Tente ser

uma pessoa melhor

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 Coleção MOTIVAÇÃO

• Arte de viver e ser feliz (A), Luiz Alexandre Solano Rossi

• Arte de viver sem estresse (A), Saúl Polisky
• Educação em poesia (A), Canísio Mayer
• Histórias para o coração, Luiz Alexandre Solano Rossi
• Não soluce, solucione: a força das decisões
na vida pessoal e profissional, Canísio Mayer
• Para curar a angústia causada pelos outros: quando
os outros fazem você sofrer, Víctor Manuel Fernández
• Perca tempo: é no lento que a vida acontece,
Ciro Marcondes Filho
• Pulsar da vida (O), Ciro Marcondes Filho
• Reencantar a vida, Luiz Alexandre Solano Rossi
• Superando os momentos difíceis:
para viver melhor, Valdir José de Castro
• Tente ser uma pessoa melhor, José Carlos Pereira

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 José Carlos Pereira

Tente ser
uma pessoa melhor
Procedimentos
que fazem a diferença na vida

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 Coordenação de revisão: Tiago José Risi Leme
Capa: Marcelo Campanhã
Imagens da capa e miolo: SXC
Editoração, impressão e acabamento: PAULUS

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Pereira, José Carlos

Tente ser uma pessoa melhor: procedimentos que fazem
a diferença na vida / José Carlos Pereira. – São Paulo: Paulus,
2016. – Coleção motivação.

ISBN 978-85-349-4203-4
1. Conduta de vida - Aspectos religiosos 2. Confiança em Deus
3. Desenvolvimento pessoal 4. Meditação 5. Reflexões I. Título.
II. Série.
16-05776 CDD-242.2

Índice para catálogo sistemático:

1. Conduta de vida: Meditações: Reflexões: Cristianismo 242.2

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1ª edição, 2016

© PAULUS – 2016
Rua Francisco Cruz, 229 • 04117-091 – São Paulo (Brasil)
Tel.: (11) 5087-3700 • Fax: (11) 5579-3627
paulus.com.br • editorial@paulus.com.br

ISBN 978-85-349-42034

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 SUMÁRIO

Dedicatória ............................................................ 11
1. Desapegue-se e seja livre .............................. 13
2. Relaxe e viva melhor ..................................... 19
3. Não tenha medo das dúvidas ........................ 25
4. Vença, mas também convença ...................... 31
5. Supere obstáculos ......................................... 35
6. Confie mais em Deus .................................... 39
7. Prestigie quem é especial para você .............. 43
8. Cresça sem diminuir os outros ..................... 47
9. Seja solidário ................................................ 51
10. Saiba silenciar ............................................... 55
11. Cultive a sensibilidade ................................. 59
12. Recomeçe sempre que for necessário ........... 65
13. Faça da saudade sua aliada ........................... 71
14. Viva com sabedoria ....................................... 75
15. Reserve um tempo para refletir .................... 79
16. Seja bom, faça o bem .................................... 83
17. Não desista de seus sonhos .......................... 87
18. Perdoe sempre .............................................. 91
19. Dê o melhor de si .......................................... 97
20. Faça o bem sem olhar a quem ....................... 101

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 21. Cultive princípios de liderança .................... 107
22. Tenha estilo, seja você mesmo ..................... 113
23. Dignifique sua passagem por esta terra ........ 119
24. Seja otimista ................................................. 123
25. Acredite no poder da oração ......................... 127
26. Tenha metas e objetivos ............................... 131
27. Não se deixe dominar pelo medo ................. 135
28. Estenda a mão e ajude .................................. 139
29. Valorize o que você tem ................................ 143
30. Busque fazer a diferença ............................... 147
31. Aproveite os momentos de inspiração .......... 151
32. Pratique boas ações ...................................... 157
33. Cultive o senso de humor ............................. 161
34. Mantenha a fé ............................................... 167
35. Não esmoreça diante das dificuldades .......... 171
36. Não crie muitas expectativas ........................ 177
37. Dê bons exemplos ......................................... 183
38. Lembre-se de quem você ama ....................... 187
39. Escute mais e fale menos .............................. 193
40. Cuide de você ............................................... 197
41. Esforce-se para conseguir o que deseja ......... 201
42. Esteja sempre atento ..................................... 207
43. Seja coerente ................................................. 211
44. Seja gentil ..................................................... 217
45. Pratique atos de amor e de bondade ............. 221
46. Cultive a beleza interior ............................... 225
47. Proteja os mais fracos e indefesos ................ 229

