Desafio: Ensino religioso e legislação educacional
Segundo o Art. 33. Da LDB, “O ensino religioso, de matrícula facultativa,
é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. ”
A escola pode decidir ensinar qualquer religião, desde que tenha os
materiais e a organização para ensinar a matéria. Esta decisão deve ser tomada com consciência e respeito. Uma sugestão é alternar as religiões que serão estudadas nas aulas para oferecer pluralidade, respeito, valorização e conhecimentos que estejam relacionados à construção da cultura, da política e da sociedade em nosso país.
Educação Religiosa (RE) é uma disciplina ensinada nos níveis primário e
secundário que visa desenvolver a compreensão das crianças sobre as religiões do mundo. Por meio da educação religiosa, as crianças aprenderão sobre diferentes religiões e suas tradições, práticas e crenças. A educação religiosa também promove a tolerância das crianças e o respeito mútuo em uma sociedade diversa.
Os fundamentos e finalidades desta área são eminentemente
antropológicos, sociológicos e culturais. O ser humano é um ser religioso e cultural. Constrói a civilização dentro de paradigmas e visões de mundo que extrapolam sua imanência e permanece sempre em busca do sentido e do sentido de sua existência, em um determinado tempo e espaço. A pesquisa que está sendo desenvolvida nesta linha proporcionará conhecimento e experiência, no âmbito do aprofundamento acadêmico da Teologia Prática, diretamente ligada à pedagogia.
A Educação Religiosa pode ser uma maneira útil de apresentar às
crianças a ideia de evangelismo comunitário. Incentiva as crianças a pensarem sobre os menos afortunados. Se as crianças estão aprendendo em casa devido a circunstâncias especiais, como o surto de coronavírus, este pode ser um bom momento para pedir-lhes que pensem nos outros e encontrem maneiras de ajudá-los em momentos de necessidade.
A Educação Religiosa se preocupa com o significado profundo que
indivíduos e grupos fazem de suas experiências e como isso os ajuda a dar um propósito às suas vidas. Oferece oportunidades para explorar, fazer e responder aos significados dessas experiências em relação às crenças e experiências de outros, bem como às próprias experiências.
Diante dessa realidade, professores, pais e sociedade em geral, diante
de sua obrigação de educar as novas gerações, questionam a relevância da formação ministrada nas instituições de ensino, os currículos que se desenvolvem e as respostas que podem ser construídas a partir das salas de aula. Por que nas faculdades e escolas as crianças e jovens têm que aprender sobre Deus, sobre a fé, sobre doutrinas, ritos e orações? Por que a religião é estudada no currículo da educação básica e secundária? Quais são os métodos e didáticas para fazer isso? O debate está aberto a todos os educadores, pais, alunos, autoridades civis e eclesiásticas, católicos e todas as denominações religiosas.
De acordo com o BNCC, os objetivos da Educação Religiosa obrigatória
são muitos. Dentre eles, a busca pela convivência plena com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e de viver. Além de treinar os alunos para analisar as tradições religiosas e relacioná-las com a cultura, política, ciência, tecnologia e meio ambiente. Com essa postura, a formação torna-se mais inclusiva e cívica.