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aprova regulamentos internos em matéria de segurança h) Relativamente a quaisquer indivíduos aos quais
e de utilização dos espaços de acesso público. tenha sido aplicada medida de interdição de acesso a
2 — Os regulamentos previstos no número ante- recintos desportivos, pena de privação do direito de
rior são elaborados em concertação com as forças de entrar em recintos desportivos ou sanção acessória de
segurança, a ANPC, os serviços de emergência médica interdição de acesso a recintos desportivos:
localmente responsáveis e o organizador da competição i) Impedir o acesso ao recinto desportivo;
desportiva, devendo conter, entre outras, as seguintes ii) Impedir a obtenção de quaisquer benefícios conce-
medidas: didos pelo clube, associação ou sociedade desportiva, no
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . âmbito das previsões destinadas aos grupos organizados
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de adeptos ou a título individual;
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i) Usar de correção, moderação e respeito relativa-
e) Proibição de venda, consumo e distribuição de mente a outros promotores dos espetáculos desportivos e
bebidas alcoólicas, substâncias estupefacientes e subs- organizadores de competições desportivas, associações,
tâncias psicotrópicas no interior do anel ou perímetro clubes, sociedades desportivas, agentes desportivos,
de segurança e do recinto desportivo, exceto nas zonas adeptos, autoridades públicas, elementos da comu-
destinadas para o efeito no caso das bebidas alcoóli- nicação social e outros intervenientes no espetáculo
cas; e adoção de um sistema de controlo de estados desportivo;
de alcoolemia e de estupefacientes e de substâncias j) Não proferir ou veicular declarações públicas que
psicotrópicas; sejam suscetíveis de incitar ou defender a violência, o
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . racismo, a xenofobia, a intolerância ou o ódio, nem tão
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . pouco adotar comportamentos desta natureza;
h) Determinação das zonas de paragem e estacio- k) Zelar por que dirigentes, técnicos, jogadores, pes-
namento de viaturas pertencentes às forças de segu- soal de apoio ou representantes dos clubes, associações
rança, à ANPC, aos bombeiros, aos serviços de emer- ou sociedades desportivas ajam de acordo com os pre-
gência médica, bem como dos circuitos de entrada, de ceitos das alíneas i) e j);
circulação e de saída, numa ótica de segurança e de l) Não apoiar, sob qualquer forma, grupos organi-
facilitação; zados de adeptos, em violação dos princípios e regras
i) Determinação das zonas de paragem e estaciona- definidos na secção III do capítulo II;
mento de viaturas pertencentes às comitivas dos clubes, m) Zelar por que os grupos organizados de adeptos
associações ou sociedades desportivas em competição, apoiados pelo clube, associação ou sociedade despor-
árbitros, juízes ou cronometristas, bem como dos cir- tiva participem do espetáculo desportivo sem recurso a
cuitos de entrada, de circulação e de saída, numa ótica práticas violentas, racistas, xenófobas, ofensivas ou que
de segurança e de facilitação; perturbem a ordem pública ou o curso normal, pacífico
j) [Anterior alínea h).] e seguro da competição e de toda a sua envolvência,
k) [Anterior alínea i)]. nomeadamente, no curso das suas deslocações e nas
manifestações que realizem dentro e fora de recintos;
3 — Os regulamentos previstos no n.º 1 estão sujeitos n) Manter uma lista atualizada dos adeptos de todos
a registo junto do IPDJ, I. P., sendo condição da sua os grupos organizados apoiados pelo clube, associação
validade. ou sociedade desportiva, fornecendo-a às autoridades
4 — A não aprovação e a não adoção da regulamen- judiciárias, administrativas e policiais competentes para
tação prevista no n.º 1, ou a adoção de regulamentação a fiscalização do disposto na presente lei;
cujo registo seja recusado pelo IPDJ, I. P., implicam, o) Fazer a requisição de policiamento de espetáculo
enquanto a situação se mantiver, a impossibilidade de desportivo, quando obrigatória nos termos da lei.
serem realizados espetáculos desportivos no recinto
desportivo respetivo, bem como a impossibilidade de 2 — O disposto nas alíneas b), c), i), j) e k) do número
obtenção de licença de funcionamento ou a suspensão anterior aplica-se, com as devidas adaptações, aos orga-
imediata de funcionamento, consoante os casos. nizadores da competição desportiva, que têm também o
5 — As sanções mencionadas no número anterior dever de aprovar os regulamentos internos em matéria
são aplicadas pelo IPDJ, I. P. de prevenção e punição das manifestações de violên-
cia, racismo, xenofobia e intolerância nos espetáculos
Artigo 8.º desportivos.
3 — O disposto na alínea e) do n.º 1 aplica-se, com as
Deveres dos promotores, organizadores e proprietários devidas adaptações, ao proprietário do recinto despor-
1— ..................................... tivo, nos casos a que se refere o n.º 1 do artigo 7.º
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 10.º
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[...]
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — Compete ao promotor do espetáculo despor-
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . tivo, para os espetáculos desportivos integrados nas
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . competições desportivas de natureza profissional ou
g) Garantir que são cumpridas todas as regras e con- não profissional considerados de risco elevado, sejam
dições de acesso e de permanência de espetadores no nacionais ou internacionais, designar um coordenador
recinto desportivo; de segurança, cuja formação é definida por portaria
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dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da 3 — Consideram-se, por regra, de risco reduzido os
administração interna e do desporto. espetáculos desportivos respeitantes a competições de
2 — O coordenador de segurança é o responsável escalões juvenis e inferiores.
operacional pela segurança no interior do recinto des- 4 — (Anterior n.º 3.)
portivo e dos anéis de segurança, sem prejuízo das com- 5 — Tendo em vista a avaliação a que se referem
petências das forças de segurança. a alínea a) do n.º 1 e a alínea a) do n.º 2, a federação
3 — Os promotores dos espetáculos desportivos, desportiva ou liga profissional respetiva deve remeter
antes do início de cada época desportiva, devem comu- ao IPDJ, I. P., antes do início de cada época desportiva,
nicar ao IPDJ, I. P., a lista dos coordenadores de segu- relatório que identifique os espetáculos suscetíveis de
rança dos respetivos recintos desportivos, que deve ser classificação de risco elevado, sendo tal relatório reen-
organizada cumprindo o disposto na Lei da Proteção de caminhado para as forças de segurança, para apreciação.
Dados Pessoais, aprovada pela Lei n.º 67/98, de 26 de 6 — As forças de segurança podem, fundamentada-
outubro. mente, colocar à apreciação do IPDJ, I. P., a qualificação
4— ..................................... de determinado espetáculo desportivo.
5 — O coordenador de segurança reúne com as enti-
dades referidas no número anterior antes e depois de Artigo 13.º
cada espetáculo desportivo, sendo a elaboração de um
relatório final obrigatória para os espetáculos desporti- [...]
vos integrados nas competições desportivas de natureza 1 — As forças de segurança exercem, no quadro das
profissional e apenas obrigatória para os espetáculos suas atribuições e competências, funções gerais de fis-
desportivos integrados nas competições desportivas calização do cumprimento do disposto na presente lei.
de natureza não profissional quando houver registo 2 — (Anterior n.º 1.)
de incidentes, devendo esse relatório ser entregue ao 3 — (Anterior n.º 2.)
organizador da competição desportiva, com cópia ao 4 — (Anterior n.º 3.)
