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Nº 13, 17

Departamento Científico de Dermatologia (gestão 2019-2021) • Sociedade de Agosto


Brasileira de 2022
de Pediatria

Documento Científico
Departamento Científico
de Dermatologia (gestão 2019-2021)

Hemangioma da infância
– Atualização 2022 –

Departamento Científico de Dermatologia (gestão 2019-2021)


Presidente: Vânia Oliveira de Carvalho
Secretária: Ana Maria Mosca de Cerqueira
Conselho Científico: Ana Elisa Kiszewski Bau, Antônio Carlos Madeira de Arruda,
Jandrei Rogério Markus, Marice Emanuela El Achkar Mello,
Matilde Campos Carrera
Revisoras: Kerstin Taniguchi Abagge, Nara Frota André e Janine Horsth Silva

O manejo do Hemangioma da Infância (HI) é especificamente o HI, reconhecer suas complica-


desafiador, pois requer o conhecimento do seu ções, as formas associadas ao acometimento de
potencial evolutivo, suas complicações e o possí- outros órgãos e os principais tratamentos dispo-
vel comprometimento simultâneo de estruturas níveis na atualidade.
profundas e/ou órgãos internos.
Hemangiomas são lesões cutâneas vascu-
Sua diferenciação nem sempre é fácil, o que lares de componente proliferativo, constituído
muitas vezes determina denominações incorre- por células endoteliais imaturas1. Hemangiomas
tas e orientações equivocadas quanto à sua abor- infantis (ou da infância, HI) são os tumores vas-
dagem e evolução. Por ser o pediatra, geralmen- culares benignos mais comuns na faixa etária
te, o primeiro a avaliar estas lesões, visto que pediátrica2-4 e ocorrem em aproximadamente 4
surgem nas primeiras semanas de vida, é muito a 10% da população5-7. Os HI são mais comuns
importante o reconhecimento e a diferenciação em meninas, gemelares, bebês nascidos prema-
destas lesões para o seu tratamento precoce e turos ou com baixo peso ao nascer (até 30% dos
adequado. Este documento tem por objetivo re- bebês nascidos com peso <1 kg são afetados) e
visar a classificação atual das lesões vasculares, neonatos brancos. O risco aumenta com a gravi-

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Hemangioma da infância – Atualização 2021

dez gemelar, idade avançada, placenta prévia e te, abordagens terapêuticas distintas. As lesões
pré-eclâmpsia7. Sua fisiopatologia envolve um vasculares planas, antes chamadas hemangio-
desequilíbrio na regulação da vasculogênese e mas “planos”, passaram a ser chamadas de mal-
da angiogênese intrínseca, em associação com formação vascular capilar ou mancha vinho do
fatores externos como a hipóxia tecidual e fato- porto e o hemangioma “tuberoso”, “cavernoso”,
res ambientais2,7. “racemoso”, etc. passou a ser chamado somente
de HI8. Posteriormente, estudos do comporta-
Mulliken e Glowacki8, dividiram as lesões
mento biológico dos hemangiomas e marcadores
vasculares em dois grupos: os hemangiomas e
imunohistoquímicos, especificamente o GLUT1
as malformações vasculares. Os hemangiomas
(transportador de glicose tipo 1), possibilitaram
apresentavam história típica de aparecimen-
a diferenciação do HI de outros tipos de tumores
to nos primeiros dias ou semanas de vida com
ou malformações vasculares4.
ou sem lesões precursoras (áreas anêmicas ou
telangiectásicas), com período de crescimen- Assim, a classificação mais amplamente
to rápido, estabilização e involução lenta. Já as aceita atualmente é a proposta pela Socieda-
malformações recebiam o nome do componente de de Estudos de Anomalias Vasculares que
predominante (capilares, venosas, arteriais, lin- foi reformulada em 2014 com posterior atua-
fáticas ou mistas). Com essa classificação houve lização em 20181, disponível em: https://www.
a diferenciação de lesões com etiologia, histó- issva.org/UserFiles/file/ISSVA-Classification-
ria e evoluções diferentes e, consequentemen- 2018.pdf:

Fonte: adaptado de ISSVA classification for vascular anomalies © (Approved at the 20th ISSVA Workshop, Melbourne, April 2014,
last revision May 2018)
* algumas lesões podem ser associadas com trombocitopenia e/ou coagulopatia consumptiva
º muitos experts acreditam que são parte de um espectro que entidades distintas

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A história natural do HI é característica: o Figura 1. Precursor de hemangioma.


bebê nasce sem a lesão ou com uma lesão “pre-
cursora”, que pode ser uma pápula eritemato-
sa, telangiectasias ou uma mancha anêmica ou
vinhosa (fig.1). Nas 3 a 4 semanas seguintes, a
lesão prolifera tornando-se uma placa ou tumo-
ração (fig.2), que cresce de forma acelerada nos
dois primeiros meses e mais lentamente até
aproximadamente o oitavo mês de vida (fig.3).
No entanto, vale ressaltar que o ritmo de cresci-
mento de HI profundos ou mistos pode ser dife-
rente, geralmente de aparecimento entre o pri-
meiro e segundo meses de vida ou mais tarde,
Figura 2. Hemangioma superficial.
podendo crescer até os 12 meses de idade9,10.
Após esse tempo, ocorre a estabilização da le-
são, seguida de um período de regressão muito
lenta até os 10 anos de idade (fig.4), momento
em que 90% dos HI desaparecem, deixando ou
não lesões residuais. Por causa desta autoinvo-
lução natural, no passado a conduta era usual-
mente expectante e conservadora na maioria
dos HI2-4. Porém, deve-se considerar que 40 a
80% dos HI deixam sequelas como telangiecta-
sias, tecido fibroadiposo residual e pele redun-
dante ou cicatrizes decorrentes de ulceração,
Figura 3. Hemangioma superficial.
o que pode causar comprometimento estético,
principalmente quando acometem a face2,4,7,11.
Assim, atualmente recomenda-se a avaliação e
tratamento/encaminhamento precoce dessas
lesões9,10.

Quanto à profundidade o (HI) pode ser clas-


sificado em superficial (fig.5), profundo (fig.6) e
misto (fig.7)2,4 e os hemangiomas mistos são os
mais prevalentes. A sua localização/distribuição
na superfície corporal somada à sua profundida-
de possibilita estabelecer o prognóstico, neces-
sidade de tratamento e risco de complicações2.
Os hemangiomas profundos podem ter maior
Figura 4. Hemangioma superficial com involução parcial.
dificuldade diagnóstica e necessitam de exames
de imagens (ecodoppler ou outro) para sua di-
ferenciação com outros tumores (vasculares ou
não) e malformações vasculares 2,12. Entretanto,
o HI é o tipo mais prevalente em crianças me-
nores de um ano e é o único que apresenta po-
sitividade para o marcador imuno-histoquímico
GLUT-137.

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Hemangioma da infância – Atualização 2021

Figura 5. Hemangioma superficial. zados são os mais frequentes (75%) e, em geral,


são lesões únicas, mas podem ser encontradas
em até cinco regiões diferentes do corpo4,14. Os
HI segmentares localizam-se em uma subunida-
de do corpo como membros superiores, mem-
bros inferiores, segmentos do tronco, cabeça
ou região cervical (fig.8)2. Pacientes com lesões
segmentares na face e região cervical podem
apresentar a síndrome PHACES (acrônimo que
será detalhado adiante)15,16. Os hemangiomas
multifocais se apresentam como dezenas de
pápulas vasculares de 1 a 5 mm na pele e muco-
Figura 6. Hemangioma profundo.
sas. Hemangiomas multifocais constituem a he-
mangiomatose múltipla e indicam um possível
acometimento visceral (especialmente cérebro,
fígado, pulmão e trato gastrointestinal)17,18. Os
hemangiomas segmentares tendem a ser gran-
des e frequentemente são associados a compli-
cações12,15.

Figura 8. Hemangioma segmentar em paciente com


síndrome PHACES.

