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Apostila de Serviço de Quarto de Navegação
Apostila de Serviço de Quarto de Navegação
SERVIÇO DE QUARTO
DE NAVEGAÇÃO
– NAV 002 –
1ª.edição
Rio de Janeiro
2013
© 2013 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
Revisão Pedagógica:
Revisão ortográfica:
Diagramação/Digitação: Invenio Design
Coordenação Geral:
____________ exemplares
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SUM ÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 3
5
3.6 PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE............................................................................ 32
UNIDADE 4 – EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ....................... 34
4.1 SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA ................................................................................ 34
4.2 SINAIS PIROTÉCNICOS DE SOCORRO, EPIRB’S E SART’S ................................ 36
4.2.1 Foguetes Paraquedas (Rocket Parachute Flares)...................................................... 36
4.2.2 Fachos de Mão (Hand Flares)..................................................................................... 36
4.2.3 Caixas ou potes fumígenos (Buoyant Smoke Signals)............................................... 37
4.3 FALSOS ALERTAS DE PERIGO OU ACIONAMENTO ACIDENTAL ....................... 39
4.3.1 Como evitar alarmes falsos ......................................................................................... 39
UNIDADE 5 – MANOBRAS E OUTRAS OPERAÇÕES A BORDO...................................... 41
5.1 REGULAMENTO INTERNACIONAL PARA EVITAR ABALROAMENTO NO MAR
(RIPEAM)..................................................................................................................... 41
5.2 EMBARQUE DO PRÁTICO......................................................................................... 47
5.2.1 Regras e Requisitos Técnicos .................................................................................... 47
5.2.2 Dispositivos especiais................................................................................................. 48
5.3 MANOBRAS DE ATRACAÇÃO E DESATRACAÇÃO................................................ 49
5.4 FUNDEIO DA EMBARCAÇÃO.................................................................................... 51
5.4.1 Máquina de fundear e suspender................................................................................ 53
5.4.2 Expressões usadas em manobras de suspender ou fundear ..................................... 55
5.5 TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS ............................................................... 55
5.5.1 Instruções de segurança ............................................................................................. 57
5.6 PROCEDIMENTOS PARA O RECEBIMENTO DE MATERIAL A BORDO ............... 57
5.7 MANUTENÇÃO DE CONVESES................................................................................ 59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 61
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UNIDADE 1
= 44º 58’ N
= 49º 12’ W
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Utilizando uma carta náutica podemos traçar um rumo, que vem a ser uma linha reta
traçada na carta com direção e sentido definidos. Uma embarcação para ir de um ponto a outro
deve seguir um rumo.
O Norte verdadeiro é a direção do polo norte geográfico da Terra, que está contido no
eixo terrestre orientado na direção norte-sul da Terra. Na carta náutica o rumo tem esse ponto
como referência.
A determinação da posição na carta náutica é feita por meio das coordenadas
geográficas latitude e longitude. Para plotarmos pontos e rumos na carta náutica utilizamos a
régua de paralelas e o compasso de navegação.
A Terra é um imenso ímã e, por causa disso, possui magnetismo ao seu redor e polos
magnéticos ( norte e sul ), que são defasados dos polos geográficos.
Marcação verdadeira é o ângulo entre o norte verdadeiro e o objeto que está sendo
marcado: farol, ilha, ponta, etc.
Marcação magnética é o ângulo entre o norte magnético e o objeto que está sendo
marcado: farol, ilha, ponta, etc.
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Tanto a proa como a marcação são medidas em graus de 000º e 360º.
Rumo verdadeiro ( Rv ) é o ângulo entre o norte verdadeiro e a proa da embarcação. É
contado entre 000º e 360º no sentido horário.
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Exemplificando, vamos considerar que temos uma carta náutica publicada em 2010.
Quando plotamos um ponto nesta carta em 2013 representando a nossa localização e
queremos determinar a direção do norte magnético, temos que ler na carta duas informações:
a declinação magnética no local e a variação anual. Prosseguindo no nosso exemplo, se lemos
na carta que a declinação magnética no local é 12º 50’ W ( em 2008 ) e que o aumento anual é
10’, temos que somar cinco aumentos anuais (2013-2008= 5 ) de 10’ ao valor inicial. Portanto a
declinação magnética neste local e neste ano é de 12º 50’W + 50’ = 13º 40’ W.
agulhas magnéticas; e
agulhas giroscópicas.
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As agulhas magnéticas continuam a bordo como alternativa para atender às situações de
emergência, como por exemplo: uma falha na agulha giroscópica, provocada pela falta de
energia elétrica.
Uma agulha magnética é composta de uma rosa circular, graduada de 000º a 360º,
apoiada no seu centro, livre para girar em torno de um eixo vertical (estilete), flutuando em uma
cuba cheia de um líquido, que pode ser uma mistura de água e álcool (para não congelar) ou
um destilado fino de petróleo, semelhante ao varsol.
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O ângulo indicado na rosa da agulha entre a linha de fé (alinhada com o eixo longitudinal
do navio) e a linha norte-sul da agulha será igual ao ângulo entre a proa do navio e o norte
magnético, ou seja, o rumo magnético do navio (caso a agulha não possua desvio, como será
visto posteriormente).
Vantagens:
Limitações:
4. suas informações não podem ser transmitidas com facilidade para outros sistemas;
─ estável para que indique firmemente a proa, mesmo nas guinadas rápidas, e não se
desloque sob a ação do balanço, caturro, trepidações, etc.