IPDJ, I. P. 5 — (Anterior n.º 4.)
6 — O incumprimento do disposto no n.º 1 pode 6 — (Anterior n.º 5.)
implicar, para o promotor do espetáculo desportivo,
enquanto a situação se mantiver, a realização de espe- Artigo 14.º
táculos desportivos à porta fechada.
7 — A sanção prevista no número anterior é aplicada [...]
pelo IPDJ, I. P. 1 — É obrigatório o registo dos grupos organizados
Artigo 11.º de adeptos junto do IPDJ, I. P., tendo para tal que ser
constituídos previamente como associações, nos termos
[...] da legislação aplicável ou no âmbito do associativismo
O regime de policiamento de espetáculos desportivos juvenil.
realizados em recinto desportivo e de satisfação dos 2 — O incumprimento do disposto no número
encargos com o policiamento de espetáculos desportivos anterior veda liminarmente a atribuição de qualquer
em geral consta de diploma próprio. apoio, por parte do promotor do espetáculo desportivo,
nomeadamente através da concessão de facilidades de
Artigo 12.º utilização ou cedência de instalações, apoio técnico,
financeiro ou material.
[...] 3 — Os apoios técnicos, financeiros e materiais con-
1— ..................................... cedidos a grupos organizados de adeptos são objeto de
protocolo com o promotor do espetáculo desportivo, a
a) Que correspondam à fase final de um campeo- celebrar em cada época desportiva, o qual é disponibi-
nato europeu ou mundial, nas modalidades a definir lizado, sempre que solicitado, à força de segurança e
anualmente por despacho do presidente do IPDJ, I. P., ao IPDJ, I. P.
ouvidas as forças de segurança; 4 — O protocolo a que se refere o número anterior
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . identifica, em anexo, os elementos que integram o res-
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . petivo grupo organizado.
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 — É expressamente proibido o apoio a grupos
organizados de adeptos que adotem sinais, símbolos
2— ..................................... e expressões que incitem à violência, ao racismo, à
a) Que forem definidos como tal por despacho do xenofobia, à intolerância nos espetáculos desportivos,
presidente do IPDJ, I. P., ouvida a força de segurança ou a qualquer outra forma de discriminação, ou que
territorialmente competente e a respetiva federação des- traduzam manifestações de ideologia política.
portiva ou, tratando-se de uma competição desportiva 6 — A concessão de facilidades de utilização ou a
de natureza profissional, a liga profissional; cedência de instalações a grupos de adeptos constituí-
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dos nos termos da presente lei é da responsabilidade do
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . promotor do espetáculo desportivo, cabendo-lhe, nesta
d) Em que o número provável de adeptos da equipa medida, a respetiva fiscalização, a fim de assegurar
visitante perfaça 20 % da lotação do recinto despor- que nestas não sejam depositados quaisquer materiais
tivo; ou objetos proibidos ou suscetíveis de possibilitar ou
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gerar atos de violência, racismo, xenofobia, intolerância
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nos espetáculos desportivos, ou qualquer outra forma
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previstos no n.º 2 do mesmo artigo por referência ao gravidade da infração e da culpa do agente, a aplica-
disposto na alínea h) do n.º 1, dos descritos na segunda ção da sanção acessória de realização de espetáculos
parte do n.º 2 e no n.º 3 do mesmo artigo, bem como desportivos à porta fechada, por um período de até
daqueles previstos nas alíneas b), d) e e) do n.º 1 e na 12 espetáculos.
alínea e) do n.º 2 do artigo 39.º-B.
6 — Constitui contraordenação, punida com coima Artigo 43.º
entre € 2500 e € 200 000, a prática dos atos previstos nas
Instrução e aplicação de coimas e sanções acessórias
alíneas a), b), d), f), i), k) e l) do n.º 1 do artigo 39.º-A,
dos previstos no n.º 2 do mesmo artigo por referência 1 — A instrução dos processos e a aplicação das coi-
ao disposto na alínea i) do n.º 1, bem como daqueles mas e das sanções acessórias previstas na presente lei
previstos na alínea a) do n.º 1 e nas alíneas a), b), c), são da competência do IPDJ, I. P.
d) e f) do n.º 2 do artigo 39.º-B. 2 — O IPDJ, I. P., deve comunicar à Secretaria-Geral
7 — Os agentes desportivos que, por qualquer forma, do Ministério da Administração Interna a abertura dos
praticarem ou incitarem à prática dos atos a que se refere processos de contraordenação, o arquivamento e a apli-
o n.º 1 do artigo 39.º são punidos com coimas elevadas, cação das sanções que ao caso caibam.
nos seus montantes mínimo e máximo, para o dobro do 3 — As decisões finais dos processos de contraor-
previsto nos números anteriores, respetivamente. denação instaurados pela prática de atos xenófobos ou
8 — A tentativa é punível, sendo os limites mínimo racistas são também comunicados à Comissão para a
e máximo da coima aplicável reduzidos de um terço. Igualdade e Contra a Discriminação Racial.
9 — A negligência é punível, sendo os limites mínimo 4 — Para efeitos do disposto no n.º 1, as forças
e máximo da coima aplicável reduzidos a metade. de segurança remetem ao IPDJ, I. P., os respetivos
autos.
Artigo 41.º
[...] Artigo 44.º
1 — A determinação da medida da coima, dentro dos [...]
seus limites, faz-se em função: 1— .....................................
a) Da gravidade da contraordenação; a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Da culpa do agente; b) 20 % para o IPDJ, I. P.;
c) No caso de o agente ser o promotor do espetá- c) 10 % para o suporte de encargos com o poli-
culo desportivo, do facto de ser detentor do estatuto ciamento de espetáculos desportivos, nos termos do
de sociedade desportiva ou de pessoa coletiva sem fins Decreto-Lei n.º 216/2012, de 9 de outubro;
lucrativos;
d) 10 % para a força de segurança que levanta o
d) Da qualidade de encarregado de educação de
auto.
praticante desportivo que se encontra a participar em
competições de escalões juvenis e inferiores;
e) Da situação económica do agente, para o que deve 2 — Relativamente a coimas aplicadas em virtude de
atender-se, no caso dos promotores dos espetáculos contraordenações praticadas nas regiões autónomas, o
desportivos e dos organizadores das competições des- produto das coimas reverte em:
portivas, ao volume de negócios, nomeadamente ao a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
cálculo das receitas provenientes das quotizações dos b) 20 % para o IPDJ, I. P.;
associados, dos resultados das bilheteiras, da publici- c) 10 % para o suporte de encargos com o poli-
dade e da venda de direitos de transmissão televisiva; ciamento de espetáculos desportivos, nos termos do
f) Do benefício económico que o agente retirou da Decreto-Lei n.º 216/2012, de 9 de outubro, alterado
prática da contraordenação; pelo Decreto-Lei n.º 52/2013, de 17 de abril;
g) Dos antecedentes do agente na prática de infrações d) 10 % para a força de segurança que levanta o
à presente lei; auto.
h) Da conduta anterior e posterior do agente e das
exigências de prevenção. Artigo 46.º
2 — (Revogado.) [...]
