Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
_________________________________________________________________
Prof. Dr.
_________________________________________________________________
Prof. Dr.
_________________________________________________________________
Prof. Dr. Cássio van den Berg
Orientador e Presidente da Banca
AGRADECIMENTOS
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
INTRODUÇÃO GERAL
de 139 espécies da família para a Chapada Diamantina (Harley & Simmons, 1986;
Toscano de Brito, 1995; Toscano de Brito, 1998; Toscano de Brito & Queiroz, 2003),
enquanto que estudos feitos para a Serra do Cipó (Barros, 1987) e para a Serra de Grão-
Mogol (Barros & Pinheiro, no prelo) mostraram a presença de cerca de 105 espécies de
orquídeas para esta região.
A fisionomia vegetal predominante na Cadeia do Espinhaço é o campo rupestre,
que ocorre principalmente em regiões acima de 1.000 m de altitude, podendo ser
encontrado a partir de 700 m (Giulietti et al., 1987). É um importante centro de diversidade
da flora brasileira, destacando-se por apresentar um grande número de espécies endêmicas
(Harley & Simmons, 1986; Harley, 1995). Ocorre principalmente nos estados da Bahia e
Minas Gerais. Longe de formar um tipo de vegetação homogênea, o campo rupestre é um
conjunto de comunidades predominantemente herbáceo-arbustivas, floristicamente
relacionadas, mas fisionomicamente distintas em função da topografia, natureza do
substrato, profundidade do solo e do microclima (Giulietti et al., 1996). Nas encostas e
topos de morros, onde predominam afloramentos rochosos, a diversificação florística e a
multiplicidade de microambientes atingem grau máximo, onde as famílias Velloziaceae,
Orchidaceae, Bromeliaceae e Eriocaulaceae apresentam maior destaque (Pinto et al.,
1990).
A cidade de Mucugê, sede municipal, leva o nome do rio que a cerca, que, por sua
vez, se refere a uma fruta utilizada como alimento pelos índios, outrora nativos da região.
Fundada em 1844, época em que foram descobertos diamantes nos rios Mucugê e
Cumbuca (Moraes, 1991), é uma das cidades mais antigas da Chapada Diamantina, tendo
preservado grande parte do seu conjunto arquitetônico e paisagístico, tombado pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN (IPAC, 1980).
O Parque Municipal de Mucugê, localizado no município de Mucugê, teve origem a
partir de um projeto denominado Sempre Viva, executado entre 1996 e 1998, que previu a
implantação de uma Unidade de Conservação, criando a Unidade de Manejo Sustentável
de Mucugê, com área de 270 ha. Em 15 de março de 1999, a Prefeitura de Mucugê criou o
Parque Municipal de Mucugê, incorporando uma área, situada em seu entorno, de 180 ha,
elevando sua área total para 450 ha (Stradmann, 1998). Seus principais objetivos são a
conservação, reprodução e utilização racional de espécies popularmente conhecidas como
sempre-vivas, algumas ameaçadas de extinção, a exemplo de Syngonanthus mucugensis
(Eriocaulaceae), espécie endêmica dos arredores de Mucugê (Giulietti, 1996).
10
Este capítulo é um artigo expandido, formatado para publicação na revista Sitientibus série
Ciências Biológicas.
11
RESUMO
ABSTRACT
This study presents a survey of the Orchidaceae occurring in the Parque Municipal de
Mucugê, Mucugê, Bahia, Brazil. It was carried out trough monthly random sampling
during 12 months. 35 species of orchids were recorded in 22 genera, of which 11 species
are for the first time reported for Mucugê; three for the Chapada Diamantina and seven for
the state of Bahia. The main genera in number of species are Bulbophyllum, Epidendrum,
Octomeria and Prescottia. Lectotypes for Acianthera hamosa, Cattleya elongata,
Maxillaria cerifera, Octomeria stellaris e Prescottia montana are chosen here. All taxa are
described and illustrated, as well as identification keys for species and genera are provided.
INTRODUÇÃO
Com cerca de 2.350 espécies distribuídas em 200 gêneros (Pabst & Dungs, 1975,
1977), a família Orchidaceae encontra-se bem representada no Brasil. Estudos sobre a flora
baiana indicaram a presença de cerca de 285 espécies de orquídeas no estado (Pabst &
Dungs, 1975, 1977; Harley & Mayo, 1980; Harley & Simmons, 1986; Toscano de Brito,
1995; Toscano de Brito, 1998; Toscano de Brito & Queiroz, 2003).
A Chapada Diamantina, setor baiano da Cadeia do Espinhaço, apresenta uma
grande diversidade florística. Levantamentos realizados na área detectaram, até o
momento, 139 espécies de orquídeas nessa região. Catolés apresentou 76 espécies
(Toscano de Brito & Queiroz, 2003), o Pico das Almas, 45 espécies (Toscano de Brito,
1995); a Serra da Chapadinha possui 27 espécies (Toscano de Brito, 1998);
Andaraí/Mucugê, 26 espécies (Harley & Simmons, 1986) e o Morro do Pai Inácio
apresentou 18 espécies (Toscano de Brito, 1998). Além disso, monografias e dissertações
realizadas na Chapada Diamantina revelaram a presença de oito espécies do gênero
Oncidium (Silva, 1999), nove espécies do gênero Cleistes (Silva, 2002) e 21 espécies da
subtribo Spiranthinae (Smidt, 2003).
O Parque Municipal de Mucugê, objeto desta pesquisa, localiza-se no município de
Mucugê, nas imediações do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Serra do Sincorá,
a cerca de 4 km da cidade de Mucugê, com coordenadas 12o 59’ 02”-13o 00’ 18”S e 41o 19’
40”-41o 21’ 33”W, a uma altitude em torno de 1.000 m acima do nível do mar e área de 4,5
km2. A vegetação predominante na área é de campo rupestre, que é um importante centro
de diversidade da flora brasileira, destacando-se por apresentar um grande número de
espécies endêmicas (Harley & Simmons, 1986; Harley, 1995), onde Orchidaceae apresenta
uma grande importância florística, estando sempre entre as dez famílias de maior riqueza
específica (Harley & Simmons, 1986; Giulietti et al., 1987; Stannard, 1995; Guedes &
Orge, 1998; Pirani et al., 2003; Zappi et al., 2003).
O presente trabalho teve como objetivo inventariar, descrever e ilustrar as espécies
da família Orchidaceae do Parque Municipal de Mucugê; apresentar comentários sobre a
morfologia, hábito, aspectos fenológicos e distribuição geográfica das várias espécies dessa
família presentes na área de estudo; elaborar chaves para identificação dos gêneros e
espécies de Orchidaceae presentes no Parque; contribuir para o conhecimento da flora da
Bahia e para o processo de aprimoramento da gestão dos recursos naturais do Parque
Municipal de Mucugê.
13
MATERIAL E MÉTODOS
coletor seguido pelo número de coleta e pela numeração de cada táxon (Apêndice I).
As ilustrações foram baseadas em material conservado em líquido, além do material
herborizado. A origem desse material encontra-se indicada nas legendas dos respectivos
táxons. Para os gêneros com mais de uma espécie, apenas um hábito foi ilustrado, e
diagramas florais são apresentados para todas as espécies. Gêneros com uma única espécie
foram ilustrados aos pares, respeitando apenas ordem alfabética.
Dados sobre distribuição geográfica e fenologia foram obtidos de informações
contidas nas etiquetas dos espécimes herborizados examinados e complementados com
trabalhos de campo. Dados sobre a distribuição geral de cada táxon foram obtidos através
de consulta à bibliografia especializada, sobretudo Pabst & Dungs (1975, 1977) e Sprunger
et al. (1996). Sinônimos só foram apresentados para casos recentes, que não foram citados
anteriormente por Pabst & Dungs (1975, 1977), ou para casos duvidosos que ainda hoje
apresentam problemas.
Algumas coleções estão referidas pelas seguintes siglas: Coleção Flora dos Campos
Rupestres (Universidade de São Paulo) - CFCR, Projeto Chapada Diamantina
(Universidade Federal da Bahia) - PCD e Unidade de Manejo Sustentável de Mucugê -
UMS. É importante salientar que as denominações Projeto Sempre-Viva, Unidade de
Manejo Sustentável de Mucugê e Parque Municipal de Mucugê, se referem à mesma área,
objeto de estudo deste capítulo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
no ESPÉCIE
01 Acianthera hamosa (Barb.Rodr.) Pridgeon & M.W.Chase
02 Acianthera ochreata (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase subsp. ochreata
03 Anathallis microphyta (Barb.Rodr.) C.O.Azevedo & Van den Berg (Capítulo 3)
04 Anathallis montipelladensis (Hoehne) F.Barros
05 Brassavola tuberculata Hook.
06 Bulbophyllum ×cipoense Borba & Semir
07 Bulbophyllum cribbianum Toscano
08 Bulbophyllum involutum Borba, Semir & F.Barros
09 Bulbophyllum weddellii (Lindl.) Rchb.f.
10 Campylocentrum micranthum (Lindl.) Rolfe
11 Cattleya elongata Barb.Rodr
12 Cleistes exilis Hoehne
13 Cyrtopodium edmundoi Pabst
14 Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex F.Barros
15 Encyclia alboxanthina Fowlie
16 Epidendrum cristatum Ruiz & Pav.
17 Epidendrum orchidiflorum Salzm. ex Lindl.
18 Epidendrum secundum Jacq.
19 Epidendrum warasii Pabst
20 Epistephium lucidum Cogn.
21 Habenaria fluminensis Hoehne
22 Maxillaria cerifera Barb.Rodr.
23 Octomeria alexandrii Schltr.
24 Octomeria flabellifera Pabst
25 Octomeria stellaris Barb.Rodr.
26 Oncidium blanchetii Rchb.f.
27 Polystachya micrantha Schltr.
28 Prescottia leptostachya Lindl.
29 Prescottia montana Barb.Rodr.
30 Prescottia stachyodes (Sw.) Lindl.
31 Prosthechea moojenii (Pabst) W.E.Higgins
32 Scaphyglottis cf. modesta Schltr.
33 Sobralia sessilis Lindl.
34 Sophronitis bahiensis (Schltr.) Van den Berg & M.W.Chase
35 Thelyschista ghillanyi (Pabst) Garay
carnosas e nos casos extremos podem ser triangulares ou cilíndricas (teretiformes), como
em algumas espécies de Acianthera e Octomeria. Plantas terrestres com brotos anuais,
como Cleistes, Habenaria, Prescottia e Thelyschista, normalmente apresentam folhas
membranáceas. A forma das folhas é relativamente uniforme. A maioria tem folha simples,
linear, lanceolada, oblonga, ovada, obovada ou elíptica.
Os tipos de inflorescência mais comuns são racemo, panícula e espiga. Algumas
sustentam apenas uma flor como em Maxillaria. A inflorescência pode formar-se de
qualquer parte do caule, aqui se usou a terminologia lateral quando se forma do lado ou na
base do caule/pseudobulbo ou do rizoma, e terminal quando esta é uma continuação do
caule ou desenvolve-se do ápice do pseudobulbo. A grande maioria dos gêneros apresenta
este tipo, embora Bulbophyllum, Campylocentrum, Cyrtopodium, Maxillaria e Oncidium
apresentem inflorescência lateral. Campylocentrum apresenta inflorescência saindo ao
longo do caule, e os outros gêneros supracitados apresentam inflorescências produzidas da
base do pseudobulbo ou rizoma.
As flores apresentam brácteas, que podem ser conspícuas e coloridas, como em
Cyrtopodium, ou inconspícuas e paleáceas. Os botões florais podem estar envolvidos por
uma ou duas grandes bainhas, chamadas de espata, que suportam e protegem as flores
enquanto estas se desenvolvem, podendo ser observadas em Cattleya elongata,
Prosthechea moojenii e Sophronitis bahiensis. Neste trabalho, usou-se a seguinte
terminologia para a inflorescência: escapo, que começa da base da inflorescência até a
primeira bráctea floral, e raque, que tem início na primeira bráctea floral até a última flor
ou botão floral.
Um aspecto interessante no desenvolvimento da maioria das flores de orquídeas é o
fenômeno da ressupinação. No botão, o labelo está normalmente voltado para cima, mas na
maioria das flores, este está voltado para baixo, pois o pedicelo sofre uma torção de 180o
durante o desenvolvimento do botão. O termo ressupinado é usado para a flor que
apresente o labelo voltado para baixo, em alguns casos a flor é ressupinada simplesmente
pela posição pendente da inflorescência. No Parque, os gêneros Polystachya, Prescottia,
Prosthechea e Epidendrum secundum, apresentam flores não ressupinadas. Alguns
gêneros, como Epistephium, apresentam uma estrutura de origem desconhecida na base do
perianto, chamada de calículo ou epicálice.
As flores de orquídeas são trímeras, o cálice é formado por uma sépala dorsal e
duas laterais, que podem estar parcialmente ou completamente unidas, como nos gêneros
Acianthera e Anathallis, que apresentam diferentes graus de concrescimento. A corola é
19
formada por três pétalas que são geralmente mais finas que as sépalas. Elas podem estar
adnadas à sépala dorsal, como em Thelyschista ghillanyi, ser bastante reduzidas, como em
Bulbophyllum cribbianum, ou partidas, como em Habenaria fluminensis. A pétala mediana
é geralmente diferente das outras duas e é chamada de labelo. O labelo é normalmente
maior e mais complexo que as outras pétalas e é um dos principais elementos diagnósticos
de uma orquídea. O labelo pode estar unido em diferentes graus à coluna, como nos
gêneros Encyclia e Epidendrum, sendo geralmente trilobado e podendo apresentar calos
variados.
Suas flores podem apresentar nectários florais a partir da extensão de um de seus
segmentos, geralmente o labelo, chamados de esporão ou cálcar, como é o caso de
Campylocentrum e Habenaria. A base da coluna forma, em muitas orquídeas, uma
extensão ventral a qual o labelo está ligado, chamado de pé de coluna. Em plantas com pés
de coluna longos, a base das sépalas laterais geralmente está unida ao mesmo, formando
um mento.
Taxonomia
1. Folhas em roseta.
2. Flores não ressupinadas, verdes, com labelo verde e cuculado. ..........................................
......................................................................................................................... Prescottia (17)
2’. Flores ressupinadas, verdes, com labelo branco e oblongo. ...............................................
..................................................................................................................... Thelyschista (22)
1’. Folhas dísticas.
3. Pseudobulbo ou caule com folhas apenas no ápice.
4. Inflorescência terminal.
5. Pseudobulbos sobrepostos, emergindo da base e do ápice do pseudobulbo anterior. ...
.............................................................................................................. Scaphyglottis (19)
5’. Pseudobulbos ou caule não sobrepostos, emergindo apenas da base do
pseudobulbo anterior.
6. Labelo livre.
7. Inflorescência fasciculada. ............................................................. Octomeria (14)
20
01.1. Acianthera hamosa (Barb.Rodr.) Pridgeon & M.W.Chase, Lindleyana 16(4): 243,
2001.
Pleurothallis hamosa Barb.Rodr., Gen. spec. Orchid. 2: 31, t.774, 1882. Tipo: Brasil,
Barbosa Rodrigues s.n. (perdido). Lectótipo aqui designado: ilustração original
preparada por João Barbosa Rodrigues, t.774, que consta de sua Iconographie des
orchidées du Brésil, depositada na biblioteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
reproduzida por Sprunger et al. (1996) sob o número t.177B do volume 3.
Erva rupícola. Rizoma 5,0-10 mm comp. entre pseudobulbos, raízes emergindo ao longo
de todo o rizoma. Caule 30-120 x 1,5-2,0 mm, 1-foliado, ereto, cilíndrico, compresso no
ápice, verde a arroxeado, coberto por bainhas. Folha 35-60 x 15-30 mm, séssil, patente,
23
ovada, verde a arroxeada, coriácea a carnosa, ápice agudo apiculado, base cordada.
Inflorescência racemo terminal, adpressa à folha; escapo 4,5-7,0 mm comp.; brácteas
escapais 1,5-2,0 x 1,0-1,5 mm, ovadas, membranáceas, ápice agudo apiculado, base
amplexicaule; raque 13-15 mm comp., 5-8 flores; brácteas florais 1,5-2,0 x 1,5-2,0 mm,
ovadas, membranáceas, ápice agudo apiculado, base amplexicaule. Flores ressupinadas;
pedicelo incluindo o ovário 2,5-3,0 mm comp. Sépalas vinácea, membranáceas, papilosas,
ápice agudo, base truncada; dorsal 4,0-4,5 x 1,5 mm, ereta, fundida na base com as sépalas
laterais, lanceolada; laterais 4,5-5,0 x 1,0-1,5 mm, eretas, concrescidas da base até 2/3 do
comprimento formando uma navícula. Pétalas 2,0-2,5 x 0,5-1,0 mm, eretas, lanceoladas,
vinácea, membranáceas, ápice agudo, base atenuada, margem serrada. Labelo preso ao pé
de coluna, ereto, 3-lobado, obovado, vináceo, membranáceo, papiloso, base atenuada;
lobos laterais inconspícuos, erguidos, oblongos, ápice obtuso, margem serrilhada; lobo
terminal 2,5-3,0 x 1,0-1,5 mm, ereto, obovado, ápice obtuso. Coluna 2,0 x 0,5 mm, 0,5
mm alt., esverdeada; prolongada na base em pé de 0,5 mm comp.; antera 0,6 x 0,4 mm,
prolongada em bico papiloso; polínias 2, obcônicas. Fruto cápsula 10-13 x 5,5-6,5 mm.
& M.W.Chase apresentam a mesma distribuição geográfica (Pabst & Dungs, 1975), apesar
da última ter sido descrita originalmente do Rio de Janeiro (Lindley, 1830) e ser citada
também para a Venezuela (Dunsterville & Garay, 1961d). Assemelham-se muito em seu
hábito, apresentando caule compresso no ápice, folha patente e inflorescência adpressa à
folha, embora A. prolifera diferencie-se por ser epífita, produzir constantemente brotos nas
axilas das folhas e por apresentar labelo inteiro. Pabst (1966) diferenciou as duas espécies
pelo tamanho maior (8-10 cm comp.) e forma aconchavada das folhas de A. prolifera,
enquanto A. hamosa apresenta folhas menores (5-6 cm comp.), só um pouco côncavas.
Barbosa Rodrigues (1882) refere-se a A. hamosa, vegetativamente, como uma miniatura de
A. pectinata (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase. Entretanto, as flores desta diferem bastante
em sua morfologia e coloração esverdeada.
O holótipo de A. hamosa encontra-se perdido. Desta forma, a ilustração original de
Acianthera hamosa, preparada na natureza por Barbosa Rodrigues, constitui o único
material original disponível e por esse motivo é aqui selecionada como lectótipo.
01.2. Acianthera ochreata (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase subsp. ochreata, Lindleyana
16(4): 245, 2001.
Pleurothallis ochreata Lindl., Bot. Reg. 21 (n.s. 8): sub t. 1797, 1836.
Erva rupícola. Rizoma 5,0 mm comp. entre pseudobulbos, 3,0 mm diâm., raízes
emergindo de todo o rizoma. Caule 60-70 x 2,0-2,5 mm, 1-foliado, ereto, cilíndrico,
amarelo-alaranjado a esverdeado, coberto por bainhas. Folha 90-100 x 10 mm, séssil,
ereta, lanceolada, amarelo-alaranjada a esverdeada, carnosa, ápice agudo, base atenuada.
Inflorescência racemo terminal, ereto; escapo 30-45 mm comp., amarelado; brácteas
escapais 3,0-4,0 x 3,5-4,0 mm, ovadas, membranáceas, ápice agudo apiculado, base
amplexicaule; raque 20-35 mm comp., 5-9 flores; brácteas florais 2,5-3,0 x 4,0-4,5 mm,
ovadas, membranáceas, ápice agudo apiculado, base amplexicaule. Flores ressupinadas;
pedicelo incluindo o ovário 2,5-3,0 mm comp. Sépalas eretas, amarelo-alaranjada,
carnosas, ápice agudo, base truncada; dorsal 5,5-6,0 x 1,0-1,5 mm, lanceolada; laterais 5,5-
6,0 x 1,0-1,5 mm, concrescidas da base até o ápice formando uma navícula. Pétalas 2,0-
2,5 x 0,5-1,0 mm, eretas, lineares, amarelo-alaranjada, carnosas, ápice agudo apiculado,
base truncada, margem serrilhada. Labelo preso ao pé de coluna, ereto, 3-lobado, oblongo,
amarelo-alaranjado, carnoso, base truncada; calosidade em forma de duas quilhas erguidas
na porção mediana do lobo terminal; lobos laterais 1,0-1,5 x 0,5-1,0 mm, erguidos,
25
oblongos, ápice obtuso; lobo terminal 1,0-1,5 x 1,0 mm, ereto, oblongo, ápice obtuso.
Coluna 2,5-3,0 x 0,5-1,0 mm, 0,5-1,0 mm alt., alada, prolongada na base em pé 0,5-1,0
mm comp.; antera 0,5 x 0,4 mm, prolongada em bico; polínias 2, obovadas. Fruto cápsula
14-14,5 x 5,0-6,0 mm.
Esta espécie foi descrita originalmente da Serra do Monte Santo, Bahia (Lindley,
1836a). Pabst & Dungs (1975) registraram sua ocorrência para Pernambuco e Bahia.
Segundo Borba & Semir (2001), Acianthera ochreata é uma espécie com ampla
distribuição no Nordeste do Brasil, especialmente no estado da Bahia, mas também é
encontrada em Pernambuco e na Paraíba. Na Bahia é conhecida da Serra do Curral Feio,
Morro do Chapéu, Serra do Sincorá, Serra do Rio de Contas, Serra das Almas (Harley &
Mayo, 1980), Catolés (Toscano de Brito & Queiroz, 2003), e dos municípios de
Mucugê/Andaraí (Harley & Simmons, 1986), Rio de Contas (Toscano de Brito, 1995),
Lençóis (Toscano de Brito, 1998) e Palmeiras (Toscano de Brito, 1998; Conceição &
Giulietti, 2002). Acianthera ochreata subsp. ochreata é abundante nos campos rupestres da
Chapada Diamantina, e muito comum na área do Parque, onde cresce em grandes
populações, diretamente sobre as rochas a pleno sol. Sua coloração e textura podem variar
de acordo com o habitat. Plantas mais expostas ao sol apresentam folhas mais carnosas e
coloração amarelo-alaranjada, enquanto as que crescem em áreas mais sombreadas
apresentam folhas menos carnosas e coloração esverdeada. Floresce entre novembro e
fevereiro. Segundo Borba & Semir (2001), suas flores possuem néctar na base do labelo,
cheiram a queijo estragado e são polinizadas por Megaselia spp., dípteros da família
Phoridae.