Estas duas condições, até certo ponto antagônicas, são conseguidas dando-se à agulha
grande momento magnético, pequeno peso e diminuição do atrito, o que se consegue obter
mais facilmente nas agulhas líquidas. As agulhas secas são muito sensíveis, mas pouco
estáveis. Por isso, praticamente não são usadas a bordo de navio ou embarcações.
b) Perturbações da agulha magnética e Desvios.
Uma agulha magnética livremente suspensa, quando situada em terra, em local isento de
outras influências magnéticas, permanece orientada na direção do meridiano magnético (linha
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de força do campo magnético terrestre). A bordo, porém, existem outros campos magnéticos,
provenientes dos ferros e aços de que o navio é construído e dos equipamento elétricos
instalados.
As massas de ferro duro (fortemente carburadas, tais como aços e ferros fundidos)
adquirem, durante a construção dos navios, uma magnetização por influência do campo
magnético terrestre. Essa magnetização, acelerada durante a construção pelas vibrações e
choque a que então as massas estão sujeitas, pouco se altera no futuro, evoluindo, salvo
circunstância especiais, muito lentamente.
Alterações no magnetismo permanente podem ocorrer sempre que o navio ficar muito
tempo na mesma proa (como, por exemplo, durante um prolongado período de reparos) ou
num local que provoque uma influência magnética bastante diferente da exercida durante a
construção, ou, ainda, quando o navio é sujeito a choque ou trepidações anormais.
Nas massas de ferro doce (não carburado), ao contrário, a magnetização induzida pelo
campo terrestre é temporária e altera-se, sendo denominada magnetização induzida ou
magnetismo induzido, que depende da proa do navio e do valor do campo terrestre no local
onde o navio se encontra, variando, assim, com o rumo do navio e com o lugar onde se navega
Os efeitos provocados pelas correntes elétricas podem ser evitados desde que os
equipamentos sejam afastados da agulha.
Os efeitos dos ferros do navio podem ser muito atenuados, pela “compensação”,
operação que consiste na colocação de “ímãs corretores” que criam campos magnéticos iguais
e opostos aos provocados por aqueles ferros. Os corretores, ou compensadores, como
também são chamados, estão instalados na bitácula e são, em geral, construídos por ímãs
permanentes, barras e esferas de ferro doce.
Assim, o desvio da agulha é definido como o ângulo entre o norte magnético e o norte da
agulha.
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1.6 FATORES QUE PODEM ALTERAR OS DESVIOS DA AGULHA
Há inúmeros fatores que podem influenciar ou alterar os desvios das agulhas magnéticas
instaladas a bordo das embarcações:
Compensação é a operação que tem por fim anular ou reduzir os desvios da agulha a
valores muito pequenos (geralmente inferiores a 2º ou 3º ).
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a . ímãs permanentes (barras) com as extremidades pintadas de vermelho (pólo norte) e
azul (pólo sul), que se introduzem no interior da bitácula;
Depois de compensada a agulha, devemos fazer uma verificação dos desvios residuais e
preencher uma tabela e curva de desvios. Estes dados são, então, transcritos no Certificado de
Compensação de Agulha Magnética, documento obrigatório a bordo dos navios e
embarcações.
1.8.1 Métodos para determinação dos desvios da agulha e preparo da tabela e curva de
desvios
2. Alinhamentos
4. Azimutes de astros
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Qualquer que seja o método utilizado, ao proceder à determinação dos desvios o navio
deve estar compassado e nas condições normais de navegação. As observações efetuam-se
em proas eqüidistantes (15º, 30º ou 45º), geralmente no decorrer de giros completos do navio.
Os desvios devem ser determinados com a precisão de 0,5º. Nas Tabelas de Desvios, porém,
serão registrados apenas com a precisão de grau inteiro.
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Ao invés da rosa circular com um conjunto de ímãs, apoiada no seu centro e livre de
girar, existente nas agulhas convencionais, as bússolas de fluxo magnético utilizam um sensor
eletrônico estacionário montado cobertas abaixo, alinhado com a quilha do navio (eixo
longitudinal).
As bússolas de fluxo magnético são muito precisas (0,5º) e, além disso, o seu sinal
digitalizado pode ser facilmente transmitido para outros equipamentos (LORAN C, GPS,
“plotters”, etc.) ou para indicadores remotos (repetidoras).
Para facilitar a leitura dos rumos, pode-se adaptar sobre a rosa circular uma lente de
governo, que amplia o setor da rosa nas proximidades da linha de fé, tornando mais fácil e
cômodo ler e seguir um determinado rumo.
Por muitos séculos a agulha magnética foi o único instrumento disponível para
determinação de direções (rumos e marcações, ou azimutes) no mar. Na busca de um
equipamento que indicasse o norte verdadeiro, em vez do norte magnético, a agulha
giroscópica foi desenvolvida nas primeiras décadas do século XX.
Avanços paralelos foram feitas nos Estados Unidos e na Europa, sendo que os norte-
americanos desenvolveram uma agulha giroscópica tendo como base um único giroscópio,
enquanto que os alemães utilizaram giroscópios múltiplos nas suas primeiras agulhas.
eixo de rotação;
O eixo do rotor possui rolamentos praticamente livres de atrito, que lhe permitem girar
com completa liberdade em torno do eixo de rotação X-X.
