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EPIDENDRUM
As curiosidades deste
RAIO-X gênero composto por
Conheça as orquidáceas milhares de espécies
encontradas nos principais nativas das américas
biomas do Brasil
Brassolaeliocattleya
Keowee ‘VI Galaxy’
Histórias dos
AFICIONADOS
por um grupo
de orquídeas
Aprenda a fazer
COMPOSTAGEM
e prepare adubo
orgânico em casa
Distribuição
editorial 100% gratuita - Clube de Revistas
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Distribuição
índice 100% gratuita - Clube de Revistas
10 HISTÓRIA O apreço de Joaquim Barreto Carneiro Filho
pelas orquídeas naturais Diretores
14 PASSO A PASSO
Luiz Fernando Cyrillo
autorizado a representar o nome da revista sem a apresentação do crachá da editora e/ou carta
Caatinga, Cerrado, Floresta Amazônica,
Mata Atlântica e Pantanal assinada pela diretoria. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, das fotos
26 COLEÇÕES ESPECÍFICAS
ou dos textos publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os artigos assinados
não refletem necessariamente a opinião da revista. A editora não se responsabiliza por informações
A CasaDois Editora não contrata serviços de terceiros para cobranças ou qualquer outro
Qualquer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br
22 Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro,
Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeçaria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato,
Decoração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte com as Mãos, Guia Arte e Artesanato,
Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E
Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas
e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e
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Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS:
de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delícias
da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos,
38 GUIA DE ORQUÍDEAS
SAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Orquídeas
para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar, Jardins
49 CONTATOS
em Pequenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E CONSTRUÇÃO: Casas de 50
a 90 m², Construção do Começo ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Economize Água,
Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma, Guia
Guardião das
orquídeas naturais
Texto Renata Putinatti
Fotos Daniel Mansur
A proximidade com a natureza durante os primeiros anos por caminhos distintos e se encontravam no fim da tarde. Ha-
de vida estimulou de forma espontânea o interesse do or- via muita comemoração quando alguém achava um exemplar
quidófilo Joaquim Barreto Carneiro Filho, de Belo Horizon- diferenciado e que se destacava pela forma ou cor.
te, MG, pelas flores de modo geral. Nascido em 1952 em Já bastante envolvido com as orquídeas, ingressou na So-
Itaúna, no interior do estado mineiro, passou a infância brin- ciedade Orquidófila de Belo Horizonte (SOBH), em 1974, quan-
cando no quintal da casa onde morava e que fazia divisa do a entidade comemorava 25 anos de atividades. Seu objeti-
com o rio São João. Nas suas margens havia uma pequena vo era adquirir conhecimento e fazer amizades, pois existiam
mata ciliar, onde uma exuberante touceira de bromélia Bil- poucos orquidários comerciais no Brasil. Além disso, as plantas
lbergia floria regularmente todo ano, deixando-o extasiado consideradas boas eram “trancadas a sete chaves” e, para ga-
com tamanha beleza. nhar um único corte delas, era preciso criar um vínculo afetivo
O despertar da paixão pelo mundo da orquidofilia aconte- com o cultivador.
ceu em 1972, quando foi visitar uma tia materna em Ipatinga, A SOBH costumava organizar quatro exposições anuais,
MG, e ganhou um corte de Cattleya warneri. Pouco tempo de- mas a que se destacava era a comemorativa da fundação, rea-
pois, juntamente com três amigos, formou um grupo que gosta- lizada em agosto para coincidir com a floração de Dendro-
va de cultivar flores e era principiante no trato com orquídeas. bium, gênero amplamente difundido e de fácil cultivo na região.
“Naquela época, na região de Itaúna, bastava se afastar uma “Como o evento aconteceria no final de semana, na sexta-feira
légua (6 km) da zona urbana para encontrar habitats de or- fui para Belo Horizonte, deixei alguns vasos para serem julga-
quidáceas. Em determinados locais, eram vistos verdadeiros san- dos e voltei a Itaúna. No domingo, ao retornar para apanhá-
tuários tal a profusão de gêneros e espécies que ocorriam em los, tive a enorme surpresa de que um deles ganhou um prêmio
uma limitada área geográfica”, recorda-se. de primeiro lugar e ainda foi eleito o melhor da exposição pe-
Segundo Carneiro Filho, geralmente as C. walkeriana rei- los votos dos expositores. Neófito que era, fui saber a razão.