1— .....................................
Artigo 42.º 2— .....................................
Sanções acessórias a) Agressão aos agentes desportivos, elementos das
1 — A condenação por contraordenação prevista nas forças de segurança em serviço, ponto de contacto para
alíneas d), g) e h) do n.º 1 do artigo 39.º pode determinar, a segurança, coordenador de segurança, assistentes de
em função da gravidade da infração e da culpa do agente, recinto desportivo, bem como a todas as pessoas auto-
a aplicação da sanção acessória de interdição de acesso rizadas por lei ou por regulamento a permanecerem na
a recintos desportivos por um período de até 2 anos. área do espetáculo desportivo que levem o árbitro, juiz
2 — O disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 35.º e no ou cronometrista, justificadamente, a não dar início ou
artigo 38.º aplica-se, com as necessárias adaptações, reinício ao espetáculo desportivo ou mesmo dá-lo por
aos casos a que se refere o presente artigo. findo antes do tempo regulamentar;
3 — A condenação por contraordenação prevista nos b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
artigos 39.º-A e 39.º-B pode determinar, em função da c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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de clubes, bem como as associações de âmbito territorial, c) Tramitação do procedimento de aplicação das sanções
relativamente às respetivas competições; referidas na alínea anterior;
m) «Realização de espetáculos desportivos à porta d) Discriminação dos tipos de objetos e substâncias
fechada» a obrigação de o promotor do espetáculo des- previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 22.º
portivo realizar no recinto desportivo que lhe estiver afeto
espetáculos desportivos oficiais na modalidade, escalão 4 — As sanções referidas na alínea b) do número ante-
etário e categorias iguais àqueles em que as faltas tenham rior podem consistir em sanções disciplinares, desportivas
ocorrido, sem a presença de público; e, quando incidam sobre promotores do espetáculo despor-
n) «Recinto desportivo» o local destinado à prática do tivo, na interdição de recintos desportivos ou na obrigação
desporto ou onde este tenha lugar, confinado ou delimitado de realizar competições desportivas à porta fechada.
por muros, paredes ou vedações, em regra com acesso 5 — A não aprovação e a não adoção da regulamentação
controlado e condicionado; prevista no n.º 1, pelo organizador da competição despor-
o) «Títulos de ingresso» os bilhetes, cartões, convites e tiva, bem como a adoção de regulamento cujo registo seja
demais documentos que permitam a entrada em recintos recusado pelo IPDJ, I. P., implicam, enquanto a situação
desportivos, qualquer que seja o seu suporte; se mantiver, a impossibilidade de o organizador da com-
p) «Ponto nacional de informações sobre futebol» a petição desportiva em causa beneficiar de qualquer tipo de
entidade nacional designada como ponto de contacto apoio público e, caso se trate de entidade titular de estatuto
permanente para intercâmbio internacional de infor- de utilidade pública desportiva, a suspensão do mesmo,
mações relativas aos fenómenos de violência associada nos termos previstos na lei.
ao futebol para efeitos da Decisão n.º 2002/348/JAI, 6 — As sanções mencionadas no número anterior são
do Conselho, de 25 de abril, relativa à segurança por aplicadas pelo IPDJ, I. P.
ocasião de jogos de futebol com dimensão internacional,
alterada pela Decisão n.º 2007/412/JAI, do Conselho, Artigo 6.º
de 12 de junho.
Plano de atividades
Artigo 4.º As federações desportivas e as ligas profissionais estão
obrigadas a inserir medidas e programas de promoção de
Conselho para a Ética e Segurança no Desporto
boas práticas que salvaguardem a ética e o espírito despor-
(Revogado.) tivos nos respetivos planos anuais de atividades, em parti-
cular no domínio da violência associada ao desporto.
CAPÍTULO II Artigo 7.º
Medidas de segurança e condições Regulamentos de segurança e de utilização
do espetáculo desportivo dos espaços de acesso público
1 — O promotor do espetáculo desportivo, ou o proprie-
SECÇÃO I tário do recinto desportivo, no caso de este espaço não ser
Organização e promoção de competições desportivas da titularidade do promotor do espetáculo desportivo ou
do organizador da competição desportiva, aprova regula-
Artigo 5.º mentos internos em matéria de segurança e de utilização
dos espaços de acesso público.
Regulamentos de prevenção da violência 2 — Os regulamentos previstos no número anterior são
1 — O organizador da competição desportiva aprova elaborados em concertação com as forças de segurança,
regulamentos internos em matéria de prevenção e puni- a ANPC, os serviços de emergência médica localmente
ção das manifestações de violência, racismo, xenofobia e responsáveis e o organizador da competição desportiva,
intolerância nos espetáculos desportivos, nos termos da lei. devendo conter, entre outras, as seguintes medidas:
2 — Os regulamentos previstos no número anterior a) Separação física dos adeptos, reservando-lhes
estão sujeitos a registo junto do Instituto Português do zonas distintas, nas competições desportivas de natu-
Desporto e Juventude, I. P. (IPDJ, I. P.), que é condição reza profissional ou não profissional consideradas de
da sua validade, e devem estar conformes com: risco elevado;
a) As regras estabelecidas pela presente lei e disposições b) Controlo da venda de títulos de ingresso, com recurso
regulamentares; a meios mecânicos, eletrónicos ou eletromecânicos, a fim
b) As normas estabelecidas no quadro das convenções de assegurar o fluxo de entrada dos espetadores, impedindo
internacionais sobre violência associada ao desporto a que a reutilização do título de ingresso e permitindo a deteção
a República Portuguesa se encontre vinculada. de títulos de ingresso falsos, nas competições desportivas
de natureza profissional ou não profissional consideradas
de risco elevado;
3 — Os regulamentos previstos no n.º 1 devem conter,
c) Vigilância e controlo destinados a impedirem o
entre outras, as seguintes matérias:
excesso de lotação em qualquer zona do recinto, bem como
a) Procedimentos preventivos a observar na organização a assegurar o desimpedimento das vias de acesso;
das competições desportivas; d) Instalação ou montagem de anéis de segurança e a
b) Enumeração tipificada de situações de violência, adoção obrigatória de sistemas de controlo de acesso, de
racismo, xenofobia e intolerância nos espetáculos despor- modo a impedir a introdução de objetos ou substâncias
tivos, bem como as correspondentes sanções a aplicar aos proibidos ou suscetíveis de possibilitar ou gerar atos de
agentes desportivos; violência, nos termos previstos na presente lei;
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e) Proibição de venda, consumo e distribuição de bebi- d) Proteger os indivíduos que sejam alvo de ameaças e
das alcoólicas, substâncias estupefacientes e substâncias os bens e pertences destes, designadamente facilitando a
psicotrópicas no interior do anel ou perímetro de segurança respetiva saída de forma segura do complexo desportivo,
e do recinto desportivo, exceto nas zonas destinadas para ou a sua transferência para setor seguro, em coordenação
o efeito no caso das bebidas alcoólicas; e adoção de um com os elementos da força de segurança;
sistema de controlo de estados de alcoolemia e de estupe- e) Adotar regulamentos de segurança e de utilização dos
facientes e de substâncias psicotrópicas; espaços de acesso público do recinto desportivo;
f) Criação de áreas, no interior do recinto desportivo, f) Designar o coordenador de segurança, nas situações
onde é permitido o consumo de bebidas alcoólicas, no previstas na lei.
