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29/09/2018

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Dra. Annelise Júlio-Costa

Doutora e Mestre em Neurociências - UFMG


Psicóloga Clínica e Farmacêutica Bioquímica
Membro das diretorias SBNp e ABENEPI-MG
Sócia Ilumina Neurociências

neuropsicoterapiabh.com

/ neuropsicoterapiabh @ neuropsicoterapiabh

annelisejulioc@gmail.com
neuropsicoterapiabh@gmail.com

DÉFICIT DE APRENDIZAGEM UM SINAL COM MUITA


SENSIBILIDADE E POUCA ESPECIFICIDADE

©Dra. Annelise Júlio-Costa

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DIFICULDADE DE TRANSTORNO DE
APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM

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DIFICULDADE

TRANSTORNO

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BAIXA MOTIVAÇÃO

BAIXA ESTIMULAÇÃO

DIFICULDADE ENSINO INADEQUADO

DINÂMICA FAMILIAR

PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS

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DIFICULDADES PERSISTENTES E SEVERAS

TRANSTORNO NÃO SÃO EXPLICADAS PELO CONTEXTO

ORIGEM NEUROBIOLÓGICA

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DESFECHO SECUNDÁRIOS

Transtornos do Neurodesenvolvimento
impactam negativamente na
aprendizagem escolar
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Transtornos de Aprendizagem

Inabilidade específica em indivíduos que apresentam


resultados significativamente abaixo do esperado para
seu nível de desenvolvimento, escolaridade e
capacidade intelectual.
Inteligência normal
Critérios de inclusão
Ausência de alterações motoras ou sensoriais

Bom ajuste emocional

NSE aceitável e educação adequada


(Ohlweiler, 2016)

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Transtornos de Aprendizagem

Todos os transtornos de aprendizagem


são variações no desenvolvimento
cerebral que são congênitas e
influenciadas geneticamente.

Importância do aspecto
desenvolvimental

(Pennington, 2009)

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Transtornos de Aprendizagem

CARACTERÍSTICA
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Classificação nosológica
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transtornos do
neurodesenvolvimento

TRANSTORNOS ESPECÍFICO DA
APRENDIZAGEM

Com prejuízo na escrita


Com prejuízo na leitura
Com prejuízo na matemática

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Transtorno específico de aprendizagem


DSM-5

1. Dificuldade na aprendizagem que persiste há pelo menos


6 meses apesar de intervenções.
2. Habilidades abaixo do esperado para idade com
interferência no desempenho.
3. Dificuldades iniciam-se nos anos escolares, mas podem se
manifestar mais tarde
4. Exclusão de outras causas primárias:
Pobreza,
Dificuldades emocionais,
Déficits neurossensoriais,
Experiências educacionais inadequadas
etc.
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Como medir objetivamente?

CRITÉRIO DA
CRITÉRIO CRITÉRIO DO
RESPOSTA À
PSICOMÉTRICO DESEMPENHO
INTERVENÇÃO

MÉTODO CRITÉRIO DA
ALTERNATIVO DISCREPÂNCIA

©Dra. Annelise Júlio-Costa

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Como medir objetivamente?


CRITÉRIO PSICOMÉTRICO

POPULAÇÃO AMOSTRA
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Como medir objetivamente?


CRITÉRIO DO DESEMPENHO
Desempenho atrasado para a idade quando comparado aos pares

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Como medir objetivamente?


CRITÉRIO DA RESPOSTA À INTERVENÇÃO

Atraso no desenvolvimento
Desenvolvimento típico

Transtorno do desenvolvimento

INTERVENÇÃO
Idade
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Como medir objetivamente?


MÉTODO ALTERNATIVO

Conforme o IDEA (Individuals with Disabilities Education Act):

“Permite a utilização de outros procedimentos baseados em


pesquisa para determinar se uma criança possui um
Transtorno Específico de Aprendizagem, como definido no
§300.8(c)(10) ”

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Como medir objetivamente?