O próprio Pabst (1966), após examinar o holótipo de A. ochreata, concluiu que a
espécie descrita por ele para a Chapada Diamantina, entre Lençóis e Palmeiras,
26
Pleurothallis bahiensis (Pabst, 1956), era somente uma forma mais robusta daquela.
Recentemente, uma subespécie de A. ochreata foi descrita A. ochreata subsp. cylindrifolia,
baseada em diferenças morfológicas de caracteres vegetativos, diferenças químicas e de
localização geográfica. A. ochreata subsp. cylindrifolia diferencia-se vegetativamente da
subespécie tipo por apresentar folhas cilíndricas sulcadas e ocorre apenas na Cadeia do
Espinhaço em Minas Gerais. A. ochreata subsp. ochreata apresenta folhas carnosas
nitidamente conduplicadas (Borba et al., 2002).
A. ochreata subsp. ochreata é reconhecida por suas folhas carnosas de coloração
amarelo-alaranjada, e por suas flores de sépalas laterais concrescidas da base até o ápice,
formando uma navícula. Assemelha-se a A. teres, por apresentar caracteres florais bastante
similares, mas difere em caracteres vegetativos e em suas distribuições geográficas, sendo
que esta ocorre, principalmente, em Minas Gerais, e algumas populações no Rio de Janeiro
e Espírito Santo (Borba et al., 2002). Ao contrário de A. teres, A. fabiobarrosii (Borba &
Semir) F.Barros & F.Pinheiro apresenta grande similaridade vegetativa com A. ochreata
subsp. ochreata, sendo que esta ocorre apenas na região centro-norte da Cadeia do
Espinhaço, em Minas Gerais (Borba et al., 2000).
1. Inflorescência com uma única flor em antese, flores vináceas, sépalas e pétalas de
margem ciliada. ..........................................................................................................................
..................................................................................................... Anathallis microphyta (02.1)
1’. Inflorescência com duas flores, flores amareladas, sépalas e pétalas de margem não
ciliada. ................................................................................ Anathallis montipelladensis (02.2)
02.1. Anathallis microphyta (Barb.Rodr.) C.O.Azevedo & Van den Berg (Capítulo 3)
Pleurothallis microphyta (Barb.Rodr.) Cogn., Fl. bras. 3(4): 484, 1895.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo. Caule 20-40 x 0,5-1,0 mm, 1-foliado, ereto,
cilíndrico, marrom, coberto por bainhas. Folha 5,0-10 x 3,0-4,0 mm, séssil, ereta,
lanceolada a orbicular, verde, coriácea, ápice agudo a obtuso retuso, base atenuada.
27
Erva rupícola. Rizoma 0,5-1,0 mm comp. entre pseudobulbos, 1,0-1,5 mm diâm., coberto
por bainhas, raízes emergindo ao longo de todo o rizoma. Caule (1,5-)3,0-6,0 x 0,5-1,5
mm, 1-foliado, ereto, cilíndrico, verde, coberto por bainhas. Folha 6-16 x 2,5-4,0 mm,
séssil, ereta, lanceolada a quase orbicular, verde, carnosa, ápice agudo acuminado, base
atenuada. Inflorescência racemo terminal, ereto; escapo 9-29 mm comp., amarelado;
brácteas escapais inconspícuas; raque 3,5-10 mm comp., 2 flores; brácteas florais
inconspícuas. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 0,5-1,5 mm comp. Sépalas
eretas, lanceoladas, amareladas, membranáceas, ápice obtuso, base truncada; dorsal 3,0-3,5
x 1,0-1,5 mm, concrescidas na base às sépalas laterais; laterais 3,0-3,5 x 0,5-1,0 mm,
concrescidas na base. Pétalas 2,5-3,0 x 0,5-1,0 mm, eretas, lineares, amareladas,
membranáceas, ápice obtuso, base atenuada, margem serrilhada. Labelo articulado com o
pé da coluna, ereto, 3-lobado, oblongo, amarelado, membranáceo, base truncada; lobos
laterais inconspícuos, erguidos, semi-orbiculares, ápice obtuso, margem ciliada; lobo
terminal 1,0-1,5 x 0,5-1,0 mm, ereto, oblongo, ápice arredondado. Coluna 1,5 x 0,5 mm,
0,6 mm alt., amarelada, alada; antera 0,3 x 0,3 mm; polínias 2. Fruto cápsula 4,0-5,0 x 2,0-
3,0 mm.
Citada para a Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso (Pabst & Dungs,
1975). Na Chapada Diamantina, foi registrada para o município de Rio de Contas (Toscano
de Brito, 1995) e Mucugê (Stradmann, 1998). Cresce em paredões rochosos no campo
rupestre. Foi observada florida nos meses de abril, julho, agosto e novembro.
Anathallis montipelladensis é facilmente reconhecida pelo seu pequeno porte, 10-20
mm alt., e sua inflorescência com duas flores amareladas.
29
Erva rupícola. Rizoma 5,0-10 mm comp. entre pseudobulbos, 4,0-5,0 mm diâm., coberto
por bainhas, raízes emergindo ao longo de todo o rizoma. Caule 60-110 x 4,0 mm, 1-
foliado, pendente, cilíndrico, marrom, coberto por bainha. Folha 220 x 5,0 mm, séssil,
pendente, terete, verde, carnosa, ápice agudo, base truncada. Inflorescência racemo
terminal, pendente; escapo 10-20 mm comp., verde; brácteas escapais 3,0-4,0 x 4,0-5,0
mm, ovadas a orbiculares, paleáceas, ápice agudo, base amplexicaule; raque 10-20 mm
comp., 3 flores; brácteas florais 3,0-5,0 x 2,0-3,0 mm, ovadas, paleáceas, ápice agudo, base
truncada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 40-55 mm comp. Sépalas
patentes, lanceoladas, creme-amareladas, membranáceas, ápice agudo, base truncada;
dorsal 30-38 x 4,0-5,0 mm; laterais 30-35 x 5,0-6,0 mm. Pétalas 30-36 x 3,0-4,0 mm,
patentes, lanceoladas, creme-amareladas, membranáceas, ápice agudo, base obtusa. Labelo
30-35 x 15-20 mm, concrescido à base da coluna, ereto, 1-lobado, ovado, branco com
centro amarelo, membranáceo, ápice agudo cuspidado, base atenuada, margem
ligeiramente revoluta. Coluna 10 x 3,0 mm, 4,0 mm alt., branca; alada; antera 2,0-2,5 x 2,0
mm, 1,0 mm alt., branca; polínias 8, cerosas.
Espécie conhecida da Bolívia e Brasil (Sprunger, 1991), onde foi citada para os
estados de Sergipe, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas
Gerais (Pabst & Dungs, 1975), neste último, para a Serra do Cipó (Barros, 1987). Na
Bahia, foi citada para Monte Santo (Harley & Mayo, 1980), sendo aqui registrada pela
primeira vez para a Chapada Diamantina. É rara no Parque, sendo encontrada crescendo
sob paredões rochosos apenas em matas de grotão. Floresce em novembro.
Brassavola tuberculata é caracterizada por seu hábito pendente, folha terete e flores
de sépalas e pétalas creme-amareladas e labelo branco com centro amarelo. Withner (1998)
considerou B. fragrans, B. perrinii e B. tuberculata espécies diferentes, apesar de afirmar
que B. perrinii, B. fragrans e B. flagellaris são parte de um complexo de espécies
proximamente relacionadas, que diferem apenas em sua localização. Aqui, preferiu-se
30
seguir Pabst & Dungs (1975) e Sprunger (1991) que consideram B. fragrans Lem. B.
gibbiana hort. e B. perrinii Lindl. sinônimos de B. tuberculata.
04.1. Bulbophyllum ×cipoense Borba & Semir, Lindleyana 13: 113-120, 1998.
Erva rupícola. Rizoma 15-20 mm comp. entre pseudobulbos, 5,0 mm diâm., coberto por
bainhas, raízes emergindo principalmente da base do pseudobulbo. Pseudobulbos 22-25 x
12-15 mm, 1-foliados, eretos, ovóides-tetrágonos, amarelados, cobertos por bainhas. Folha
80-95 x 15-18 mm, séssil, semi-ereto, elíptico-oblonga, verde, coriácea, ápice agudo
acuminado, base atenuada. Inflorescência racemo lateral; escapo 50-55 cm comp., ereto,
vináceo; brácteas escapais 10-14 x 5,0-7,0 mm, orbiculares, paleáceas, ápice agudo
acuminado, base amplexicaule; raque 30-35 cm comp., pendente, 3-4 flores em antese;
brácteas florais 5,0-9,0 x 2,0-3,0 mm, triangulares a ovadas, membranáceas, ápice agudo,
base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 4,0 mm comp. Sépalas
triangulares, creme-arroxeadas com manchas e pontuações purpúreas na base,
membranáceas, ápice agudo; dorsal 10-15 x 3,0-4,0 mm, ereta, base truncada; laterais 10-
31
15 x 3,0-4,0 mm, reflexas, base ligeiramente falcada. Pétalas 4,0-5,0 x 1,0-2,0 mm,
patentes, triangulares, cremes com manchas e pontuações purpúreas, membranáceas, ápice
agudo, base truncada. Labelo articulado com o pé da coluna, ereto, 3-lobado, obovado,
vináceo com manchas e pontuações creme-amareladas com relances metálicos, carnoso,
base atenuada; calo convexo, piloso; lobos laterais 2,0-2,5 x 1,0 mm, eretos, auriculares,
ápice obtuso, ciliado; lobo terminal 5,0-6,0 x 3,0-4,0 mm, oblongo, ápice obtuso, ciliado.
Coluna 2,0 x 1,0 mm, 1,0 mm alt., creme-amarelada; provido de dois longos braços
cruzados voltados para frente e dois menores para baixo; prolongada na base em pé de 2,0
mm comp.; antera 1,0 x 1,0 mm, conectada a coluna, amarela, papilosa, ápice prolongado
em bico; polínias 2. Fruto cápsula 10-12 x 6,0-9,0 mm, verde com nuances vinácea.
purpúreas em praticamente todo seu comprimento e labelo sem terço distal e margens
laterais brancas. Apesar, de Borba & Semir (1998) destacarem que o híbrido por eles
descrito possui um alto grau de esterilidade ou auto-incompatibilidade, e características do
labelo fazem com que sua polinização seja ineficiente.
O indivíduo aqui estudado e o descrito para Minas Gerais apresentam muitas
semelhanças no formato e coloração de suas peças florais, tais como sépalas ligeiramente
falcadas, com manchas e pontuações purpúreas apenas na base. Porém, o espécime
encontrado no Parque difere-se por apresentar pétala de margem não ciliada e labelo sem
terço distal e margens laterais brancas.
Rieseberg (1995) chama a atenção de que a maioria dos híbridos verdadeiros não
apresenta caracteres intermediários aos de seus parentais, da mesma maneira, caracteres
intermediários não indicam necessariamente hibridação. Este fato foi observado por Borba
et al. (2000), que inicialmente imaginaram que Acianthera fabiobarrosii tratava-se de um
híbrido entre Acianthera ochreata, devido à similaridade vegetativa, e Acianthera
johannensis, pela similaridade nos caracteres florais. Após testarem hipótese de origem por
hibridação, detectaram tratar-se de uma nova espécie e não de um híbrido como era
esperado.
Foram realizados estudos para testar hipótese de origem por hibridação (dados não
publicados), onde foram utilizados 12 loci em 10 sistemas enzimáticos. Tal hipótese não
pode ser definitivamente comprovada, devido à ausência de loci diagnósticos entre os
supostos parentais (B. weddellii e B. involutum). Porém, a mesma pode ser fortalecida por
dois motivos: o primeiro é que entre os três táxons testados, B. ×cipoense é o único que
não apresentou alelos exclusivos, e segundo é que, entre os 14 indivíduos de possíveis
híbridos, a hipótese de hibridação não pode ser descartada em nenhum, exceto dois deles,
por estes possuírem em todos os loci alelos presentes em ambos os parentais. Os outros
dois indivíduos são homozigotos em pelo menos um locus para um alelo que não está
presente em B. weddellii (alelo exclusivo de B. involutum). Isto sugere a ocorrência de
introgressão em B. involutum, que pode ser reforçada por caracteres morfológicos, como
discutido acima.
Outro fato interessante é que a variabilidade encontrada em B. ×cipoense indica que
o evento de hibridação entre B. involutum e B. weddellii não foi único na população
estudada, mas que os indivíduos foram originados por múltiplos eventos de hibridação.
33
Erva rupícola. Rizoma 5,0-10 mm comp. entre pseudobulbos, 2,0 mm diâm., coberto por
bainhas, raízes emergindo apenas na base dos pseudobulbos. Pseudobulbos 10-15 x 5,0-
8,0 mm, 1-foliados, eretos, ovóides-tetrágonos, amarelados, cobertos por bainhas. Folha
25-55 x 6,0-10 mm, séssil, ereto-patente, elíptico-oblonga a oblonga, verde, coriácea, ápice
agudo apiculado, base atenuada. Inflorescência racemo lateral; escapo 70-120 mm comp.,
ereto, verde; brácteas escapais 10-15 x 2,0-3,0 mm, lanceoladas, paleáceas, ápice agudo,
base amplexicaule; raque 25-30 mm comp., pendente, 2-3 flores em antese; brácteas florais
5,0-6,0 x 3,0-4,0 mm, ovadas, membranáceas, ápice agudo, base amplexicaule. Flores
ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 2,0-2,5 mm comp. Sépalas eretas, amarelo
esverdeadas com veios púrpuros, membranáceas; dorsal 5,0-6,0 x 5,0-6,0 mm, ovada a
orbicular, ápice obtuso, base truncada; laterais 6,0-7,0 x 5,0-6,0 mm, fundidas lateralmente
ao pé da coluna, triangulares a ovadas, ápice obtuso, base truncada. Pétalas 0,5 x 1,0 mm,
eretas, semi-orbiculares, róseas a amareladas com veios púrpuros, membranáceas, ápice
obtuso, base truncada. Labelo 5,0-6,0 x 3,5-4,0 mm, articulado com o pé da coluna, ereto,
1-lobado, oblongo, magenta com margem vinho, membranáceo, ápice obtuso, base
atenuada. Coluna 2,5 x 2,0 mm, 1,5 mm alt., esbranquiçada; prolongada na base em pé de
4,0 mm comp.; antera 0,5 x 1,0 mm, conectada a coluna; polínias 2, orbiculares,
amareladas. Fruto cápsula 5,0-7,0 x 4,0 mm, amarelo-esverdeado.
04.3. Bulbophyllum involutum Borba, Semir & F.Barros, Novon 8(3): 225-229, 1998.
Erva rupícola. Rizoma 10-25 mm comp. entre pseudobulbos, 3,0-5,0 mm diâm., coberto
por bainhas, raízes emergindo principalmente da base do pseudobulbo. Pseudobulbos 20-
30 x 15-20 mm, 1-foliados, eretos, ovóides-tetrágonos, amarelados, cobertos por bainhas.
Folha 50-80 x 15-25 mm, séssil, semi-ereto, elíptico-oblonga a oblonga, verde, coriácea,
ápice agudo apiculado, base atenuada. Inflorescência racemo lateral; escapo 24-50 cm
comp., ereto, vináceo; brácteas escapais 10-18 x 5,0-7,0 mm, oblongas a orbiculares,
paleáceas, ápice obtuso apiculado, base amplexicaule; raque (7,0-)23-28 cm comp.,
pendente, 1-2 flores em antese; brácteas florais 5,0-7,5 x 2,5-4,0 mm, triangulares a
ovadas, paleáceas, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o
ovário 6,0-6,5 mm comp. Sépalas ovadas, creme com manchas e pontuações purpúreas
cobrindo quase completamente a superfície, membranáceas, ápice agudo, base truncada;
dorsal 8,0-9,0 x 3,5-4,0 mm, recurvada; laterais 8,0-8,5 x 3,5-4,0 mm, reflexas. Pétalas
2,0-2,5 x 1,0-1,5 mm, patentes, ovadas, creme com manchas e pontuações purpúreas,
membranáceas, ápice obtuso, base truncada, margem ciliada. Labelo articulado com o pé
da coluna, ereto, 3-lobado, orbicular, púrpuro com ápice branco, carnoso, base atenuada;
calo convexo, piloso; lobos laterais 1,0-1,5 x 0,5-1,0 mm, eretos, auriculares, ápice obtuso,
ciliado; lobo terminal 2,0-2,5 x 1,5-2,0 mm, orbicular, ápice obtuso ciliado. Coluna 2,5 x
1,5 mm, 1,0-1,5 mm alt., esbranquiçada; provido de dois longos braços voltados para
frente e dois menores para baixo; prolongada na base em pé 1,5-2,0 mm comp.; antera 1,0-
35
1,5 x 0,5-1,0 mm, conectada a coluna, verde, papilosa, o ápice prolongado em bico;
polínias 2. Fruto cápsula 10-11,5 x 9,0-10 mm, verde.
04.4. Bulbophyllum weddellii (Lindl.) Rchb.f., Ann. bot. syst. 6: 251, 1861.
Erva rupícola. Rizoma 10 mm comp. entre pseudobulbos, 4,0-5,0 mm diâm., coberto por
bainhas, raízes emergindo da base dos pseudobulbos. Pseudobulbos 20-25 x 10-15 mm, 1-
foliados, eretos, ovóides-tetrágonos, amarelados, cobertos por bainhas. Folha 40-50 x 15-
20 mm, séssil, semi-ereto, elíptico-oblonga a oblonga, verde, coriácea, ápice agudo
apiculado, base atenuada. Inflorescência racemo lateral; escapo 15-20 cm comp., ereto,
verde; brácteas escapais 10-15 x 5,0-6,0 mm, orbiculares, ápice agudo, base amplexicaule;
36
raque 5-10 cm comp., genuflexa, 6-20 flores; brácteas florais 7,0-9,5 x 2,0-3,0 mm,
ovadas. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 4-5 mm comp. Sépalas
triangulares, creme com manchas e pontuações purpúreas na base, membranáceas; dorsal
10-15,5 x 2,5-3,0 mm, recurvada, triangular, creme com manchas e pontuações purpúreas
na base, membranácea, ápice agudo caudado, base truncada; laterais 10-15,5 x 2,5-3,0 mm,
reflexas, ápice agudo, base falcada. Pétalas 3,0-4,5 x 0,5-1,0 mm, patentes, lineares,
falcada na base, cremes com manchas e pontuações purpúreas, membranáceas, ápice
agudo, base truncada, margem ciliada. Labelo articulado com o pé da coluna, ereto, 3-
lobado, lanceolado, creme com manchas e pontuações purpúreas, carnoso, base obtusa;
calo convexo, piloso; lobos laterais 1,0-1,5 x 0,5-1,0 mm, eretos, auriculares, ápice obtuso,
ciliado; lobo terminal 8,0-12,5 x 2,0-4,0 mm, lanceolado, ápice agudo. Coluna 3,0-3,5 x
1,5-2,0 mm, 1,5-2,0 mm alt., branca com manchas purpúreas; provido de dois longos
braços voltados para frente e dois menores para baixo; prolongada na base em pé 2,0-2,5
mm comp.; antera 1,5 mm comp., verde, papilosa, ápice prolongado em bico; polínias 2.
05.1. Campylocentrum micranthum (Lindl.) Rolfe, Orchid Rev. 11(128): 245, 1903.
Erva epífita. Caule 6,0-12 cm comp., 3,0 mm diâm., ereto, cilíndrico, verdes, coberto
pelas bainhas das folhas, raízes emergindo ao longo de todo o caule, 4-7 folhas. Folhas
2,0-3,5 x 0,5-1,0 cm, dísticas, sésseis, patentes, lanceoladas, verdes, coriáceas, ápice
obtuso retuso, base atenuada, articulada com a bainha. Inflorescência racemo lateral,
raque 1,0-1,5 cm comp, 6-15 flores; brácteas florais 1,0-1,5 x 1,0-1,5 mm, ovadas,
membranáceas, ápice agudo, base truncada, margem serrilhada. Flores ressupinadas;
pedicelo incluindo o ovário 2,0-2,5 mm comp. Sépalas 3,5-4,0 x 1,0-1,5 mm, eretas,
concrescidas na base, lanceoladas, amareladas, membranáceas, ápice agudo reflexo, base
truncada. Pétalas 3,5-4,0 x 0,5-1,0 mm, eretas, lanceoladas, amareladas, membranáceas,
ápice agudo reflexo, base truncada. Labelo ereto, 3-lobado, ovado, amarelado,
membranáceo, base atenuada; esporão 2,0-2,5 x 0,5-1,0 mm; lobos laterais 1,5-2,0 x 0,5-
1,0 mm, eretos envolvendo a coluna, orbiculares, ápice obtuso; lobo terminal 4,0-4,5 x 2,0-
2,5 mm, lanceolado, ápice agudo. Coluna 0,5-1,0 x 0,5-1,0 mm, 0,5 mm alt., amarelada;
antera 0,5 x 0,5 mm, amarelada; polínias 2, orbiculares.
06.1. Cattleya elongata Barb.Rodr., Gen. spec. Orchid. 1: 72, t.363, 1877. Tipo: Brasil,
Barbosa Rodrigues s.n. (perdido). Lectótipo aqui designado: ilustração original
preparada por João Barbosa Rodrigues, t.363, que consta de sua Iconographie des
orchidées du Brésil, depositada no Herbário Oakes Ames, na Universidade de
Harvard, reproduzida por Sprunger et al. (1996) sob o número t.48 do volume 4.
