e complementar o regime jurídico instituído pelo Decreto-Lei n.º
74/2006, de 24 de Março, e demais legislação aplicável, respeitando os termos do Regulamento de
Mestrados da Universidade Técnica de Lisboa (Deliberação do Senado da UTL n.º 1487/2006 publicada em
Diário da República, 2.ª série, n.º 207 de 26 de Outubro de 2006).

Nestes termos, o Regulamento Geral de Mestrados do ISCSP consagra um novo regime atinente ao
desenvolvimento das novas realidades do ensino e da investigação, dando cumprimento ao disposto no
artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março.

Artigo 1.º

Âmbito de Aplicação

1. O presente regulamento aplica-se aos Ciclos de Estudos de Mestrado (II Ciclo) do ISCSP,
estabelecendo as normas gerais comuns a todos os cursos de Mestrado.

2. Os Cursos de Mestrado habilitam à obtenção do grau académico de mestre e comprovam nível


aprofundado de conhecimentos numa área específica e capacidade para a prática da
investigação, podendo ser conferidos numa área de especialização.

3. A aprovação na totalidade das unidades curriculares da parte escolar que integram o plano de
estudos do II Ciclo confere o diploma de pós-graduação/estudos avançados na área ou domínio
em que é ministrada a formação especializada. A este diploma deve ser atribuída uma
denominação que não se confunda com a da obtenção final do grau académico correspondente.
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4. Para os Mestrados de Comunicação Social, Política Social, Gestão e Políticas Públicas e


Sociologia das Organizações e do Trabalho, os alunos com origem no ISCSP em licenciaturas
de fileira terão direito, após aprovação em todas as unidades curriculares do 1º ano do
Mestrado, que lhes seja passado um Diploma de Pós-Graduação respectivamente em:

a. Comunicação Social;
b. Política Social;
c. Gestão e Administração Pública;
d. Sociologia do Trabalho.

5. Os alunos do ISCSP que se tenham matriculado em Mestrado com reconhecimento automático


do 1º ano, após a obtenção do grau de Mestre, terão direito a que lhes seja passado um
Diploma de Pós-Graduação por equivalência à parte curricular dispensada. A este diploma deve
ser atribuída uma denominação que não se confunda com a da obtenção final do grau
académico correspondente.

Artigo 2.º

Concessão do Grau de Mestre

1. Sem prejuízo do disposto no artigo 18.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, a
concessão do grau de mestre obriga à conclusão de um ciclo de estudos com 120 créditos, com
uma duração normal de quatro semestres, pressupondo sempre:
a. A frequência e aprovação num curso de especialização, denominado por curso de Mestrado
nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março,
significando uma carga mínima de trabalho do aluno correspondente a um mínimo de 50 %
do número total de créditos do ciclo de estudos;
b. Uma componente de trabalho autónomo supervisionado, correspondente a um mínimo de
35 % do número total de créditos do ciclo de estudos, que se traduz na elaboração de um
trabalho final de Mestrado, especialmente realizado para este fim, sua discussão e
aprovação;
c. Uma componente de preparação para o trabalho referido no número anterior que, de acordo
com o plano de estudos do 2º ano, deverá corresponder, pelo menos, a uma das condições
que se enunciam:
i. À frequência e aprovação das unidades curriculares definidas para o 2º ano do
Mestrado;
ii. À frequência de workshops, trabalhos de grupo e outras modalidades de
preparação e de acompanhamento, conducentes à realização do trabalho final;
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d. A definição das modalidades de preparação e de acompanhamento conducentes à


realização do trabalho final caberá à coordenação de cada Mestrado.

Artigo 3.º

Admissão

1. Fixação e divulgação de vagas


a. Cabe ao Conselho Científico fixar anualmente o número de vagas em cada curso e o
número mínimo de inscrições indispensável ao funcionamento do curso de Mestrado ou de
especialização e o respectivo período lectivo, mediante proposta da Coordenação de cada
Mestrado.

2. Candidaturas
a. A selecção dos candidatos à matrícula no curso de Mestrado obedece às condições gerais
de acesso e ingresso, definidas no artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março,
que estipula poderem candidatar-se ao ciclo de estudos conducente ao grau de mestre:
b. Titulares do grau de licenciado ou equivalente legal;
c. Titulares de um grau académico superior estrangeiro conferido na sequência de um 1º ciclo
de estudos organizado por um Estado aderente a este Processo, de acordo com os
princípios do Processo de Bolonha;
d. Titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como
satisfazendo os objectivos do grau de licenciado pela Unidade de Coordenação do curso de
Mestrado;
e. Em casos devidamente justificados, podem aceder aos cursos de Mestrado os candidatos
que apresentem um currículo científico e profissional relevante para a frequência deste ciclo
de estudos e que seja reconhecido pela Unidade de Coordenação do curso de Mestrado.