Figura 7. Hemangioma misto.

Em extensão, os HI são classificados em loca-


lizados, segmentares e multifocais4,14. Os locali-

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Figura 9. Hemangioma ulcerado. propranolol. Eles podem ser divididos de acordo


com o período de regressão em “RICH”, “PICH”
ou “NICH”. No RICH (da sigla em inglês Rapidly
Involuting Congenital Hemangioma) ocorre a rá-
pida involução do hemangioma até o sexto mês
de vida; se a involução é parcial são denomina-
dos de PICH (Parcialy Involuting Congenital He-
mangioma) ou NICH (Non Involuting Congenital
Hemangioma), quando a involução não ocorre4,17.

Complicações dos
Hemangiomas da Infância

Hemangiomas Congênitos A complicação mais frequente do HI é a ulce-


ração (fig. 9) que ocorre em 15 a 25% dos he-
mangiomas. Fatores de risco para ulceração in-
Nos hemangiomas congênitos a fase de cres-
cluem: hemangiomas grandes, segmentares com
cimento ocorre intraútero e a criança já nasce
componente superficial, periorificiais e localiza-
com a lesão totalmente desenvolvida. O seu com-
dos em áreas intertriginosas4,7. Ainda não existe
portamento é distinto do HI: não apresentam po-
um protocolo padrão para indicar o tratamento
sitividade para o marcador GLUT-1, sua evolução
do HI, no entanto, se recomenda o tratamento nas
é diferente e não respondem ao tratamento com
situações detalhadas abaixo3,14,21-23 (Tabela 1).

Tabela 1. Hemangiomas infantis de maior risco com indicação de tratamento

Achados clínicos Riscos

Com risco de vida


HI de “área de barba” Hemangioma subglótico ou obstrutivo em via
respiratória, estridor

≥ 5 HIs cutâneos Hemangiomas hepáticos, insuficiência cardíaca,


hipotireoidismo

Comprometimento funcional
HI periocular (> 1 cm) Astigmatismo, anisometropia, proptose, ambliopia

Comprometimento da alimentação, ulceração


HI envolvendo lábio ou cavidade oral

Ulceração
HI segmentar: HI de qualquer tamanho envolvendo Aumento do risco de ulceração, infecção secundária,
lábios, columela, hélice superior da orelha, fenda dor
glútea e / ou períneo, perianal e outras áreas
intertriginosas

Anomalias estruturais associadas


HI segmentar da face ou couro cabeludo Síndrome PHACES

HI segmentar de área lombossacra e / ou perineal Síndrome SACRAL ou Síndrome PELVIS


continua...

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Hemangioma da infância – Atualização 2021

... continuação

Achados clínicos Riscos

Desfiguração
HI segmentar, especialmente do rosto e couro cabeludo Alto risco de cicatrizes e / ou desfiguração permanente

HI facial: ponta ou lábio nasal (qualquer tamanho) Risco de desfiguração por meio de distorção de marcos
ou qualquer localização facial ≥2 cm anatômicos e / ou cicatrizes e / ou alterações cutâneas
(> 1 cm se ≤3 meses de idade) permanentes

HI de couro cabeludo >2 cm Alopécia permanente (especialmente se o hemangioma


se tornar espesso ou volumoso); sangramento profuso
se ulceração (normalmente maior do que em outros
locais anatômicos)

HI do pescoço, tronco ou extremidade >2cm, Maior risco de deixar cicatrizes permanentes


especialmente na fase de crescimento ou se transição e / ou alterações permanentes na pele dependendo da
abrupta da pele normal para a afetada (ou seja, localização anatômica
efeito de saliência); HI superficial espesso (≥2 mm de
espessura)

HI em mama (bebês do sexo feminino) Mudanças permanentes no desenvolvimento da mama


(por exemplo, assimetria da mama)
ou contorno do mamilo

Adaptado de: Krowchuk DP, Frieden IJ, Mancini AJ, et al. Clinical Practice Guideline for the Management of Infantile Hemangiomas.
Pediatrics. 2019

Como o HI pode estar associado a outras anormalidades e síndromes, na Tabela 2, estão listadas
as principais4,13,19,20.