Erva rupícola. Rizoma 5,0-10 mm comp. entre pseudobulbos, 7,0-8,0 mm diâm., coberto
por bainhas, raízes emergindo ao longo de todo o rizoma. Pseudobulbos 10-32 x 0,7-1,5
cm, 2-3-foliados, eretos, cilíndricos, verde-arroxeados, cobertos por bainhas. Folhas 6-11 x
3-5 cm, sésseis, semi-eretas a patentes, elípticas a oblongas, verdes, fortemente coriáceas,
ápice obtuso retuso, base atenuada. Inflorescência racemo terminal, ereto, espata 5-9 x 1
cm, oblíqua, ápice obtuso apiculado, base amplexicaule; escapo (10-)46-50 cm, vermelho-
amarronzado; brácteas escapais 5,0-7,0 x 3,0-5,0 mm, triangulares a ovadas, paleáceas,
ápice agudo, base truncada; raque 3-11 cm comp., 1-6(-12) flores; brácteas florais 4,0-5,0 x
2,0-3,0 mm, triangulares a ovadas, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Flores
ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 3,5-5,0 cm comp. Sépalas patentes, oblongo-
lanceoladas, vermelho-amarronzadas, carnosas, ápice agudo acuminado, base atenuada,
margem revoluta; dorsal 40-45 x 10-15 mm; laterais 35-40 x 10-15 mm. Pétalas 40-45 x
10-15 mm, patentes, oblongo-lanceoladas, vermelho-amarronzadas, carnosas, ápice
acuminado, base atenuada, margem ondulada. Labelo ereto, 3-lobado, magenta, carnoso,
base truncada; 2 calos conspícuos centrais e 2-3 laterais menores; lobos laterais 25-30 x
10-15 mm, eretos envolvendo completamente a coluna, triangulares, ápices agudos
sobrepostos; lobo terminal 22-25 x 20-25 mm, dividido em 2 lóbulos, transversalmente
oblongo, ápice obtuso emarginado. Coluna 20-25 x 10-15 mm, 10 mm alt., branca;
estigma bilobado, antera 5,0 x 4,0 mm; polínias 4.
07.1. Cleistes exilis Hoehne, Comm. Linh. Telegr. Matto Grosso Amoz. Annexo 5 Bot. 9:
26, t. 167, f. 1, 1916.
Erva terrestre. Raízes com segmentos espessados, 10-15 x 5,0-10 mm, formando
tuberóides e o resto mais fino. Caule 450-700 x 1-5 mm, ereto, cilíndrico, verde, 3-4
folhas. Folhas 10-20 x 3,0-4,0 mm, dísticas, sésseis, eretas, oblongas a ovadas, verdes,
membranáceas, ápice agudo, base truncada. Inflorescência racemo terminal, ereto; raque
15-20 cm comp., 1-3 flores; brácteas florais foliáceas 10-20 x 2,0-3,0 mm, ovadas,
membranáceas, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o
ovário 15-20 mm comp. Sépalas eretas, lanceoladas, róseas, membranáceas, ápice agudo,
base truncada; dorsal 25-30 x 5,0-8,0 mm; laterais 20-25 x 4,0-5,0 mm. Pétalas 20-25 x
5,0-7,0 mm, eretas, lanceoladas, róseas, membranáceas, ápice agudo, base truncada.
Labelo ereto, 3-lobado, rósea, calosidade amarela, membranáceo, base atenuada;
calosidade (glândulas) em todo comprimento central do labelo; lobos laterais 10-15 x 3,0-
3,5 mm, envolvendo a coluna, semi-obovados, ápice obtuso; lobo terminal 6,0-7,0 x 4,0-
5,0 mm, ereto, orbicular, ápice agudo reflexo, margem ondulada. Coluna 10-13 x 2,0-3,0
mm, 1,5-2,0 mm alt., rósea; antera 3,0-3,5 x 2,0-2,5 mm; polínias 2.
Citada por Hoehne (1940) para Minas Gerais, esta espécie também foi citada para
Goiás (Pabst & Dungs, 1975), e na Bahia para a Chapada Diamantina, nos municípios de
Mucugê/Andaraí (Harley & Mayo, 1980; Harley & Simmons, 1986), Rio de Contas
41
(Toscano de Brito, 1995), Lençóis (Toscano de Brito, 1998) e Catolés (Toscano de Brito &
Queiroz, 2003). Segundo Silva (2002), Cleistes exilis é comum na Chapada Diamantina,
ocorrendo nos municípios de Abaíra, Andaraí, Lençóis, Mucugê, Piatã e Rio de Contas. O
espécime R.M.Harley et al. 20984, citado para Mucugê (Harley & Simmons, 1986) como
C. aphylla (Barb.Rodr.) Hoehne, foi identificado como C. exilis por Silva (2002). Cresce
em áreas abertas e ensolaradas, dominadas por gramíneas, em solo arenoso. Floresce entre
fevereiro e abril.
No Parque, C. exilis é facilmente reconhecida pelo porte esguio e delicado, pelo
tamanho muito reduzido de suas folhas, e pela coloração rósea de suas flores. A morfologia
do labelo é bastante variável, principalmente na forma do lóbulo terminal. É difícil de ser
encontrada, pois a planta fenece logo após a floração e frutificação, restando apenas o
tuberóide subterrâneo, que brota novamente na floração seguinte.
1. Flor branca com máculas purpúreas, brácteas, sépalas e pétalas fortemente onduladas. .......
............................................................................................. Cyrtopodium edmundoi (08.1)
1’. Flor amarela esverdeada a marrom-avermelhada, brácteas, sépalas e pétalas planos ou
fracamente ondulados. .......................................................... Cyrtopodium polyphyllum (08.2)
08.1. Cyrtopodium edmundoi Pabst, Orquideologia 6(4): 207, 1971. without type; Bradea
1(8): 54-55, fig. C, 1971.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo. Pseudobulbos 30-33 x 4-5 cm, eretos, fusiformes,
marrons, cobertos por bainhas. Folhas 30-35 x 1,0-1,5 cm, dísticas, sésseis, eretas,
plicadas, lineares, verdes, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Inflorescência
panícula lateral, ereta; escapo 65-75 cm comp., verde; brácteas escapais 25-30 x 10-15
mm, ovadas, paleáceas, ápice agudo, base amplexicaule; raque 35-50 cm comp., c. 30
flores; brácteas florais 20-25 x 10-15 mm, ovadas, coloridas como as sépalas,
membranáceas, ápice agudo caudado, base obtusa, margem ondulada. Flores ressupinadas;
pedicelo incluindo o ovário 20-25 mm comp. Sépalas 15-20 x 10-15 mm, ovada, branca
42
com máculas purpúreas, membranácea, ápice agudo caudado, base truncada, margem
ondulada; dorsal patente; laterais reflexa. Pétalas 15-20 x 10-15 mm, reflexas, obovadas,
brancas com máculas purpúreas, membranáceas, ápice agudo, base atenuada, margens
onduladas. Labelo articulado com o pé da coluna, ereto, 3-lobado, branco com máculas
purpúreas, calo amarelo, membranáceo, base atenuada; calo convexo, verrugoso; lobos
laterais 9,0-10 x 6,0-7,0 mm, eretos, obovado, ápice obtuso; lobo terminal 8,0-11 x 5,0-7,0
mm, obovado a orbicular, ápice obtuso caudado, margem ondulada. Coluna 5,0-7,0 x 2,0-
3,0 mm, 2,0-2,5 mm alt., rósea, prolongada na base em pé de 3,0-4,0 mm comp.; antera
2,0-3,0 x 1,5-2,0 mm, verde; polínias 4, amarelas, oblongas.
08.2. Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex F.Barros, Acta Bot. Brasil. 8(1): 12,
1994.
Epidendrum polyphyllum Vell., Fl. flumin. Ic. 9:t. 17, 1827.
Cyrtopodium paranaense Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 16: 333, 1920.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo. Pseudobulbos 25-49 x 3-4 cm, eretos, fusiformes,
43
marrons, cobertos por bainhas. Folhas 20-27 x 0,5-1 cm, dísticas, sésseis, eretas, plicadas,
lineares a lanceoladas, verdes, membranáceas, ápice agudo, base atenuada. Inflorescência
panícula lateral, ereta; escapo 65-70 cm comp., verde; brácteas escapais 40-60 x 15-30
mm, ovadas, paleáceas, ápice truncado a agudo, base amplexicaule; raque 30-40 cm comp.,
40-45 flores; brácteas florais 15-25 x 5-10 mm, lanceoladas, elípticas a ovadas, coloridas
como as sépalas, membranáceas, ápice agudo acuminado, base atenuada. Flores
ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 20-30 mm comp. Sépalas 15-20 x 7,0-10 mm,
patentes, ovadas, amarela esverdeada a marrom-avermelhada, mais escuras que as pétalas,
membranáceas, ápice agudo caudado, base truncada a atenuada, margens ligeiramente
onduladas. Pétalas 15-17 x 7,0-11 mm, patentes, lanceoladas a orbiculares, amarelas a
amarelas com mancha marrom-avermelhadas no ápice, membranáceas, ápice agudo
reflexo, base atenuada. Labelo articulado com o pé da coluna, ereto, 3-lobado, amarelo,
calo avermelhado, membranáceo, base atenuada; calo verrugoso, convexo; lobos laterais
8,0-10 x 5,0-7,0 mm, eretos, auriculares a orbiculares, ápice obtuso; lobo terminal 8,0-10 x
10-12 mm, orbicular, ápice retuso. Coluna 5,0-6,5 x 3,0-4,0 mm, 1,5-2,5 mm alt.,
esverdeada, prolongada na base em pé de 5,0 mm comp., amarelo; antera 2,0-3,0 x 1,5-2,0
mm, verde; polínias 4, amarelas.
lado, Barros (1994) considerou que o nome correto desta espécie é Cyrtopodium
polyphyllum, com base na ilustração de Epidendrum polyphyllum na Flora Fluminensis.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo. Pseudobulbos 5-8 x 2-4 cm, 2-4-foliados, eretos,
ovóides, verdes, cobertos por bainhas. Folhas 20-30 x 2-3 cm, sésseis, semi-eretas a eretas,
lanceoladas, verdes, coriáceas, ápice agudo mucronado, base atenuada. Inflorescência
panícula terminal, ereta; escapo 65-80 cm comp., verde; brácteas escapais 6,0-10 x 10-12
mm, ovadas a orbiculares, paleáceas, ápice agudo, base amplexicaule; raque 45-50 cm
comp., 8-30 flores; brácteas florais 3,0-5,0 x 2,0-3,0 mm, ovadas, paleáceas, ápice agudo,
base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 2,5-3,0 cm comp. Sépalas
20-25 x 8,0-10 mm, patentes, amarelo-esverdeadas com estrias vinácea, membranáceas,
ápice agudo apiculado, base truncada; dorsal levemente obovada; laterais lanceoladas.
Pétalas 20-25 x 7,0-10 mm, patentes, espatuladas, amarelo-esverdeadas com estrias
vinácea, membranáceas, ápice obtuso apiculado, base atenuada. Labelo concrescido à base
da coluna, ereto, 3-lobado, branco com linhas purpúreas no lobo terminal, disco amarelo,
membranáceo, base atenuada; disco carnoso, com duas carenas; lobos laterais 8,0-11 x 5,0-
6,0 mm, envolvendo a coluna e então reflexos, obtusos, ápice obtuso; lobo terminal 15-18
x 11-13 mm, orbicular, ápice agudo, margem ligeiramente ondulada. Coluna 12-13 x 5,0-
6,0 mm, 3,0-4,0 mm alt., amarelo-esverdeada; provida de dois braços voltados para baixo,
antera 3,0 x 4,0 mm, amarela; polínias 4, amarelas.
do Capa Bode, nov.1973, G.C.P.Pinto s.n. (ALCB 477, HRB 31060); by rio Cumbuca c. 3
km S of Mucugê, near site of small dam on road to Cascavel, 04.fev.1974, R.M.Harley et
al 15962 (CEPEC).
10. EPIDENDRUM L.
1. Inflorescência ereta, longa, entre 36-71 cm comp., escapo mais longo que a raque,
brácteas escapais não imbricadas.
46
10.1. Epidendrum cristatum Ruiz & Pav., Syst. veg. fl. peruv. chil. 1: 243. 1798.
Erva terrestre. Rizoma inconspícuo. Caule 150-200 x 1-2 cm, ereto, cilíndrico, verde,
coberto por 7-12 folhas. Folhas 10-15 x 1,5-2 cm, dísticas, sésseis, semi-eretas, oblongas,
verdes, semicoriáceas, ápice obtuso, base truncada, articulada com a bainha.
Inflorescência racemo terminal, pendente; escapo 8-10 cm comp., vináceo; brácteas
escapais 50-75 x 10-15 mm, oblongas, imbricadas, paleáceas, ápice agudo, base truncada;
raque 10-15 cm comp., 25-30 flores; brácteas florais 3,0-8,0 x 1,0-2,0 mm, triangulares,
paleáceas, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário
40-45 mm comp. Sépalas reflexas, lanceoladas, amareladas com máculas vinácea,
membranáceas, ápice agudo, base truncada; dorsal 15-20 x 4,0-6,0 mm; laterais 15-17 x
5,0-6,0 mm. Pétalas 15-17 x 4,0-5,0 mm, reflexas, obovadas, amareladas com máculas
vinácea, menos máculas que as sépalas, membranáceas, ápice agudo, base truncada.
Labelo 10-15 x 10-15 mm, concrescido à face adaxial da coluna em toda sua extensão,
patente, 3-lobado, orbicular, amarelado com máculas vinácea, membranáceo, base
atenuada, margem laciniada; lobos laterais patentes, orbiculares, ápice obtusa; lobo
terminal patente e reflexo, dividido em lóbulos, lineares, ápice obtuso. Coluna 10-15 x 3,0
mm, 2,0 mm alt., branca com ápice vináceo; antera 2,0 x ,02 mm, branca; polínias 4.
10.2. Epidendrum orchidiflorum Salzm. ex Lindl., Gen. sp. orchid. pl.103, 1831.
Epidendrum huebneri Schltr., Beih. Bot. Centralbl. 42, pt 2: 99, 1925.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo. Caule 16-40 x 0,5-1 cm, ereto, cilíndrico, marrom,
coberto pelas bainhas das folhas, 6-22 folhas. Folhas 4-5 x 1-2 cm, dísticas, sésseis, semi-
48
eretas, lanceoladas, verdes, coriáceas, ápice agudo, base atenuada, articulada com as
bainhas. Inflorescência racemo terminal, ereta; escapo 50-65 cm comp., marrom-
esverdeado; brácteas escapais 30-45 x 5,0-10 mm, oblongas, paleáceas, ápice agudo, base
amplexicaule; raque 3-6 cm comp., 5-10 flores; brácteas florais 4,0-7,0 x 1,0-2,0 mm,
triangulares, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo
incluindo o ovário 20-25 mm comp. Sépalas patentes, marrom-esverdeadas,
membranáceas, ápice agudo, base atenuada; dorsal 10-15 x 5,0-6,0 mm, obovada; laterais
10-12 x 5,0-6,0 mm, oblongo-obovadas. Pétalas 10-12 x 1,0-2,0 mm, patentes, lineares,
marrom-esverdeadas, membranáceas, ápice agudo, base atenuada. Labelo 8,0-10 x 15 mm,
concrescido à face adaxial da coluna em toda sua extensão, patente, 1-lobado, orbicular,
marrom-esverdeado, carnoso, ápice obtuso retuso, base atenuada. Coluna 6,0-7,0 x 2,5-3,0
mm, 2,5-3,0 mm alt., marrom-esverdeada; antera 1,5-2,0 x 1,0-1,5 mm, orbicular, marrom-
esverdeada; polínias 4, deltóides.
Erva terrestre. Rizoma inconspícuo. Caule (7-)20-27 x 0,5-1 cm, ereto, cilíndrico, verde,
coberto pelas bainhas das folhas, 6-20 folhas. Folhas 5-8 x 1-2 cm, dísticas, sésseis, semi-
eretas, lanceoladas, verdes, coriáceas, ápice agudo, base atenuada, articulada com as
bainhas. Inflorescência racemo terminal, ereta; escapo (17-24-)33-48 cm comp., verde;
brácteas escapais 35-55 x 2,0-4,0 mm, oblongo-lanceoladas, paleáceas, ápice agudo, base
amplexicaule; raque 3-5 cm comp., 4-6 flores; brácteas florais 2,0-5,0 x 1,0 mm, ovadas a
triangulares, paleáceas, ápice agudo, base truncada. Flores não ressupinadas; pedicelo
incluindo o ovário 10-20 mm comp. Sépalas róseas, membranáceas, base truncada; dorsal
10-15 x 3,0-5,0 mm, reflexa, lanceolada, ápice agudo; laterais 10-14 x 4,0-5,0 mm,
patentes, oblongas a obovadas, ápice obtuso apiculado. Pétalas 10-14 x 2,0-3,0 mm,
patentes, lanceoladas, róseas, membranáceas, ápice agudo, base atenuada. Labelo
concrescido à face adaxial da coluna em toda sua extensão, ereto, 3-lobado, orbicular,
róseo, membranáceo, base atenuada, margem denticulada, calosidade branca com centro
amarelo; lobos laterais 2,0-3,0 x 2,0-3,0 mm, eretos, ovados a orbiculares, ápice obtuso,
lobo terminal 3,0-4,5 x 3,0-4,5 mm, ereto, orbicular, ápice agudo. Coluna 4,0-5,0 x 1,0-2,0
mm, 1,0-1,5 mm alt., rósea; antera 1,0-1,5 x 1,0-1,2 mm, amarela; polínias 4, obovadas.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo, raízes emergindo de todo o rizoma. Caule 66-200 x
1,5-2 cm, ereto, cilíndrico, verde, recoberto pelas bainhas das folhas, 8-16 folhas. Folhas
6-7 x 1,5-2 cm, dísticas, sésseis, semi-eretas, ovadas a oblongas, verdes, carnosa, ápice
obtuso, base truncada. Inflorescência racemo terminal, pendente; escapo 8-9 cm comp.;
brácteas escapais 30-40 x 10 mm, ovadas, imbricadas, paleáceas, ápice agudo, base
truncada; raque 30-40 mm comp., 10-15 flores; brácteas florais 7,0-10 x 3,0-4,0 mm,
ovadas, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo
incluindo o ovário 15-33 mm comp. Sépalas patentes, lanceoladas, marrom-esverdeadas,
51
membranáceas, base truncada; dorsal 15-20 x 5,0-6,0 mm, ápice agudo; laterais 15-20 x
5,0-7,0 mm, ápice obtuso apiculado. Pétalas 10-15 x 3,0-4,0 mm, patentes, lanceoladas,
marrom-esverdeadas, membranáceas, ápice levemente obtuso apiculado, base atenuada.
Labelo concrescido à face adaxial da coluna em toda sua extensão, ereto, 3-lobado,
branco-esverdeado, carnoso, base atenuada; disco com 2 calosidades; lobos laterais 7,0-10
x 3,0-4,0 mm, patentes e reflexos, oblongos, ápice obtuso; lobo terminal 5,0-9,0 x 6,0-7,0
mm, patente, orbicular, ápice truncado mucronado. Coluna 8,0-9,0 x 3,0-4,0 mm, 4,0-5,0
mm alt., branca-esverdeada; antera 1,5-2,0 x 2,0 mm, branca; polínias 4.
Citada por Pabst & Dungs (1975) apenas para o estado de Minas Gerais, e
posteriormente para a Serra do Cipó (Barros, 1987) e Grão-Mogol (Barros & Pinheiro, no
prelo), esta espécie foi também citada na Bahia para Rio de Contas (Toscano de Brito,
1995) e Catolés (Toscano de Brito & Queiroz, 2003), sendo aqui registrada para o
município de Mucugê, onde cresce em áreas abertas, diretamente sobre as rochas em
campo rupestre. Floresce em fevereiro.
É vegetativamente parecido com E. cristatum, pela altura da planta, que chega a 2
m alt., diferindo desta por seu porte mais robusto, suas folhas mais curtas e carnosas, além
da coloração e formato de suas flores, marrom-esverdeadas e labelo branco-esverdeado, de
margem lisa.
11.1. Epistephium lucidum Cogn., Fl. bras. 3(4): 141, pl. 30, 1893.
Erva terrestre. Rizoma inconspícuo. Caule 150-200 x 0,5-1 cm, ereto, cilíndrico, verde,
coberto por 4-11 folhas. Folhas (4-)8-11 x 2-4 cm, dísticas, sésseis, semi-eretas, ovadas,
verdes, coriáceas, ápice agudo apiculado, base amplexicaule, margem ligeiramente reflexa,
nervação reticulada. Inflorescência racemo terminal, ereto; raque 15-26 cm comp., 1-3
flores; brácteas florais 3,0-6,0 x 4,0-6,0 mm, ovadas a orbiculares, membranáceas, ápice
agudo, base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 35-40 mm comp.,
presença de epicálice. Sépalas 40-50 x 15-20 mm, patentes, lanceoladas, lilás,
52
membranáceas, ápice agudo apiculado, base atenuada. Pétalas 40-50 x 20-25 mm,
patentes, obovadas, lilás, membranáceas, ápice obtuso, base atenuada. Labelo 50-60 x 40-
50 mm, concrescido à face lateral da coluna até 1/3 de seu comprimento, os outros 2/3
envolvem a mesma, ereto, 1-lobado, obovado, lilás, ápice mais escuro, internamente
branco com veias lilás, membranáceo, ápice obtuso retuso, base atenuada, margem
ondulada, pêlos em todo comprimento na porção central do labelo. Coluna 30-35 x 5,0
mm, 4,0-5,0 mm alt., lilás com ápice branco; estigma fechado; antera 4,0-5,0 x 4,0-5,0
mm, branca; polínias 4. Fruto cápsula 40-50 x 5,0-7,0 mm, verde.
