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59 - A NEUROGÊNESE COMO EXPLICAÇÃO PARA OS TRANSTORNOS GLOBAIS


DO DESENVOLVIMENTO: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Maria Lucicléa Barros1, Fábio Torres Cunha1, Iasmin Marcela Siqueira da Silva1 Izaura Silva de
Assis2
1
Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU, 2Faculdade de Ciências Humanas –
ESUDA

Eixo Temático: Desenvolvimento Neural e Plasticidade

Palavras-chave: neurulação, transtornos, desenvolvimento, sinapses.

Os transtornos globais do desenvolvimento apresentam-se como um grupo heterogêneo de patologias


que acometem diversas áreas cerebrais, bem como afetam variadas funções cognitivas como,
linguagem e comunicação, memória, atenção, motricidade, dentre outras, manifestando-se com
diferentes graus de comprometimento cognitivo, decorrentes de alterações morfofisiológicas no
processo de desenvolvimento, diferenciação e maturação cortical cerebral, com fortes evidências de
participação de fatores endógenos e exógenos, durante os períodos anteriores e ulteriores à gestação.
O presente trabalho pretende descrever as bases neurofisiológicas que contribuem para o surgimento
dos transtornos, destacando a contribuição de fatores invasivos ao desenvolvimento. Trata-se de um
estudo de revisão literária tipo coorte retrospectivo priorizando artigos entre 2007 e 2012, tendo
como descritores, neurulação, transtornos, desenvolvimento e sinapses, adquiridos nas bases de
dados Scielo, NCBI, Bireme, Lilacs e Periódicos Capes, nos quais os textos salientem as possíveis
relações entre os descritores supracitados. Muitas são as etapas que constroem o destino final do
neurônio, processo este que se inicia desde a vida intra-uterina até o final da adolescência. O
primeiro passo para se conectar o conjunto do sistema nervoso é a geração dos neurônios, com as
estruturas neuronais desenvolvendo-se em três estágios principais: proliferação, migração e
diferenciação celulares. Além destes acontecimentos primordiais da neurulação, encontramos ainda,
mais duas etapas que podemos definir de finais. Trata-se da sinaptogênese, ou seja, a formação de
múltiplas sinapses entre célula e alvo, onde muitas dessas passarão por diversos rearranjos (poda
dendrítica), e finalmente, o que chamamos de morte celular programada, pelo processo denominado
apoptose, onde somente as conexões mais importantes ficarão no córtex definitivo. Sugere-se que
fatores como: alcoolismo, tabagismo e genética, talvez façam com que as sinapses “escolhidas” não
sejam as mais indicadas para a função ou área cortical, e a poda e morte celular “destruam” mais
células do que o número inicial estabelecido. De uma maneira geral podemos destacar alguns tópicos
relevantes que podem nos indicar evidências de uma provável conexão dos transtornos globais do
desenvolvimento e a neurogênese. Dentre estes, podemos destacar as quantidades anormais das
substâncias branca e cinzenta entre crianças normais e afetadas, defeitos na migração e organização
do córtex cerebral e participação significativa de defeitos genéticos, que determinam o aparecimento
das síndromes.

Contato: marialucicleabarros@gmail.com

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