navam absolutas no alto das árvores. E também tinham as va- O orquidófilo Amorim Silveira me explicou que o Dendobrium
riedades que vegetavam sobre afloramentos rochosos forman- Nobile que expus era de uma variedade desconhecida até en-
do enormes tapetes, em diferentes graus de umidade e ilumi- tão, porque apresentava um sopro róseo nas pétalas, além de
nação. “Ali já observávamos que o desenvolvimento de cada ser muito bem armado”, comenta.
planta variava em função do ambiente natural.” Este prêmio repercutiu intensamente em sua pequena cida-
O quarteto escolhia a época de floração das espécies para de, o que felizmente acabou agregando vários novos membros
visitar a mata. Para isso, dividiam-se em duplas, que seguiam ao grupo dos apaixonados por orquídeas.
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cruzamentos que fazem sucesso, por isso, tenho um enorme cui- TRADICIONALISMO
dado e carinho por elas. É um banco genético que deve ser pre- Em quase 40 anos de dedicação às orquídeas, Carneiro Filho
servado, em meu modesto entendimento”, entusiasma-se. ressalta a evolução desta atividade. “Antes era muito fechada.
Nas árvores do jardim da casa onde reside, ele está rein- Boas plantas eram inacessíveis para a maioria dos orquidófilos e
troduzindo as plantas de cultivo difícil e as mais raras, princi- conseguidas apenas com trocas ou como presente. Hoje, com os
palmente as que têm deficiência de pigmentação. “As varieda- laboratórios de reprodução, os orquidários comerciais e as inú-
des alba, semi-alba e suave, quando localizadas e levadas a meras exposições é possível adquirir material de cultivo e mudas
orquidários, quase sempre acabam morrendo, já que o local é de diferentes espécies a um preço razoável”, compara.
diferente de onde estavam adaptadas. Nesta reintrodução, a Para ele, o crescimento do setor é visivelmente notado, já que
recuperação é extraordinária. Com o auxílio de adubação ba- as flores estão cada vez mais destacadas, bem armadas e em pro-
lanceada, verifico que apresentam rapidamente uma floração fusão. “Sinceramente, prefiro as plantas naturais. Acho interessante
exuberante”, descreve. a variação do colorido e das formas. As que vão surgindo dos me-
A paixão pela C. walkeriana foi tão arrebatadora que, em lhoramentos estão acompanhando tendências da moda e perdendo
1999, em conjunto com amigos, fundou a Associação da Cat- o padrão. A vantagem comercial fala mais alto.”
tleya walkeriana (ACW). “Fiquei muito honrado pela escolha Mesmo dando prioridade aos exemplares puros, o orquidófi-
de meu nome para ser o primeiro presidente.” lo comenta que já fez algumas experiências em melhoramentos
Para ele, também é motivo de orgulho ter sido um dos pri- genéticos usando suas matrizes, alcançando resultados satisfató-
meiros associados da Coordenadoria das Associações Orqui- rios e gratificantes. “Procuro não distanciá-las do padrão, porque
dófilas do Brasil (Caob) e ainda possuir todos os boletins da en- assim posso continuar contribuindo com a preservação das espé-
tidade encadernados, em especial, os três primeiros que foram cies naturais. Como não disponho de tempo nem espaço, sempre
impressos em preto e branco. realizo em escala bem reduzida”, conclui.
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passo a passo
Shu
tter
sto
ck
Completo
e natural
Texto Fernanda Oliveira
Fotos Tatiana Villa
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VOCÊ VAI
PRECISAR DE
Cinco escorredores
de macarrão, cinco
pratos para apoiá-
los, faca, materiais
molhados (cascas de
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frutas e legumes, bor-
ra de café e comida)
e materiais secos (fo-
lhas secas, serragem
e papel)
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cultivo 100% gratuita - Clube de Revistas
Flores em
abundância
Texto Paula Andrade
Evelyn Müller
Hamilton Penna
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Ela destaca como espécies mais disputadas pelo colorido in- Censi acrescenta que determinadas variedades do grupo
tenso e exuberância das inflorescências Epi. altissimum, Epi. são cruzadas com Cattleya, sendo chamados de Epicattleya.
amethystinum, Epi. ilense, Epi. nocturnum, Epi. raniferum, Epi. “Alguns dos mais famosos são Epc. Rene Marques (Epi. pseu-
revolutum e Epi. schomburgki. doepidendrum x C. Claesiana) e Epc. Siam Jade (Epc. Vien-
O gênero possui plantas florindo em todas as estações do na Woods x C. Penny Kuroda).”