Tabela 2. Hemangiomas que necessitam de investigação

Hemangiomas em linha média pequenos ou grandes podem estar associados com malformações, disrafismo espinhal
e hemangiomas em órgãos internos.

Hemangiomatose múltipla – cinco ou mais hemangiomas pequenos distribuídos pelo corpo, cabeça e membros.
Apresentam risco de hemangioma em órgãos internos e hipotireoidismo.

Hemangiomas segmentares extensos - associados à síndrome PHACES


Posterior fossae abnormalities – anormalidades de fossa posterior
Hemangioma - hemangioma
Arterial/aortic anomalies – anomalias de artéria aórtica
Cardiac anomalies – anomalias cardíacas
Eye abnormalities – alterações oculares
Sternal/supraumbilical raphe – alteração de esterno e da rafe supra umbilical.

Outros Hemangiomas como parte de síndromes:


Síndrome SACRAL Síndrome PELVIS
Spinal dysraphism- disrafismo espinhal Perineal hemangioma- hemangioma perineal
Anogenital anomalies – anomalias anogenitais External genitalia malformations – malformação da
Cutaneous anomalies – anomalias cutâneas genitália externa
Renal and urological anomalies – anomalias renais e Lipo myelomeningocele – lipo mielomeningocele
urológicas Vesicorenal abnormalities – anormalidades vesico renais
Angiome – hemangioma Imperforate anus – ânus imperfurado
Lumbosacral localization – localização lombosacral Skin tag – apêndices cutâneos

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necessários para a diferenciação diagnóstica e


Diagnósticos diferenciais
planejamento terapêutico, principalmente rela-
do Hemangioma da Infância
cionados às malformações vasculares. A biópsia
associada a exames de imunohistoquímica pode
O principal diagnóstico diferencial deve ser diferenciar o HI de outros tumores vasculares.
feito com as malformações vasculares (MV) e
com outros tumores vasculares.

As MV geralmente estão presentes ao nasci-


Tratamento do HI
mento, não têm período de crescimento rápido,
nem tendência à regressão espontânea. Quando
compostas por um único tipo de vaso são clas- A terapêutica do HI mudou consideravelmen-
sificadas como simples e se houver mais de um te nos últimos 30 anos. Inicialmente houve ten-
tipo são denominadas de combinadas. As mal- tativas de tratamento de hemangiomas gigantes
formações simples podem ser classificadas de com cirurgias o que produziu mortes e seque-
acordo com o vaso predominante como capi- las desfigurantes e funcionais. A seguir houve
lar, linfática, venosa ou arterial. As combinadas uma fase de não intervenção, na qual o médico
apresentam dois ou três tipos de vasos de forma somente acompanhava a evolução natural do
simultânea24. hemangioma, o que também gerou sequelas
funcionais e cicatrizes permanentes. Na década
Outros tumores vasculares localmente agres-
de 1980, o tratamento dos hemangiomas gigan-
sivos ou de comportamento borderline como o
tes passou a ser realizado com corticosteroides
hemangioendotelioma kaposiforme, hemagio-
sistêmicos em altas doses, que era reservado
endotelioma retiforme, angioendoteliomapapi-
apenas àquelas lesões com comprometimento
lar intralinfático, tumor de Dabska, hemangioen-
funcional e desfiguração grave. Atualmente, o
dotelioma composto, sarcoma de Kaposi também
tratamento de escolha do HI é o propranolol sis-
devem ser diferenciados do HI. Tumores vascula-
têmico e, em alguns casos, o timolol tópico (HI
res malignos como o angiossarcoma e hemangio-
superficial pequeno ou sem comprometimento
endotelioma epitelioide entram no diagnóstico
funcional)9,28-30. O primeiro relato de resposta
diferencial, assim como o hemangioma verruco-
de um hemangioma segmentar ao propranolol
so e a linfangioendoteliomatose multifocal com
ocorreu em 2008, na França31.
trombocitopenia.
O reconhecimento, por parte dos pediatras,
Além disso, outros diagnósticos diferenciais
das lesões precursoras (que podem estar presen-
devem ser considerados como o fibrossarcoma
tes já ao nascimento) e o encaminhamento pre-
congênito, dermatofibrossarcoma, rabdomios-
coce (dentro dos primeiros dois meses de vida) a
sarcoma, miofibroma infantil, reticulohistioci-
um serviço de referência podem ser cruciais no
tose, encefalocele, glioma nasal, lipoblastoma,
resultado estético final da lesão, visto que gran-
neuroblastoma, leucemia cútis, linfoma linfo-
de parte dos hemangiomas já concluiu a maior
blástico25-27.
parte de seu crescimento até os 5 meses de ida-
Para a diferenciação entre essas diversas do- de. Dessa forma, quanto mais precoce se inicia o
enças, faz-se necessária uma história e exame tratamento, melhor será o resultado final30.
físico minuciosos, uma vez que a história do HI
é muito característica. Exames de imagem como
1) Betabloqueadores Sistêmicos:
ecodoppler, angiorressonância ou ressonância
nuclear magnética com contraste e, menos co- O propranolol foi aprovado pelo FDA em
mumente, tomografia computadorizada com 2014 para uso em HI que necessitam terapia sis-
contraste, angiotomo ou arteriografia podem ser têmica. Ele apresenta melhor efeito que o corti-