3. Selecção
a. É da competência da Coordenação de cada Mestrado a elaboração da proposta de
selecção e seriação dos candidatos para as vagas fixadas, considerado o respectivo
currículo, nomeadamente no que se refere às áreas científicas, a classificações da
licenciatura e a eventuais provas ou entrevistas;
b. A proposta de selecção e seriação dos candidatos de cada Mestrado está sujeita a
aprovação pelo Conselho Científico;
c. Finda a aplicação dos métodos de selecção, o Conselho Directivo divulgará a lista de
admitidos e a lista de candidatos não admitidos.

4. Inscrição
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a. As inscrições no primeiro ano dos Mestrados (II Ciclo de Estudos) ocorrerão em data a fixar
anualmente pelo Conselho Directivo, junto dos Serviços Académicos do ISCSP, mediante
entrega da seguinte documentação:
i. Certidão de Licenciatura com média final
ii. Curriculum Vitae
iii. Fotocópia do Bilhete de Identidade
iv. Requerimento de candidatura, fornecido pelo ISCSP;
b. Os alunos que obtiveram equivalência relativamente ao 1º ano do Mestrado que pretendem
terminar, procederão à inscrição no 2º ano, junto dos Serviços Académicos do ISCSP, na
data a que se alude na alínea anterior.

Artigo 4.º

Condições de Funcionamento

1. Os mestrados funcionam em regime semestral.

2. A aceitação do Trabalho Final de Mestrado está vinculada à obtenção, por parte do candidato,
de aproveitamento (ou de reconhecida equivalência) da parte curricular.

3. O funcionamento de cada Mestrado é condicionado pela existência de um número mínimo de


alunos, previamente seleccionado, fixado anualmente pelo Conselho Científico, sob proposta da
Coordenação de cada Mestrado.

4. Somente funcionarão as unidades curriculares do curso de Mestrado em que haja um número


mínimo de alunos inscritos, fixado anualmente pelo Conselho Científico, sob proposta da
Coordenação de cada Mestrado.

5. Em circunstâncias excepcionais e fundamentadas, o Conselho Científico, sob proposta de cada


Coordenação, pode aprovar o funcionamento de mestrados e unidades curriculares dos cursos
de Mestrado em condições diferentes das definidas nos números 4 e 5 do presente artigo.

Artigo 5.º

Organização e Estrutura Curricular

1. A parte curricular dos cursos de Mestrado está organizada de acordo com o sistema de
unidades de crédito ECTS.
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2. A inscrição em Pós-Graduações integradas nos planos curriculares dos Mestrados obriga à


matrícula na totalidade das disciplinas do 1º ano.

3. A obtenção do grau de mestre pressupõe a elaboração de um Trabalho Final de Mestrado, que


pode assumir um dos seguintes tipos:
a. Uma dissertação;
b. Um trabalho de projecto e respectivo relatório;
c. Um estágio e respectivo relatório.

4. Nos cursos de Mestrado em que existam unidades curriculares de opção livre, o respectivo
elenco é anualmente fixado pelo Conselho Científico, tendo em atenção as propostas
apresentadas pela Coordenação de cada Mestrado.

5. Aos alunos admitidos nos cursos poderá também ser concedida equivalência de unidades
curriculares de um curso de Mestrado, mediante a transferência de créditos obtidos noutros
cursos de 2.º ciclo do Sistema de Ensino Superior, em licenciaturas de 4 anos ou em Pós-
Graduações. Os alunos deverão respeitar os seguintes procedimentos:
a. A equivalência será requerida à Coordenação da Unidade, devendo o requerimento ser
entregue na Secção de Alunos, no prazo previsto para inscrição e matrícula no curso ao
qual submetem inscrição;
b. A concessão ou denegação da equivalência, a que se refere a alínea anterior, é da
competência do Conselho Científico, sob proposta da Coordenação de cada Mestrado.

Artigo 6.º

Instrução dos processos de matrícula, inscrição, transição de ano, reprovação e


reinscrição

1. A matrícula e inscrição dos alunos de cursos de mestrado são feitas directamente pelos
interessados nos Serviços Académicos.