CRITÉRIO DA DISCREPÂNCIA

Critério da discrepância
(diferença entre 1.2dp entre medidas de
inteligência e desempenho escolar)

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QUAL A MELHOR OPÇÃO NA CLÍNICA?

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Desenvolvimento da leitura e escrita

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Haase, 2015. Adaptado de Cain, 2010, Gough, 1996

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Leitura

• Ligação entre o sistema visual e o sistema de


linguagem

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Consciência fonêmica
• Desenvolvida como consequência da aprendizagem da leitura e
escrita

chuveiro

ch /x/

Usha Goswami, 2008

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Consciência fonêmica
• A alfabetização causa uma reorganização do léxico
mental baseado em fonemas

• Aprendizagem da leitura: associação grafema (letra) –


fonema (sons)

Usha Goswami, 2008

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Transparência da língua
• O grau de dificuldade depende da
transparência da língua (ortografia)

• Quanto mais irregular e ambígua,


mais longo e difícil o processo de
alfabetização e maior a
necessidade de um ensino formal.

• Transparência é observada em
relação a leitura e a escrita
Usha Goswami, 2008

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Língua quase regular


Leitura é mais transparente e a
Escrita é menos

©Dra. Annelise Júlio-Costa

Qual o melhor método de


alfabetização?

©Dra. Annelise Júlio-Costa

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Qual o melhor método de


alfabetização?

©Dra. Annelise Júlio-Costa

©Dra. Annelise Júlio-Costa

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Alfabetização

• Instrução formal entre 5 e 7 anos

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Estratégias na aquisição da leitura


 LOGOGRÁFICO: a palavra escrita é identificada com base na sua aparência visual, como um desenho ou símbolo.
Reconhecimento global de algumas palavras comuns que encontramos com maior frequência.

• ALFABÉTICO: a criança aprende o princípio alfabético , ou seja, que as letras (grafemas) correspondem aos sons da
fala (fonemas). Lê palavras simples e regulares. Processo lento. Com prática a criança lê qualquer palavra com certa
rapidez (exceto as irregulares).

Frith, 1990
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Estratégias
 ORTOGRÁFICO: a criança aprende que existem palavras que envolvem irregularidades nas relações entre
grafema e fonema e que é preciso memorizar essas palavras para que possa lê-las e escrevê-las adequadamente.
Neste estágio, concentra-se na memorização das exceções às regras .

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Estratégias

• A criança não abandona as estratégias, ela


escolhe a mais adequada para o material.

Fernando Capovilla
USP

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Bases neurais
Parietotemporal
Área de Broca (análise das palavras)
Giro frontal inferior
(articulação/análise das
palavras)

Occiptotemporal
(forma da palavra)

Habilidade lateralizada  hemisfério esquerdo

Bons leitores  ↑ ativação parte posterior HE; ↓ ativação da parte frontal

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Modelo de processamento
de informação da leitura
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Modelo de dupla rota Impressão

Análise
ortográfica

Léxico
ortográfico de
entrada
Sistema de regras
Sistema
de conversão
semântico
grafema-fonema

Léxico de saída
fonológico
Rota lexical Rota fonológica
• Palavra com frequência alta de Buffer da • Aplicação da correspondência
aparição resposta entre grafema-fonema
• Ativação é feita através do todo • Fonema combinados 
(forma ortográfica) palavras
• Sistema semântico é ativado Fala • Pronúncia  ativação do
conjuntamente sistema semântico ©Dra. Annelise Júlio-Costa

Modelo de dupla rota


• Modelo amplamente aceito para as diversas línguas.

• Adequado para crianças com desenvolvimento típico e


com transtornos
do desenvolvimento.

• A natureza do material lido irá determinar o caminho


(rota) pelo qual a criança irá ler.