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O anel interno é montado com rolamentos no anel externo, de modo que tenha completa
liberdade de movimento em torno do eixo horizontal Y-Y.
O anel externo, por sua vez, é montado no semi-anel, sendo provido de rolamentos que
lhe permitem girar em torno do eixo vertical Z-Z.
Quando o rotor gira em alta velocidade, o giroscópio desenvolve duas propriedades que
não apresenta enquanto o rotor está em repouso.
Estas duas propriedades são conhecidas como inércia giroscópica (ou rigidez no espaço)
e precessão.
A inércia giroscópica faz com que o rotor tenda a conservar sua direção no espaço, por
mais variados que sejam os movimentos impostos à sua base. Em outras palavras, a inércia
giroscópica (ou rigidez no espaço) é a propriedade que o giroscópio livre tem em manter seu
eixo apontado sempre para um mesmo ponto no espaço, a despeito dos movimentos de sua
base.
A precessão pode ser definida como o movimento resultante do rotor, quando é aplicada
uma força que tende a alterar a direção do seu eixo de rotação. Em virtude desta propriedade,
quando é aplicada ao rotor uma força tendendo a deslocar o eixo de rotação de sua direção no
espaço, em vez de eixo se mover na direção da força, o fará num plano perpendicular à
direção da força aplicada.
Um giroscópio livre não serve como agulha, mas, aproveitando as duas propriedades
acima descritas e aplicando forças convenientes nos locais apropriados, consegue-se
estabilizar o eixo de rotação no meridiano e na horizontal.
1. Caixa do rotor
2. Anel vertical
3. Eixo vertical de suspensão
5. Balístico de mercúrio
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Partes principais da Agulha Giroscópica
Para obter um conjunto simétrico, o sistema balístico é formado por dois jogos de dois
reservatórios de mercúrio, cada jogo formando vasos comunicantes.
Quando uma giro é alimentada, isto é, quando o seu rotor é posto a girar e atinge a
velocidade normal de operação (6.000 rpm em média), ela começa automaticamente a se
“orientar” em busca do Norte verdadeiro, qualquer que seja a direção em que se encontra
quando parada.
Quanto mais próxima estiver do Norte verdadeiro, mais rápida será a sua orientação. Nas
agulhas modernas, existe um dispositivo que permite reduzir este período para apenas 30
minutos.
Em latitudes além de 70º Norte ou Sul, a velocidade do navio pode tornar-se tão grande
em relação à velocidade tangencial da Terra que grandes erros podem ser introduzidos na
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agulha giroscópica. Por esta razão, o erro da agulha giroscópica deve ser continuamente
verificado em latitudes de 70º (Norte ou Sul).
Vantagens:
Limitações:
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O círculo azimutal, de forma semelhante à alidade de pínulas, é instalado sobre a
repetidora, livre de girar em torno do centro da rosa graduada. Possui um par de visores, a
fenda de visada e a mira com retículo.
Circulo Azimutal
Alidade Telescópica
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corretor de latitude que, nos modelos mais antigos das agulhas giroscópicas, deve ser
colocado e mantido manualmente na posição conveniente.
É possível que os erros não sejam anulados completamente ou que a agulha não esteja
funcionando em perfeitas condições; o rumo indicado, então, não é o verdadeiro e sim o Rumo
da giroscópica (Rgi). Nesse caso, a linha 000º - 180º da agulha formaria, com a direção do
meridiano verdadeiro, um ângulo, o Erro da Giroscópica (Egi).
Note-se que as causas do Egi nada têm, em comum, com as causas do desvio da agulha
magnética. O Egi é constante para todos os rumos, ao passo que os desvios da magnética
variam com o rumo.
Se a causa do Egi não for o erro de latitude, ele será o mesma em pontos diferentes da
superfície da Terra, enquanto que isso não sucede com os desvios da magnética. O desvio é
determinado comparando-se uma marcação da giro com uma marcação verdadeira conhecida,
com a de um alinhamento, ou pelo azimute do sol (ou de outro astro), que pode ser obtido
através de tábuas astronômicas apropriadas.
Assim sendo, quando se usa uma agulha giroscópica, o erro (Egi) é definido como o
ângulo entre o norte verdadeiro (ou geográfico) e o norte da agulha.
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2. Por marcação a um ponto distante (representado na carta) a partir de uma posição
conhecida.
3. Comparação do rumo da giro com o navio amarrado paralelo a um pier ou cais, com o
rumo do pier ou cais retirado da carta (método aproximado).
Um erro do timoneiro pode ter conseqüências imprevisíveis; por isso, toda atenção não
será demasiada. As ordens não podem ser variadas ou complicadas, mas claras e concisas,
dadas pelo comandante ou pelo oficial de quarto. Ao receber tais ordens, o timoneiro deve
acusar o recebimento, repetindo a mensagem recebida com a mesma clareza. Seguem-se
alguns exemplos de vozes de manobra que o comando pode emitir ao timoneiro e que este,
após repeti-las, deve dar cumprimento a elas.
Boreste (ou bombordo) leme – carregar o leme a 15o, para o bordo indicado.
Bombordo (ou boreste) 5, 10, 15 ou 20o , etc. – carregar o leme no ângulo indicado.