respeito pelos limites definidos na lei; g) Garantir que são cumpridas todas as regras e condi-
g) Vigilância de grupos de adeptos, nomeadamente nas ções de acesso e de permanência de espetadores no recinto
deslocações para assistir a competições desportivas de desportivo;
natureza profissional ou não profissional consideradas de h) Relativamente a quaisquer indivíduos aos quais tenha
risco elevado, disputadas fora do recinto desportivo próprio sido aplicada medida de interdição de acesso a recintos des-
do promotor do espetáculo desportivo; portivos, pena de privação do direito de entrar em recintos
h) Determinação das zonas de paragem e estacionamento desportivos ou sanção acessória de interdição de acesso a
de viaturas pertencentes às forças de segurança, à ANPC, recintos desportivos:
aos bombeiros, aos serviços de emergência médica, bem i) Impedir o acesso ao recinto desportivo;
como dos circuitos de entrada, de circulação e de saída, ii) Impedir a obtenção de quaisquer benefícios conce-
numa ótica de segurança e de facilitação; didos pelo clube, associação ou sociedade desportiva, no
i) Determinação das zonas de paragem e estaciona- âmbito das previsões destinadas aos grupos organizados
mento de viaturas pertencentes às comitivas dos clubes, de adeptos ou a título individual.
associações ou sociedades desportivas em competição,
árbitros, juízes ou cronometristas, bem como dos circui- i) Usar de correção, moderação e respeito relativamente
tos de entrada e de saída, numa ótica de segurança e de a outros promotores dos espetáculos desportivos e orga-
facilitação; nizadores de competições desportivas, associações, clu-
j) Definição das condições de exercício da atividade e bes, sociedades desportivas, agentes desportivos, adeptos,
respetiva circulação dos meios de comunicação social no autoridades públicas, elementos da comunicação social e
recinto desportivo; outros intervenientes no espetáculo desportivo;
k) Elaboração de um plano de emergência interno, pre- j) Não proferir ou veicular declarações públicas que
vendo e definindo, designadamente, a atuação dos assis- sejam suscetíveis de incitar ou defender a violência, o
tentes de recinto desportivo, se os houver. racismo, a xenofobia, a intolerância ou o ódio, nem tão
pouco adotar comportamentos desta natureza;
3 — Os regulamentos previstos no n.º 1 estão sujei- k) Zelar por que dirigentes, técnicos, jogadores, pessoal
tos a registo junto do IPDJ, I. P., sendo condição da sua de apoio ou representantes dos clubes, associações ou
validade. sociedades desportivas ajam de acordo com os preceitos
4 — A não aprovação e a não adoção da regulamenta- das alíneas i) e j);
ção prevista no n.º 1, ou a adoção de regulamentação cujo l) Não apoiar, sob qualquer forma, grupos organizados
registo seja recusado pelo IPDJ, I. P., implicam, enquanto a de adeptos, em violação dos princípios e regras definidos
situação se mantiver, a impossibilidade de serem realizados na secção III do capítulo II;
espetáculos desportivos no recinto desportivo respetivo, m) Zelar por que os grupos organizados de adeptos
bem como a impossibilidade de obtenção de licença de apoiados pelo clube, associação ou sociedade desportiva
funcionamento ou a suspensão imediata de funcionamento, participem do espetáculo desportivo sem recurso a práticas
consoante os casos. violentas, racistas, xenófobas, ofensivas ou que perturbem
5 — As sanções mencionadas no número anterior são a ordem pública ou o curso normal, pacífico e seguro da
aplicadas pelo IPDJ, I. P. competição e de toda a sua envolvência, nomeadamente,
no curso das suas deslocações e nas manifestações que
Artigo 8.º realizem dentro e fora de recintos;
n) Manter uma lista atualizada dos adeptos de todos
Deveres dos promotores, organizadores e proprietários os grupos organizados apoiados pelo clube, associação
1 — Sem prejuízo de outros deveres que lhes sejam ou sociedade desportiva, fornecendo-a às autoridades
cometidos nos termos da presente lei, e na demais legis- judiciárias, administrativas e policiais competentes para
lação ou regulamentação aplicáveis, são deveres dos pro- a fiscalização do disposto na presente lei;
motores do espetáculo desportivo: o) Fazer a requisição de policiamento de espetáculo
desportivo, quando obrigatória nos termos da lei.
a) Assumir a responsabilidade pela segurança do recinto
desportivo e anéis de segurança, sem prejuízo do disposto 2 — O disposto nas alíneas b), c), i), j) e k) do número
no artigo 13.º; anterior aplica-se, com as devidas adaptações, aos organi-
b) Incentivar o espírito ético e desportivo dos seus adep- zadores da competição desportiva, que têm também o dever
tos, especialmente junto dos grupos organizados; de aprovar os regulamentos internos em matéria de pre-
c) Aplicar medidas sancionatórias aos seus associados venção e punição das manifestações de violência, racismo,
envolvidos em perturbações da ordem pública, impedindo xenofobia e intolerância nos espetáculos desportivos.
o acesso aos recintos desportivos nos termos e condições 3 — O disposto na alínea e) do n.º 1 aplica-se, com as
do respetivo regulamento ou promovendo a sua expulsão devidas adaptações, ao proprietário do recinto desportivo,
dos mesmos; nos casos a que se refere o n.º 1 do artigo 7.º
Diário da República, 1.ª série — N.º 142 — 25 de julho de 2013 4377
3 — O registo referido no n.º 1 é atualizado sempre que ou internacionais, são dotados de lugares sentados, indi-
se verifique qualquer alteração quanto aos seus filiados e viduais e numerados, equipados com assentos de modelo
pode ser suspenso pelo promotor do espetáculo desportivo oficialmente aprovado.
no caso de incumprimento do disposto no presente artigo, 2 — O disposto no número anterior não prejudica a ins-
nomeadamente nos casos de prestação de informações talação de setores devidamente identificados como zonas
falsas ou incompletas no referente ao n.º 1. tampão, que permitam separar fisicamente os espetadores
4 — Sempre que proceder à suspensão de um registo, e assegurar uma rápida e eficaz evacuação do recinto des-
o promotor do espetáculo desportivo cessa todo o apoio portivo, podendo implicar a restrição de venda de bilhetes.
que preste ao grupo organizado de adeptos e informa de 3 — Os recintos desportivos nos quais se realizem os
forma documentada e imediata o IPDJ, I. P., justificando jogos previstos no n.º 1 são, ainda, dotados de lugares
as razões da sua decisão. apropriados para as pessoas com deficiência e ou incapa-
5 — Caso a suspensão perdure pelo período de um ano, cidades, nomeadamente para as pessoas com mobilidade
o promotor do espetáculo desportivo anula o registo e condicionada.
informa de forma documentada e imediata o IPDJ, I. P.
