Você está na página 1de 3

AO JUÍZO DA VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA COMARCA DE

SALVADOR-BAHIA

CARLOS DOS SANTOS, brasileiro, casado, pintor,


nascido em 01/12/1958, filho de xxxxxxxxxxxx,
portador da cédula de identidade RG
xxxxxxxxxxxxxxxSSP/BA, CPFxxxxxxxxx, residente e
domiciliado na Rua xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, vem,
por seu advogado, mui respeitosamente, a ilustre
presença de Vossa Excelência para propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face da SEGURO SURRA, pessoa jurídica de direito
privado e devidamente inscrita no CNPJ sob o nº
33.065.699/0001-27; CIL - COMERCIO DE
INFORMÁTICA LTDA., pessoa jurídica de direito
privado, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº
24.073.694/0001-55 e N CORRETORA DE SEGUROS
LTDA, pessoa jurídica de direito privado, devidamente
inscrita no CNPJ sob o nº 17.832.581/0001-20, pelos
motivos de fato e direito que passa a expor:
DOS FATOS
O autor adquiriu um aparelho celular e em razão da constante violência que assola o
país, contratou o serviço de seguro oferecido pelas requeridas.
Nesse sentido, em abril de 2022 o autor foi vitima de furto em transporte coletivo,
evento em que seu celular foi furtado. Diante da ocorrência, o autor registrou Bole-
tim de ocorrência e informou a empresa para que fosse iniciado o processo indeni-
zação. (Sinistro nº 02.710.22.2034).
Ultrapassada a fase de pagamento de franquia, a empresa ofereceu produto similar,
vez que não encontrou o mesmo que havia sido adquirido pelo autor, mas após
analisar as configurações do aparelho oferecido, o autor concluiu que tratava-se de
produto inferior e requereu que a indenização ocorresse em pecúnia.
Diante do pedido de indenização em pecúnia, a empresa concordou e pediu que o
autor apresentasse os dados bancários para depósito (Protocolo 3292260522).
Sucede que desde o dia 27/05/2022, data em que foram informados os dados
bancários, o autor permanece aguardando o depósito que, diga-se de passagem, a
empresa afirmou que ocorreria em 03 (três) dias.
Uma vez que a empresa vem se furtando de cumprir a obrigação contratual a que se
propôs, o autor vem a presença de Vossa excelência para rogar que condene a
empresa a pagar ao autor o valor devido.
DO DANO MORAL
O dano moral, nas palavras da doutrina pátria, é a dor, angustia, sentimento de
humilhação que afeta o homem médio e, ultrapassando os desencantos do dia a dia,
é capaz de afetar a paz interior do homem médio.
O caso sob análise é o perfeito extrato do conceito trazido pela doutrina, uma vez
que a conduta da empresa tem causado ao autor imensa angustia. Veja Excelência, o
aparelho celular deixou de ser objeto de luxo e ocupa posição de item essencial para
melhor fluidez da vida moderna.
Por ausência do aparelho celular, por muito tempo o autor sofreu limitação para
contatar amigos, familiares e até contato profissionais, de modo que viu-se coagido
a apertar o orçamento e adquirir um celular inferior ao anterior, para, no mínimo,
diminuir os impactos sofridos pelo descumprimento contratual da requerida.
A verdade é que, em que pese o esforço do autor de trazer luz sobre o processo e
evidenciar o dano moral, o dano moral aqui é in re ipsa, posto que basta observar a
situação fática para perceber a existência do dano.
Posto que o dano é inegável e resta caracterizado no caso em apreço e visto que a
legislação pátria assegura o direito de indenização a quem sofre dano, ainda que
apenas moral, o autor requer que este juízo condene a requerida a pagar indenização
no valor de OITO MIL REAIS.
DOS PEDIDOS
Ante todo exposto, requer:
a) A intimação dos requeridos para que, querendo ofereçam contestação e
compareçam às audiências designadas por este juízo;
b) A condenação das requeridas a depositar em favor do autor o valor
correspondente a indenização do seguro contratado;
c) A condenação das requeridas ao pagamento de indenização por danos
morais em valor não inferior a R$ 8.000,00 (oito mil reais);
d) A inversão do ônus da prova, eis que o autor é hipossuficiente e não possui
meios de produzir provas além daquelas trazidas aos autos.
Protesta prova todo alegado através de todos os meios de provas em direito
admitidos, em especial as documentais.
Atribui a causa o valor de R$ 8.600,00 (oito mil e seiscentos reais).
Termos em que pede deferimento.
Salvador, 15 de agosto de 2022.

Uenderson Almeida
OAB/BA xxxxxx

Você também pode gostar