Bombordo (ou boreste) todo leme – carregar todo o leme (esta voz é cumprida,
deixando-se sempre uma reserva de leme de 2 ou 3 graus, a fim de evitar que o leme fique
preso em fim de curso);
Alivia ! – reduzir a 1/3 o ângulo do leme (voz dada para reduzir a velocidade da guinada)
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Quebra a guinada ! – carregar o leme para o bordo contrário, a fim de parar a guinada.
Nada a boreste (ou nada a bombordo) ! – governar de modo que a proa não passe
para o bordo
(BE ou BB) do rumo indicado.
Assim ! – manter o navio no rumo que a agulha de governo está indicando no momento.
Rumo zero, dois, zero graus (ou dois, três, cinco graus ou um, três, zero graus) –
esta ordem determina o rumo em que o timoneiro deve governar a partir da ordem dada.
A caminho ? – esta pergunta é feita quando se deseja saber o ângulo do leme
necessário para manter o navio a caminho. O timoneiro deve responder dizendo por exemplo:
“A meio” ou “ a tantos graus a BE ou a BB”.
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1.19.1 Operação do piloto automático
A capacidade com que um piloto automático aceita diferentes “inputs” deve ser
cuidadosamente considerada quando selecionamos uma velocidade. Nos modernos pilotos
automáticos os controles são usualmente incorporados para limitar o ângulo de leme à
quantidade de cabeceio (movimento horizontal da proa) antes que uma ação corretiva seja
aplicada, além de um amortecedor que permita à agulha se manter razoavelmente firme em
mares agitados.
O piloto automático usa o sinal da giro para medir a direção atual e utiliza uma rota pré-
definida através de “way-points” usando um ciclo de atualização adicional referente à posição
da embarcação.
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UNIDADE 2
Quando o tripulante está escalado na tabela de serviço de quarto, esta tarefa tem maior
prioridade do que as demais e ele deve guarnecer o seu posto de serviço de quarto com
alguma antecedência para substituir o colega que está deixando o serviço de quarto do horário
anterior. A falta ou o atraso em se apresentar no posto de serviço para o qual o tripulante está
escalado é considerada falta grave e pode suscitar algum tipo de punição indesejada.
Todo tripulante, na execução de suas tarefas, deverá ter cautela para não perder a
atenção e colocar em risco sua vida e a dos demais. De uma maneira geral, os deveres e
responsabilidades do tripulante na execução dos serviços, seja na sua incumbência ou seja no
serviço de quarto, poderiam ser resumidas nos seguintes tópicos principais:
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Tomar medidas para evitar a poluição do meio ambiente pela embarcação;
Executar com zelo e eficiência os serviços que lhe competem;
Todos no passadiço devem manter disciplina e conduta condizentes com o nível que a
função requer. Devemos evitar conversas desnecessárias ou inadequadas e manter sempre o
grau de alerta e interesse apropriados. As ordens devem ser compreendidas e obedecidas
prontamente. Ao se ouvir uma determinada ordem, devemos repeti-la em bom tom para
informar que a ordem foi ouvida. Após o cumprimento da ordem devemos dar o “pronto” de sua
execução de modo que não haja espaço para dúvidas ou mal entendidos.
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UNIDADE 3
A utilização correta dos termos e definições padronizados que são empregados a bordo
fazem com que haja uma adequada maneira de o tripulante se comunicar com os demais
durante o serviço de quarto. Os termos e definições empregados contribuem para o
monitoramento e o controle da vigilância no serviço de quarto. Todos devem empenhar-se não
só para a necessidade premente de serem bem compreendidos em suas falas, como também
de se comunicarem com clareza e sem vícios de linguagem inadequados para a prática
marinheira.
Se houver o caso em que uma ordem recebida do oficial de quarto não tiver sido
totalmente compreendida, o tripulante deve solicitar informações ou esclarecimentos adicionais
ao oficial em questão para que a segurança da informação e, consequentemente do navio, não
seja colocada em risco. Vale dizer que um percentual elevado de acidentes no mar é causado
por falha humana, sendo que grande parte destes acidentes teve como causa problemas na
comunicação.
No item 1.18 foram apresentadas as principais vozes de manobra, ditas entre o oficial de
quarto e o timoneiro. É um bom exemplo do que foi explanado aqui no que se refere à
necessidade de se manter uma padronização dos termos marinheiros utilizados a bordo.
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A hierarquia deve predominar nas comunicações interiores, quem precisa transmitir as
ordens deve fazê-lo com clareza e bom tom, quem for chamado para informar algo deve
responder alto e claro e em seguida manter silêncio, contribuindo assim para manter a ordem
no circuito. Em caso de necessidade, quem precisar informar algo relevante para o bom
andamento da manobra, pode tomar a iniciativa de chamar a estação desejada e, quando
autorizado, comunicar-se com ela.
Para os sistemas de alarme também são válidas estas recomendações. Sempre que eles
precisam ser utilizados, as estações de controle ao longo do navio são guarnecidas e passam
a transmitir ao Comando informações detalhadas de situação, para que o passadiço tome
rapidamente as ações necessárias.
Neste contexto, ele permanece muito ocupado e sob alguma tensão no desempenho de
suas tarefas. Se o grupo de serviço que estiver com ele se comportar adequadamente e de
maneira a contribuir positivamente para a solução dos problemas que se apresentem, ele ficará
menos sobrecarregado. A eficiência conseguida é a soma da eficiência de todos.