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Hemangioma da infância – Atualização 2021

costeroide sistêmico, início de ação mais rápido ção média da terapia com propranolol numa meta-
e menos efeitos colaterais. Uma revisão sistemá- -análise de 41 estudos com mais de 1200 pacien-
tica publicada recentemente pela Cochrane Da- tes foi de 6,4 meses2. Há relatos de recrescimento
tabase, indica que o propranolol oral e o maleato dos HI após cessar o uso de propranolol32, sendo
de timolol tópico são superiores ao placebo no assim é prudente continuar a terapia até o final
manejo de HI em crianças 28. da fase proliferativa (9-12 meses de idade) para
diminuir o risco de recidiva, bem como realizar a
Seu mecanismo de ação no HI ainda não é to- sua retirada de forma gradativa.2,33
talmente conhecido, mas parece regular a proli-
feração de células HI por meio de catecolaminas Embora inicialmente fosse recomendado
ou via VEGF. Três mecanismos de ação justificam monitoramento com eletrocardiograma (ECG)
os efeitos precoces, intermédios e tardios do em alguns protocolos, vários estudos não encon-
propranolol: vasoconstrição, responsável pela traram achados que justifiquem o monitoramen-
rápida mudança da cor; bloqueio do sistema re- to contínuo com ECG. As diretrizes do FDA não
nina-angiotensina, resultando na diminuição da recomendam a realização de ECG de rotina29,34.
produção de fatores pro-angiogênicos; apoptose Drolet et al.29 sugerem ECG somente para crian-
das células endoteliais7,10,21. ças com frequência cardíaca abaixo do normal
para a idade, para crianças com história familiar
Dose: é administrado na dose de 2 a 3 mg/kg/ de cardiopatia congênita ou história materna de
dia divididos 12 em 12 horas (ou de 8/8h)11,29,30, doença do tecido conjuntivo e história de arrit-
sendo que deve ser iniciado com dose mais baixa mia ou sua identificação durante ausculta cardía-
(0,5 a 1 mg/kg/dia) e aumentado gradualmente a ca. As principais contraindicações estão resumi-
cada 4 a 5 dias até atingir a dose plena30. A dura- das na Tabela 329,30.