2. O processo de matrícula e inscrição será instruído com os documentos já entregues para efeito
de candidatura, aos quais o candidato deverá juntar:
a. Boletim de inscrição a fornecer pelos Serviços Académicos;
b. Fotocópia do boletim individual de saúde com a vacina anti-tetânica válida;
c. Uma Fotografia a cores tipo passe;
d. Pagamento do Seguro Escolar;
e. Pagamento da taxa de matrícula e montante de propinas correspondente.
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3. Transição de ano
a. A inscrição em unidades curriculares do 2.º ano do plano de estudos de um curso de
Mestrado só pode ser efectuada se o aluno tiver concluído o 1.º ano com o máximo de 4
unidades curriculares semestrais em atraso.

4. Reprovação e reinscrição
a. Aos alunos que não obtenham aprovação no II Ciclo, é facultada a possibilidade de nova
frequência, mediante a correspondente reinscrição;
b. Os alunos a que se refere a alínea a) podem requerer a reinscrição/reingresso no Mestrado,
que será decidida pelo Conselho Científico após parecer da Coordenação de cada
Mestrado.

5. Penalização
a. Aos alunos que requeiram a reinscrição e reingresso nos termos do número anterior é
aplicado um emolumento, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 7.º

Trabalho Final do Mestrado

1. Admissão ao trabalho final


a. Sem prejuízo do legalmente estipulado para a duração máxima do curso de Mestrado, o
pedido de admissão à preparação do trabalho final deverá ser formalizado até 30 dias após
a conclusão da parte curricular;
b. Nos casos em que não exista parte curricular no 2º ano do plano de estudos, dever-se-á
proceder ao pedido de admissão à preparação de trabalho final no decurso do 1º trimestre
do ano lectivo. Para efeitos do presente Artigo e no caso do Mestrado em Comunicação
Social, a parte curricular termina com a conclusão da Cadeira de Seminário Intensivo I, do
1º semestre do 2º ano;
c. Com a formalização do pedido a que se alude nas alíneas anteriores deverão ser
apresentados os seguintes documentos:
i. Requerimento de admissão dirigido ao Conselho Científico mencionando a área
científica do curso e a área de especialização, se for caso disso;
ii. Tema e plano de trabalhos;
iii. Declaração de aceitação do orientador, se já o tiver;
iv. Fotocópia do Bilhete de Identidade;
v. Certidão da conclusão da parte curricular do Mestrado.
d. Uma vez aceite pelo Conselho Científico, a apresentação do trabalho final deve ocorrer no
prazo de 1 ano após a data da sua aceitação;
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e. O não cumprimento do prazo definido no número anterior determina um processo de


reingresso no curso, com as excepções legalmente previstas no ponto 2 do presente artigo.

2. Suspensão da contagem dos prazos


a. A contagem dos prazos para a entrega do trabalho final de Mestrado pode ser suspensa
quando ocorram, no decurso do prazo para a entrega do Trabalho Final de Mestrado, as
seguintes situações:
i. Prestação do serviço militar;
ii. Maternidade;
iii. Doença grave e prolongada do aluno ou acidente grave;
iv. Por proposta, devidamente fundamentada, do orientador ou dos orientadores;
v. Por outras imposições legais.

3. Tipos de Trabalho Final


a. Compete a cada Unidade de Coordenação de Mestrado a definição de orientações
específicas para os diversos tipos de trabalho final do Mestrado, considerando as seguintes
hipóteses:
i. Dissertação: Trabalho de natureza científica sobre um tema ou tópico da área de
conhecimento do Mestrado. Deve ter uma componente de enquadramento e
discussão crítica da literatura relevante e uma componente de exercício teórico ou
experimental que promova uma abordagem inovadora do tema ou tópico escolhido.
Deve ainda apresentar uma síntese conclusiva e sugestões para trabalho futuro. A
dimensão máxima é de 34.000 palavras.
ii. Trabalho de projecto: Trabalho de âmbito aplicado que integre conhecimentos e
competências adquiridos ao longo do curso, tendo em vista a apresentação de
soluções ou recomendações sobre problemas práticos da área de conhecimento do
curso. Devem ser valorizadas as dimensões de carácter multidisciplinar e
experimental, sem se esquecer a necessidade de enquadramento teórico e
justificação metodológica. A dimensão máxima é de 22.000 palavras.
iii. Relatório de estágio: Trabalho de descrição e reflexão pormenorizada sobre as
actividades desenvolvidas no âmbito de um estágio profissional efectuado junto de
instituição para o efeito aprovada pela Coordenação do Mestrado. Deve descrever
as funções exercidas e tarefas efectuadas, à luz de um enquadramento teórico e
metodológico devidamente caracterizado. Deve ainda explicitar a articulação entre
o processo de formação curricular e aplicação dos conhecimentos adquiridos. A
dimensão máxima é de 22.000 palavras.