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Aprendizagem da leitura

Rota Rota
lexical fonológica
Rota Rota
fonológica lexical

Processo de alfabetização
©Dra. Annelise Júlio-Costa

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©Dra. Annelise Júlio-Costa

Estágios de aquisição da escrita

Nível alfabético
• Correspondencia
grafema-fonema
Nível silábico-
• Dificuldade com
alfabético ortografia
Nível silábico • A escrita representa cada
som da fala (fonema)
• A escrita representa a
• Ainda há omissão de
Nível pré-silábico 2: fala
letras (lapiseira  lapzra)
• Relação fala e sílaba
• usa letras que ela
Nível pré- conhece
• Leitura ainda global
silábico1:
• não há vinculo entre  Não há obrigatoriedade de passagem por todos os níveis
fala e a escrita,
desenhos  Presente em diferentes culturas, línguas e métodos educativos,
• Leitura global e
individualizada (só lê o  A ortografia não segue estágio a criança não consegue descobrir
que escreveu) sozinha

Ferreiro & Teberosky, 1986; Barbosa & Piza, 2013 ©Dra. Annelise Júlio-Costa

Dislexia

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definições
• National Institute of Health (EUA), 1995:
• Transtorno específico da linguagem em decodificar palavras isoladas,
geralmente refletindo habilidades de processamento fonológico
deficientes, frequentemente inesperadas em relação a idade e outras
habilidades cognitivas e acadêmicas. Essas dificuldades não são
resultantes de um distúrbio geral do desenvolvimento ou problemas
sensoriais

• Associação Internacional de Dislexia


• Cartacteriza-se por dificuldades significativas no reconhecimento
fluente e/ou preciso de palavras (leitura) e por fraco desempenho em
provas de ditado (escrita) e decodificação, em indivíduos que
apresentam um nível de inteligência dentro da média e uma
motivação considerada necessária. Abragem também o espectro da
escrita e ortografia. Discrepância QI e desempenho (2dp)

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Dislexia

• É o problema de aprendizagem mais comum na infância (4 em cada 5


crianças com TA têm dyslexia)

• Prevalência em torno de 5% a 10%

• Mais freqüente no sexo masculino: proximadamente 2:1.


• Relação com fatores genéticos, anatômicos, de
especialização heminisférica
• Mais problemas de comportamento

• Maior prevalência em línguas mais irregulares


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Teoria fonológica
• Prejuízo específico na representação, no armazenamento
e/ou na recordação dos sons da fala, considerando
alterações na memória de trabalho fonológica, consciência
fonológica e nomeação rápida.

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Teoria predominante
• Comprovação clínica e de neuroimagem  teoria
fonológica
• Os disléxicos todos tem a alteração  problema mais significativo

• Alguns apresentam outras alterações (visual, auditiva, motora) 


não impede outros déficits

©Dra. Annelise Júlio-Costa

©Dra. Annelise Júlio-Costa

Tipos de dislexia

Fonológica Superficial
Mista
(disfonética) Dificuldade na (diseidética)
leitura de palavras Dificuldade na
Déficits em ambas
com baixa leitura de palavras
as rotas
frequencia e irregulares
pseudopalvras

Não frequente
67% dos disléxicos línguas
transparentes

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etiologia
• fatores genéticos e ambientais
• genética:
• cerca de 23% a 65% dos parentes de primeiro grau são afetados
• Cerca de 40% tem irmão disléxico
• Não segue uma herança mendeliana
• Influência do cromossomo 6 ( Grigorenko, 20001)

A herança poligênica ainda não está clara.