6 — É proibido ao promotor do espetáculo despor- Artigo 18.º
tivo o apoio a grupos organizados de adeptos que não se Sistema de videovigilância
encontrem previamente registados nos termos dos números
anteriores ou cujo registo tenha sido suspenso ou anulado. 1 — O promotor do espetáculo desportivo em cujo
7 — (Revogado.) recinto se realizem espetáculos desportivos de natureza
profissional ou não profissional considerados de risco ele-
Artigo 16.º vado, sejam nacionais ou internacionais, instala e mantém
em perfeitas condições um sistema de videovigilância que
Deslocação e acesso a recintos
permita o controlo visual de todo o recinto desportivo,
1 — No âmbito da deslocação para qualquer espetáculo e respetivo anel ou perímetro de segurança, dotado de
desportivo, os grupos organizados de adeptos devem pos- câmaras fixas ou móveis com gravação de imagem e som
suir uma listagem atualizada contendo a identificação de e impressão de fotogramas, as quais visam a proteção de
todos os filiados que nela participam, sendo aquela dispo- pessoas e bens, com observância do disposto na Lei da
nibilizada, sempre que solicitado, às forças de segurança, Proteção de Dados Pessoais, aprovada pela Lei n.º 67/98,
ao IPDJ, I. P., bem como, aquando da revista obrigatória, de 26 de outubro.
aos assistentes de recinto desportivo. 2 — A gravação de imagem e som, aquando da ocor-
2 — Os promotores do espetáculo desportivo devem rência de um espetáculo desportivo, é obrigatória, desde
reservar, nos recintos desportivos que lhes estão afetos, a abertura até ao encerramento do recinto desportivo,
uma ou mais áreas específicas para os filiados dos grupos devendo os respetivos registos ser conservados durante
organizados de adeptos. 90 dias, por forma a assegurar, designadamente, a utiliza-
3 — Nos espetáculos desportivos integrados em com- ção dos registos para efeitos de prova em processo penal
petições desportivas de natureza profissional ou não pro- ou contraordenacional, prazo findo o qual são destruídos
fissional considerados de risco elevado, nacionais ou inter- em caso de não utilização.
nacionais, os promotores dos espetáculos desportivos não 3 — Nos lugares objeto de videovigilância é obrigatória
podem ceder ou vender bilhetes a grupos organizados de a afixação, em local bem visível, de um aviso que verse
adeptos em número superior ao de filiados nesses grupos «Para sua proteção, este local é objeto de videovigilância
e identificados no registo referido no n.º 1 do artigo ante- com captação e gravação de imagem e som».
rior, devendo constar em cada bilhete cedido ou vendido 4 — O aviso referido no número anterior deve, igual-
o nome do titular filiado. mente, ser acompanhado de simbologia adequada e estar
4 — Só é permitido o acesso e o ingresso nas áreas traduzido em, pelo menos, uma língua estrangeira, esco-
referidas no n.º 2 aos indivíduos portadores do bilhete a lhida de entre as línguas oficiais do organismo internacio-
que se refere o número anterior. nal que regula a modalidade.
5 — O incumprimento do disposto no n.º 1 legitima o 5 — O sistema de videovigilância previsto nos números
impedimento da entrada dos elementos do grupo organi- anteriores pode, nos mesmos termos, ser utilizado por
zado de adeptos no espetáculo desportivo em causa. elementos das forças de segurança.
6 — O incumprimento do disposto nos n.os 2 a 4 pode 6 — O organizador da competição desportiva pode ace-
implicar para o promotor do espetáculo desportivo, der às imagens gravadas pelo sistema de videovigilância,
enquanto as situações indicadas nos números anteriores para efeitos exclusivamente disciplinares e no respeito
se mantiverem, a realização de espetáculos desportivos à pela Lei da Proteção de Dados Pessoais, aprovada pela
porta fechada, sanção que é aplicada pelo IPDJ, I.P Lei n.º 67/98, de 26 de outubro, devendo, sem prejuízo da
aplicação do n.º 2, assegurar-se das condições de reserva
SECÇÃO IV
dos registos obtidos.
espetadores, bem como prever a existência de estaciona- a 1,2 g/l, aplicando-se-lhes, com as devidas adaptações, os
mento para pessoas com deficiência e ou incapacidades, em procedimentos, testes, instrumentos e modos de medição
conformidade com a legislação em vigor, para as forças de previstos no Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei
segurança, para a equipa de arbitragem e para os delegados n.º 114/94, de 3 de maio, para as situações de alcoolemia e
da respetiva federação e liga. influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas
nos condutores.
Artigo 20.º 3 — É vedado o acesso ao recinto desportivo a todos
Acesso de pessoas com deficiência e ou incapacidades
os espetadores que não cumpram o previsto no n.º 1, exce-
a recintos desportivos tuando o disposto nas alíneas b), d) e g) do mesmo número,
quando se trate de objetos que sejam auxiliares das pessoas
1 — Os recintos desportivos devem dispor de acessos com deficiência e ou incapacidades.
especiais para pessoas com deficiência e ou incapacida- 4 — As autoridades policiais destacadas para o espe-
des, nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 163/2006, táculo desportivo podem submeter a testes de controlo de
de 8 de agosto. alcoolemia ou de outras substâncias tóxicas os indivíduos
2 — As pessoas com deficiência e ou incapacidades que apresentem indícios de estarem sob a influência das
podem aceder aos recintos desportivos acompanhadas pelo mesmas, bem como os que manifestem comportamentos
cão de assistência, nos termos previstos no Decreto-Lei violentos ou que coloquem em perigo a segurança desse
n.º 74/2007, de 27 de março. mesmo espetáculo desportivo.
5 — É vedado o acesso ao recinto desportivo àqueles
Artigo 21.º cujos testes se revelem positivos e a todos os que recusem
Medidas de beneficiação submeter-se aos mesmos.