ano, com maior incidência na Primavera. A proprietária do Or- Muito presentes nas coleções do País também é possível ci-
quidário da Mata aponta que no Brasil há mais de cem espécies, tar Epi. Plastic Doll (Epi. pseudoepidendrum x Epi. ilense) e
com uma gama variada de tonalidades, como verde, laranja, Epc. Voila Katherine (Epi. atropurpureum x C. bowringiana).
amarela, branca, rósea, vermelha e púrpura. “Muitos híbridos “O Epi. ellipticum participa da maioria dos cruzamentos”, re-
têm boa aceitação comercial devido às cores quentes e fortes.” vela Creuza.
Hamilton Penna
Evelyn Müller
Evelyn Müller
Evelyn Müller
Epicattleya Atrowalker Epi. amblostomoides
Edu Castello
Epi. fulgens
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Evelyn Müller
Epi. radicans Cosmos Dream ‘Colour Red’
CUIDADOS Censi afirma que a receita para uma boa floração é a com-
Com representantes espalhados em habitats bastante dis- binação de adubação correta e luminosidade abundante. “No
tintos, desde florestas úmidas ao Cerrado, é essencial se infor- geral, as plantas deste gênero não apresentam dificuldades de
mar sobre as preferências da espécie adquirida. Mas, em ge- cultivo quando contam com substrato e ambiente adequados.
ral, apreciam luminosidade em torno de 50% e temperaturas Mas algumas espécies são mais exigentes, como o Epi. ron-
que variam de 10 a 35ºC. doniense. Endêmico do Estado de Rondônia, não suporta tem-
“A umidade do ar precisa estar entre 50 e 80%. Isto po- peraturas muito baixas.”
de ser oferecido em casa, colocando as plantas em bande- O replantio deve ser feito quando o substrato estiver velho,
jas com pedregulhos e água ou areia úmida. Como a gran- caracterizado por cor escura e cheiro desagradável, ou quan-
de maioria não apresenta período de repouso, é necessá- do suas raízes se aglomerarem no vaso. “O melhor momento
rio manter o substrato permanentemente umedecido, mas de fazer este procedimento é depois da floração, trocando o
sem o acúmulo de água”, ensina a especialista do Orqui- substrato e fornecendo uma boa drenagem com pedrisco ou iso-
dário da Mata. por”, indica a proprietária do Orquidário da Mata.
A escolha do substrato também varia. De acordo com Creu-
za, as epífitas preferem os mais aerados, por exemplo, a mis- ALERTA
tura de fibra de coco, carvão, casca de pinus e esfagno. “Às Acontece dos Epidendrum serem vitimados por doenças fúngi-
rupícolas, pode-se acrescentar bastante pedrisco. Enquanto o cas e manchas bacterianas ou ainda sofrerem ataques de cochoni-
ideal para as terrestres é usar materiais que retenham umida- lhas, que podem ser combatidas com um inseticida doméstico.
de, pois na natureza vivem em solos ricos em húmus e mate- “Para prevenir problemas, é melhor utilizar substratos es-
rial orgânico.” terilizados por tratamento térmico (solarização) ou químico.
Quanto à adubação, ela recomenda a aplicação de um fer- Além disso, deve-se cultivar os exemplares em locais ventila-
tilizante orgânico ou biológico, como o bokashi, a cada três me- dos, evitando o acúmulo de umidade e as baixas temperatu-
ses. “Também utilizo semanalmente um adubo com substâncias ras. Também é preciso ter cuidado com a aglomeração de
orgânicas vivas e nutrientes minerais e um fertilizante foliar. Al- plantas, que acabam favorecendo a disseminação de pató-
terno o NPK 20-20-20 com o 6-15-36.” genos”, aconselha Creuza.