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Hipótese do marcador genético


2013

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etiologia
• fatores ambientais:
• complicações perinatais
• infecções ambientais
• ambiente: ausência de estimulação,
baixo nível sócio-econômico

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Mecanismos cerebrais
• Aumento progressivo do uso das regiões frontais, como mecanismo compensatório

• Subativação em regiões posteriores  presente em diversas linguas (relação com as


dificuldades fonológicas)

Área de Broca
Mais ativa

normal disléxico ©Dra. Annelise Júlio-Costa

Mecanismos cerebrais

normal disléxico

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Fenótipo neuropsicológico
• Dificuldade de aprender as letras, analisar e segmentar
palavras

• Dificuldades de
• leitura de palavras regulares
• Aprendizagem alfabética
• Velocidade de leitura
• Automatização das regras (ortografia)
• Produção da escrita

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Fenótipo neuropsicológico
• Sintomas que aparecem antes:
• Atraso leve na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral

• Dificuldade para aprender nome das cores, das letras

• Problema para encontrar palavras

• Troca na seqüência de sílabas

• Dificuldade na consciência fonológica

• Além disso,
• Discrepância QI execução e QI verbal (????)

• Alterações motoras
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MEL C

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Fenótipo neuropsicológico

• Habilidades importantes de serem avaliadas


• Conhecimento das letras
• Decisão lexical (visual (figuras, palavras) e auditiva))
• Repetição de pseudopalavras
• Leitura de pseudopalavras
• Leitura de palavras
• Supressão de fonemas
• Estrutura gramaticais
• Compreensão de oração
• Compreensão de texto

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Comorbidade
• TDAH – 15 a 40%

• Mecanismos em comum?! Ou transtornos distintos que


co-ocorrem?!

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AVALIAÇÃO

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Processamento fonológico

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©Dra. Annelise Júlio-Costa

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Anele 1 - Avaliação de Leitura


de Palavras e Pseudopalavras
Isoladas - LPI

6 a 12 anos de idade, estudantes de 1º a 7º ano escolar do ensino fundamental.


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Anele 3 - Tarefa de Escrita de


Palavras e Pseudopalavras - TEPP

adultos e idosos, de 34 a 82 anos de idade, com os seguintes anos de estudo


formal: de 1 a 5 anos, de 6 a 10 anos e de 11 ou mais anos de estudo.

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Anele 4 - Tarefa de Leitura de


Palavras e Pseudopalavras - TLPP

crianças e adolescentes de escolas privadas (de 10 a 13 anos de


idade, com escolaridades entre 5 e 6 anos completos de estudo)
e adultos (de 20 a 85 anos de idade).
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Memória Operacional Verbal

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Digit Span Trigramas Consonantais

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Resgate lexical

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Precisa avaliar
compreensão leitora!?

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2. compreensão

Motivação

Fluência
Processamento
fonológico
TEXTOS
INTERESSANTES

Vocabulário Compreensão

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ANELE 2 - COMTEXT - AVALIAÇÃO


DA COMPREENSÃO DE LEITURA
TEXTUAL

9 a 12 anos de idade, estudantes de 4º a 6º ano escolar do ensino fundamental


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Tratamento

• Treino em habilidades de linguagem


diversas

• Recursos compensatórios
• na escola, podem ser oferecidos permitindo
tempo extra para realização de testes escritos,
compreender as dificuldades, corrigir mas não
punir (é comum crianças dislexias serem
tratadas como “preguiçosas, desleixadas ”
etc)...

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tratamento
• PEDRO NO PARQUE DE
DIVERSÕES

• Atenção ao usar software


• Estruturar o uso do instrumento
• Fazer pré e pós teste
• Não abrir mão dos exercícios
• Preferencialmente usar no fim das
sessões

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Políticas públicas

Parecer CNE/CEB nº 17/2001, aprovado em 3 de julho


de 2001 - Diretrizes Nacionais para a Educação Especial
na Educação Básica e a resolução CNE/CEB nº 2/2001,
de 11 de setembro de 2001 - Institui Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica

©Dra. Annelise Júlio-Costa

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Parecer CNE/CEB nº 17/2001, aprovado em 3


de julho de 2001 - Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica e a
resolução CNE/CEB nº 2/2001, de 11 de
setembro de 2001 - Institui Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação
Básica

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Negligência das diferenças → dupla desvantagem


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