1 — O IPDJ, I. P., pode determinar, sob proposta das Artigo 23.º
forças de segurança, da ANPC ou dos serviços de emer-
gência médica, que os recintos desportivos nos quais se Condições de permanência dos espetadores no recinto desportivo
disputem competições desportivas de natureza profissio- 1 — São condições de permanência dos espetadores no
nal ou não profissional consideradas de risco elevado, recinto desportivo:
nacionais ou internacionais, sejam objeto de medidas de
beneficiação, tendo em vista o reforço da segurança e a a) Não ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros
melhoria das condições higiénicas e sanitárias. sinais com mensagens ofensivas, violentas, de caráter
2 — Em caso de incumprimento do disposto no número racista ou xenófobo, intolerantes nos espetáculos despor-
anterior, o IPDJ, I. P., pode determinar a interdição total tivos, que incitem à violência ou a qualquer outra forma
ou parcial do recinto até que as medidas determinadas de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideo-
sejam observadas. logia política;
Artigo 22.º b) Não obstruir as vias de acesso e evacuação, espe-
cialmente as vias de emergência, sem prejuízo do uso das
Condições de acesso de espetadores ao recinto desportivo mesmas por pessoas com deficiências e incapacidades;
1 — São condições de acesso dos espetadores ao recinto c) Não praticar atos violentos, que incitem à violência,
desportivo: ao racismo ou à xenofobia, à intolerância nos espetáculos
desportivos, a qualquer outra forma de discriminação, ou
a) A posse de título de ingresso válido e de documento que traduzam manifestações de ideologia política;
de identificação com fotografia; d) Não ultrajar ou faltar ao respeito que é devido aos
b) A observância das normas do regulamento de segu- símbolos nacionais, através de qualquer meio de comuni-
rança e de utilização dos espaços de acesso público; cação com o público;
c) Não estar sob a influência de álcool, estupefacientes, e) Não entoar cânticos racistas ou xenófobos ou que
substâncias psicotrópicas ou produtos de efeito análogo, incitem à violência, à intolerância nos espetáculos des-
aceitando submeter-se a testes de controlo e despistagem, a portivos, a qualquer outra forma de discriminação, ou que
efetuar sob a direção dos elementos da força de segurança; traduzam manifestações de ideologia política;
d) Não transportar ou trazer consigo objetos ou subs- f) Não aceder às áreas de acesso reservado ou não des-
tâncias proibidos ou suscetíveis de gerar ou possibilitar tinadas ao público;
atos de violência; g) Não circular de um setor para outro;
e) Não ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros h) Não arremessar quaisquer objetos no interior do
sinais com mensagens ofensivas, de caráter racista ou recinto desportivo;
xenófobo; i) Não utilizar material produtor de fogo de artifício,
f) Não entoar cânticos racistas ou xenófobos ou que quaisquer outros engenhos pirotécnicos ou produtores de
incitem à violência; efeitos análogos;
g) Consentir na revista pessoal de prevenção e segu- j) Cumprir os regulamentos do recinto desportivo;
rança, com o objetivo de detetar e impedir a entrada de l) Observar as condições de segurança previstas no
objetos e substâncias proibidos ou suscetíveis de gerar ou artigo anterior.
possibilitar atos de violência;
h) Consentir na recolha de imagem e som, nos termos 2 — O incumprimento das condições previstas nas alí-
da Lei n.º 67/98, de 26 de outubro. neas a), c), d), e), g) e h) do número anterior, bem como
nas alíneas c) e d) do n.º 1 do artigo anterior, implica o
2 — Para os efeitos da alínea c) do número anterior, afastamento imediato do recinto desportivo a efetuar pelas
consideram-se sob influência de álcool os indivíduos que forças de segurança presentes no local, sem prejuízo de
apresentem uma taxa de álcool no sangue igual ou superior outras sanções eventualmente aplicáveis.
Diário da República, 1.ª série — N.º 142 — 25 de julho de 2013 4381
3 — O incumprimento das condições previstas nas c) Porta de entrada para o recinto desportivo, setor,
alíneas b), f), g) e l) do n.º 1, bem como nas alíneas a), b), fila e cadeira, bem como a planta do recinto e do local
e) e f) do n.º 1 do artigo anterior, implica o afastamento de acesso;
imediato do recinto desportivo a efetuar pelos assistentes d) Designação da competição desportiva;
de recinto desportivo presentes no local, sem prejuízo de e) Modalidade desportiva;
outras sanções eventualmente aplicáveis. f) Identificação do organizador e promotores do espe-
táculo desportivo intervenientes;
Artigo 24.º g) Especificação sumária dos factos impeditivos do
Condições especiais de permanência
acesso dos espetadores ao recinto desportivo e das conse-
dos grupos organizados de adeptos quências do incumprimento do regulamento de segurança
e utilização dos espaços de acesso público;
1 — Os grupos organizados de adeptos podem, exce- h) A identificação a que se refere o n.º 3 do artigo 16.º,
cionalmente, utilizar no interior do recinto desportivo nos casos nele previstos.
megafones e outros instrumentos produtores de ruídos,
por percussão mecânica e de sopro, desde que não ampli- 4 — O organizador da competição desportiva pode acor-
ficados com auxílio de fonte de energia externa. dar com o promotor do espetáculo desportivo a emissão
2 — O disposto no n.º 1 carece de autorização prévia do dos títulos de ingresso.
promotor do espetáculo desportivo, devendo este comunicá- 5 — O número de títulos de ingresso emitidos nos ter-
-la à força de segurança. mos do presente artigo não pode ser superior à lotação do
3 — Nos recintos desportivos cobertos pode haver respetivo recinto desportivo.
lugar a condições impostas pelo promotor do espetáculo 6 — A violação do disposto no presente artigo implica,
desportivo ao uso dos instrumentos produtores de ruídos, enquanto a situação se mantiver, a suspensão da realização
tendo em vista a proteção da saúde e do bem-estar dos do espetáculo desportivo em causa.
participantes presentes no evento, nos termos da legislação 7 — A sanção prevista no número anterior é aplicada
sobre ruído. pelo IPDJ, I. P.
Artigo 25.º
Revista pessoal de prevenção e segurança CAPÍTULO III
1 — O assistente de recinto desportivo pode, na área Regime sancionatório
definida para o controlo de acessos, efetuar revistas pes-
soais de prevenção e segurança aos espetadores, nos ter-
mos da legislação aplicável ao exercício da atividade de SECÇÃO I
segurança privada, com o objetivo de impedir a introdução Crimes
no recinto desportivo de objetos ou substâncias proibidos,
suscetíveis de possibilitar ou gerar atos de violência. Artigo 27.º
2 — O assistente de recinto desportivo deve efetuar,
antes da abertura das portas do recinto, uma verificação Distribuição e venda de títulos de ingresso falsos ou irregulares
de segurança a todo o seu interior, de forma a detetar a 1 — Quem distribuir para venda ou vender títulos de
existência de objetos ou substâncias proibidos. ingresso para um espetáculo desportivo em violação do
3 — As forças de segurança destacadas para o espe- sistema de emissão e venda de títulos de ingresso previsto
táculo desportivo, sempre que tal se mostre necessário, no artigo anterior ou sem ter recebido autorização expressa
podem proceder a revistas aos espetadores, por forma a e prévia do organizador da competição desportiva, é punido
evitar a existência no recinto de objetos ou substâncias com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.
proibidos ou suscetíveis de possibilitar atos de violência. 2 — A tentativa é punível.
4 — A revista é obrigatória no que diz respeito aos
grupos organizados de adeptos. Artigo 28.º
Artigo 26.º Distribuição e venda irregulares de títulos de ingresso
Emissão e venda de títulos de ingresso 1 — Quem distribuir para venda ou vender títulos de
ingresso para um espetáculo desportivo de modo a pro-
1 — Nos recintos em que se realizem competições pro- vocar sobrelotação do recinto desportivo, em parte ou no
fissionais e competições não profissionais consideradas de seu todo, ou com intenção de obter, para si ou para outra
risco elevado, sejam nacionais ou internacionais, compete pessoa, vantagem patrimonial sem que para tal esteja auto-
ao organizador da competição desportiva desenvolver e rizado, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com
utilizar um sistema uniforme de emissão e venda de títulos pena de multa.
de ingresso, controlado por meios informáticos. 2 — A tentativa é punível.