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 48. Cuide de seu próximo .................................. 235
49. Cumpra com suas obrigações ....................... 241
50. Cultive boas amizades .................................. 247
51. Deixe bons ensinamentos como herança ...... 251
52. Exerça sua profissão com dedicação ............. 257
53. Ajude o mundo a ser melhor ........................ 261
54. Deixe Deus transparecer nos seus atos ........ 265
55. Respeite e não escandalize a fé das pessoas . 271
56. Solidarize-se com os oprimidos .................... 275
57. Não se aliene dos problemas sociais ............. 281

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 “Seja o que for, mas seja isso profundamente.”
Martin Luther King

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 DEDICATÓRIA

Dedico este livro a todos os amigos reais e virtuais, sobretudo

aos virtuais, que visualizaram, curtiram e compartilharam
os ensaios destas mensagens que postei nas redes sociais du-
rante alguns anos. As centenas de comentários elogiosos, e os
inúmeros compartilhamentos que elas tiveram me motivaram
a ampliar e publicar em livro essas mensagens. Vocês terão
agora possibilidade de ter, ler e aplicar os procedimentos aqui
indicados para se tornar uma pessoa ainda melhor.
Esse livro é para você, que acorda todo dia com o propósito de
ser melhor e de fazer melhor as coisas.

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 Desapegue-se
e seja livre

s apegos revelam nossos sen-

O timentos, mas também nossas
fraquezas, nossas dependências.
Ao longo da vida, nos apegamos a coisas,
pessoas e lugares. E, dependendo do grau
desse apego, nos tornamos pessoas presas,
ou refém dessas coisas, pessoas ou lugares.
Exercitar o desapego é um procedimento de
busca de liberdade. Quanto mais nos desape-
gamos, mais livres nos tornamos. E quanto
mais nos apegamos, mais presos ficamos.
A liberdade é o bem mais precioso que al-
guém pode ter: liberdade de ir e vir; liberdade
para expressar ideias, pensamentos, pontos
de vista; liberdade para manifestar gostos,
vontades, sentimentos; liberdade para ser

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 Desapegue-se e seja livre

quem se é sem precisar usar disfarces. Porém o apego nos

cerceia essa liberdade, dando-nos uma falsa segurança,
mas colocando limites. É o preço da segurança. O pior é
que boa parte daquilo que imaginamos ser segurança não
passa de prisão.
Nisso tudo, o apego é um procedimento que contribui
para essa prisão, porque ele dificulta mudanças: de lugar,
de amizades, de projetos e até das coisas mais corriqueiras
como aquelas que enfrentamos no dia a dia. Quando nos
apegamos, nos fechamos para as novidades, acostumando-
-nos com as coisas corriqueiras. O novo nos assusta porque
é desconhecido, mexe com nossas seguranças, com nossas
estabilidades, tira-nos da zona de conforto. Fazer sempre as
mesmas coisas, usar sempre um mesmo estilo de roupa, ir
sempre pelo mesmo caminho, estar sempre com as mesmas
pessoas, proceder sempre da mesma maneira etc., tudo isso
parece oferecer certa segurança, mas é profundamente limi-
tador, pois, agindo assim, não ampliamos nossos horizontes
e não descobrimos que o mundo vai além do nosso umbigo.
Quer saber se você está envelhecendo de fato? Veja
como anda seu grau de aceitação das mudanças. Quanto
mais velhos, mais resistentes a mudanças ficamos. A criança
muda a todo momento. Percebemos o seu crescimento a olho
nu. Os adolescentes também mudam de maneira radical,
agindo cada dia de um jeito, para a “loucura” de seus pais,
que já esqueceram que, um dia, também passaram por essa
fase de mudanças bruscas. Os jovens também mudam: são
mudanças um pouco mais equilibradas, mas que acontecem.
Os adultos também mudam, mas aí essas mudanças já ga-
nham ares mais sérios. Nessa fase da vida, as mudanças são
muito bem pensadas, mas elas, vez por outra, acontecem
e isso faz muito bem. Porém, ao envelhecer – e não estou
falando aqui apenas de idade cronológica –, a pessoa se