12.1. Habenaria fluminensis Hoehne, Arq. Bot. Estado São Paulo n.s. 1: 41, tab. 46, 1939.
Erva terrestre. Rizoma inconspícuo. Caule 80-100 x 0,5-1 cm, até 1a flor, ereto,
cilíndrico, verde, coberto pelas bainhas das folhas, 4-6 folhas. Folhas 20-27 x 1-1,5 cm,
dísticas, sésseis, semi-eretas a eretas, linear-lanceoladas, verdes, membranáceas, ápice
agudo, base truncada. Inflorescência racemo terminal, ereto; raque 20-25 cm comp., 15-17
flores; brácteas florais 2-3 x 1 cm, obovadas, membranáceas, ápice obtuso caudado, base
atenuada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 2,5-3 cm comp., sulcado.
Sépalas esverdeadas, membranáceas, base truncada; dorsal 12-15 x 7,0-9,0 mm, patente,
ovada, ápice obtuso acuminado; laterais 12-14 x 4,0-5,0 mm, reflexas, ovadas a
lanceoladas, ápice agudo. Pétalas 12-14 x 4,0-5,0 mm (base), bipartidas até perto da base,
reflexas, lineares, esverdeadas, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Labelo
patente, tripartido, linear, esverdeado, membranáceo, base truncada; lobos laterais 15-17 x
1,0-2,0 mm, patentes, lineares, ápice agudo; lobo mediano 15-16 x 3,0-4,0 mm, patente,
linear, ápice agudo. Cálcar 20-25 x 2,0-3,0 mm, dilatado no ápice. Coluna 4,0-5,0 x 3,0-
4,0 mm, 2,0 mm alt., verde; polínias 2.
13.1. Maxillaria cerifera Barb.Rodr., Gen. spec. Orchid. 1: 118, 1877. Tipo: Brasil,
Barbosa Rodrigues s.n. (perdido). Lectótipo aqui designado: ilustração original
preparada por João Barbosa Rodrigues, que consta de sua Iconographie des
orchidées du Brésil, depositada na biblioteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
reproduzida por Sprunger et al. (1996) sob o número t. 296 do volume 6.
Erva rupícola. Rizoma 5,0-10 mm comp. entre pseudobulbos, 2,0-3,0 mm diâm., coberto
por bainhas, raízes emergindo ao longo de todo o rizoma. Pseudobulbos 10-15 x 5,0-7,0
mm, 2-foliados, eretos, ovóides, verdes, cobertos por 2 bainhas das folhas laterais. Folhas
laterais 15-20 x 3,0-4,0 mm, sésseis, semi-eretos, lanceoladas a oblongas, verdes,
coriáceas, ápice obtuso retuso, base atenuada. Folhas apicais 40-60 x 4,0-5,0 mm, sésseis,
semi-eretos, oblongas, verdes, coriáceas, ápice obtuso, retuso, base atenuada formando
pseudopecíolo. Inflorescência uniflora, lateral; escapo 4-4,5 cm comp., ereto, marrom;
brácteas escapais 5-8, 7,0-10 x 2,0-3,0 mm, oblongas, paleáceas, ápice agudo, apiculado,
base amplexicaule. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 10-12 mm comp.
Sépalas 8,0-10 x 2,0-3,0 mm, eretas, esverdeadas, ápice com nuances vinácea,
membranáceas, ápice agudo, base truncada; dorsal linear; laterais triangulares. Pétalas 6,0-
7,0 x 1,5-2,0 mm, eretas, lanceoladas, esverdeadas, ápice com nuances vinácea,
membranáceas, ápice agudo, base atenuada. Labelo articulado com o pé da coluna, ereto,
3-lobado, esverdeado, ápice com nuances vinácea, calosidade amarelada, membranácea,
base atenuada; calo convexo orbicular; lobos laterais 1,5 x 0,5 mm, eretos, oblongos, ápice
obtuso; lobo terminal 6,0-7,0 x 2,0-3,0 mm, ereto, lanceolado, coberto por substância
cerosa na face adaxial, em forma de V, ápice agudo. Coluna 4,0 x 1,0 mm, 1,0 mm alt.,
prolongada na base em pé, vinácea, levemente curvada; antera 1,0 x 1,0 mm, vinácea,
orbicular, prolongada em bico granuloso; polínias 4, orbiculares, amarelas.
(Pabst & Dungs, 1977; Sprunger et al., 1996), sendo aqui registrada pela primeira vez para
o estado da Bahia. Rara na área do Parque, esta espécie é encontrada em paredões rochosos
verticais e floresce entre maio e setembro.
M. cerifera assemelha-se muito a M. notylioglossa Rchb.f., apesar da última ter
sido descrita a partir de material proveniente de Caracas, Venezuela (Reichenbach, 1854).
Dunsterville & Garay (1961a) indicaram seu endemismo para este país, embora Pabst &
Dungs (1977) tenham citado sua ocorrência no Brasil para Minas Gerais e São Paulo.
Toscano de Brito (1998) citou a ocorrência desta espécie para a Serra da Chapadinha,
Bahia. Infelizmente, este material (PCD 1290) encontra-se estéril, tendo sido possível
estudar apenas suas características vegetativas, que se assemelham bastante ao material do
Parque. Por outro lado, o espécime aqui estudado concorda inteiramente com as ilustrações
de Barbosa Rodrigues (Sprunger et al., 1996). Diante disso, preferiu-se considerá-lo como
M. Cerifera, até que estudos posteriores investiguem a delimitação de M. cerifera em
relação a M. notylioglossa.
O holótipo desta espécie encontra-se perdido, desta forma a ilustração original de
M. cerifera, preparada na natureza por Barbosa Rodrigues e ilustrada em sua Iconographie
des orchidées du Brésil, recentemente publicada por Sprunger et al., (1996), constitui o
único material original disponível, e, por esse motivo, é aqui selecionado como lectótipo.
14.1. Octomeria alexandrii Schltr., Mem. Inst. Butantan, Secc. Bot. 1. 4:53, pl. 12, 1922.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo, raízes emergindo ao longo de todo o rizoma. Caule
40-90 x 1,0-2,0 mm, 1-foliado, ereto, cilíndrico, marrom, coberto por bainhas. Folha 30-60
x 5,0 mm, séssil, ereta, terete, verde, carnosa, ápice agudo, base atenuada. Inflorescência
fasciculada terminal; raque 3,0-4,0 mm comp., 1-2 flores em antese. Flores ressupinadas;
pedicelo incluindo o ovário 5,0 mm comp. Sépalas 5,0-6,0 x 2,5-3,0 mm, patentes, ovadas,
amarelas com ápice amarronzado, membranáceas, ápice obtuso reflexo, base truncada.
Pétalas 5,5-6,0 x 2,5 mm, patentes, elíptico-lanceoladas, amarelas com ápice amarronzado,
membranáceas, ápice obtuso reflexo, base truncada. Labelo articulado com o pé da coluna,
ereto, 3-lobado; obovado, amarelo, membranáceo, base atenuada; calosidade provida de
duas quilhas erguidas; lobos laterais 1,0-1,5 x 0,5-1,0 mm, eretos, oblongos, ápice obtuso;
lobo terminal 1,5-2,0 x 2,0-2,5 mm, ereto, obovado, ápice emarginado. Coluna 2,0-3,0 x
0,5-1,0 mm, 0,5 mm alt., prolongada na base em pé de 2,0 mm comp., amarelada,
levemente curvada; antera 0,5-1,0 x 0,6 mm, amarelada; polínias 8, obovadas.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo. Caule 13-20 x 0,5-1,0 mm, 1-foliado, ereto,
cilíndrico, marrom, coberto por bainhas. Folha 15-35 x 2,0-3,0 mm, séssil, ereta, terete,
verde, coriácea, ápice agudo, base truncada. Inflorescência fasciculada terminal; raque
4,0-5,0 mm comp., 1 flor em antese; brácteas florais inconspícuas. Flor ressupinada;
pedicelo incluindo o ovário 2,5-3,0 mm comp. Sépalas 7,0-8,0 x 2,0-2,5 mm, eretas,
lanceoladas, brancas translúcidas com máculas vinácea, uma maior, bem marcante na base
das sépalas laterais, membranáceas, ápice agudo, base truncada; laterais concrescidas na
base e com o pé da coluna. Pétalas 7,0-8,0 x 1,5-2,0 mm, eretas, lanceoladas, brancas
translúcidas com máculas vinácea, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Labelo 3,5-
4,0 x 2,5-3,0 mm, articulado com o pé da coluna, ereto, 1-lobado, transversalmente
elíptico, branco translúcido, calosidade central amarela e quilhas vinácea, membranáceo,
ápice obtuso retuso, base ungüiculada; disco do labelo com calosidade central e três
quilhas erguidas. Coluna 2,0-2,5 x 0,5 mm, 1,0 mm alt., esverdeada; antera 0,5 x 0,7 mm.,
amarela; polínias 8, amarelas. Fruto cápsula 8,0-9,0 x 2,5-3,0 mm.
14.3. Octomeria stellaris Barb.Rodr., Gen. spec. Orchid. 2: 99, t.580, 1882.
Tipo: Brasil, Barbosa Rodrigues s.n. (perdido). Lectótipo aqui designado: ilustração
original preparada por João Barbosa Rodrigues, t.580, que consta de sua
Iconographie des orchidées du Brésil, depositada na biblioteca do Jardim Botânico
do Rio de Janeiro, reproduzida por Sprunger et al. (1996) sob o número t.189A do
volume 3.
Erva rupícola. Rizoma 1,0-3,0 mm comp. entre pseudobulbos, 1,0 mm diâm., raízes
emergindo ao longo de todo o rizoma. Caule (4,5-)11-22 x 1,0 mm, 1-foliado, ereto,
cilíndrico, verde a arroxeado, coberto por bainhas. Folha 15-25 x 4,0-8,0 mm, séssil, ereta,
lanceolada, verde a arroxeada, carnosa, ápice agudo, base obtusa. Inflorescência
fasciculada terminal; raque 2,0-3,0 mm comp., 1 flor em antese; brácteas florais
inconspícuas. Flor ressupinada; pedicelo incluindo o ovário 1,0-2,0 mm comp. Sépalas
4,0-5,0 x 1,5-2,0 mm, ovadas, róseas com margem alaranjada, membranáceas, ápice agudo,
base truncada; dorsal patente a ereta; laterais patentes, concrescidas na base até 1/3 do
comprimento. Pétalas 3,5-4,0 x 1,0-1,5 mm, patentes, lanceoladas, róseas com margem
alaranjada, membranáceas, ápice agudo, base obtusa. Labelo articulado com o pé da
coluna, ereto, 3-lobado, obovado, avermelhado, membranáceo, base obtusa; calosidade
formada por duas quilhas erguidas; lóbulos laterais 0,5-1,0 x 0,5 mm, eretos, arredondados,
ápice obtuso; lóbulo terminal 2,5-3,0 x 1,0-1,5 mm, ereto, obovado, ápice obtuso
emarginado. Coluna 1,0-1,5 x 0,5 mm, 0,5 mm alt., amarelada; prolongada na base em pé
de 0,5-1,0 mm comp.; antera branco-amarelada; polínias 8, obovadas.
comprimento e labelo trilobado, obovado, avermelhado, com calosidade formada por duas
quilhas erguidas e lóbulo terminal obovado de ápice obtuso emarginado.
O holótipo desta espécie encontra-se perdido. Desta forma, a ilustração original de
Octomeria stellaris, preparada na natureza por Barbosa Rodrigues e ilustrada em sua
Iconographie des orchidées du Brésil, recentemente publicada por Sprunger et al. (1996),
constitui o único material original disponível e por esse motivo é aqui selecionado como
lectótipo.
Erva terrestre. Rizoma inconspícuo. Pseudobulbos 5-10 x 2-3 cm, 2-foliados, eretos,
ovóides, amarelo-esverdeados, cobertos pelas bainhas das folhas laterais. Folhas laterais
10-15 x 1-2 cm, 2-3, sésseis, semi-eretas, linear-lanceoladas, verdes, coriáceas, ápice
agudo, base articulada com as bainhas 8-10 x 1,5-2 cm, lanceoladas, verdes. Folha apical
33-35 x 1,5-2 cm, séssil, semi-ereta, linear-lanceolado, verde, coriácea, ápice agudo, base
atenuada. Inflorescência panícula lateral, ereta; escapo 25-85 cm comp., verde; brácteas
escapais 8,0-10 x 5,0-7,0 mm, ovadas, paleáceas, ápice agudo, base truncada; raque 18-22
cm comp., 20-30 flores; brácteas florais 3,0-7,0 x 1,0-2,0 mm, triangulares, membranáceas,
ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 8,0-10 mm
comp. Sépalas amarelas com máculas marrons, membranáceas, ápice agudo, base
atenuada; dorsal 6,0-7,0 x 3,0-4,0 mm, ereta, ovada, côncava; laterais 8,0-9,0 x 3,5-4,0
mm, reflexas, concrescidas na base até a metade, lanceoladas. Pétalas 6,0-7,0 x 4,0-5,0
mm, reflexas, orbiculares, amarelas com máculas marrons, membranáceas, ápice obtuso,
base atenuada. Labelo patente, 3-lobado, orbicular, amarelo com máculas marrons no calo
e na face adaxial, membranáceo, base atenuada; calo formado por uma calosidade central
de quilhas curtas e elevadas e por verrugas laterais; lobos laterais 4,5-5,0 x 1,5-2,5 mm,
patentes, oblongos, ápice obtuso; lobo terminal 7,0-11 x 15-18 mm, patente, orbicular,
ápice obtuso emarginado. Coluna 3,5-5,0 x 2,0-2,5 mm, 1,5-2,0 mm alt., marrom; tábula
infrastigmática amarela; antera 2,0-2,5 x 1,0-1,6 mm, obovada, marrom; polínias 2,
amarelas.
Pabst & Dungs (1977) citaram a ocorrência desta espécie para a Bolívia, e no Brasil
para Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas
Gerais. Na Bahia foi citado para a Serra do Ouro - Barra da Estiva/Ituaçú (Harley & Mayo,
1980) e para os municípios de Rio de Contas, identificado como O. ramosum (Toscano de
Brito, 1995), Lençóis (Toscano de Brito, 1998), Palmeiras (Toscano de Brito, 1998;
Conceição & Giulietti, 2002) e Catolés (Toscano de Brito & Queiroz, 2003). Silva (1999)
cita sua ocorrência para Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Ibicoara, Lençóis, Mucugê,
Palmeiras, Rio de Contas, Seabra e Jacobina. Cresce geralmente em solos rasos, entre as
rochas dos campos rupestres, florescendo entre junho e julho.
Oncidium blanchetii possui morfologia floral bastante variável, principalmente no
formato do labelo, dos lóbulos laterais e verrugas laterais ao calo central, as quais podem
estar ausentes ou presentes em diferentes indivíduos e em número bastante variável (Silva,
1999). As sépalas e pétalas também variam em forma e coloração. Pabst & Dungs (1977)
apresentaram três ilustrações desta espécie, que mostram as variações que esta pode
apresentar. Assemelha-se a O. hydrophilum, embora este último apresente flores maiores e
inflorescência racemosa.
3,0 x 1,5-2,0 mm, ovada; laterais 3,0-3,5 x 2,0-2,5 mm, ovado-orbiculares. Pétalas 2,0-2,5
x 0,5-1,0 mm, semipatentes, linear-lanceoladas, amarelo-esverdeadas, membranáceas,
ápice obtuso, base truncada. Labelo ereto, 3-lobado, amarelo-esverdeado, membranáceo,
base obtusa, calosidade em forma de quilha erguida no centro do labelo; lobos laterais 1,0-
1,5 x 0,5-1,0 mm, erguidos, orbiculares, ápice obtuso; lobo terminal 2,5-3,0 x 1,5-2,0 mm,
ereto, oblongo, ápice agudo reflexo, porção central, da face adaxial, coberto por tricomas.
Coluna 1,0-1,5 x 1,0-1,5 mm, 0,7 mm alt., amarelo-esverdeada; antera 1,0 x 1,0 mm,
amarela; polínias 2, cilíndricas, amarelas.
Esta espécie foi citada por Pabst & Dungs (1975) para São Paulo e Rio Grande do
Sul, sendo aqui registrada pela primeira vez para o estado da Bahia. Cresce diretamente
sobre as rochas do campo rupestre. Floresce entre março e abril, podendo ser encontrada
florida em outros meses, como novembro.
Polystachya micrantha apresenta flores não ressupinadas, o que a diferencia de
grande parte das espécies do Parque. Possui labelo trilobado, amarelo-esverdeado e
calosidade em forma de quilha erguida no centro do labelo.
Erva terrestre. Raízes carnosas, pilosas emergindo do rizoma. Caule inconspícuo, 2-3
folhas em roseta. Folhas 4-5,5 x 2-2,5 cm, pecioladas 1,5-2 cm comp., patentes,
lanceoladas, verde-prateadas, membranáceas, ápice agudo, base obtusa. Inflorescência
racemo terminal, ereta; escapo 22-28 cm comp., verde; brácteas escapais 5,0-15 x 2,0 mm,
ovadas a lanceoladas, membranáceas, ápice agudo, base amplexicaule; raque 8-20 cm
comp., 35-40 flores; brácteas florais inconspícuas, triangulares, membranáceas, ápice
agudo, base truncada. Flores não ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 3,0-4,0 mm
comp. Sépalas ovadas, verdes, membranáceas, ápice obtuso, base truncada; dorsal 2,0-2,5
x 0,5-1,0 mm, completamente enrolada para trás; laterais 3,0-3,5 x 0,5-1,0 mm, reflexas,
concrescidas na base. Pétalas 2,0-2,5 x 0,3 mm, completamente enroladas para trás,
lineares, verdes, membranáceas, ápice obtuso, base truncada. Labelo 3,0-3,5 x 1,5-2,0 mm,
ereto, cuculado, na base bi-auriculado c. 1,0 mm comp., verde, membranáceo, ápice obtuso
levemente emarginado, base truncada, margem involuta, internamente glabro. Coluna 1,0
x 0,6 mm, 0,4 mm alt., verde; antera amarela; polínias 4, obovadas, granulosas, amarelas.
17.2. Prescottia montana Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 1:178, t.485, 1877.
Tipo: Brasil, Barbosa Rodrigues s.n. (perdido). Lectótipo aqui designado: ilustração
original preparada por João Barbosa Rodrigues, t.485, que consta de sua
Iconographie des orchidées du Brésil, depositada na biblioteca do Jardim Botânico
do Rio de Janeiro, reproduzida por Sprunger et al. (1996) sob o número t.89 do
volume 2.
Erva terrestre. Raízes carnosas, pilosas emergindo do rizoma. Caule inconspícuo, 1 folha
basal (em roseta). Folha 10-11 x 1,5-2 cm, peciolada 8-9 cm comp., semi-ereta,
lanceolada, verde, membranácea, ápice agudo, base obtusa. Inflorescência racemo
terminal, congesto, cônico, ereto; escapo 45-50 cm comp., verde; brácteas escapais 15-40 x
4,0-6,0 mm, orbiculares, membranáceas, ápice agudo caudado, base amplexicaule; raque c.
6 cm comp., 30-35 flores; brácteas florais 7,0-9,0 x 2,0 mm, orbiculares a lanceoladas,
membranáceas, ápice agudo caudado, base truncada. Flores não ressupinadas; pedicelo
incluindo o ovário 3,5 mm comp. Sépalas eretas, amarelo-esverdeadas, membranáceas,
base truncada; dorsal 3,0-3,5 x 1,5 mm, ovada, ápice obtuso; laterais 4,0-4,5 x 1,5 mm,
concrescidas na base, lanceoladas, ápice agudo. Pétalas 3,0-3,5 x 1,0 mm, eretas, lineares,
amarelo-esverdeadas, membranáceas, ápice obtuso, base truncada. Labelo 4,0-4,5 x 3,0
mm, ereto, cuculado, na base levemente bi-auriculado c. 0,5 mm comp., verde,
membranáceo, ápice obtuso, base truncada, margem involuta, internamente glabro. Coluna
1,5 x 1,5 mm, 1,0 mm alt., verde; antera amarela; polínias 4, obovada, granulosa, amarelas.
anuais, dificultando sua localização quando estas não estão férteis, esta espécie é menos
comum na área do Parque que as outras duas.
Prescottia montana é facilmente reconhecida por sua inflorescência congesta, de
forma cônica, por apresentar apenas uma folha e flores amarelo-esverdeadas. Uma lista de
sinônimos é fornecida por Sprunger et al. (1996).
O holótipo desta espécie encontra-se perdido, e desta forma a ilustração original de
Prescottia montana, preparada na natureza por Barbosa Rodrigues e ilustrada em sua
Iconographie des orchidées du Brésil, recentemente publicada por Sprunger et al. (1996),
constitui o único material original disponível, e por esse motivo é aqui selecionado como
lectótipo.
17.3. Prescottia stachyodes (Sw.) Lindl., Bot. Reg. 22: sub t., 1916:1, 1836.
Erva terrestre. Raízes carnosas, pilosas emergindo do rizoma. Caule inconspícuo, 2-3
folhas em roseta. Folhas (4,5-)8-11 x 2-4 cm, pecioladas 2-4 cm comp., semi-eretas,
lanceoladas, verdes com lista branca na margem, membranáceas, ápice agudo, base obtusa,
margem ligeiramente serrilhada. Inflorescência racemo terminal, ereta; escapo 36-63 cm
comp., verde; brácteas escapais 20-50 x 5-10 mm, oblongas, membranáceas, ápice agudo,
base amplexicaule; raque 15-24 cm comp., 40-50 flores; brácteas florais 6,0-7,0 x 2,0-2,5
mm, lanceoladas, membranáceas, ápice agudo caudado, base truncada. Flores não
ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 6,0-6,5 mm comp. Sépalas completamente
enroladas para trás, ovadas, verdes, membranáceas, ápice agudo, base truncada; dorsal 3,0-
3,5 x 1,0 mm; laterais 6,0-6,5 x 1,5 mm, concrescidas na base. Pétalas 3,0-3,5 x 1,0 mm,
completamente enroladas para trás, lineares, verdes, membranáceas, ápice agudo, base
truncada. Labelo 5,0-5,5 x 2,5-3,0 mm, ereto, cuculado, na base bi-auriculado c. 1 mm
comp., verde, membranáceo, ápice agudo, base truncada, margem involuta, internamente
glabro. Coluna 2,0 x 1,5 mm, 0,7 mm alt., verde; antera amarela; polínias 4, obovada,
granulosa, amarelas.