Epi. stamfordianum
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orquídeas 100%
por gratuita
bioma - Clube de Revistas
Floradas de Nor Texto Paula Andrade Fotos [1] Divulgação/Sergio Ostetto, [2] Evelyn Müller, [3] Hamilton Penna, [4] Samuel Alexandre, [5] Shutterstock e [6] Tatiana Villa
Caatinga
Cattleya labiata semi-alba Cattleya labiata tipo
[2] [2]
O Brasil é o terceiro país do mundo com maior número de es- tas vivem à sombra de arbustos próximos a beirada de rios,
pécies de orquídeas. Com um território de mais de 8 milhões de como Epidendrum ciliare, Catasetum purum, Ctsm. barba-
km², apresenta grande diversidade de paisagens naturais. E são tum, Oeceoclades maculata e Oncidium cebolleta. “Na Caa-
justamente nestes biomas (ecossistemas com aspectos semelhantes tinga, por falta de umidade, não são muito encontradas. Na
de clima, solo, relevo, regime de chuvas e latitude) que as mais de região Nordeste, aparecem mais no litoral, como a Cattleya
2 mil orquidáceas nativas vegetam. A fim de divulgá-las melhor e, granulosa e a C. amethystoglossa, e nas serras e chapadas,
assim, contribuir com sua preservação, Como Cultivar Orquídeas caso da C. labiata. Estas três são plantas de fácil cultivo e
mostra algumas representativas de Caatinga, Cerrado, Floresta muito presentes em coleções”, explica Luciano Henrique Ra-
Amazônica, Mata Atlântica e Pantanal. Vale a pena conhecer! malho, diretor técnico do OrquidaRio – Orquidófilos Associa-
dos do Rio de Janeiro, da capital fluminense.
CAATINGA “A C. labiata é considerada a Rainha do Nordeste, sendo
Com clima semi-árido, temperaturas elevadas e chuvas ir- muito usada para cruzamentos devido às flores belas e grandes
regulares e escassas, a Caatinga abrange aproximadamente com perfume maravilhoso”, completa Elza Kawagoe, orquidó-
10% do território nacional. Arvoretas, arbustos e cactáceas fila e relações públicas da Associação Orquidófila de São Pau-
predominam na paisagem, que conta com solo pedregoso e lo (Aosp), da capital paulista.
compacto. Em razão destas características, o bioma que en- Thelyschista ghillanyi e C. tenuis são duas típicas da Caa-
globa os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do tinga, que constam na Lista Oficial das Espécies da Flora Bra-
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e nor- sileira Ameaçadas de Extinção elaborada pela Fundação Bio-
te de Minas Gerais, possui poucas espécies de orquídeas. Es- diversitas sob encomenda do Ministério do Meio Ambiente.
floresta amazônica
floresta amazônica
cerrado
caatinga
mata atlântica
pantanal
pampas
[5]
[3] [4] [4]
Cattleya eldorado tipo Cattleya eldorado suavissima Cattleya violacea alba
pantanal
[5] [5]
[2] [6] [1] [1]
Cattleya violacea alba Sophronitis coccinea Cohniella cebolleta Cyrtopodium paludicola
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coleções específicas
Paixão
exclusiva
Texto Renata Putinatti Fotos [1] Andrea Carlini, [2] Antonio Di Ciommo, [3] Divulgação,
[4] Evelyn Müller, [5] Gimenez, [6] Gui Morelli, [7] Hamilton Penna e [8] Samuel Alexandre
FÃ DE Cattleya walkeriana mente iguais. Geralmente têm diferenças sutis, seja no brilho da
Assim como a maioria dos colecionadores iniciantes, nos pri- folha, no pseudobulbo etc. Segundo ele, é preciso vivência pa-
meiros anos de cultivo, Antonio Yoshio Sano, orquidófilo, de São ra notar essas minúcias.
Paulo, SP, tinha “um pouco de tudo” quando o assunto era orquí- O especialista afirma que a internet é uma ferramenta es-
dea: Oncidium, Laelia, Cattleya, entre outros. Como precisavam sencial para se manter atualizado sobre as novidades relacio-
de condições ambientais diferentes entre si, percebeu que deveria nadas às C. walkeriana e, principalmente, ficar sabendo so-
direcionar seu hobby, procurando alguma que o satisfizesse. bre boas matrizes. No entanto, para trocar conhecimento sobre
Foi assim que se encantou pela Cattleya walkeriana, ca- orquidofilia, participa de um grupo que, quinzenalmente, reú-
racterizada pelo porte pequeno e flores grandes, que apresen- ne-se para jantar e conversar informalmente. “São cerca de dez
tam uma vasta gama de tonalidades e um perfume inconfundí- pessoas que realmente gostam destas plantas e dispensam a
vel. Vinte e cinco anos após fazer esta escolha, seu orquidário vaidade, ou seja, não se preocupam em revelar seus segredos
conta com 400 vasos desta espécie, sendo que suas preferidas de cultivo ou passar informações aos outros. É ótimo porque en-
são as variedades tipo e semi-alba. sino muito e aprendo mais ainda”, confessa.