Cada um no seu posto de serviço deve auxiliar o oficial de quarto de várias maneiras:
resolvendo as tarefas recebidas, dando o “pronto” delas com clareza, participando da
vigilância, zelando pelo bom estado do material do passadiço e informando ao oficial assuntos
que interessem às manobras. A informação deve ser transmitida com habilidade, como
também as ordens recebidas devem ser perfeitamente compreendidas. Da correta
comunicação de todos com o oficial de quarto depende o cumprimento da missão e
principalmente a segurança do navio.
A passagem de serviço não pode ser origem de problemas. Cada tripulante que assume
o serviço de quarto deve fazê-lo dando continuidade ao serviço do colega que termina o seu
horário. Inicialmente vamos tratar da pontualidade: a tabela de serviço é divulgada com
antecedência e afixada em local visível e conhecido por todos. Nos horários de passagem de
serviço que coincidem com as refeições, o pessoal que vai entrar de serviço faz sua refeição
com antecedência, de modo que possa comparecer à passagem de serviço pontualmente.
Uma vez tendo se apresentado ao seu quarto de serviço, o tripulante deve ouvir com
atenção de seu antecessor todas as ordens em vigor pertinentes à função que vai assumir, as
informações necessárias à compreensão da atual situação do navio, as tarefas em andamento,
a posição dos navios na redondeza, a situação das tarefas ainda não realizadas e quando
deverão ser realizadas, os alertas em vigor, a previsão do tempo e qualquer outra informação
que contribua para uma correta assunção do serviço. Se a passagem de serviço for realizada
assim, ela por si só não será origem de problemas.
Como já foi mencionado, o tripulante deve ouvir com atenção de seu antecessor todas as
ordens em vigor pertinentes à função que vai assumir, as informações necessárias à
compreensão da atual situação do navio, as tarefas em andamento, a posição dos navios na
redondeza, a situação das tarefas ainda não realizadas e quando deverão ser realizadas, os
alertas em vigor, a previsão do tempo e qualquer outra informação que contribua para uma
correta assunção do serviço.
Todos somos responsáveis pela preservação do meio ambiente em que vivemos. Houve
uma época em que as pessoas ainda não estavam sintonizadas com a consciência ecológica,
as populações e os agentes poluidores eram menores e as quantidades de resíduos ainda não
haviam atingido um ponto crítico. Hoje em dia, as organizações internacionais e os governos
estão cada vez mais atuantes no sentido de criar legislações e procedimentos de inspeção que
inibam a degradação do meio ambiente.
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O mar sempre foi considerado erradamente um destino natural para a descarga de
resíduos dos navios, e durante muitos anos assim foi feito. Os paises mais desenvolvidos
foram os pioneiros na criação de uma consciência ecológica e de leis que impediam, por
exemplo, a poluição dos portos e as descargas dos navios em suas águas. Em diversos portos
do mundo há inspetores de serviço observando os navios atracados para coibir a poluição.
Cada navio deve ter seus procedimentos para armazenar as sobras de óleo ou os
esgotos de porão em tanques destinados a isso. O lixo de bordo deve receber tratamento
análogo e ser estocado até que haja o lugar e o momento adequados para o desembarque
seguro.
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UNIDADE 4
A chamada de segurança indica que a estação vai transmitir uma mensagem relativa:
à segurança da navegação.
Exemplo:
Câmbio.
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A chamada de urgência indica que a estação vai transmitir uma mensagem relativa à:
segurança de uma embarcação.
O sinal de urgência é PAN PAN ( pronuncia-se “pane pane” ) e deve ser repetido três
vezes antes da mensagem e sua prioridade é 2, só suplantado pelo sinal de socorro .
Exemplo:
PAN PAN, PAN PAN, PAN PAN
Câmbio.
A chamada de socorro indica que a embarcação está sob ameaça de grave perigo ( risco
de morte humana ) e necessita ajuda rápida.
O sinal de socorro é MAYDAY ( pronuncia-se “mei dei” ) e deve ser repetido três vezes
antes da mensagem e sua prioridade é 1, ou seja, todas as outras mensagens devem dar a vez
às mensagens de socorro.
Exemplo:
MAYDAY, M AYDAY, MAYDAY
Câmbio.
Qualquer embarcação nas proximidades que possa prestar socorro deverá transmitir o
”recibo” ( significando que ouviu o pedido de socorro e vai prestar auxílio ).
Exemplo:
MAYDAY recebido.
Após a transmissão do “recibo”, a legislação recomenda que a estação que irá prestar
socorro informe quando chegará ao local da embarcação que pediu socorro.
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mensagens de segurança, de urgência ou de socorro sejam recebidas. No passadiço existe um
quadro resumo com instruções de socorro, urgência e segurança.
O tripulante deve estar atento durante o seu serviço de quarto para a possibilidade de
alguém solicitar socorro utilizando algum tipo de sinal pirotécnico, EPIRB ou SART. Há várias
modalidades de sinais pirotécnicos, mas de um modo geral, estes sinais podem ser agrupados
nos seguintes tipos:
Foguete projetado a uma altura da ordem de 300 metros com eclosão de um paraquedas
de luz vermelha com intensidade forte, com um tempo de combustão mínimo de 40 segundos e
uma velocidade de descida não superior a 5 m/s.