Esta espécie foi citada desde o México até o Panamá, Venezuela, Colômbia,
Equador, Peru, Brasil (Dunsterville & Garay, 1961a; Pabst & Dungs, 1975; Sprunger et al.,
65
1996), Guianas e Índias Ocidentais (Dunsterville & Garay, 1961a). No Brasil, é citada para
os estados do Pará, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal (Pabst & Dungs, 1975;
Sprunger et al., 1996). É aqui registrada pela primeira vez para a Chapada Diamantina. Na
Cadeia do Espinhaço já era conhecida da Serra do Cipó (Barros, 1987). Ocorre no Parque
apenas em área fechada, bastante sombreada, crescendo na serrapilheira, e floresce em
agosto.
Prescottia stachyodes apresenta folhas verdes de margem branca e ligeiramente
serrilhada, inflorescência alongada com raque 15-24 cm comp. e labelo de ápice agudo. As
folhas de Prescottia são muito variáveis em seu formato e dimensões, em função do
ambiente em que as plantas crescem. Plantas que vegetam sobre rochas diferem muito
daquelas que habitam a terra farta, o que é bastante notável em P. stachyodes (Hoehne,
1945), motivo pelo qual devem ter ocorrido tantos sinônimos para algumas espécies do
gênero. Sprunger et al. (1996) apresentam uma lista de sinônimos.
Erva rupícola. Rizoma 10-25 mm comp. entre pseudobulbos, 5,0-10 mm diâm., coberto
por bainhas, raízes emergindo ao longo do rizoma. Pseudobulbos 4,5-5,0 x 1,5-2,0 cm, 1-
2-foliados, eretos, ovóides, verdes, base arredondada, coberto por bainhas. Folhas 12-14 x
1,5-2 cm, sésseis, semi-eretas, lanceoladas a oblongas, verdes, coriáceas, ápice agudo, base
atenuada. Inflorescência racemo terminal, pendente, espata 10-15 x 10 mm, ovada, ápice
agudo, base amplexicaule; escapo 40-60 mm comp., verde; brácteas escapais inconspícuas;
raque 7-8 cm comp., 4-6 flores; brácteas florais inconspícuas. Flores não ressupinadas;
pedicelo incluindo o ovário 8,0-11 mm comp. Sépalas 15-20 x 5,0 mm, patente, amarelo-
esverdeadas, carnosa, ápice agudo, base truncada; dorsal lanceolada; laterais oblongas.
Pétalas 12-15 x 5,0 mm, patentes, lanceoladas, amarelo-esverdeadas, carnosas, ápice
agudo, base atenuada. Labelo 12-15 x 6,0 mm, parcialmente concrescido à base da coluna,
ereto, 1-lobado, ovado, branco podendo apresentar linhas purpúreas, carnoso, ápice agudo,
base arredondada. Coluna 7,0-8,0 x 4,0-5,0 mm, 4,0 mm alt., amarelo-esverdeada; antera
2,0 x 2,5 mm, orbicular, amarela; polínias 4, deltóides.
66
Esta espécie é citada para os estados da Bahia e Minas Gerais (Pabst & Dungs,
1975), tendo sido descrita originalmente a partir de material da Chapada Diamantina, entre
Lençóis e Palmeiras (Pabst, 1955). É aqui registrada pela primeira vez para o município de
Mucugê, onde cresce em paredões rochosos. Floresce em novembro.
Pabst (1955) provavelmente se enganou quanto à localização desta espécie,
referindo-se ao local de coleta como município de Castro Alves, ao mesmo tempo em que
afirma ter sido entre Lençóis e Palmeiras. Prosthechea moojenii apresenta flores não
ressupinadas, amarelo-esverdeadas, labelo branco podendo apresentar linhas purpúreas,
inteiro, parcialmente concrescido à base da coluna.
19.1. Scaphyglottis cf. modesta Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 23: 46, 1926.
Tetragamestus modestus Rchb.f., Bonplandia 2, 21, 1854.
Erva terrestre. Rizoma inconspícuo, raízes espessas emergindo ao longo do rizoma. Caule
100-150 x 0,5-1 cm, ereto, cilíndrico, verde, coberto pelas bainhas das folhas, 6-7 folhas.
Folhas 7-12 x 1,5-2,5 cm, dísticas, sésseis, plicadas, semi-eretas, oblongo-lanceoladas,
verdes, coriáceas, ápice agudo acuminado, base atenuada. Inflorescência racemo terminal,
bráctea escapais 28-38 x 2,5-4,5 mm, imbricadas, paleáceas, purpúreas, ápice agudo; 1-2
flores em antese. Flores ressupinadas; pedicelo incluindo o ovário 26-37 mm comp.
Sépalas patentes, lanceoladas, purpúreas, membranáceas, ápice agudo apiculado reflexo;
dorsal 45-46 x 12-14 mm, base atenuada; laterais 45-50 x 13-15 mm, base truncada.
Pétalas 40-45 x 14-15 mm, patentes, lanceoladas, purpúreas, membranáceas, ápice agudo
reflexo, base atenuada. Labelo 40-45 x 25-27 mm, ereto, 1-lobado, obovado, púrpuro,
membranáceo, ápice arredondado retuso, base atenuada, margem ondulada; apresentam 2
calos na base do labelo. Coluna 22-24 x 3,5-4,0 mm, 4,0-4,5 mm alt., branca; 2 braços
voltadas para frente; antera 3,5-4,0 x 1,5-2,0 mm, conectada a coluna; polínias 4, brancas.
Fruto cápsula 70-75 x 15-20 mm, verde.
Esta espécie é citada para a Venezuela, Colômbia, Peru (Sprunger, 1991), Guianas
e Brasil (Hoehne, 1945; Sprunger, 1991), e, neste último, do Pará até Minas Gerais
(Hoehne, 1945). Pabst & Dungs (1975) também citaram sua ocorrência para os estados do
Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Pará e Minas Gerais. Na Bahia, Harley & Mayo (1980)
indicaram sua presença em Morro do Chapéu, sendo aqui registrada pela primeira vez para
o município de Mucugê. Cresce sobre matéria orgânica que se acumula sobre rochas do
campo rupestre, formando densas touceiras. Foi encontrada em flor nos meses de fevereiro,
maio, junho e dezembro.
No Parque, Sobralia sessilis é reconhecida por suas folhas plicadas, brácteas
imbricadas e grandes flores purpúreas, porém bastante efêmeras, murchando em
69
aproximadamente 24 horas. Embora não tenha sido encontrada na área do Parque, outra
espécie do gênero, S. liliastrum, é comum não só no município de Mucugê, como na
Chapada Diamantina, em afloramentos rochosos e na restinga. É facilmente distinguível de
S. sessilis por apresentar folhas mais estreitas, inflorescências sem brácteas imbricadas, em
zig-zag e flores brancas com centro do labelo amarelo.
Recente o gênero Laelia sensu lato sofreu mudanças nomenclaturais (van den Berg
& Chase, 2000) baseadas em análises de seqüências de DNA na subtribo Laeliinae, onde as
espécies brasileiras ficaram posicionadas em um clado distinto das mexicanas.
Conseqüentemente, as espécies brasileiras foram, então, transferidas para o gênero
Sophronitis (van den Berg et al., 2000).
21.1. Sophronitis bahiensis (Schltr.) Van den Berg & M.W.Chase, Lindleyana 15(2): 116,
2000.
Laelia bahiensis Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 17: 272, 1921.
Erva rupícola. Rizoma inconspícuo. Pseudobulbos 4-6 x 1,5-2 cm, 1-foliados, eretos,
ovóides, verdes a arroxeados, cobertos por bainhas. Folha 10-11 x 1,5-2,5 cm, séssil, semi-
ereta a ereta, oblonga a lanceolada, verde a arroxeada, coriácea, ápice obtuso, base
truncada. Inflorescência racemo terminal, ereto, espata 40-75 x 10-20 mm, ovada a
oblonga, ápice agudo, base amplexicaule; escapo 42-80 cm comp.; brácteas escapais 5,0-
10 x 5,0-9,0 mm, ovadas a orbiculares, paleáceas, ápice agudo aculeado, base
amplexicaule; raque 10-15 cm comp., 4-8 flores; brácteas florais 3,0-6,0 x 1,0-2,0 mm,
triangulares a ovadas, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Flores ressupinadas;
pedicelo incluindo o ovário 25-40 mm comp. Sépalas 18-20 x 4,0-5,0 mm, patentes,
oblongo-lanceoladas, amarelas a laranja, membranáceas, ápice agudo apiculado reflexo,
base truncada. Pétalas 18-20 x 4,0-6,0 mm, patentes, obtusas, amarelas a laranja,
membranáceas, ápice agudo reflexo, base ligeiramente obtusa. Labelo ereto, 3-lobado,
obovado, amarelo a laranja, membranáceo, base atenuada; disco com 4 pequenas quilhas
centrais, mais ou menos até o meio do labelo; lobos laterais 5,0-6,0 x 3,0-4,0 mm, eretos
envolvendo a coluna, obtusos, ápice obtuso; lobo terminal 7,0-9,0 x 5,0-6,0 mm, obovado,
ápice agudo, ungüiculado, reflexo e ondulado. Coluna 7,0-9,0 x 3,0-4,0 mm, 3,0 mm alt.,
70
22.1. Thelyschista ghillanyi (Pabst) Garay, Bot. Mus. Leafl. 28(4): 377, 1982.
Odontorrhynchus ghillanyi Pabst, Bradea 2: 166, 1977.
Lençóis e Mucugê, e recentemente foi citada para Catolés (Toscano de Brito & Queiroz,
2003). No Parque, T. ghillanyi cresce tanto em área mais fechada de mata, como sobre a
matéria orgânica que se acumula sobre as rochas do campo rupestre. Floresce entre
novembro e fevereiro.
Esta espécie é facilmente reconhecida por suas grandes folhas dispostas em roseta e
por suas flores ressupinadas, verdes e de labelo branco.
73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, B.R. 1993. A taxonomic revision of the genus Scaphyglottis Peoppig & Endl.
(Orchidaceae-Epidendroideae). Degree of Doctor of Fhilosophy. Department of
Plant Biology, Graduate School, Southern Illinois University at Carbondale. 418 p.
BARBOSA RODRIGUES, J. 1877. Genera et species Orchidearum novarum I. C. & H.
Fleiuss. Sebastianópolis, Rio de Janeiro. 191 p.
BARBOSA RODRIGUES, J. 1882. Genera et species Orchidearum novarum II. C. & H.
Fleiuss. Sebastianópolis, Rio de Janeiro. 295 p.
BARROS, F. 1987. Orchidaceae. In: A.M. GIULIETTI; N.L. MENEZES; J.R. PIRANI;
M. MEGURO & M.G.L. WANDERLEY. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais:
caracterização e lista de espécies. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 9: 1-151.
BARROS, F. 1994. Novas combinações, novas ocorrências e notas sobre espécies pouco
conhecidas, para as orquídeas do Brasil. Acta Bot. Brasil. 8(1): 12.
BARROS, F. 2002. Notas Nomenclaturais em Pleurothallidinae (Orchidaceae),
principalmente brasileiras. Bradea 8(43): 293-297
BARROS, F. & F. PINHEIRO (no prelo). Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais:
Orchidaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo.
BATISTA, J.A.N. & L.B. BIANCHETTI. 2002. A review of Habenaria (Orchidaceae) in
Pabst and Dungs’ Orchidaceae Brasilienses. Lindleyana 17(2): 75-84.
BENNETT Jr., D.E. & E.A. CHRISTENSON. 1993. Icones Orchidacearum Peruviarum.
Privately published by A. Pastorelli de Bennett, Lima. 600 p.
BORBA, E.L.; J.M. FELIX; J. SEMIR & V.N. SOLFERINI. 2000. Pleurothallis
fabiobarrosii, a new Brazilian species: morphological and genetic data with notes on
the taxonomy of Brazilian rupicolous Pleurothallis. Lindleyana 15(1): 2-9.
BORBA, E. L. & J. SEMIR. 2001. Pollinator specificity and convergence in fly-pollinated
Pleurothallis (Orchidaceae) species: a multiple population approach. Ann. Bot. 88: 75-
88.
BORBA, E.L.; J. SEMIR & F. BARROS. 1998. Bulbophyllum involutum Borba, Semir &
F.Barros (Orchidaceae), a New Species from the Brasilian “Campos Rupestres”.
Novon 8(3): 225-229.
BORBA, E.L. & J. SEMIR. 1998. Bulbophyllum ×cipoense (Orchidaceae), a new natural
hybrid from the Brazilian "campos rupestres": description and biology. Lindleyana 13:
113-120.
74
BORBA, E.L; G.J. SHEPHERD; C. VAN DEN BERG & J. SEMIR. 2002. Floral and
Vegetative Morphometrics of Five Pleurothallis (Orchidaceae) Species: Correlation
with Taxonomy, Phylogeny, Genetic Variability and Pollination Systems. Ann. Bot.
90: 1-12.
BRAEM, G.J. 1984. Die Bifoliaten Cattleyen Brasiliens. Hildesheim, Brucke-Verlag Kurt
Schmersow, Germany. 94 p.
BRIDSON, G.D.R. & E.R. SMITH (eds.) 1991. Botanico-Periodicum-
Huntianum/Supplementum. Hunt Institute for Botanical Documentation. Carnegie
Mellon University, Pittsburgh. 1068 p.
BRUMMIT, R.K & C.E. POWELL (eds.) 1992. Authors of Plant Names. Royal Botanic
Gardens, London. 732 p.
CAMERON, K.M.; M.W. CHASE; W.M. WHITTEN; P.J. KORES; D.C. JARRELL; V.A.
ALBERT; T. YUKAWA; H.G. HILLS & D.H. GOLDMAN. 1999. A phylogenetic
analysis of the Orchidaceae: evidence from rbcL nucleotide sequences. Amer. J. Bot.
86(2): 208-224.
CAMERON, K.M. & M.W. CHASE. 2000. Nuclear 18S rDNA sequences of Orchidaceae
confirm the subfamilial status and circumscription of Vanilloideae. In: K.L. WILSON
& D.A. MORRISON (eds.) Monocots Systematics and Envolution. CSIRO,
Melbourne, pp. 457-464.
CASTRO, V.P. & M.A. CAMPACCI. 2000. Icones Orchidacearum Brasiliensis I. Edição
do autor, São Paulo.
COGNIAUX, A. 1893-1896. Orchidaceae. In: C.F.P. MARTIUS & A.G. EICHLER (eds.)
Flora Brasiliensis. vol. 3(4). Frid. Fleischer, Lipsiae, 1-672.
COGNIAUX, A. 1898-1902. Orchidaceae. In: C.F.P. MARTIUS & A.G. EICHLER (eds.)
Flora Brasiliensis. vol. 3(5). Frid. Fleischer, Lipsiae, 1-663.
COGNIAUX, A. 1904-1906. Orchidaceae. In: C.F.P. MARTIUS & A.G. EICHLER (eds.)
Flora Brasiliensis. vol. 3(6). Frid. Fleischer, Lipsiae, 1-604.
CONCEIÇÃO, A.A. & A.M. GIULIETTI. 2002. Composição florística e aspectos
estruturais de campo rupestre em dois platôs do Morro do Pai Inácio, Chapada
Diamantina, Bahia, Brasil. Hoehnea 29(1): 37-48, 3 tab., 3 fig.
CRIBB, P. & A.L.V. TOSCANO DE BRITO. 1996. Histórico. In: S. SPRUNGER; P.
CRIBB & A.L.V. TOSCANO DE BRITO (eds.) Iconographie des Orchidées du
Brèsil. vol. 1. Reinhardt, Basle, pp. 42-47.
DRESSLER, L.R. 1993. Phylogeny and classification of the orchid Family. Dioscorides
75
Herbariorum Part I: The Herbaria of the World (Regnum Veg. 120). New York
Botanical Garden, New York. 693 p.
LINDLEY, J. 1830. Pleurothallis prolífera. Bot. Reg. 15: t. 1298.
LINDLEY, J. 1831. Genera and Species of Orchidaceous Plants, Part I. Ridgways,
London. pp. 65.
LINDLEY, J. 1836a. Pleurothallis Gróbyi.Bot. Reg. 21 (n.s. 8) sub t. 1797.
LINDLEY, J. 1836b. Prescóttia colórans. Bot. Reg. 22 sub t. 1916.
LINDLEY, J. 1852. Folia Orchidacea. 2. London.
MORI, S.A; L.A. SILVA; G. LISBOA & L. CORADIN. 1989. Manual de Manejo do
Herbário Fanerogâmico. 2.ed. CEPLAC, Ilhéus - Bahia. 104 p.
PABST, G.F.J. 1955. Um Epidendrum novo da Bahia. Orquídea (Rio de Janeiro) 17(6):
204.
PABST, G.F.J. 1956. Additamenta ad Orchideologiam Brasiliensem - III. Orquídea (Rio
de Janeiro) 18(5): 184-185, t. 1, fig. A.
PABST, G.F.J. 1966. Additamenta ad Orchideologiam Brasiliensem - IX. Orquídea (Rio
de Janeiro) 28(3): 165.
PABST, G.F.J. 1971. Additamenta ad Orchideologiam Brasiliensem -XI. Bradea 1(8): 54-
55, fig. C.
PABST, G.F.J. 1975. Additamenta ad Orchideologiam Brasiliensem - XX. Bradea 2(10):
56, t. 1, fig. H.
PABST, G.F.J. 1977. Additamenta ad Orchideologiam Brasiliensem - XXIV. Bradea
2(24): 166-167, t. 1, fig. C.
PABST, G.F.J. & F. DUNGS. 1975. Orchidaceae Brasilienses. vol. 1. Kurt Schmersow,
Hildesheim, 408 p.
PABST, G.F.J. & F. DUNGS. 1977. Orchidaceae Brasilienses. vol. 2. Kurt Schmersow,
Hildesheim, 418 p.
PRIDGEON A.M. & M.W. CHASE. 2001. A phylogenetic reclassification of
Pleurothallidinae (Orchidaceae). Lindleyana 16(4): 235-271.
PRIDGEON, A.M.; R. SOLANO & M.W. CHASE. 2001. Phylogenetic relationships of
Pleurothallidinae (Orchidaceae): combined evidence from nuclear and plastid DNA
sequences. Amer. J. Bot. 88: 2286-2308.
REICHENBACH, H.G. 1854. Die Wagener’schen Orchideen. Bonplandia 2, 21-22.
REICHENBACH, H.G. 1854. Die Wagener’schen Orchideen. Bonplandia 2, 16.
RIESEBERG, L.H. 1995. The role of hybridization in evolution: old wine in new skins.
77
(eds.) Checklist das Espécies Vasculares do Morro do Pai Inácio (Palmeiras) e Serra
da Chapadinha (Lençóis), Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. UFBA, Salvador, pp.
33, 53-54.
TOSCANO DE BRITO, A.L.V. 1992. Notes on Brazilian Orchidaceae I. Kew Bull. 47 (4):
774.
TOSCANO DE BRITO, A.L.V. & L.P. QUEIROZ. 2003. Orchidaceae. In: D.C. ZAPPI;
E. LUCAS; B.L. STANNARD; E.N. LUGHADHA; J.R. PIRANI; L.P. QUEIROZ;
S. ATKINS; D.J.N. HIND; A.M. GIULIETTI; R.M. HARLEY & A.M.
CARVALHO. Lista das plantas vasculares de Catolés, Chapada Diamantina, Bahia,
Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 21(2): 396-397.
TOSCANO DE BRITO, A.L.V. & S. ROBINS. 1992. Laelia bahiensis. Kew Mag. 9 (3):
116-120.
VAN DEN BERG, C.; W.E. HIGGINS; R.L. DRESSLER; W.M. WHITTEN; M.A. SOTO
ARENAS; A. CULHAM & M.W. CHASE. 2000. A phylogenetic analysis of
Laeliinae (Orchidaceae) based on sequence data from internal transcribed spacers
(ITS) of nuclear ribosomal DNA. Lindleyana 15(2): 96:114
VAN DEN BERG, C. & M.W. CHASE. 2000. Nomenclatural notes on Laeliinae - I.
Lindleyana 15(2): 115-119
WITHNER, C.L. 1988. The Cattleyas and their relatives. The Cattleyas. vol. 1. Timber
Press, Portland. 147 p.
WITHNER, C.L. 1998. The Cattleyas and their relatives. Brassavola, Encyclia and other
genera of México and Central America. vol. 5. Timber Press, Portland. 198 p.
ZAPPI, D.C; E. LUCAS; B.L. STANNARD; E.N. LUGHADHA; J.R. PIRANI; L.P.
QUEIROZ; S. ATKINS; D.J.N. HIND; A.M. GIULIETTI; R.M. HARLEY & A.M.
CARVALHO. 2003. Lista das plantas vasculares de Catolés, Chapada Diamantina,
Bahia, Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 21(2): 345-398.
D
A
C
B
1 mm
2 mm
1 cm
E
1 mm
1 cm
2 mm
Figura I: Acianthera hamosa: A. hábito, B. diagrama floral, C. detalhe do labelo (C.Azevedo &
R.Oliveira 150) e Acianthera ochreata subsp. ochreata: D. hábito, E. diagrama floral, F.
detalhe do labelo (C.Azevedo & J.Oliveira 139).
B
A
C
2 mm
2 mm
2 mm
2 mm
2 mm
Figura II: Anathallis microphyta: A. hábito, B. diagrama floral, C. fruto (C.Azevedo &
R.Oliveira 152) e Anathallis montipelladensis: D. hábito, E. diagrama floral (C.Azevedo
& J.Oliveira 142).
1 cm
5 mm
A
5 mm
D
B
3 mm
5 mm
E F
2 mm
3 mm
G
5 mm 2 mm
I
Figura III: Bulbophyllum ×cipoense: A. diagrama floral, B. coluna e labelo em vista lateral
(C.Azevedo & E.Oliveira 182), Bulbophyllum cribbianum: C. hábito (C.Azevedo &
R.Oliveira 167), D. diagrama floral, E. coluna e labelo em vista lateral (E.L.Borba 2127),
Bulbophyllum involutum: F. diagrama floral, G. coluna e labelo em vista lateral
C.Azevedo & J.Oliveira 149) e Bulbophyllum weddellii: H. diagrama floral, I. coluna e
labelo em vista lateral (C.Azevedo & O.Oliveira 140).