4. Orientação
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a. A elaboração do Trabalho Final de Mestrado, em qualquer das modalidades previstas no


número anterior, deve ser orientada por doutor, professor ou investigador, ou por
especialista de mérito, da respectiva área científica, designado pelo Conselho Científico;
b. Nos casos de realização de estágio com elaboração de relatório, é obrigatória a designação
de um co-orientador, na qualidade de representante da instituição de acolhimento do
estágio.

5. Exemplares e requerimento
a. O Trabalho Final do Mestrado deve ser entregue nos Serviços Académicos do ISCSP, no
mínimo de 7 e um máximo de 9 exemplares impressos, dependendo da composição do júri,
e igual número de exemplares em formato PDF gravados em CD, acompanhados de:
i. Requerimento para prestação de provas públicas dirigido ao Presidente do
Conselho Científico;
ii. Curriculum Vitae actualizado;
iii. Fotocópia do Bilhete de Identidade;
iv. Abstract em Português e Inglês, com 6 palavras-chave cada;
v. Comprovativo do pagamento de propinas e emolumentos necessários.
vi. Um CD com a Capa, os Abstracts e o Curriculum Vitae.
b. O Trabalho Final do Mestrado pode ser apresentado em língua portuguesa ou em outra
língua, desde que recolhido o acordo do orientador, justificado em Conselho Científico.
c. O Trabalho Final de Mestrado deve ser apresentado de acordo com os seguintes
parâmetros:
i. Tipo de letra Arial, tamanho 10, com espaço 1,5 entre linhas.
ii. Margens Superior e Inferior de 2,5cm. Margem Esquerda de 3cm. Margem Direita
de 2cm.
iii. Todas as páginas devem ser numeradas, excepto eventuais Anexos.
iv. Todas as páginas deverão contemplar no cabeçalho o título do Trabalho e o nome
do Mestrando, excepto eventuais anexos.
v. A capa deverá ter os logótipos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
e da UTL, sem prejuízo da utilização de outros logótipos ou imagens consideradas
necessárias e adequadas pelo Mestrando.
vi. A capa deve ainda referir:
1. O título completo do Trabalho;
2. O objectivo do mesmo, sob a forma da frase “Dissertação/Projecto/Relatório
para a obtenção do grau de Mestre em (designação do Mestrado) ”;
3. O nome do Orientador e, quando existente, do Co-Orientador;
4. O nome do Mestrando;
5. O ano civil.

6. Composição, nomeação e funcionamento do júri


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a. A nomeação do júri cabe ao Conselho Científico, sob proposta do Orientador;


b. O júri é constituído nos termos do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março.

7. Provas públicas
a. A avaliação do Trabalho Final do Mestrado tem lugar em sessão de pública, prévia e
atempadamente divulgada;
b. Compete aos Serviços Académicos a responsabilidade de publicitar a realização das provas
públicas, incluindo o título do trabalho, a identificação do autor, a identificação dos membros
do júri, a data, a hora e o local de realização, no prazo de 45 dias a contar da data da sua
entrega;
c. A sessão pública a que se alude na alínea a) do presente número consta de:
i. Uma exposição inicial do aluno, com a duração máxima de 20 minutos;
ii. Uma discussão com os membros do júri que este designar, com a duração máxima
de 40 minutos, repartidos igualmente entre o aluno (até 20 minutos) e o júri (até 20
minutos);
iii. As provas públicas não podem exceder a duração de 60 minutos. Cabe ao
presidente do júri fazer a gestão da duração das intervenções.