2 — Cabe ao organizador da competição desportiva a
emissão dos títulos de ingresso, devendo definir, no iní-
Artigo 29.º
cio de cada época desportiva, as características do título
de ingresso e os limites mínimo e máximo do respetivo Dano qualificado no âmbito de espetáculo desportivo
preço.
1 — Quem, quando inserido num grupo de adeptos,
3 — Os títulos de ingresso devem conter as seguintes
organizado ou não, com a colaboração de pelo menos outro
menções:
membro do grupo, destruir, no todo ou em parte, danifi-
a) Numeração sequencial; car, desfigurar ou tornar não utilizável transporte público,
b) Identificação do recinto desportivo; instalação ou equipamento utilizado pelo público ou de
4382 Diário da República, 1.ª série — N.º 142 — 25 de julho de 2013
2 — À medida de coação referida na alínea a) do b) A introdução, transporte e venda nos recintos despor-
número anterior aplicam-se os prazos máximos previstos tivos de bebidas ou outros produtos contidos em recipientes
para a prisão preventiva previstos no Código de Processo que não sejam feitos de material leve não contundente;
Penal. c) A introdução, venda e aluguer ou distribuição nos
3 — As medidas de coação previstas no n.º 1 podem ser recintos desportivos de almofadas que não sejam feitas
cumuladas com a obrigação de o arguido se apresentar a de material leve não contundente;
uma autoridade judiciária ou órgão de polícia criminal em d) A prática de atos ou o incitamento à violência, ao
dias e horas preestabelecidos, podendo ser estabelecida a racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos des-
coincidência horária com a realização de competições des- portivos, sem prejuízo de outras sanções aplicáveis;
portivas, nacionais e internacionais, da modalidade em cujo e) A utilização nos recintos desportivos de buzinas ali-
contexto tenha ocorrido o crime objeto da pena principal e mentadas por baterias, corrente elétrica ou outras formas de
que envolvam o clube, associação ou sociedade desportiva energia, bem como quaisquer instrumentos produtores de
a que o agente se encontre de alguma forma associado, ruídos instalados de forma fixa, com exceção da instalação
tomando sempre em conta as exigências profissionais e o sonora do promotor do espetáculo desportivo;
domicílio do agente. f) A utilização de dispositivos luminosos tipo luz laser,
4 — O disposto nos números anteriores pode ser apli- que, pela sua intensidade, seja capaz de provocar danos
cado aos casos em que se verifique existirem fortes indí- físicos ou perturbar a concentração e o desempenho dos
cios da prática de crime referido no n.º 6 do artigo 91.º do atletas;
novo regime jurídico das armas e suas munições, aprovado g) A introdução ou utilização de substâncias ou enge-
pela Lei n.º 5/2006, de 23 de fevereiro, e nos restantes nhos explosivos, artigos de pirotecnia, ou objetos que
casos referentes a recintos desportivos previstos naquele produzam efeitos similares, sem prejuízo de outras sanções
artigo. aplicáveis;
h) O arremesso de objetos, fora dos casos previstos no
Artigo 37.º artigo 31.º
Prestação de trabalho a favor da comunidade
2 — À prática dos atos previstos nas alíneas d), f), g) e
Se ao agente dever ser aplicada pena de prisão em
h) do número anterior, quando praticados contra pessoas
medida não superior a 1 ano, o tribunal substitui-a por
com deficiência e ou incapacidades, aplica-se o regime
prestação de trabalho a favor da comunidade, salvo opo-
contraordenacional previsto na Lei n.º 46/2006, de 28 de
sição daquele ou se se concluir que por este meio não se
agosto.
realizam de forma adequada e suficiente as finalidades da
punição, nos demais termos previstos no Código Penal e Artigo 39.º-A
no Código de Processo Penal. Contraordenações referentes a promotores,
organizadores e proprietários
Artigo 38.º
1 — Constitui contraordenação a prática pelo promotor
Dever de comunicação do espetáculo desportivo dos seguintes atos:
1 — Os tribunais comunicam aos órgãos de polícia cri- a) O incumprimento do dever de assunção da respon-
minal as decisões que apliquem o disposto nos artigos 29.º sabilidade pela segurança do recinto desportivo e anéis de
a 36.º, devendo estes transmitir aos promotores dos espe- segurança, em violação do disposto na alínea a) do n.º 1
táculos desportivos em causa a aplicação das decisões a do artigo 8.º;
que se referem os artigos 35.º e 36.º b) O incumprimento do dever de proteção dos indiví-
2 — Sempre que solicitado, os órgãos de polícia cri- duos que sejam alvo de ameaças e os bens e pertences des-
minal enviam as informações a que se refere o número tes, designadamente facilitando a respetiva saída de forma
anterior ao IPDJ, I. P. segura do complexo desportivo, ou a sua transferência
3 — A aplicação das penas e medidas a que se referem para setor seguro, em coordenação com os elementos da
os artigos 35.º e 36.º é comunicada ao ponto nacional de força de segurança, em violação do disposto na alínea d)
informações sobre futebol, tendo em vista, nomeadamente, do n.º 1 do artigo 8.º;
sempre que seja imprescindível, a comunicação da decisão c) O incumprimento do dever de adoção de regulamen-
judicial portuguesa de aplicação de pena às autoridades tos de segurança e de utilização dos espaços de acesso
policiais e judiciárias de outro Estado membro da União público do recinto desportivo, em violação do disposto
Europeia. na alínea e) do n.º 1 do artigo 8.º;
d) O incumprimento do dever de designação do coorde-
SECÇÃO II nador de segurança, em violação do disposto na alínea f)
Ilícitos de mera ordenação social
do n.º 1 do artigo 8.º;
e) A violação do dever de garantir o cumprimento de
todas as regras e condições de acesso e de permanência de
Artigo 39.º
espetadores no recinto desportivo, em violação do disposto
Contraordenações na alínea g) do n.º 1 do artigo 8.º;
1 — Constitui contraordenação, para efeitos do disposto f) A violação do dever de impedir o acesso ao recinto
na presente lei: desportivo, relativamente a quaisquer indivíduos aos quais
tenha sido aplicada medida de interdição de acesso a recin-
a) A introdução, venda e consumo de bebidas alcoólicas tos desportivos, pena de privação do direito de entrar em
no anel ou perímetro de segurança e no interior do recinto recintos desportivos ou sanção acessória de interdição de
desportivo, exceto nas zonas criadas para o efeito, nos acesso a recintos desportivos, em violação do disposto na
termos da alínea f) do n.º 2 do artigo 7.º; subalínea i) da alínea h) do n.º 1 do artigo 8.º;
4384 Diário da República, 1.ª série — N.º 142 — 25 de julho de 2013
g) A violação do dever de impedir a obtenção de quais- b) O incumprimento do dever de manter uma lista atua-
quer benefícios concedidos pelo clube, associação ou socie- lizada dos adeptos de todos os grupos organizados do
dade desportiva, relativamente a quaisquer indivíduos aos respetivo clube, associação ou sociedade desportiva, ou
quais tenha sido aplicada medida de interdição de acesso a o não fornecimento da mesma às autoridades judiciárias,