Facho para segurar com a mão, com emissão de luz vermelha, com uma intensidade
luminosa durante 60 segundos. Devem continuar a arder, depois de submersos em água,
durante 10 segundos e a uma profundidade de 100 mm.
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4.2.3 Caixas ou potes fumígenos (Buoyant Smoke Signals)
Sinal fumígeno flutuante, desprovido de ignição explosiva, com emissão de fumaça cor
laranja durante 3 minutos.
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O “EPIRB” informa:
identificação do usuário.
Podem ser portáteis (para serem levados nas embarcações de salvamento) ou fixos
(instalados no navio e nas baleeiras salva-vidas) e tem o seu melhor alcance quando
posicionados a cerca de 1 metro acima do nível do mar.
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O SART responde emitindo um sinal com 12 traços padrões que aparecerão na tela do
radar da unidade de salvamento como se fosse uma linha de marcação. Ao se aproximar a
menos de 5 milhas, a linha com os 12 traços tende a se expandir em arcos concêntricos e, na
distância de uma milha, apresentam-se como círculos concêntricos em torno do SART.
Pode ocorrer o caso em que um EPIRB tenha sido ativado inadvertidamente (alarme
falso).
Nessa situação, o EPIRB deve ser mantido ativado até que o RCC seja informado. Isto
permite que o RCC (Centro de Coordenação de Resgate) trabalhe com uma posição e uma
identificação mais precisas, possibilitando uma solução para o falso alerta sem ter que enviar
desnecessariamente os meios SAR. Tente informar imediatamente o RCC, através de outros
meios, que o alarme é falso.
Assegurar que o pessoal certificado a operar com o GMDSS esteja apto a transmitir
corretamente alarmes de socorro e operar corretamente os equipamentos de
comunicação a bordo dos navios.
Assegurar que todos os testes dos equipamentos do GMDSS sejam realizados sob
supervisão da pessoa responsável pelas comunicações durante incidentes de socorro.
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Assegurar que os equipamentos do GMDSS, ao serem testados, não venham a
causar alarmes falsos.
Assegurar que a EPIRB seja instalada de acordo com instruções do fabricante e por
pessoal qualificado.
Assegurar que a EPIRB não seja ativada no caso de já ter sido confirmado o resgate
por outro meio de comunicação.
Assegurar que, se um alarme falso for transmitido, o RCC apropriado seja informado
para cancelar esse alarme falso.
Assegurar, se possível, após o uso da EPIRB para pedir socorro, que a mesma seja
recuperada e desativada.
Assegurar que, quando a EPIRB for danificada, vá ficar sem uso durante um longo
período, ou quando o navio for desativado, a EPIRB deve ser desativada, ou pela
remoção da bateria (e, se possível, retornando-a ao fabricante), ou destruindo-a.
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UNIDADE 5
Há diversas situações previstas neste regulamento, mas algumas são mais relevantes
pois ocorrem com maior frequência. A análise completa de todas as regras não é o escopo
deste tópico, que procurará destacar as principais situações.
Quaisquer que sejam as condições, toda embarcação que esteja ultrapassando outra
deverá manter-se fora do caminho desta.
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C - Manobra em situação de rumos cruzados ou rumo de colisão
Esta regra define quem deve manobrar, dependendo da propulsão, emprego e situação
da embarcação. Vejamos como ela se apresenta.
A - sem governo
B - de manobra restrita
C - engajada na pesca
D - a vela
A - sem governo
B - de manobra restrita
C - engajada na pesca
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Embarcações engajadas na pesca devem manobrar em relação à embarcação:
A - sem governo
B - de manobra restrita
A - sem governo
Toda embarcação obrigada a manobrar deverá, tanto quanto possível, fazê-lo com
antecedência, e de forma clara, possibilitando que a outra embarcação perceba a sua intenção
e que tenha a eficácia de se manter bem safa da outra.
As regras referentes às luzes devem ser observadas do pôr do sol ao nascer do sol,
não devendo ser exibidas outras luzes que possam originar confusão. Mesmo de dia, com
visibilidade normal, use as marcas adequadas à situação.
Embarcações de propulsão mecânica, em movimento, com mais de 50 metros de
comprimento.
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Embarcação com comprimento entre 12 e 50 metros
luzes de bordos; e
luz de alcançado
luz de alcançado;
luzes de bordo; e
luz de reboque (amarela) acima da de alcançado.
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Marca de reboque
De dia, quando o comprimento do reboque for superior a 200m, usar a marca onde
melhor puder ser vista.
O rebocado durante o dia deverá usar a marca sempre que possível, independentemente
do comprimento do reboque.
Se à noite, na parte de vante luz circular branca e na parte de ré luz circular branca (mais
baixa que a de vante).
As embarcações menores que 50m podem exibir apenas uma luz circular branca, onde
melhor possa ser vista.
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5.2 EMBARQUE DO PRÁTICO
A escada de prático deve estar aprovada pela DPC, ser mantida segura e em bom
estado.
A escada de prático deve permitir o embarque seguro do prático e também poder ser
utilizada por outras pessoas, por ocasião da entrada ou saída de um navio.
b) Localização
A escada de prático deve poder ser instalada em qualquer dos bordos numa posição
segura tal que não corra o risco de receber descargas eventuais provenientes do navio. Deverá
estar suficientemente afastada, na medida do possível, das arestas do navio e situar-se na
parte plana do costado a meia-nau.
c) Operação
2) Para que possa ter acesso ao navio, com segurança e comodidade, o prático não
deverá subir menos do que 1,50 m nem mais do que 9 m.