Reconhecido pela qualidade da coleção, Sano se diz um Em relação aos melhoramentos de suas C. walkeriana, re-
sortudo e que nunca precisou fazer loucuras para conseguir vela que já fez algumas experiências, inclusive, realizando in-
boas plantas. “Elas aparecem inesperadamente. Às vezes, tercâmbio com o Japão. “Hoje, o Brasil superou o Japão em re-
compro um seedling sem pretensão e nasce algo excepcional. lação à qualidade dos cruzamentos”, enfatiza, lembrando que
Fico surpreso”, comenta, ao acrescentar que o segredo é esco- diversos clones famosos e muito disputados são “importados”
lher mudas com aspectos diferenciados, pois nunca são total- dos nipônicos, como a C. walkeriana semi-alba Tokyo.
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[8]
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[5] [7]
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UM AUTÊNTICO LABIATEIRO vei em uma área cedida pelo saudoso Peter Meyer-Pflug, em
Leonardo Freitas do Valle, orquidófilo, de Barueri, SP, “caiu seu sítio na Aldeia de Carapicuíba, região metropolitana de
na própria armadilha”. Ele queria presentear a esposa – na épo- São Paulo”, conta.
ca, noiva – com um vaso de flores e comprou um lindo exem- Neste período, realizava cruzamentos entre variedades
plar de orquídea com quatro ou cinco flores, que soube mais da espécie, criando cápsulas (por exemplo, C. labiata coe-
tarde se tratar de uma Cattleya labiata. “Foi aí que começou rulea Panelas x C. labiata coerulea Junior), mas não dis-
um amor que perdura até hoje”, descreve, mencionando que punha de condições e instalações para reproduzir ou fazer
gastou boa parte do salário para adquiri-la. germinar as sementes. “Por isso, sempre que possível, sem
Suas variedades favoritas são rubra, semi-alba e coe- qualquer interesse comercial, cedia as cápsulas para produ-
rulea. “É uma planta especial. A mais linda da rica flora or- tores”, completa.
quidácea brasileira”, faz questão de enfatizar. Para ele, a Mesmo distante do trato diário com as orquídeas, o espe-
espécie chama atenção por ser florífera, apresentar boa for- cialista procura se manter próximo delas, em especial das C.
ma, porte considerável, flores de grande durabilidade e per- labiata, por meio de artigos publicados em revistas e boletins
fume inebriante. do setor. Todo conhecimento adquirido é repassado a outros
Como atualmente Valle mora em apartamento, não possui colecionadores e orquidófilos através de apresentações. “Sem-
espaço para ter um orquidário. Driblando este problema e pa- pre me preocupei com o fato de poder oferecer informações
ra não ficar longe de sua paixão, fixou alguns exemplares nas sobre cultivo, ministrando palestras em congressos e exposi-
grevíleas-australianas do jardim do conjunto residencial onde ções. Ultimamente, tenho me dedicado a promover eventos des-
vive. “No passado, tive uma grande coleção em Jaboatão dos tinados à divulgação da orquidicultura, como a Mostra de Or-
Guararapes, PE, em parceria com o amigo Hélio Pedrosa. Che- quídeas de Alphaville e a Exposição de Orquídeas de Barue-
gamos a ter mais de 600 clones de C. labiata, em uma co- ri”, frisa, mostrando-se entusiasmado pelo engajamento com a
leção composta por cerca de 1.200 plantas. Depois, as culti- família Orchidaceae.