recintos desportivos, pena de privação do direito de entrar administrativas e policiais competentes, em violação do
em recintos desportivos ou sanção acessória de interdi- disposto na alínea n) do n.º 1 do artigo 8.º;
ção de acesso a recintos desportivos, em violação do dis- c) O incumprimento do dever de reservar, nos recintos
posto na subalínea ii) da alínea h) do n.º 1 do artigo 8.º; desportivos que lhe estão afetos, uma ou mais áreas espe-
h) O incumprimento dos deveres de correção, mode- cíficas para os filiados dos grupos organizados de adeptos,
ração e respeito relativamente a outros promotores de em violação do disposto no n.º 2 do artigo 16.º;
espetáculos desportivos e organizadores de competições d) A cedência ou venda de bilhetes a grupos organi-
desportivas, associações, clubes, sociedades desportivas, zados de adeptos em violação do disposto no n.º 3 do
agentes desportivos, adeptos, autoridades públicas, ele- artigo 16.º;
mentos da comunicação social e outros intervenientes no e) A permissão de acesso ou ingresso em áreas desti-
espetáculo desportivo, em violação do disposto na alínea i) nadas aos filiados dos grupos organizados de adeptos, em
do n.º 1 do artigo 8.º; violação do disposto no n.º 4 do artigo 16.º
i) O incitamento ou a defesa públicas da violência, do
racismo, da xenofobia, da intolerância ou do ódio, nomea- 2 — Constitui contraordenação:
damente através da realização de críticas ou observações a) A atribuição de qualquer apoio, nomeadamente atra-
violentas, que utilizem terminologia desrespeitosa, que vés da concessão de facilidades de utilização ou cedência
façam uso da injúria, difamação ou ameaça, ou que afetem de instalações, de apoio técnico, financeiro ou material,
a realização pacífica e ordeira dos espetáculos desportivos em violação do disposto no n.º 2 do artigo 14.º;
e a relação entre quaisquer entidades, grupos ou indiví- b) A atribuição de qualquer apoio a grupos organizados
duos envolvidos na sua concretização, ou a adoção de de adeptos que adotem sinais, símbolos e ou expressões
comportamentos desta natureza, em violação do disposto que incitem à violência, ao racismo, à xenofobia, à into-
na alínea j) do n.º 1 do artigo 8.º; lerância nos espetáculos desportivos, ou a qualquer outra
j) O incumprimento do dever de zelar por que dirigentes, forma de discriminação, ou que traduzam manifestações
técnicos, jogadores, pessoal de apoio ou representantes de ideologia política, em violação do disposto no n.º 5 do
dos clubes, associações ou sociedades desportivas ajam artigo 14.º;
de acordo com os preceitos das alíneas h) e i); c) Não assegurar a fiscalização devida, em violação do
k) O incumprimento das obrigações a que se refere disposto no n.º 6 do artigo 14.º;
o n.º 1 do artigo 18.º, fixadas, na matéria, ao abrigo do d) A atribuição de qualquer apoio por qualquer outra
regime jurídico das instalações desportivas de uso público entidade que pretenda concedê-los a grupo organizado de
e respetiva regulamentação; adeptos, em violação do disposto no n.º 9 do artigo 14.º;
l) A falta de requisição de policiamento de espetáculo e) A violação da obrigação de confirmação prévia junto
desportivo, em violação do disposto na alínea o) do n.º 1 do IPDJ, I. P., da suscetibilidade de atribuição de quaisquer
do artigo 8.º facilidades ou apoios a determinado grupo organizado de
adeptos, em violação do disposto no n.º 10 do artigo 14.º;
2 — Constitui contraordenação a prática pelo organiza- f) A atribuição de qualquer apoio a grupos organizados
dor da competição desportiva do disposto nas alíneas h), de adeptos que não se encontrem previamente registados ou
i) e j) do número anterior, bem como o incumprimento do cujo registo tenha sido suspenso ou anulado, em violação
dever de aprovação dos regulamentos internos em matéria do disposto no n.º 6 do artigo 15.º
de prevenção e punição das manifestações de violência,
racismo, xenofobia e intolerância nos espetáculos despor- Artigo 40.º
tivos, neste caso, em violação do disposto n.º 2 do artigo 8.º
3 — Constitui contraordenação a prática pelo proprietá- Coimas
rio do recinto desportivo do disposto na alínea c) do n.º 1, 1 — Constitui contraordenação, punida com coima entre
em violação do disposto n.º 3 do artigo 8.º € 250 e € 3740, a prática do ato previsto na alínea c) do
n.º 1 do artigo 39.º
Artigo 39.º-B 2 — Constitui contraordenação, punida com coima entre
Contraordenações relativas ao regime dos grupos € 500 e € 5000, a prática dos atos previstos nas alíneas b),
organizados de adeptos em especial e) e f) do n.º 1 do artigo 39.º
3 — Constitui contraordenação, punida com coima entre
1 — Constitui contraordenação a prática pelo promotor
€ 750 e € 10 000, a prática dos atos previstos nas alíneas a),
do espetáculo desportivo dos seguintes atos:
d), g) e h) do n.º 1 do artigo 39.º
a) O incumprimento do dever de zelar por que os grupos 4 — Constitui contraordenação, punida com coima
organizados de adeptos do respetivo clube, associação ou entre € 1000 e € 50 000, a prática dos atos previstos na
sociedade desportiva participem do espetáculo despor- alínea j) do n.º 1 do artigo 39.º-A, bem como dos previstos
tivo sem recurso a práticas violentas, racistas, xenófobas, no n.º 2 do mesmo artigo por referência ao disposto na
ofensivas, ou que perturbem a ordem pública ou o curso referida alínea j) do n.º 1, assim como daqueles previstos
normal, pacífico e seguro da competição e de toda a sua na alínea c) do n.º 1 do artigo 39.º-B.
envolvência, nomeadamente, no curso das suas desloca- 5 — Constitui contraordenação, punida com coima entre
ções e nas manifestações que realizem dentro e fora de € 1500 e € 100 000, a prática dos atos previstos nas alíneas c),
recintos, em violação do disposto na alínea m) do n.º 1 e), g) e h) do n.º 1 do artigo 39.º-A, dos previstos no n.º 2
do artigo 8.º; do mesmo artigo por referência ao disposto na alínea h) do
Diário da República, 1.ª série — N.º 142 — 25 de julho de 2013 4385
b) O cumprimento do disposto no artigo 15.º, pelo grupo pelos Decretos-Leis n.os 115/2011, de 5 de dezembro, e
organizado de adeptos; 265/2012, de 28 de dezembro.
c) A instalação do sistema de videovigilância previsto Foi igualmente promovida a audiência prévia da Câmara
no artigo 18.º pelo promotor do espetáculo desportivo. Municipal de Marco de Canaveses.
Assim:
2 — Aos promotores do espetáculo desportivo que Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 28.º da Lei
obtenham o direito de participar em competições des- n.º 107/2001, de 8 de setembro, e nos termos da alínea g)
portivas de natureza profissional, por subida de escalão do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o
ou por qualquer outro procedimento previsto em nor- seguinte:
mas regulamentares das competições, o prazo para se
adequarem ao disposto na presente lei é de dois anos, Artigo único
contados desde o início da época desportiva em que esse
direito seja obtido. Classificação