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 cristaliza e resiste a qualquer tipo mudança. Ela se
apega ao que é, ou ao que acredita ser, e não quer
mais mudar. Mudar para pessoas neste estágio é uma
espécie de morte. É nesta condição que o apego se
torna mais evidente. As coisas parecem redobrar
de valores sentimentais. A pessoa já não acompa-
nha mais as mudanças do mundo, da sociedade e
muito menos da tecnologia. Elas param no tempo
e dizem ser do tempo em que as mudanças não
eram tão rápidas. “No meu tempo”, dizem elas,
“as coisas não eram assim”. “No meu tempo, as
coisas eram melhores”. Cuidado! Essa expressão
“no meu tempo” revela seu estado. Revela que você
não pertence mais a este tempo, a este mundo,
revela que você está realmente velho. Pessoas que
atingem esse grau de velhice dificilmente trocam o
ambiente da casa, ou os eletrodomésticos, o telefone,
os produtos de consumo, ou o tipo de roupa e as
marcas dos produtos que consomem; enfim, tudo
deve permanecer sempre igual, tornando assim uma
pessoa muito previsível em tudo. Elas fazem sempre
tudo igual: a hora de acordar, de levantar, de fazer
as refeições, de ter suas atividades, de dormir... É
a monotonia em pessoa, sem mudanças, sem no-
vidades, sem expectativas. São os sinais da morte
rondando a pessoa, que, embora permanecendo
aparentemente viva, já morreu para muita coisa.
Quando chegamos a esse estágio da vida, estamos
velhos. Não nos resta outra coisa a não ser esperar a
morte. As novidades do mundo não nos interessam
mais. Parece que já conhecemos tudo e o resto não
nos acrescentará mais nada. Nosso mundo se limita
ao nosso espaço e ali nos basta. Esse é o sinal mais

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 Desapegue-se e seja livre

evidente da velhice, no sentido pejorativo do termo, muito

mais que as marcas no rosto ou nas mãos.
Porém, há os que não se entregam a esse tipo de ve-
lhice, que é opcional. Sim, esse tipo de velhice é opcional.
É a velhice de entregar os pontos, de se desencantar com
o mundo, com a vida, com a beleza das coisas, de não se
ter mais sonhos e projetos. É aquela situação em que a
vida deixa de ser colorida e fica preta e branca. A velhice
cronológica, da idade, essa a gente não controla. Essa vem
igualmente para todos, pois o tempo é igual para todos. Mas
a velhice do desencanto e dos apegos às supostas seguran-
ças, sem querer mudanças, essa é opcional. Recentemente
li uma reportagem de uma mulher de 97 anos que tinha
acabado de se formar em direito e se preparava para prestar
o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Ela não
estava caducando, estava muito lúcida. Caducos estavam
os que contribuíram para protelar seus sonhos, ou os que
não conseguem entender por que uma pessoa nessa idade
ainda pensa em estudar e querer conhecer mais.
Assim, o desapego nos traz uma liberdade e uma jovia-
lidade descomunal, não importando nossa idade cronoló-
gica. Não é fácil, mas, quando conseguimos desapegar-nos
das coisas, situações e pessoas, obtemos um avanço sem
precedente na qualidade de nossa vida. Desapegar-se: eis o
caminho para ser jovem e livre enquanto viver.
Olhe a sua volta e veja quantas coisas de que você não
precisa mais, mas que ainda está entulhando sua casa, seu
quarto, sua vida. Boa parte dessas coisas são lixo, mas você
as guarda porque imagina que irá precisar delas em algum
momento. E não estou falando apenas de coisas sentimentais,
mas também de coisas que abarrotam nossas gavetas, nossos
armários, nossa cabeça e nossa vida, e que não servem para
mais nada, a não ser nos prender a um passado do qual já

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 deveríamos nos ter libertado. Desapegue-se dessas
coisas e de certas pessoas, e você vai ganhando es-
paço na sua vida para poder se locomover e viver
melhor, mesmo que você tenha 97 anos.
Reflita sobre isso e comece a fazer mudan-
ças na sua vida. Você merece mais liberdade, mais
qualidade de vida. Você merece que sua vida tenha
mais sentido. Você não vai deixar de ser sensível e
humano só porque aprendeu a se desapegar. Você
será simplesmente mais livre.

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