3) Quando a altura a ser escalada pelo Prático for superior a 9 m, a subida a bordo, a
partir da escada de prático, deve se efetuar com a ajuda da escada de portaló ou de qualquer
outro meio igualmente seguro e cômodo.
4) Em caso de necessidade devem estar prontos para serem usadas duas boças
solidamente amarradas à embarcação, tendo pelo menos 65 mm de circunferência, e um cabo
de segurança.
6) A escada deve ser montada por tripulante capacitado e sob a supervisão de um Oficial.
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5.2.2 Dispositivos especiais
a) Fixação
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b) Iluminação
O local de embarque deve ser provido de iluminação noturna, de modo que a parte
superior da escada, a parte intermediária, bem como a posição em que o prático aborda a
embarcação fiquem devidamente iluminadas. A luz deverá ficar em uma posição tal que não
ofusque a visão do prático.
Por ocasião da chegada do navio no porto, é necessário atracar ao cais para possibilitar
as operações de carga e descarga. O navio executa a manobra de atracação e fica amarrado
nos cabeços do cais. Para compreendermos melhor, devemos primeiramente conhecer os
termos técnicos mais utilizados:
Espias – são os cabos que amarram o navio e servem para auxiliar a manobra de
atracação.
Navio atracado – quando o navio está encostado a um cais ou a um outro navio.
Defensas – são objetos que colocamos entre o navio e o cais ou entre navios para
não amassar o casco.
Defensas do navio.
Brando (seio) – as espias devem possuir um brando suficiente para permitir a subida e a
descida do navio com a maré.
Pernadas – são as idas e voltas que as espias dão entre o navio e o cais.
Trincafiar – é o ato de amarrar as pernadas das espias com um cabo fino, para que
elas tenham a mesma tensão.
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Retinida – cabo de pequena bitola que é amarrado na espia e lançado ao cais para
que seja mais fácil passar a referida espia. Deve ser amarrada na
costura e não na alça, onde ficaria enroscada caso esta alça fosse
passada no cabeço.
Molinete na proa e Guincho na popa – são estes os equipamentos utilizados para alar as
espias por meio da saia.
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O número mínimo de espias necessárias para atracar uma embarcação de porte médio é
quatro.
As espias são amarradas sempre pela alça ao cabeço do cais; quando há necessidade
de passar duas ou três espias no mesmo cabeço, elas devem ser amarradas de modo a
permitir que qualquer uma delas seja retirada em primeiro lugar sem interferir com a outra.
Depois de atracado o navio, é necessário dobrar as espias. Quando se passa uma espia
adicional com alça, onde já existir outra, ficando a amarração com duas pernadas, diz-se que a
espia está dobrada; quando, além da alça, passa-se a espia pelo seio ao mesmo cabeço,
ficando com três pernadas, diz-se então que é uma espia dobrada pelo seio.
Deve-se ter o cuidado de tesar as pernadas das espias por igual, para que elas fiquem
trabalhando sob a mesma tensão.
Quando um navio precisa manter seguimento junto ao cais para chegar à posição, as
espias devem ser mudadas de cabeço em cabeço, de modo que fiquem sempre em condições
de serem usadas.
Elas não devem sofrer lupadas, nem ter cocas; na popa deve-se ter mais cuidado em
colher o brando, para que as espias não sejam apanhadas pela corrente de sucção dos
hélices, se estes se movimentarem.
Em algumas ocasiões a embarcação não fica atracada ao cais, sendo necessário fundear
em local apropriado. A manobra de fundear consiste basicamente em lançar o ferro ao fundo e
manter a embarcação presa a ele por meio da amarra. É necessário conhecer alguns conceitos
básicos relativos ao fundeio para que possamos entender a manobra em si.
FERRO – É o termo utilizado para designar uma âncora. Os ferros servem para agüentar
o navio no fundeadouro, evitando que ele seja arrastado por forças externas como ventos,
correntes e ondas. O tipo de ferro mais utilizado nos navios mercantes é o ferro tipo patente.
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Ferr o pat ente
UNHAR – Quando o ferro prende no fundo do mar, a sua unha enterra no fundo.
ARRA NCA R – Quando o ferro solta do fundo do mar, por ação da tripulação do navio.
GARRAR – Quando o navio é arrastado por ação do vento ou corrente, por ter o ferro
desunhado anormalmente.
FUNDEAR – Chama-se fundear à manobra de lançar um ferro ao fundo, para com ele
manter o navio seguro por meio de sua amarra.
AMARRA – É a peça que liga o ferro ao navio, servindo para arriá-lo, fundeá-lo e içá-lo e
é constituída de elos.
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ELOS – São as partes componentes da amarra e têm um travessão chamando
malhete, para reforçá-los.
BÓIA DE A RINQUE – Bóia duplo cônica de base comum e normalmente com dois olhais. É
utilizada para marcar o local em que está unhado o ferro e existem duas a
bordo: verde (BE) e encarnada (BB). O comprimento do arinque é de 1 1/3 da
profundidade da água para permitir as variações de maré e de corrente.
COROA DE BARB OTIN – É um tambor em cuja periferia há recessos e dentes para prender os
elos da amarra.
Molinete
Coroa de Barbotin.