8. Deliberações do júri
a. Concluídas as provas públicas, a deliberação do júri, por maioria dos seus membros, pode
assumir uma das seguintes formas:
i. Aprovação: o júri deve atribuir uma classificação numérica na escala de 10 a 20,
igual à média das classificações propostas por cada um dos membros do júri.
ii. Reformulação, com dispensa de repetição das provas públicas: o aluno tem um
prazo de 30 dias para submeter ao júri a nova versão do trabalho final do mestrado.
A deliberação final do júri deve ter lugar no prazo de 30 dias após recepção da nova
versão. Esta deliberação pode assumir apenas as formas de aprovação ou de
reprovação. No caso de aprovação, procede-se tal como previsto na alínea i).
iii. Reformulação, com obrigatoriedade de repetição das provas públicas: o aluno tem
um prazo de 60 dias para submeter a nova versão do trabalho final do mestrado. As
provas públicas devem ter lugar no prazo de 30 dias após recepção da nova
versão. A deliberação do júri pode assumir apenas as formas de aprovação ou de
reprovação. No caso de aprovação, procede-se tal como previsto na alínea i).
iv. Reprovação, com fundamentação aprovada pela maioria dos membros do júri.
b. Esta deliberação é tomada por maioria dos membros do júri, exercendo o presidente o voto
de qualidade em caso de empate.
c. As deliberações do júri serão lavradas em acta, da qual constarão os votos emitidos por
cada um dos seus membros e respectiva fundamentação.
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Artigo 8.º

Processo de Atribuição da Classificação Final

1. Ao grau académico de mestre é atribuída uma classificação final, expressa no intervalo 10-20
da escala numérica inteira de 0 a 20, com o seu equivalente na escala europeia de
comparabilidade de classificações, nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24
de Março.

2. As classificações obtidas nas unidades curriculares e na prova pública são proporcionais ao


número de créditos fixados para cada uma, salvo disposição contrária, devidamente
fundamentada pela Coordenação de cada Mestrado e ratificada em Conselho Científico.

3. Nos casos em que o aluno tenha ingressado directamente no 2º ano, mediante transferência de
créditos obtidos em licenciaturas de 4 anos, a classificação de cada disciplina do 1º ano do 2º
ciclo será igual à média obtida no último ano da licenciatura.

4. As classificações quantitativas finais serão acompanhadas de menções qualitativas, conforme


previsto no artigo 17.º do Decreto - Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro.

Artigo 9.º

Diplomas

1. Titulação do grau de mestre


a) O grau de mestre é titulado por uma Carta de Curso emitida pela Reitoria da Universidade
Técnica de Lisboa;
b) A titulação deste grau é garantida perante a obtenção de aproveitamento em todas as
unidades curriculares do curso de mestrado, bem como no trabalho final;
c) A emissão da Carta de Curso é acompanhada da emissão de um Suplemento ao Diploma,
elaborado nos termos e para os efeitos do Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro;
d) Os alunos poderão requerer a Carta de Curso junto da Secretaria do ISCSP, a partir de 30
dias úteis após a data de conclusão do mestrado.
e) Os alunos poderão requerer certidões emitidas pelo ISCSP, a partir de 30 dias úteis após a
data de conclusão do mestrado.
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Artigo 10.º

Propinas e Emolumentos

1. O montante das propinas devidas pela frequência de um curso de Mestrado é fixado pelo Conselho
Directivo, no quadro das disposições legais definidas no artigo 27º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24
de Março.

2. São devidas propinas pela matrícula, pela inscrição e pelo reingresso ou reinscrição, conforme se
enunciam:
a. Uma taxa de candidatura a cursos;
b. Uma taxa de matrícula e propinas de inscrição no curso de Mestrado, podendo também
caber o pagamento de propinas pela frequência de disciplinas, quando exigida;
c. Uma taxa de propinas de reingresso ou reinscrição.

Artigo 11.º

Regras de transição curricular

1. A partir do ano lectivo de 2007/2008, inclusive, todos os ciclos de estudos conducentes ao grau de
mestre do plano curricular de Bolonha são regidos pelo disposto no presente regulamento.

2. Aos mestrados do antigo plano curricular aplica-se o regulamento vigente à data do seu início.

3. Ao Conselho Científico incumbirá a aprovação das demais regras que se mostrem necessárias a
uma adequada transição curricular, sob proposta da Coordenação de cada Mestrado.

Artigo 12.º

Entrada em vigor

1. O presente Regulamento entra em vigor após deliberação do Conselho Científico do ISCSP e


aprovação pelo Reitor da UTL, seguido de publicação em Diário da República.
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Artigo 13.º

Casos omissos

1. As situações não contempladas neste Regulamento seguem o preceituado no Decreto-Lei nº


74/2006, de 24 de Março, e demais legislação aplicável, sendo os casos omissos decididos por
deliberação do Conselho Científico, sob proposta da Unidade de Coordenação do II Ciclo de
Estudos.

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