B
H
1 mm
2 mm
1 cm
F G
2 mm
A
2 cm
E
2 mm 2 cm
2 mm
Figura IV: Brassavola tuberculata: A. hábito, B. diagrama floral, C. folha em corte transversal
(C.Azevedo & R.Oliveira 165) e Campylocentrum micranthum: D. hábito, E.
inflorescência em detalhe, F. flor em vista lateral, G. diagrama floral, H. coluna em vista
lateral (C.Azevedo 173).
B
2 cm C
2 cm
E
D
4 cm
1 cm
4 cm
F
1 cm
3 cm
5 mm
C
A
5 mm
D
5 mm
Figura VI: Cyrtopodium edmundoi: A. hábito, B. diagrama floral, C. coluna e labelo em vista
lateral (C.Azevedo & O.A.Oliveira 147) e Cyrtopodium polyphyllum: D. diagrama floral,
E. coluna e labelo em vista lateral (C.Azevedo 157).
A
1 cm
B
1 cm C
2 cm
5 mm
1 cm E D
C
4 cm
5 mm
2 cm
E 4 cm
2 cm
1 cm F
Figura VIII: Encyclia alboxanthina: A. hábito, B. diagrama floral, C. coluna e labelo em vista
lateral (C.Azevedo 159) e Epistephium lucidum: D. hábito, E. diagrama floral, F. coluna
em vista lateral (C.Azevedo 172).
B
5 mm
E
D
2 cm
3 mm
F
1 cm
3 mm
Figura IX: Habenaria fluminensis: A. hábito, B. flor, C. diagrama floral (C.Azevedo 141) e
Maxillaria cerifera: D. hábito, E. diagrama floral, F. coluna e labelo em vista lateral
(C.Azevedo & J.Oliveira 153).
5 mm A
B C
5 mm 2 mm
E
2 mm D
2 mm
F
4 mm
1 mm
G
I
1 mm
1 mm H
J
2 mm
2 mm L
K 2 mm
1 mm M
5 mm
2,5 cm
2,5 cm
D
C
1 mm
1 mm
Figura XI: Oncidium blanchetii: A. hábito, B. diagrama floral (C.Azevedo & J.Oliveira 135) e
Polystachya micrantha: C. hábito, D. diagrama floral, E. coluna e labelo em vista lateral
(C.Azevedo & J.Oliveira 181).
B
A
2 mm
1 mm C
2 cm
D
2 mm
E
2 mm
2 mm
G
2 mm
Figura XII: Prescottia leptostachya: A. hábito, B. flor, C. diagrama floral (C.Azevedo &
R.Oliveira 164), Prescottia montana: D. flor, E. diagrama floral (C.Azevedo & J.Oliveira
192) e Prescottia stachyodes: F. flor, G. diagrama floral (C.Azevedo & J.Oliveira 148).
D
C
5 mm 5 mm
B
4 cm
A
1 cm
Figura XIII: Prosthechea moojenii: A. hábito, B. flor, C. coluna e labelo em vista frontal, D.
coluna e labelo em vista lateral (C.Azevedo & J.Oliveira 163).
B
2 cm
5 mm
3 cm
2 cm
C D
Figura XIV: Scaphyglottis cf. modesta: A. hábito, B. fruto (C.Azevedo & R.Oliveira 160) e
Sobralia sessilis: C. hábito, D. diagrama floral (C.Azevedo & J.Oliveira 180).
B
2 cm
1 cm
A
2 cm
1 cm
Figura XV: Sophronitis bahiensis: A. hábito, B. diagrama floral (C.Azevedo & E.Ribeiro 154)
e Thelyschista ghillanyi: C. hábito, D. diagrama floral (C.Azevedo & J.Oliveira 174).
A B C
D E F
G H I
J K L
D E F
G H I
J K L
D E F G
I J
K L M
M O
Este capítulo é um artigo expandido, formatado para publicação na revista Sitientibus série
Ciências Biológicas.
98
RESUMO
ABSTRACT
In this paper we present a comparative analysis of the Orchidaceae family in seven areas at
the Espinhaço Range at the states of Minas and Bahia, Brazil. The orchid floras were
compared through similarity and clustering based on presence/absence data from species
composition. All areas included a large proportion of exclusive species, and overall
similarity among areas was low. Despite this, three groups were indicated, equivalent
respectively to Serra do Cipó, Grão-Mogol and a cluster with all the areas of the Chapada
Diamantina.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Dados de distribuição
Os dados de distribuição das espécies usadas neste trabalho, foram baseados em
floras publicadas para áreas de campo rupestre da Cadeia do Espinhaço, na Bahia e em
Minas Gerais, e do levantamento da família Orchidaceae para o Parque Municipal de
Mucugê (Capítulo 1). Foram incluídas a Flórula de Mucugê (Harley & Simmons, 1986); a
Flora da Serra do Cipó (Barros, 1987); a Flora do Pico das Almas (Toscano de Brito,
1995); o Checklist das Espécies Vasculares do Morro do Pai Inácio (Palmeiras) e Serra da
Chapadinha (Lençóis) (Toscano de Brito, 1998); a Lista das Plantas Vasculares de Catolés
(Toscano de Brito & Queiroz, 2003) e a Flora da Serra de Grão-Mogol (Barros & Pinheiro,
no prelo) , como pode ser observado no Apêndice II.
A Flórula de Mucugê foi retirada da análise de agrupamento, pois a área do
levantamento da família Orchidaceae no Parque Municipal de Mucugê (Capítulo 1) está
contida na área da Flórula, que não foi um trabalho de amostragem intensa. Desta forma,
apresentou menos espécies de orquídeas que o levantamento do Parque. O universo aqui
comparado se restringe a estas áreas. Não se pretende aqui abordar padrões biogeográficos,
mas comparar a distribuição das Orchidaceae apenas nas áreas citadas a cima.
Considerações taxonômicas
A subtribo Pleurothallidinae foi tratada segundo Pridgeon & Chase (2001), assim
como o gênero Laelia sensu lato, segundo van den Berg & Chase (2000), alterações
baseadas em análise filogenética molecular (Pridgeon, Solano & Chase, 2001; van den
Berg et al., 2000).
As coleções referentes aos levantamentos abordados neste trabalho, depositadas nos
herbários: ALCB, CEPEC, HRB e HUEFS (acrônimos de acordo com Holmgren et al.,
1990), foram examinadas (Apêndice III). O material referente ao levantamento do Parque
Municipal de Mucugê encontra-se citado no Capítulo 1. Alguns ajustes foram necessários
devido ao uso de diferentes delimitações genéricas e específicas em cada levantamento
(Apêndice IV). Sinônimos nomenclaturais foram agrupados, sendo eles: Encyclia
odoratissima a Encyclia patens; Epidendrum crassifolium e Epidendrum elongatum a
Epidendrum secundum; Habenaria vaupellii a Habenaria johannensis e Galeandra
alagoensis a Galeandra montana. Algumas coleções estão referidas pelas seguintes siglas:
Coleção Flora dos Campos Rupestres (Universidade de São Paulo) - CFCR e Projeto
Chapada Diamantina (Universidade Federal da Bahia) - PCD.
Para a análise de agrupamento, os seguintes critérios foram aplicados: espécimes
identificados apenas até gênero foram removidos quando outras espécies do gênero já
constavam na lista, como em Cleistes, Habenaria e Octomeria. Espécies que constavam
como cf. (identificação a conferir) em uma área e perfeitamente identificadas em outra área
foram consideradas conspecíficas (ex. Habenaria graciliscapa, Oncidium hydrophilum,
Pelexia parva, Sarcoglottis schwackei e Veyretia sincorensis). Espécies que estavam
identificadas como cf. ao mesmo tempo em que a espécie em questão, constando no
mesmo levantamento, foram consideradas como espécies separadas (ex. Epistephium
lucidum e Epistephium cf. lucidum; e Rodriguezia obtusifolia e Rodriguezia cf.
obtusifolia).
102
Análises de similaridade
Para comparação entre as áreas foram utilizados dois coeficientes de similaridade,
freqüentemente utilizados na literatura. O primeiro foi o de Jaccard, que é calculado pela
fórmula:
a
J xy =
a +b+c
2a
Dxy =
2a + b + c
Análises de agrupamento
Após calcular a similaridade, foi feita uma análise de agrupamento das sete áreas da
Bahia e Minas Gerais, utilizando o algorítmo UPGMA (Unweighted Pair-Group Method
using Arithmetic Averages) para agrupamento (Sneath & Sokal, 1973), que é o de uso mais
comum na literatura. Este método procede de forma hierárquica, agrupando o par de OTUs
mais similares, e em seguida calculando uma nova matriz de similaridades com a média
das similaridades das OTUs do grupo formado a todas as outras OTUs, e assim por diante.
As análises de agrupamento foram realizadas no software PAST (Paleontological
Statistics) Versão 0.79 (Hammer & Harper, 2002).
103
RESULTADOS
Ao comparar a composição florística das oito áreas, foi possível notar que a Serra
do Cipó apresentou o maior número de espécies, seguida de Catolés, Pico das Almas,
Parque Municipal de Mucugê, Grão-Mogol, Serra da Chapadinha, a região de
Andaraí/Mucugê e Morro do Pai Inácio, como pode ser visto na Tabela I. Os gêneros de
maior riqueza foram Habenaria, Epidendrum, Oncidium, Bulbophyllum e Cleistes.
O Parque Municipal de Mucugê está compreendido na área da Flórula de Mucugê,
que envolveu partes dos municípios de Andaraí e Mucugê, abrangendo uma área de 896
km2 (Harley & Simmons, 1986). Este levantamento revelou a presença de 26 espécies da
família Orchidaceae, em 13 gêneros. As duas floras só apresentaram 10 espécies em
comum, enquanto 16 espécies foram encontradas apenas na Flórula e não no Parque. Este
número de espécies exclusivas da Flórula era esperado, pois a área em questão era
consideravelmente maior que a área do Parque, porém o fato do Parque apresentar 26
espécies exclusivas, que não foram encontradas na Flórula, é bastante significativo. Este
caso representa um exemplo de que a metodologia e o esforço amostral podem influenciar
nos resultados. As Orchidaceae do Parque Municipal de Mucugê foram acompanhadas
durante todos os meses do ano, sendo que todos os esforços estavam voltados para esta
família.
Catolés.
O Grupo 1 apresentou 51 espécies exclusivas a esta área, não tendo sido
encontradas nas outras áreas comparadas, enquanto o Grupo 2 apresentou 20 espécies
restritas. O Subgrupo 1 apresenta 20 espécies restritas, das quais oito são exclusivas de
Mucugê, três da Chapadinha e duas do Pai Inácio. Epidendrum orchidiflorum, Octomeria
alexandrii são comuns às três áreas. O Parque Municipal de Mucugê se agrupou primeiro à
Serra da Chapadinha (Lençóis). Estas duas áreas apresentam três espécies exclusivas em
comum, que são Cyrtopodium polyphyllum, Maxillaria cerifera e Sobralia sessilis,
enquanto Campylocentrum linearifolium e Sarcoglottis curvisepala são exclusivas das
áreas da Chapadinha e Pai Inácio. O Subgrupo 2 apresenta 51 espécies restritas, das quais
31 são exclusivas de Catolés, e 15 do Pico das Almas. Cleistes pluriflora, Epidendrum
ochrochlorum, Habenaria johannensis, Habenaria pseudohamata e Oncidium warmingii
são comuns às duas áreas.
106
P. Mun. Mucugê
Grão-Mogol
Chapadinha
Pai Inácio
Catolés
1
0,9
Similaridade (Jaccard)
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
Grão-Mogol
Chapadinha
Pai Inácio
Catolés
1
0,9
0,8
0,7
Similaridade (Dice)
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
Figura II. Dendrograma mostrando a similaridade entre áreas de campo rupestre da Bahia e
Minas Gerais, utilizando coeficiente de Dice com UPGMA.
107
DISCUSSÃO
outro lado, a Chapadinha e o Parque são áreas de fisionomia bastante similares, próximas
de cursos d’água e com matas de grotão, enquanto o Pai Inácio é um morro tabular isolado,
de maior altitude e com predominância de afloramentos rochosos. Entretanto, os valores de
similaridade entre as áreas do Subgrupo 1 são próximos. Por este motivo, temos que levar
em consideração a hipótese de que Chapadinha-Parque Municipal de Mucugê tenham sido
agrupados primeiro devido a questões de amostragem. Baixos índices de similaridade entre
áreas de cerrado foram obtidos por Simon & Proença (2000) em análise biogeográfica para
o gênero Mimosa, bem como em áreas de campo rupestre da Chapada Diamantina obtidos
por Souza (2001), em análise baseada na distribuição de espécies do gênero Calliandra.
O fato dos valores de similaridade terem sido baixos pode expressar a grande
diversidade florística dos campos rupestres, justificado pelo número muito baixo de
espécies compartilhadas, sendo que a grande maioria é exclusiva de uma única área. Por
outro lado, esse grande número de espécies restritas pode estar relacionado a uma
subamostragem das áreas, o que pode gerar uma falsa impressão da situação, o que é
claramente verificado para a Flórula de Mucugê e o Parque Municipal de Mucugê. Outro
ponto discutido por Rapini et al. (2002) foi o período em que essas coletas vêm sendo
realizadas. Muitos grupos de plantas na Cadeia do Espinhaço apresentam um período
limitado de floração e frutificação, como em Asclepiadoideae, sendo que o mesmo foi
observado, neste trabalho, para a família Orchidaceae. Na ausência de coletas extensivas, a
fenologia pode influenciar nos resultados de levantamentos florísticos em áreas onde o
acompanhamento é realizado apenas algumas vezes durante o ano (Rapini et al., 2002).
Outro fato que pode interferir é a ausência de especialistas em certas famílias no campo,
como foi sugerido por Harley (1995) e Zappi et al. (2003), justificando o baixo número de
determinadas famílias, como Gramineae e Xyridaceae, quando comparado a outras áreas
de campo rupestre. Fatos que podem ter influenciado nos resultados obtidos para a Flórula
de Mucugê, comparada com os do Parque Municipal de Mucugê.
109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, F. 1987. Orchidaceae. In: A.M. GIULIETTI; N.L. MENEZES; J.R. PIRANI;
M. MEGURO & M.G.L. WANDERLEY. 1987. Flora da Serra do Cipó, Minas
Gerais: caracterização e lista de espécies. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 9: 1-151.
BARROS, F. & F. PINHEIRO (no prelo). Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais:
Orchidaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo.
DRESSLER, L.R. 1993. Phylogeny and classification of the orchid Family. Dioscorides
Press, Portland, 314 p.
DUNSTERVILLE, G.C.K. & L.A. GARAY. 1961. Venezuelan Orchids Illustrated. vol. 2.
Andre Deutsch Limited, London, pp. 148.
GIULIETTI, A.M & J.R. PIRANI. 1988. Patterns of geographic distribution of some plant
species from the Espinhaço Range, Minas Gerais and Bahia, Brazil. In: P.E.
VAZZOLINI & W.R. HEYER (eds.) Proceedings of a workshop on neotropical
distributions patterns. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, pp. 39-68.
GIULIETTI, A.M.; N.L. MENEZES; J.R. PIRANI; M. MEGURO & M.G.L.
WANDERLEY. 1987. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: caracterização e lista de
espécies. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 9: 1-151.
GIULIETTI, A.M.; L.P. QUEIROZ & R.M. HARLEY. 1996. Vegetação e Flora da
Chapada Diamantina, Bahia. In: REUNIÃO ESPECIAL DA SBPC, n. 4, 1996, Feira
de Santana. Anais... Feira de Santana, pp. 144-156.
GUEDES, M.L.S. & M.D. ORGE (eds.) 1998. Checklist das Espécies Vasculares do
Morro do Pai Inácio (Palmeiras) e Serra da Chapadinha (Lençóis), Chapada
Diamantina, Bahia, Brasil. UFBA, Salvador, 68 p.
HAMMER, O. & D.A.T. HARPER. 2002. PAST - Paleontological Statistics, Versão 0.79.
Versão eletrônica (http://folk.uio.no/ohammer/past, acesso em 12/12/2003).
HARLEY, R.M. 1988. Evolution and distribution of Eriope (Labiatae) and its relatives in
Brazil. In: P.E. VAZZOLINI & W.R. HEYER (eds.) Proceedings of a workshop on
neotropical distributions patterns. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro,
pp. 71-120.
HARLEY, R.M. 1995. Introdução. In: B.L. STANNARD (ed.) Flora of the Pico das
Almas: Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Royal Botanic Gardens, London, pp. 43-
76.
110
HARLEY, R.M. & N.A. SIMMONS. 1986. Florula of Mucugê: Chapada Diamantina -
Bahia, Brazil. Royal Botanic Gardens, London, 228 p.
HOLMGREN, P.K.; N.H. HOLMGREN & L.C. BARNETT (eds.) 1990. Index
Herbariorum Part I: The Herbaria of the World (Regnum Veg. 120). New York
Botanical Garden, New York, 693 p.
PABST, G.F.J. & F. DUNGS. 1975. Orchidaceae Brasilienses. vol. 1. Kurt Schmersow,
Hildesheim, 408 p.
PIRANI, J.R.; R. MELLO-SILVA & A.M. GIULIETTI. 2003. Flora de Grão-Mogol,
Minas Gerais, Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 21(1): 1-24.
PRIDGEON A.M. & M.W. CHASE. 2001. A phylogenetic reclassification of
Pleurothallidinae (Orchidaceae). Lindleyana 16(4): 235-271.
PRIDGEON, A.M.; R. SOLANO & M.W. CHASE. 2001. Phylogenetic relationships of
Pleurothallidinae (Orchidaceae): combined evidence from nuclear and plastid DNA
sequences. Amer. J. Bot. 88: 2286-2308.
RAPINI, A.; R. MELLO-SILVA & M.L. KAWASAKI. 2002. Richness and endemism in
Asclepiadoideae (Apocynaceae) from the Espinhaço Range of Minas Gerais, Brazil –
a conservationist view. Biodiversity and Conservation 11: 1733-1746.
SIMON, M.F. & C. PROENÇA. 2000. Phytogeographic patterns of Mimosa
(Mimosoideae, Leguminosae) in the Cerrado biome of Brazil: an indicator genus of
high-altitude centers of endemism? Biol. Conservation 96: 279-296.
SNEATH, P.H.A. & R.R. SOKAL. 1973. Numerical Taxonomy. W. H. Freeman, San
Francisco.
SOUZA, E.R. 2003. Aspectos Taxonômicos e Biogeográficos do Gênero Calliandra Benth.
(Leguminosae – Mimosoideae) na Capada Diamantina, Bahia, Brasil. Dissertação
(Mestrado em Botânica) - Programa de Pós-graduação em Botânica, Universidade
Estadual de Feira de Santana. 187 p.
SPRUNGER, S.; P. CRIBB & A.L.V. TOSCANO DE BRITO (eds.) 1996. Iconographie
des Orchidées du Brèsil. vol. 1. Reinhardt, Basle. 540 p. il.
STANNARD, B.L. (ed.) 1995. Flora of the Pico das Almas: Chapada Diamantina, Bahia,
Brazil. Royal Botanic Gardens, London, 853 p.
TOSCANO DE BRITO, A.L.V. 1995. Orchidaceae. In: B.L. STANNARD (ed.) Flora of
the Pico das Almas: Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Royal Botanic Gardens,
London, pp.725-767.
TOSCANO DE BRITO, A.L.V. 1998. Orchidaceae. In: M.L.S. GUEDES & M.D. ORGE
111
(eds.) Checklist das Espécies Vasculares do Morro do Pai Inácio (Palmeiras) e Serra
da Chapadinha (Lençóis), Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. UFBA, Salvador, pp.
33, 53-54.
TOSCANO DE BRITO, A.L.V. & L.P. QUEIROZ. 2003. Orchidaceae. In: D.C. ZAPPI;
E. LUCAS; B.L. STANNARD; E.N. LUGHADHA; J.R. PIRANI; L.P. QUEIROZ;
S. ATKINS; D.J.N. HIND; A.M. GIULIETTI; R.M. HARLEY & A.M.
CARVALHO. Lista das plantas vasculares de Catolés, Chapada Diamantina, Bahia,
Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 21(2): 396-397.
VAN DEN BERG, C.; W.E. HIGGINS; R.L. DRESSLER; W.M. WHITTEN; M.A. SOTO
ARENAS; A. CULHAM & M.W. CHASE. 2000. A phylogenetic analysis of
Laeliinae (Orchidaceae) based on sequence data from internal transcribed spacers
(ITS) of nuclear ribosomal DNA. Lindleyana 15(2): 96:114
VAN DEN BERG, C. & M.W. CHASE. 2000. Nomenclatural notes on Laeliinae - I.
Lindleyana 15(2): 115-119.
ZAPPI, D.C; E. LUCAS; B.L STANNARD; E.N. LUGHADHA; J.R. PIRANI; L.P.
QUEIROZ; S. ATKINS; D.J.N. HIND; A.M. GIULIETTI; R.M. HARLEY & A.M.
CARVALHO. 2003. Lista das plantas vasculares de Catolés, Chapada Diamantina,
Bahia, Brasil. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 21(2): 345-398.
112
RESUMO
A new combination in the genus Anathallis (Orchidaceae), and a new record for Bahia
State, Brazil.
Summary. The new combination Anathallis microphyta (Barb.Rodr.) C.O.Azevedo & Van
den Berg is proposed herein. This taxon is also lectotypified and recorded for the first time
Anathallis microphyta (Barb.Rodr.) C.O.Azevedo & Van den Berg, comb. nov.
Basionym: Lepanthes microphyta Barb.Rodr., Gen. spec. Orchid. 2:67, 1882. Type: Brazil,
Serra do Mar, près de la gare du chemin de fer nomée Rodeio. Barbosa Rodrigues s.n.