Mordente e Molinete
ARRIANDO O FERRO
PRONTO PARA LARGAR – A amarra está presa apenas pelo freio do molinete;
LARGAR O FERRO – O freio é aberto e o ferro cai. A saída da amarra vai sendo
controlada pelo freio do molinete;
SUSPENDENDO O FERRO
VIRA OU ENTRA COM O FERRO – A amarra vai entrando devagar com os quartéis entrados
sendo informados ao passadiço;
AMARRA “DIZENDO” PARA – Vante, ré, a pique, a pique de estai, pelo través etc.
Carga perigosa é toda mercadoria que é transportada por via terrestre, aérea ou marítima
que provoca risco ao ser humano e ao meio ambiente.
As cargas perigosas são divididas por classes:
Classe 1: Explosivos.
Todo navio que transporta produtos perigosos embalados deverá possuir uma lista
especial ou um manifesto especial informando, de acordo com a classificação apresentada no
Código IMDG, os produtos perigosos existentes a bordo e a sua localização.
Deve ser do conhecimento de todos que quase todas as substâncias tóxicas emitem
gases tóxicos quando envolvidas num incêndio ou quando são aquecidas até o ponto de
entrarem em decomposição. O tripulante não deve manusear cargas perigosas sem o devido
consentimento e treinamento exigidos.
A carga a ser entregue ao recebedor, no porto de descarga, deve estar nas mesmas
condições em que foi recebida no porto de embarque. O desvio dessa regra implica que navio
e empresa armadora sejam desacreditados, podendo as pessoas interessadas na carga
requererem indenizações, caso ocorram avarias nas suas cargas.
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Portanto, é imprescindível que, para os embarques das cargas, os cobros, cobertas e
convés estejam devidamente preparados e assim conservados durante toda a viagem, até sua
entrega no porto de destino.
A limpeza dos porões é um pré-requisito essencial para uma boa estivagem, que consiste
entre as principais providências tanto a separação e coleta do material de dunagem, assim
como o recolhimento da varredura da carga e de refugos deixados no porão devido à operação
de descarga.
A preparação dos porões é feita entre uma descarga e outra sendo essa tarefa
eventualmente efetuada pela tripulação do navio. Ocasionalmente, entretanto, regras de portos
não permitem à tripulação o exercício dessa faina e, neste caso, contrata-se uma firma que
providenciará pessoal para efetuar o serviço.
A limpeza do porão poderá ser comum ou com baldeação. A limpeza comum deverá ser
feita de cima para baixo: começando pelas tampas das escotilhas, inclusive os diamantes onde
se apóiam os painéis; a seguir, coberta finalizando no cobro. Essa limpeza consiste apenas na
faina de varrer e juntar os refugos para sua posterior retirada.
A limpeza com baldeação é sempre efetuada quando se constata alguma mancha de
óleo ou outro líquido, graxa, gorduras, ou resíduos de produtos químicos, nas anteparas, no
teto ou no piso do local destinado à estivagem.
Também faz parte da limpeza do porão a desinfestação que tem a finalidade de eliminar
os ratos que podem causar perigos consideráveis para as cargas. Eles destroem certos tipos
de embalagens como sacos, fardos e cartões (caixas de papelão), provocando derrame das
mercadorias e fazendo com que se perca parte do conteúdo.
O lixo dos porões deve ser colocado no convés, num contêiner próprio para posterior
retirada. Pode também ser levado diretamente para terra em caminhão ou vagão de estrada de
ferro, ou em alvarenga própria destinada a esse recolhimento. O lixo jamais deverá ser alijado
ao mar.
Após o término da limpeza dos porões, quando estiverem secos, o Imediato deverá
determinar a inspeção rigorosa nesses compartimentos de carga e no convés para verificar
quaisquer irregularidades que possam colocar em risco aqueles que forem operar em carga e
descarga nos portos, assim como evitar avarias no carregamento.
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degrau. Esse tipo de reparo deve ser providenciado o mais rápido possível. Geralmente o
mecânico do navio efetua esse reparo.
Inspecionar as tampas das elipses dos tanques localizados abaixo do cobro para verificar
se elas estão estanques com as juntas (gaxetas) de vedação e estojos bem apertados. Isso
evita vazamentos que possam avariar as cargas. Caso o porão vá receber grãos, as elipses
deverão estar isoladas com sarrapilheira (tecido) e cobertas com uma camada de massa de
cimento.
Testar o detector de fumaça. O teste é feito com um pouco de estopa incinerada que, ao
fazer fumaça em frente ao sensor do sistema localizado na rede de incêndio dentro do porão
provocará um alarme no console do detector de incêndio, localizado no passadiço;
Os pesos devem ser estivados a bordo em determinadas posições, de forma que o navio
saia, navegue e chegue aos portos de escala com boa estabilidade. Além disso, deve efetuar
as operações de carga e descarga sem ocorrência de perda de estabilidade.
O combate à corrosão é sempre uma tarefa importante nos trabalhos a bordo, pois sem
ele, nós teríamos em pouco tempo uma embarcação com sérios problemas de funcionamento
e de segurança.
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O processo de oxidação de uma chapa de aço inicia-se muito cedo, quando ela sai da
laminação para o pátio, e prossegue sempre. Para tentar retardar esse processo, as chapas de
aço são pintadas para que o aço não fique exposto à atmosfera.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO
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