[6] [6]
[6]
[6] [3]
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guia de orquídeas
Hamilton Penna
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Arthrosia purpureoviolacea
Origem: Brasil
Condições ideais: ambientes sombreados,
úmidos e com temperaturas intermediárias
Curiosidade: floresce consecutivamente de
janeiro a maio
Cultivo: Dalton Holland Baptista
(Piracicaba/SP)
Evelyn Müller
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Vanda Rothschildiana
Condições ideais: boa luminosidade, rega re-
gular e temperaturas quentes ou amenas
Curiosidades: esta planta obtida do cruzamento
entre V. sanderiana e V. coerulea produz de oi-
to a 16 flores de coloração azulada por haste
Cultivo: Orquidário da Mata (São Paulo/SP)
Thiago Justo
Cattleya Nobile’s Fa
Condições ideais: clima ameno ou quente,
meia-sombra e rega frequente no Verão,
porém reduzida durante o Inverno
Curiosidade: resulta do cruzamento
C. Irma Dulce x C. Fatima Barani
Cultivo: Orquidário Oriental (Mogi das
Cruzes/SP)
Gabriel Guimarães
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EMPRESAS Orquidário da Mata Clodoaldo José Censi
São Paulo/SP Orquidófilo
Associação de Orquidófilos de (11) 5542-7627/5092-5637 Jarinu/SP
Bragança Paulista e Região (Assob) www.orquidariodamata.com.br (11) 99969-8003
Bragança Paulista/SP
www.assob.org Orquidário Oriental Creuza Müller
Mogi das Cruzes/SP Orquidófila
Associação Francana (11) 4724-9226 São Paulo/SP
de Orquidófilos (AFO) www.orquidariooriental.com.br (11) 5542-7627/5092-5637
Franca/SP
ramles@terra.com.br Orquidário Maricaense Elza Kawagoe
Maricá/RJ Orquidófila
Associação Jundiaiense (21) 8682-0540 São Paulo/SP
www.orquidariomaricaense.com elzakawagoe@uol.com.br
de Orquidófilos
Jundiaí/SP
Orquidário Santa Bárbara João Ribeiro
ajorq@ajorq.com.br Diretor técnico da Assob
Santa Bárbara dʼOeste/SP
Bragança Paulista/SP
Associação Orquidófila (19) 3454-7328/9220-3499
joao.ribeiro11@live.com
de Guaíba (Assorg) www.orquidariosantabarbara.com
Guaíba/RS Joaquim Barreto Carneiro Filho
adelmocaldas@hotmail.com Ostetto Orquídeas Orquidófilo
Campo Grande/MS Belo Horizonte/MG
Associação Orquidófila (67) 3382-5342 jbcfilho@uol.com.br
de São Paulo (Aosp) www.ostetto.com.br
São Paulo/SP Leonardo Freitas do Valle
(11) 3207-5703 Vico Orquídeas Orquidófilo
www.aosp.com.br Jundiaí/SP Barueri/SP
(11) 4582-6347/99875-4975 lfvalle@ig.com.br
Bella Orchidea www.vicoorquideas.com.br
Jarinu/SP Lucia Morimoto
(11) 99969-8003 PROFISSIONAIS Presidente da Aosp
São Paulo/SP
Círculo de Orquidófilos Adalberto de Souza Junior contato@colibriorquideas.com
de Ijuí (COI) Engenheiro agrônomo e professor
Ijuí/RS da Faculdade Cantareira Luciano Henrique Ramalho
marildalmeidas@gmail.com São Paulo/SP Diretor técnico do OrquidaRio
floema@ocamponacidade.com.br Rio de Janeiro/RJ
Faculdade Cantareira mottaramalho@uol.com.br
São Paulo/SP Adelmo Caldas Pocharski
(11) 2790-5900 Diretor da Assorg Luiz Filipe Klein Varella
Guaíba/RS Orquidófilo
www.cantareira.br
adelmocaldas@hotmail.com Porto Alegre/RS
lvarella@via-rs.net
OrquidaRio – Orquidófilos Associados
do Rio de Janeiro Antonio Yoshio Sano
Luiz Menini Neto
Rio de Janeiro/RJ Orquidófilo
Doutor em botânica
(21) 2233-2314 São Paulo/SP
Juiz de Fora/MG
www.orquidario.org yosano@terra.com.br menini.neto@gmail.com
Orquidário Carlos Gomes Apolonia Grade Marilda Almeida da Silva
Florianópolis/SC Bióloga e orquidófila Presidente do COI
(48) 3238-9117/9131-1239 Alta Floresta/MT Ijuí/RS
www.orquidariocarlosgomes.com.br agrade@brturbo.com.br marildalmeidas@gmail.com
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artigo 100% gratuita - Clube de Revistas
Círculo de
Orquidófilos
de Ijuí
*Por Marilda Almeida da Silva
188
PÁGINAS
22 gêneros
e 14 espécies
Delicadas e com uma beleza
ímpar, as orquídeas desper-
tam a curiosidade e enfeitam
os espaços. Para adentrar o
universo desta planta, o livro
Cultivo de Orquídeas chega
para contar as particularida-
des da família Orchidaceae.
Saiba tudo sobre a origem, for-
ma e cor das flores e cultivo
adequado.
Confira as dicas
e bom cultivo!
@casadoiseditora