(now lost). Lectotype, here chosen; Barbosa Rodrigues’ original drawing (plate 557)
in the library of the Jardim Botânico do Rio de Janeiro [reproduction printed in
“Iconographie des Orchidées du Brésil”, Sprunger, S.; Cribb, P. & Toscano de Brito,
A.L.V. (1996). 6: t.298B]
Pleurothallis microphyta (Barb.Rodr.) Cogn., Fl. bras. 3(4): 484, 1895.
REFERENCES
Barbosa Rodrigues, J. 1882. Genera et species Orchidearum novarum II. Rio de Janeiro:
C. & H. Fleiuss. Sebastianópolis. 294 p.
Pridgeon A. M. & Chase, M. W. (2001). A phylogenetic reclassification of
Pleurothallidinae (Orchidaceae). Lindleyana 16(4): 235-271.
Pridgeon, A. M., Solano, R. & Chase, M. W. (2001). Phylogenetic relationships of
Pleurothallidinae (Orchidaceae): combined evidence from nuclear and plastid DNA
sequences. Amer. J. Bot. 88: 2286-2308.
Sprunger, S., Cribb, P. J. & Toscano de Brito, A. L. V. (1996). Iconographie des Orchidées
du Brèsil. vol. 1. Reinhardt, Basle. 540 p. il.
116
CONCLUSÃO GERAL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, B.R. 1993. A taxonomic revision of the genus Scaphyglottis Peoppig & Endl.
(Orchidaceae-Epidendroideae). Degree of Doctor of Fhilosophy. Department of
Plant Biology, Graduate School, Southern Illinois University at Carbondale. 418 p.
ATWOOD, J. 1986. The size of the Orchidaceae and the systematic distribution of
epiphytic orchids. Selbyana 9: 171-186
BARBOSA RODRIGUES, J. 1877. Genera et species Orchidearum novarum I. C. & H.
Fleiuss. Sebastianópolis, Rio de Janeiro. 191 p.
BARBOSA RODRIGUES, J. 1882. Genera et species Orchidearum novarum II. C. & H.
Fleiuss. Sebastianópolis, Rio de Janeiro. 295 p.
BARROS, F. 1987. Orchidaceae. In: A.M. GIULIETTI; N.L. MENEZES; J.R. PIRANI;
M. MEGURO & M.G.L. WANDERLEY. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais:
caracterização e lista de espécies. Bol. Bot. Univ. São Paulo. 9: 1-151.
BARROS, F. 1994. Novas combinações, novas ocorrências e notas sobre espécies pouco
conhecidas, para as orquídeas do Brasil. Acta Bot. Brasil. 8(1): 12.
BARROS, F. 2002. Notas Nomenclaturais em Pleurothallidinae (Orchidaceae),
principalmente brasileiras. Bradea 8(43): 293-297
BARROS, F. & F. PINHEIRO (no prelo). Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais:
Orchidaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo.
BATISTA, J.A.N. & L.B. BIANCHETTI. 2002. A review of Habenaria (Orchidaceae) in
Pabst and Dungs’ Orchidaceae Brasilienses. Lindleyana 17(2): 75-84.
BENNETT Jr., D.E. & E.A. CHRISTENSON. 1993. Icones Orchidacearum Peruviarum.
Privately published by A. Pastorelli de Bennett, Lima. 600 p.
BORBA, E.L.; J.M. FELIX; J. SEMIR & V.N. SOLFERINI. 2000. Pleurothallis
fabiobarrosii, a new Brazilian species: morphological and genetic data with notes on
the taxonomy of Brazilian rupicolous Pleurothallis. Lindleyana 15(1): 2-9.
BORBA, E. L. & J. SEMIR. 2001. Pollinator specificity and convergence in fly-pollinated
Pleurothallis (Orchidaceae) species: a multiple population approach. Ann. Bot. 88: 75-
88.
BORBA, E.L.; J. SEMIR & F. BARROS. 1998. Bulbophyllum involutum Borba, Semir &
F.Barros (Orchidaceae), a New Species from the Brasilian “Campos Rupestres”.
Novon 8(3): 225-229.
BORBA, E.L. & J. SEMIR. 1998. Bulbophyllum ×cipoense (Orchidaceae), a new natural
118
hybrid from the Brazilian "campos rupestres": description and biology. Lindleyana 13:
113-120.
BORBA, E.L; G.J. SHEPHERD; C. VAN DEN BERG & J. SEMIR. 2002. Floral and
Vegetative Morphometrics of Five Pleurothallis (Orchidaceae) Species: Correlation
with Taxonomy, Phylogeny, Genetic Variability and Pollination Systems. Ann. Bot.
90: 1-12.
BRAEM, G.J. 1984. Die Bifoliaten Cattleyen Brasiliens. Hildesheim, Brucke-Verlag Kurt
Schmersow, Germany. 94 p.
BRIDSON, G.D.R. & E.R. SMITH (eds.) 1991. Botanico-Periodicum-
Huntianum/Supplementum. Hunt Institute for Botanical Documentation. Carnegie
Mellon University, Pittsburgh. 1068 p.
BRUMMIT, R.K & C.E. POWELL (eds.) 1992. Authors of Plant Names. Royal Botanic
Gardens, London. 732 p.
CAMERON, K.M.; M.W. CHASE; W.M. WHITTEN; P.J. KORES; D.C. JARRELL; V.A.
ALBERT; T. YUKAWA; H.G. HILLS & D.H. GOLDMAN. 1999. A phylogenetic
analysis of the Orchidaceae: evidence from rbcL nucleotide sequences. Amer. J. Bot.
86(2): 208-224.
CAMERON, K.M. & M.W. CHASE. 2000. Nuclear 18S rDNA sequences of Orchidaceae
confirm the subfamilial status and circumscription of Vanilloideae. In: K.L. WILSON
& D.A. MORRISON (eds.) Monocots Systematics and Envolution. CSIRO,
Melbourne, pp. 457-464.
CASTRO, V.P. & M.A. CAMPACCI. 2000. Icones Orchidacearum Brasiliensis I. Edição
do autor, São Paulo.
COGNIAUX, A. 1893-1896. Orchidaceae. In: C.F.P. MARTIUS & A.G. EICHLER (eds.)
Flora Brasiliensis. vol. 3(4). Frid. Fleischer, Lipsiae, 1-672.
COGNIAUX, A. 1898-1902. Orchidaceae. In: C.F.P. MARTIUS & A.G. EICHLER (eds.)
Flora Brasiliensis. vol. 3(5). Frid. Fleischer, Lipsiae, 1-663.
COGNIAUX, A. 1904-1906. Orchidaceae. In: C.F.P. MARTIUS & A.G. EICHLER (eds.)
Flora Brasiliensis. vol. 3(6). Frid. Fleischer, Lipsiae, 1-604.
CONCEIÇÃO, A.A. & A.M. GIULIETTI. 2002. Composição florística e aspectos
estruturais de campo rupestre em dois platôs do Morro do Pai Inácio, Chapada
Diamantina, Bahia, Brasil. Hoehnea 29(1): 37-48, 3 tab., 3 fig.
CRIBB, P. & A.L.V. TOSCANO DE BRITO. 1996. Histórico. In: S. SPRUNGER; P.
CRIBB & A.L.V. TOSCANO DE BRITO (eds.) Iconographie des Orchidées du
119
Brazil. In: P.E. VAZZOLINI & W.R. HEYER (eds.) Proceedings of a workshop on
neotropical distributions patterns. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro,
pp. 71-120.
HARLEY, R.M. 1995. Introdução. In: B.L. STANNARD (ed.) Flora of the Pico das
Almas: Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Royal Botanic Gardens, London, pp. 43-
76.
HARLEY, R.M. & S.J. MAYO. 1980. Towards a Checklist of the Flora of Bahia. Royal
Botanic Gardens, London, 245 p.
HARLEY, R.M. & N.A. SIMMONS. 1986. Florula of Mucugê: Chapada Diamantina -
Bahia, Brazil. Royal Botanic Gardens, London, 228 p.
HOEHNE, F.C. 1939. Orchidaceae. Arq. Bot. Estado São Paulo n.s. 1: 41, tab. 46.
HOEHNE, F.C. 1940. Orchidaceae. In: F.C. HOEHNE (ed.) Flora Brasilica. vol. 12(1).
Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, São Paulo, pp. 1-254.
HOEHNE, F.C. 1942. Orchidaceae. In: F.C. HOEHNE (ed.) Flora Brasilica. vol. 12(6).
Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, São Paulo, pp. 1-128.
HOEHNE, F.C. 1945. Orchidaceae. In: F.C. HOEHNE (ed.) Flora Brasilica. vol. 12(2).
Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, São Paulo, pp 1-389.
HOEHNE, F.C. 1953. Orchidaceae. In: F.C. HOEHNE (ed.) Flora Brasilica. vol. 12(7).
Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, São Paulo, pp. 1-397.
HOLMGREN, P.K.; N.H. HOLMGREN & L.C. BARNETT (eds.) 1990. Index
Herbariorum Part I: The Herbaria of the World (Regnum Veg. 120). New York
Botanical Garden, New York. 693 p.
IPAC - BA. 1980. Inventário de Proteção do Acervo Cultural: Monumentos e Sítios da
Serra Geral e Chapada Diamantina. vol. 4. Secretaria da Indústria e Comércio,
Salvador.
LINDLEY, J. 1830. Pleurothallis prolífera. Bot. Reg. 15: t. 1298.
LINDLEY, J. 1831. Genera and Species of Orchidaceous Plants, Part I. Ridgways,
London. pp. 65.
LINDLEY, J. 1836a. Pleurothallis Gróbyi.Bot. Reg. 21 (n.s. 8) sub t. 1797.
LINDLEY, J. 1836b. Prescóttia colórans. Bot. Reg. 22 sub t. 1916.
LINDLEY, J. 1852. Folia Orchidacea. 2. London.
MORAES, W. 1991. Jagunços e Heróis. 4.ed. Empresa Gráfica da Bahia/IPAC, Salvador,
217 p.
MORI, S.A; L.A. SILVA; G. LISBOA & L. CORADIN. 1989. Manual de Manejo do
121
Apêndice I - Índice dos espécimes examinados: coletor, seguido pelo número de coleta e
pela numeração do táxon.
18690 (06.1), 18712 (01.2), 18765 (07.1), 18767 (09.1), 18773 (11.1), 20984 (07.1), 20986
(07.1), 21024 (06.1).
R.P.Oliveira et al. 37 (10.3).
R.P. Orlandi et al. 792 (10.3).
S.A.Mori & F.P.Benton 13172 (22.1).
W.N.Fonseca & A.P.Araújo 451 (06.1).
UMS 67 (22.1), 070 (09.1), 114 (11.1), 123 (06.1), 124 (01.2), 159 (10.2), 187 (22.1), 210
(06.1), 262 (10.3), 284 (09.1), 342 (08.1), 343 (02.2), 344 (16.1), 345 (01.2), 346 (10.2),
347 (10.3), 348 (09.1).
126
Espécies PMM PA CH PI CA GM CI
Acianthera adamantinensis x
Acianthera fabiobarrosii x
Acianthera hamosa x x x x x
Acianthera ochreata subsp. x x x x x x
ochreata
Acianthera prolifera (aff.) x
Acianthera rupestris x
Acianthera saudersiana x x
Amblostoma armeniacum x
Anathallis imbricata (aff.) x
Anathallis microphyta x
Anathallis montipelladensis x x
Anathallis rubens x x x x
Anathallis sclerophylla x
Barbosella crassifolia x
Bifrenaria aureofulva x x
Bifrenaria magnicalcarata x x x
Bletia catenulata x
Brachystele ulaei x
Brassavola tuberculata x x
Bulbophyllum cribbianum x x
Bulbophyllum filifolium x
Bulbophyllum involutum x x x
Bulbophyllum ipanemensis x x
Bulbophyllum mentosum x
Bulbophyllum micropetaliforme x
Bulbophyllum napelli x
Bulbophyllum plumosum x
Bulbophyllum warmingianum x
Bulbophyllum weddellii x x x
Campylocentrum aciculatum x
Campylocentrum linearifolium x x
Campylocentrum micranthum x
Capanemia gehrtii x
Cattleya elongata x x x x x
Cattleya tenuis x
Cattleya walkeriana x
Centroglossa macroceras x
Cleistes aphylla x
Cleistes bella x
Cleistes castanoides x
Cleistes exilis x x x x
Cleistes gracilis x
Cleistes itatiaiae x
Cleistes paranaensis x x
Cleistes paranaensis var. bradeana x
Cleistes pluriflora x x
Constantia cipoensis x
Constantia microscopica x
Cyclopogon congestus x
Cyclopogon elegans (aff.) x
127
Cyrtopodium blanchetii x
Cyrtopodium edmundoi x x x x x x
Cyrtopodium eugenii x x
Cyrtopodium pallidum x x
Cyrtopodium parviflorum x x x x
Cyrtopodium polyphyllum x x
Cyrtopodium punctatum x
Cyrtopodium vernum x
Dichaea sp. x
Encyclia alboxanthina x x x
Encyclia duveenii x
Encyclia oncidioides x
Encyclia patens x
Epidendrum campestre x
Epidendrum chlorinum x
Epidendrum cristatum x x
Epidendrum dendrobioides x x x
Epidendrum martianum x
Epidendrum ochrochlorum x x
Epidendrum orchidiflorum x x x
Epidendrum paranaense x
Epidendrum saxatile x x x
Epidendrum secundum x x x x x x x
Epidendrum setiferum x x
Epidendrum warasii x x x x x
Epistephium lucidum x x x x x x
Epistephium lucidum (cf.) x
Epistephium sclerophyllum x
Galeandra montana x x
Galeandra stylomisantha x
Grobya amherstiae x
Habenaria ayangannensis (aff.) x
Habenaria bractescens x
Habenaria caldensis x x x
Habenaria cultellifolia x
Habenaria elegantula x
Habenaria fluminensis x
Habenaria graciliscapa x x x
Habenaria guilleminii x
Habenaria hamata x x
Habenaria humilis x
Habenaria inconspicua x
Habenaria johannensis x x
Habenaria lasioglossa x
Habenaria lanata x
Habenaria leucosantha x
Habenaria meeana x x
Habenaria mello-barretoi x
Habenaria mystacina x
Habenaria nasuta x
Habenaria nuda x
Habenaria petalodes x
Habenaria pratensis x
Habenaria pseudohamata x x
Habenaria repens var. gracilis x
Habenaria rostrata x
Habenaria subviridis x
Habenaria trichoceras (cf.) x
Habenaria warmingii x
Koellensteinia tricolor x
128
Liparis nervosa x
Liparis vexillifera x
Malaxis cipoensis x
Malaxis sertulifera x
Masdevallia infracta x
Maxillaria barbosae x
Maxillaria cerifera x x
Maxillaria gracilis x
Maxillaria madida x
Maxillaria cochroleuca x
Mesadenus glaziovii x
Mesadenus rhombiglossus x
Octomeria alexandrii x x x
Octomeria flabellifera x
Octomeria hatschbachii (cf.) x
Octomeria lithophila (aff.) x
Octomeria stellaris x
Oncidium barbaceniae x
Oncidium batemanianum x
Oncidium blanchetii x x x x x
Oncidium crispum x
Oncidium flexuosum x
Oncidium gravesianum x
Oncidium hydrophylum x x
Oncidium praetextum (cf.) x
Oncidium spilopterum x
Oncidium varicosum x
Oncidium warmingii x x
Paradisanthus micranthus x
Pelexia cuculligera x
Pelexia minarum x
Pelexia orobanchoides x
Pelexia orthosepala x
Pelexia parva x x
Platythelys paranaensis x
Polystachya concreta x x
Polystachya micrantha x
Prescottia leptostachya x x x x
Prescottia montana x x x
Prescottia oligantha x
Prescottia phleoides x
Prescottia stachyodes x x
Promenaea xanthina (aff.) x
Prosthechea caetensis x
Prosthechea calamaria x
Prosthechea glumacea x
Prosthechea moojenii x
Prosthechea suzanensis x
Prosthechea vespa x
Pseudolaelia cipoensis x
Rodriguesia obtusifolia x
Rodriguesia obtusifolia (cf.) x
Rodrigueziella gomezoides x
Sacoila lanceolata x x
Sacoila sincorensis x
Sarcoglottis curvisepala x x
Sarcoglottis homologastra x
Sarcoglottis neuroptera x
Sarcoglottis schwackei x x
Scaphyglottis modesta x
129
Acianthera hamosa - Lençóis, Morro da Chapadinha, 23.nov.1994, PCD 1265 (ALCB, CEPEC,
HRB, HUEFS). Palmeiras, Pai Inácio, 30.dez.1994, PCD 1523 (ALCB); Pai Inácio, 26.out.1994,
PCD 1026 (ALCB, CEPEC, HRB)
Acianthera ochreata - Lençóis, Serra da Chapadinha, 30.jun.1995, PCD 2045 (ALCB, CEPEC);
Serra da Chapadinha, 24.nov.1994, PCD 1377 (ALCB, CEPEC, HRB); Serra da Chapadinha,
05.jul.1994, PCD 43 (ALCB, CEPEC, HUEFS). Mucugê, about 3 km N of Mucugê on the road to
Andaraí, 15.fev.1977, R.M.Harley et al. 18712 (CEPEC, NY). Palmeiras, Pai Inácio, 24.abr.1995,
PCD 1750 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS). Rio de Contas, c. 25 km WNW of the town of Rio de
Contas, 22.jan.1974, R.M.Harley et al. 15414 (CEPEC, NY); near Junco, by track to Pico das
Almas, c. 15 km WNW of the town of Rio de Contas, 24.jan.1974, R.M.Harley et al. 15636
(CEPEC, NY); vale acima da Faz. Silvina, 22.dez.1988, R.M.Harley et al. 27349 (CEPEC).
Anathallis montipelladensis - Água Quente, trilho do povoado da Sta. Rosa, 23 km ao O da cidade,
01.dez.1988, R.M.Harley et al. 27050 (CEPEC, K); entre Paramirim das Crioulas e a face NNW do
Pico, 16.dez.1988, R.M.Harley et al. 27522 (CEPEC, K, NY). Rio de Contas, campo do Queiroz,
25.dez.1988, R.M.Harley et al. 27369 (CEPEC, K); 26.nov.1988, R.M.Harley et al. 26293
(CEPEC, K); campo do Queiroz, 11.nov.1988, R.M.Harley et al. 26372 (CEPEC, K)
Anathallis rubens - Palmeiras, Pai Inácio, 24.abr.1995, PCD 1775 (CEPEC). Rio de Contas, vale
ao sudeste do Campo do Queiroz, 09.dez.1988, R.M.Harley et al. 27088 (CEPEC); Pico do Campo
do Queiroz, 16.nov.1988, R.M.Harley et al. 26168 (CEPEC, NY); Pico das Almas, 24.nov.1988,
R.M.Harley et al. 26267 (CEPEC).
Anathallis sclerophylla - Palmeiras, Pai Inácio, 24.abr.1995, PCD 1775 (ALCB, HRB, HUEFS).
Barbosella crassifolia - Rio de Contas, Trilho Faz. Silvina - Campo do Queiroz, 12.dez.1988,
R.M.Harley et al. 27219 (CEPEC).
Bifrenaria magnicalcarata - Rio de Contas, Campo do Queiroz, 12.nov.1988, R.M.Harley et al.
26104 (CEPEC).
Cattleya elongata - Bahia: 10 km S. of Andaraí, on the road to Mucugê, 16.fev.1977, R.M.Harley
et al. 18767 (ALCB, CEPEC, HUEFS); Serra do Sincorá, 6,5 km SW of Mucugê on the Cascavel
road, 27.mar.1980, R.M.Harley et al. 21024 (CEPEC); South of Andaraí, along road to Mucugê
near small town of Xique-Xique, 14.fev.1977, R.M.Harley et al. 18690 (CEPEC). Lençóis, Serra da
Chapadinha, 21.fev.1995, PCD 1661 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS). Mucugê, by rio Cumbuca c.
3 km S of Mucugê, near site of small dam on road to Cascavel, 04.fev.1974, R.M.Harley et al
15962 (CEPEC). Palmeiras, Pai Inácio, 24.abr.1995, PCD 1741 (CEPEC).
Cleistes sp1 - Palmeiras, Pai Inácio, 27.jun.1995, PCD 1927 (HUEFS).
131
25805 (CEPEC); near Junco, c. 20 km WNW of the town of Rio de Contas, 22.jan.1974,
R.M.Harley et al. 15396 (CEPEC, NY).
Habenaria bractescens - Rio de Contas, between 2,5 and 5 km S of the vila of Rio de Contas on
side road to W of the road to Livramento, 28.mar.1977, R.M.Harley et al. 20099 (CEPEC, NY).
Habenaria graciliscapa - Rio de Contas, c. 25 km WNW of the vila of Rio de Contas, 17.fev.1977,
R.M.Harley et al. 19532 (CEPEC); Junco 9-11 km ao NO da cidade, 06.nov.1988, R.M.Harley et
al. 25928 (CEPEC, K).
Habenaria hamata - Palmeiras, Pai Inácio, 30.ago.1994, PCD 601 (ALCB, CEPEC, HRB).
Habenaria humilis - Serra do Sincorá, c. 15 km NW of Mucugê on road to Guiné e Palmeiras,
26.mar.1980, R.M.Harley et al. 21013 (CEPEC).
Habenaria johannensis - 2-3 km SW of Mucugê on road to Cascavel, 17.fev.1977, R.M.Harley et
al. 18787 (CEPEC); 9 km SW of Mucugê on road to Cascavel, 06.fev.1974, R.M.Harley et al.
16086 (CEPEC). Rio de Contas, c. 25 km WNW of the vila of Rio de Contas, 17.fev.1977,
R.M.Harley et al. 19597 (CEPEC).
Habenaria lasioglossa - Rio de Contas, c. 25 km WNW of the vila of Rio de Contas, 20.mar.1977,
R.M.Harley et al. 19760 (CEPEC).
Habenaria meeana - Água Quente, a 17 km a NW de Rio de Contas, 25.mar.1980, S.Mori &
F.Benton 13593 (CEPEC). Rio de Contas, ca. 25 km NW of the Vila de Rio de Contas,
17.fev.1977, R.M.Harley et al.19531 (HRB).
Habenaria mystacina - Serra do Sincorá, c. 15 km NW of Mucugê on road to Guiné e Palmeiras,
26.mar.1980, R.M.Harley et al. 20985 (CEPEC).
Habenaria nasuta - Rio de Contas, c. 25 km WNW of the vila of Rio de Contas, 17.fev.1977,
R.M.Harley et al. 19506A (CEPEC).
Habenaria pratensis - Rio de Contas, 18 km WNW along road from vila of Rio de Contas to the
Pico das Almas, 21.mar.1977, R.M.Harley et al. 19793 (CEPEC).
Habenaria repens - 9 km SW of mucugê, on road from Cascavel, 07.fev.1974, R.M.Harley et al.
16115 (CEPEC).
Habenaria subviridis - Água Quente, a 17 km ao NW de Rio de Contas, 24.mar.1980, S.Mori &
F.Benton 13580 (CEPEC). Rio de Contas, c. 25 km WNW of the vila of Rio de Contas,
18.mar.1977, R.M.Harley et al. 19626 (CEPEC).
Habenaria cf. trichoceras - Rio de Contas, c. 25 km WNW of the vila of Rio de Contas,
17.fev.1977, R.M.Harley et al. 19506B (CEPEC).
Habenaria trichoceras - Rio de Contas, c. 25 km WNW of the vila of Rio de Contas, 20.mar.1977,
R.M.Harley et al. 19760A (CEPEC).
Habenaria warmingii - Rio de Contas, c. 25 km WNW of the vila of Rio de Contas, 17.fev.1977,
R.M.Harley et al. 19506C (CEPEC).
Maxillaria notyliglossa - Lençóis, Morro da Chapadinha, 23.nov.1994, PCD 1290 (ALCB).
133
Octomeria alexandrii - Lençóis, Morro da Chapadinha, 22.nov.1994, PCD 1240 (ALCB, CEPEC).
Palmeiras, Pai Inácio, 24.abr.1995, PCD 1757 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS)
Octomeria cf. decumbens - Serra do Sincorá 6,5 km SW of Mucugê on the Cascavel road,
27.mar.1980, R.M.Harley et al. 21023 (CEPEC).
Oncidium blanchetii - Lençóis, Morro da Chapadinha, Chapadinha, 22.nov.1994, PCD 1241
(ALCB).
Oncidium warmingii - c. 25 km WNW of the town of Rio de Contas, 23.jan.1974, R.M.Harley
15444 (CEPEC).
Paradisanthus micranthus - Lençóis, Chapadinha, 26.abr.1995, PCD 1824 (ALCB, CEPEC); Serra
da Chapadinha, 21.fev.1995, PCD 1652 (ALCB, CEPEC, HRB).
Pelexia orthosepala - Rio de Contas, Pico das Almas, 10.nov.1988, R.M.Harley 26332 (CEPEC,
K).
Polystachya concreta - Lençóis, Serra da Chapadinha, 21.fev.1995, PCD 1669 (ALCB).
Prescottia leptostachya - Rio de Contas, Pico das Almas, 25.dez.1988, R.M.Harley et al. 27370
(CEPEC).
Sacoila lanceolata - Lençóis, Serra da Chapadinha, 31.ago.1994, PCD 710 (ALCB).
Sarcoglottis curvisepala - Lençóis, Morro da Chapadinha, 23.nov.1994, PCD 1259 (ALCB,
CEPEC, HRB, HUEFS). Palmeiras, Pai Inácio, 21.nov.1994, PCD 1184 (ALCB).
Skeptrostachys congestiflora - Lençóis, Serra da Chapadinha, 23.fev.1995, PCD 1726 (ALCB,
CEPEC, HRB, HUEFS). Rio de Contas, Pico das Almas, 31.out.1988, R.M.Harley et al. 25811
(CEPEC, K); Pico das Almas, 09.nov.1988, R.M.Harley et al. 25997 (CEPEC, K, HUEFS); Pico
das Almas, 26.nov.1988, R.M.Harley et al. 26295 (CEPEC, K).
Sobralia liastrum - Lençóis, Chapadinha, 27.set.1994, PCD 922 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS);
Morro da Chapadinha, 24.nov.1994, PCD 1328 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS)
Sobralia sesilis - Lençóis, Serra da Chapadinha, 23.fev.1995, PCD 1706 (ALCB, CEPEC, HRB,
HUEFS); Morro da Chapadinha, 29.dez.1994, PCD 1478 (CEPEC).
Sophronitis bahiensis - Rio de Contas, 10-13 km ao norte da cidade na estrada para o povoado de
Mato Grosso, 27.out.1988, R.M.Harley et al. 25698 (CEPEC, K); Pico das Almas, 23.out.1988,
R.M.Harley et al. 25308 (CEPEC); Pico das Almas, 30.out.1988, R.M.Harley et al. 25770
(CEPEC).
Stelis parvula - Rio de Contas, 26.nov.1988, R.M.Harley 26294 (CEPEC, HUEFS).
Thelyschista ghillanyi - Mucugê, by Rio Cumbuca, about 3 km N of Mucugê on the Andaraí road,
05.fev.1974, R.M.Harley et al. 15993 (CEPEC, K); by Rio Cumbuca, c. 3 km S of Mucugê,
04.fev.1974, R.M.Harley et al. 15965 (CEPEC).
Veyretia simplex - Rio de Contas, Pico das Almas, 05.dez.1988, R.M.Harley et al. 26591 (CEPEC).
Veyretia sincorensis - Lençóis, Morro da Chapadinha, 22.nov.1994, PCD 1210 (ALCB, CEPEC,
HRB); Morro da Chapadinha, 21.fev.1995, PCD 1664 (ALCB).
134
RESUMO
ABSTRACT
This study presents a survey of the Orchidaceae occurring in the Parque Municipal de
Mucugê, Mucugê, and a comparative analysis of this family in areas at the Espinhaço
Range at the states of Minas and Bahia. The survey consisted of random sampling within
the Parque montly during one year. We found 35 species of orchids in 22 genera, of which
11 species are for the first time reported for Mucugê; three species are new records for the
Chapada Diamantina and seven are new records for state Bahia State. The main genera in
number of species are Bulbophyllum, Epidendrum, Octomeria ande Prescottia. Lectotypes
for Acianthera hamosa, Anathallis microphyta, Cattleya elongata, Maxillaria cerifera,
Octomeria stellaris e Prescottia montana are chosen here. All taxa are described and each
genus is illustrated. Identification keys for species and genera are provided. A new
combination for Pleurothallis microphyta (Barb.Rodr.) Cogn. is proposed: Anathallis
microphyta. For the floristic comparison seven areas of the Espinhaço Range were
included, being two in Minas Gerais State and five in Bahia. In order to compare the orchid
floras, we used similarity and clustering analysis based on presence/absence data from
species composition, with the coefficients of Jaccard and Dice. All areas included
presented a large proportion of exclusive species, and overall similarity among areas was
low. Despite this, three main groups were indicated, equivalent respectively to Serra do
Cipó, Grão-Mogol and a cluster with all the areas of the Chapada Diamantina. The latter is
subdivided in two subgroups, the first is equivalent to the north of Serra do do Sincorá,
namely Serra da Chapadinha, the Parque Municipal de Mucugê and Pai Inácio, and the
second corresponds to southwest Chapada Diamantina, namely Pico das Almas and
Catolés. The groups found to the pattern that could be expected from the geography and
relief of the Espinhaço Range and within the Chapada Diamantina.
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
Kew Bulletin (KB) is published by the Royal Botanic Gardens, Kew. Four parts appear each year,
usually in March, June, August and November.
SCOPE
In recent years about 50% of Kew Bulletin’s content has been authored or co-authored by Kew
staff, but this is not a rigid policy. Work based in a large part on Kew material, or dealing with
regions or groups of major interest to Kew, is always welcome.
THE TYPESCRIPT
Two copies of all typescripts are required, on clean thick A4 paper (we will request the text on
diskette or as an e-mail attachment after the review stage). The work should be clearly typed,
double spaced, with wide margins on each side. Number all pages. Do not justify text.
Initial submission may be by e-mail attachment but check first with the Editor
(kbeditor@rbgkew.org.uk). At present (May 2001) Kew uses Word 97 and Pegasus Mail. Diagrams
and figures can cause problems and should be discussed before submission.
Distinguish between hyphens, typed without spaces (as in brown-tomentose; 3-flowered), and
en-rules, typed with spaces (as in leaves 24 – 30 ´ 10 – 15 cm; inflorescences 2 – 3-flowered).
No full stops after common contractions (e.g., Mt, Mts), nor after points of the compass (N, S, NE
etc.), not after abbreviations for units of measurement (e.g., mm, cm, km). Include, however,
after other abbreviations (e.g., R., fl., fr.).
Months are listed as follows: Jan., Feb., March, April, May, June, July, Aug., Sept., Oct., Nov., Dec.
Give the year in full - 1991 not /91.
ILLUSTRATIONS
The KB printed area is 197 ´ 130 mm. However, illustrations which are to be used elsewhere,
such as in Kew Floras, should be drawn to the old KB print area (197 ´ 114 mm).
Line drawings and maps in Indian ink should be drawn on smooth white card or plastic film, one
third larger than they are to appear. No illustration or map should have its longest dimension
greater than 270 mm long before reduction. Label figures, and indicate lettering and scale bars
clearly on a good-quality photocopy. Lettering and scale bars will be added electronically after
the original is scanned (Kew Bull. does not use "I" or "O" in lettering figures).
Photographs ('Plates') for continuous tone reproduction should be of the highest quality. They
should show good tonal range and be absolutely sharp. They should be either at the final size or
slightly larger. Provide two copies of each. Good photocopies will suffice for the review process,
but we will require transparencies, sharp prints or electronic 'pict' or 'tif' files for reproduction. In
composite 'plates' the individual photographs will be butted together unless that would create
confusion, in which case a white space will be interposed. It is usually simpler and quicker for
composite plates to be made up electronically at Kew, but a clear mock-up must be provided.
Line drawings and plates are numbered in one sequence as figures (Fig. 1 , etc.); maps are
numbered separately (Map 1, etc.). Scale lines may be given on the illustration (preferred for
'plates') or final (reduced) magnifications given in the caption (preferred for line drawings).
Full- or part-page illustrations are acceptable. Captions should be brought together on a separate
sheet.
All illustrations and parts of composite artwork should be referred to in the text.
Colour illustrations can only be included in very special cases; advance warning is required for
their inclusion, and a charge may be made.
Please refer to a recent part of KB (Vol. 47 or later) for details of the typographic and layout
characteristics of KB. If in any doubt, do not mark anything. The recommended layout for
accounts of taxa is given below.
Authors of plant names are normally omitted from the title. If relevant, the title should
include the relevant family and an indication of the geographical area.
The summary is important. Most readers will read nothing else. Some may feel they only
need to write for the other specialists in their field, but if you wish your paper to reach a wider
audience, make the summary interesting and comprehensive. It should indicate what the
research set out to achieve, how it was carried out, and the degree to which the objectives have
been reached. It should include any authors of plant names omitted from the title, and the names
of all new taxa described, and of new combinations unless the number is very large. Conclusions
should be included, and mention made of the methods used.
Headings
A careful division of your work using headings will make it easier for the reader to follow.
Plan a sensible and consistent hierarchy; the more important headings are centred (in large and
small capitals), the less important ranged left and italicised.
For longer papers, a contents list at the beginning may be appropriate. Extensive taxonomic
revisions may be made more useful by adding an index to epithets at the end.
Keys
Keys may be bracketed (preferable) or indented, but couplets should always be numbered;
please consult a recent issue of KB and follow the key layouts used therein.
Synonyms
Homotypic synonyms should be listed in chronological order after the accepted name,
followed by heterotypic synonyms, also with their respective homotypic synonyms in
chronological order. New synonyms should be clearly marked ‘synon. nov.’.
Types
As required by the ICBN, for newly-described taxa the herbarium in which the holotype is
deposited must be specified. Herbaria that are definitely known to hold isotypes should also be
listed. The Editors consider it to be best practice for type material to be deposited in the country of
origin. Authors are reminded that in some countries, national legislation requires that the
holotype be deposited in a local or national herbarium.
Citation of types, when known, is encouraged. Please indicate if lectotypes, neotypes or
epitypes are being designated ('chosen here'), or have been chosen before by giving a reference:-
'Papua, Boridi, Carr 12345 (lectotype K! (selected by Bloggs 1977); isolectotypes BRI, L!).' Explain
why you need to select lectotypes, neotypes and epitypes, and also the reasons for selecting a
particular specimen.
Whenever possible, try to see and cite types when publishing new combinations.
Citation of specimens
It is not easy to make hard and fast rules for this, but the following guidelines may be useful.
Remember that you are citing specimens to (inter alia) help communicate your concept of a
taxon to the user, and help curation of material in other herbaria.
For new taxa, all material seen should normally be cited.
In revisions, space and cost generally prohibit publication of all the label details, and of all
specimens seen. Cite specimens chosen to represent the geographical and morphological
variation of the taxon, preferring collections distributed to several herbaria. The complete list of
specimens seen should preferably be deposited somewhere accessible (e.g. Kew Library), and
copies made available on request. However, revisions of whole genera or higher taxa are more
useful to curators if accompanied by an abbreviated list of all specimens with determinations (see,
e.g., KB 55(1): 38 – 40 or KB 54(4): 851 – 852).
Reproduce only those label data that add significantly to localizing the collection or to field
knowledge. Label data are normally translated into English, but data for types can be left in the
original language. Remember that it may be unwise to give very precise localities for rare and
horticulturally interesting taxa.
It is useful to state the number of collections examined, and to cite at least one specimen from
each country in the range of the taxon.
In cases of long-standing confusion, there may be a case for citing all specimens, but
consider reducing detail to a bare minimum.
Use an exclamation mark (!) to show that a specimen has been seen, or state in the
introduction "All cited specimens have been seen by the author".
Basic Sources
Herbarium codes should follow Holmgren, Holmgren & Barnett (1990) and the associated
web site (www.nybg.org/bsci/ih).
Citations of authors of plant names should follow Brummitt & Powell (1992 – see also
www.ipni.org). If in doubt, do not abbreviate. Joint author abbreviations are linked by '&'.
Book abbreviations should follow those in Stafleu & Cowan — Taxonomic Literature Ed. 2
(1976 – 88), although KB capitalizes most words. If in doubt, do not abbreviate.
Journal abbreviations should follow Botanico-Periodicum-Huntianum (1976) and its
Supplementum (1991). The principles therein should allow the correct abbreviations to be made
for journals not included (mostly recent); if in doubt, do not abbreviate.
Spellings of place-names should follow the Times Atlas (2000 edition if possible). A useful
list of country names and subdivisions is available (Hollis & Brummitt 1992 – new edition in
preparation). Use normally accepted English usage — Ghana not Gold Coast, Zimbabwe not
Rhodesia — but Thailand not Muang Thai, Brazil not Brasil. Some country names can be
ambiguous and at present Kew Bulletin uses Congo (Brazzaville) and Congo (Kinshasa), as well as
Myanmar (Burma). Several large islands have well-established English names which should be
used; Madagascar (not Malagasy Republic), Sicily (not Sicilia), New Guinea (for the whole island
– the eastern part is Papua New Guinea and the western part, West Papua). Old names of
localities — as used on old labels — may be given with the modern equivalent in square brackets
- Stanleyville [Kisangani]; Salisbury [Harare].
Altitudes are cited in metres to the nearest 50 m. If the label gives the altitude in feet, this
should be converted to metres (to the nearest 50 m). The original label altitude may be given in
square brackets.
The use of latitude and longitude (in this order) for obscure localities is encouraged.
6. Sclerochiton boivinii (Baill.) C. B. Clarke in Fl. Trop. Afr. 5: 110 (1899); [list further works in which the
has been treated]. Type: Kenya, Mombasa, Boivin s.n. (holotype P; isotype K).
Pseudoblepharis boivinii Baill., Bull. Mens. Soc. Linn. Paris 2: 837 (1890); [further works in
which this homotypic synonym has been used].
Pseudoblepharis heinsenii Lindau, Bot. Jahrb. Syst. 24: 320 (1897); [further works in which this
heterotypic synonym has been used]; synon. nov. Type: Tanzania, E Usambara Mts, Nderema,
Heinsen 4 (holotype B†; isotypes BR, K).
Description in the order: general habit; underground parts; stem; leaves; inflorescences;
flowers (calyx, corolla, androecium, gynoecium); fruits; seeds. [In long descriptions it is helpful if
major headings are in italics]. Fig. 4.
KENYA. Kilifi Distr., N of Giriama, Adu, Jan. 1937, Dale 3664 (FT, K); Kwale Distr., Mwele
Mdogo Forest, 6 Feb. 1953, Drummond & Hemsley 1143 (BR, FT, K) & Shimba Hills, Makadara
Forest, 17 Sept. 1982, Polhill & Robertson 4795 (C, K, P).
or as
SELECTED COLLECTIONS. KENYA: Kilifi Distr., N of Giriama, Adu, Jan. 1937, Dale 3664 (FT, K);
Kwale Distr., Mwele Mdogo Forest, 6 Feb. 1953, Drummond & Hemsley 1143 (BR, FT, K) &
Shimba Hills, Makadara Forest, 17 Sept. 1982, Polhill & Robertson 4795 (C, K, P). TANZANIA:
Lushoto Distr., E Usambara Mts, Maramba, 18 Nov. 1936, Greenway 4748 (BR, FHO, K, S) & E
Usambara Mts, Ndola, 17 Feb. 1954, Faulkner 1350 (BR, K, S) & W Usambara Mts, Dindira, 6
Aug. 1957, Faulkner 2032 (BR, K). 62 collections studied.
HABITAT. Shrub layer in lowland and medium-altitude evergreen and semi-evergreen forest,
riverine forest; 0 – 1400 ( – 1500) m. [Note that the use of vernacular terms for vegetation types
is discouraged].
VERNACULAR NAME(S). [Give name and language].
Literature
Literature references from the text of the paper are normally gathered together under a
'References' section at the end of the paper. They are referred to in the text as Bloggs (1962),
Bloggs (1962: 234), (Bloggs 1962), (Bloggs 1962: 234) or (Bloggs 1962; Another 1976)
depending on the context. Use 'et al.' for papers with more than two authors, but give all authors
in the 'References' section.
Literature references which appear only in citations of names, in abbreviated form, should not be
repeated in the reference list.
Loc. cit. (same work, same volume, same page); tom. cit. (same work, same volume, different
page — give page number); op.cit. ( same work; different volume; different page — give volume
and page numbers) can all be used within reason.
See section 'Basic Sources' above for abbreviations of book and journal titles. Include publisher
and place of publication for books.
The following examples show the layout used for various kinds of reference:
Dransfield, J. (1989). Voanioala (Arecoideae: Cocoeae: Butiinae), a new palm genus from
Madagascar. Kew Bull. 44: 191 – 198.
Uhl, N.W. & Dransfield, J. (1987). Genera Palmarum: a classification of palms based on the work
of H. E. Moore Jr. The L. H. Bailey Hortorium and the International Palm Society, Lawrence,
Kansas, USA.
Li, H. (1979). Arisaema. In: C. Y. Wu & H. Li (eds.), Flora Reipublicae Popularis Sinicae 13 (2):
116 – 194 (in Chinese).
Gentry, A. H. (1986). Endemism in tropical versus temperate plant communities. In: M. E. Soulé
(ed.), Conservation Biology - The science of scarcity and diversity, pp. 153 – 181. Sinauer
Associates, Sunderland, Massachusetts, USA.
Prance, G.T. (1989). Chrysobalanaceae. Flora Neotrop. Monogr. 98.
Some notes:
Separate page numbers by an en-rule (type 1 – 2 not 1-2)
Do not include part numbers of volumes unless the parts are separately paginated.
Plant species names should be italicised in references, whether or not they were in italics in the
original reference.
Do not include the total numbers of pages in single works.
Bull. Misc. Inform., Kew 1929: 16 – 28. (Note that this is not as in BPH).
From Vol.1 (1946) - cite as (for example): Kew Bull. 44: 601 – 680.
Latin
While Latin remains the official language of description, KB prefers the spirit to the letter of
the law. Meagre diagnoses are discouraged, especially if comparison is made with only one
supposed 'relative' which further work may show to be unrelated. Full diagnoses comparing with
more than one other taxon are preferred, with or without brief Latin descriptions. In large genera
the diagnosis should mention the infra-generic group to which the new taxon belongs — if such
groupings exist.
Full English descriptions are required. Full Latin descriptions are no longer encouraged.
Note that types of new species are usually given in abbreviated form after the diagnoses, and
repeated in full amongst the cited specimens.
Please use W.T. Stearn's 'Botanical Latin' as the standard.
ACKNOWLEDGEMENTS
Please keep these brief; it is not necessary to spell out full titles of any institute which has an
accepted Herbarium Code.
Manuscripts should be submitted to the Editor, Kew Bulletin, Royal Botanic Gardens, Kew,
Richmond, Surrey, TW9 3AB, U.K. e-mail: kbeditor@rbgkew.org.uk
PROOFS
Proofs are generally sent to the first-named author. However, where one of the co-authors
(but not the first author) is based at Kew then the proofs will be sent to the Kew-based author
unless an alternative arrangement is requested. Please send proofs back promptly, marked
clearly, not in pencil. Ensure that your marking is comprehensible; practices vary widely in
different countries. Particularly for overseas authors, we prefer if you can advise us of corrections
by e-mail or fax if possible. Nominate someone else to deal with proofs if you expect to be away
at the time of their arrival.
Proofs are designed for the correction of printers' errors. Please do not regard them as an
opportunity to change your mind and rewrite your paper. Please advise us if you are in doubt as
to the quality of illustration proofs.
OFFPRINTS
20 offprints are given to each author, joint or sole. Extra offprints (in batches of 25) can be
ordered when proofs are returned. A rough estimate of costs will be provided at this stage — if
not, please ask. KB offprints are expensive, and can only be printed at the time of production of
the journal number in which they appear.
REFERENCES