Tabela 3. Contraindicações para o uso do propranolol

Utilização de fármacos com interação (bloqueadores de canais de cálcio, agentes antiarrítmicos,


agentes hipotensores, corticosteroides, anti-inflamatorios não esteroides)
Asma (relativa)
Bloqueio auriculoventricular 2º ou 3º grau
Bradicardia
Hipotensão
Insuficiência cardíaca
Hipersensibilidade ao propranolol
Feocromocitoma

Os principais efeitos colaterais são: hipogli- propranolol (acebutolol, atenolol e nadolol), mas
cemia, bradicardia, hipotensão, broncoespasmo sem vantagens significativas sobre o mesmo33.
e distúrbio do sono9,29. Parece aumentar o risco No entanto, o atenolol, parece oferecer menor
de acidente vascular cerebral em crianças com risco de broncoespasmo quando comparado ao
síndrome PHACE com anomalias arteriais asso- propranolol35.
ciadas, devendo seu uso ser avaliado caso a caso
nesses pacientes29. 2) Betabloqueador tópico

No consenso espanhol, outros fármacos be- Pode ser utilizado no tratamento das lesões
tabloqueadores mostraram eficácia similar ao pequenas, superficiais e sem comprometimen-

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to funcional. Os primeiros artigos publicados 2) quando a lesão é bem localizada e a ci-


utilizaram colírio de timolol a 0,5% no trata- rurgia precoce irá simplificar mais tarde a
mento de hemangiomas palpebrais. Atualmen- reconstrução;
te revisões sistemáticas confirmam a adequada 3) quando a lesão está bem localizada em
resposta terapêutica do timolol tópico quando uma área anatomicamente favorável em
utilizada em hemangiomas pequenos e super- termos de evitar cicatrizes inestéticas;
ficias36,37,38. Deve-se ficar atento para absorção
4) a ressecção provavelmente seja necessá-
sistêmica e efeitos colaterais como bradicardia.
ria em um futuro e a cicatriz resultante do
Um recente estudo demonstrou níveis séricos
procedimento cirúrgico seria a mesma ou
detectáveis em 80% das crianças que fizeram
melhor que a involução natural ou o tra-
uso de 1 gota de timolol 2 vezes ao dia (níveis
tamento medicamentoso.
acima de 0,2ng/ml, que é a concentração plas-
mática relacionada a atividade do beta bloque- 4.2) Laser (pulsed dye laser) tem indicação nas
ador em adultos). Sugere-se a hipótese de que lesões residuais dos hemangiomas, como as
as concentrações de timolol sejam maiores em telangectasias, uma vez que sua penetração
hemangiomas mais superficiais, exercendo um é pequena e não reduz a parte tumoral36,40,41.
efeito terapêutico local, o qual diminuiria em
hemangiomas mais espessos e vascularizados,
5) Hemangiomas ulcerados:
nos quais o timolol se difundiria rapidamente
pelos capilares, sendo transportado para a cir- A ulceração é a complicação mais frequen-
culação. Assim, recomenda-se não exceder a te dos HI e pode requerer tratamento específi-
dose de duas gotas ao dia39. co. Recomenda-se a utilização de curativos es-
peciais não aderentes (como tela de silicone e
espuma de silicone), controle da infecção com
3) Corticosteroides sistêmicos ou tópicos
antibiótico tópico ou sistêmico, controle da dor
Não são considerados mais como primeira com analgésicos40,42,43. Além disso, está indica-
linha de tratamento. Somente há indicação de do o tratamento sistêmico do hemangioma com
uso durante a fase proliferativa, nos casos que propranolol em dose baixa (0,5 a 1 mg/kg/dia)40.
não respondem ao propranolol e com uso limi- Deve-se levar em consideração que, em dose
tado por 1 a 3 meses. Interfere com o calendá- alta, o propranolol pode agravar a ulceração40.
rio de vacinação e frequentemente resulta em
Síndrome de Cushing. Os tópicos não estão in-
dicados, sendo preferível a utilização do timo-
lol tópico.
Conclusão

4) Outros tratamentos
O pediatra deve estar apto a reconhecer os HI
4.1) Cirurgia: geralmente não está indicada antes e diferenciá-lo de outras lesões vasculares, visto
do tratamento clínico com propranolol ou na que possuem evolução e tratamentos diversos. O
fase proliferativa. No entanto, existem situa- fato de grande parte dos HI deixarem lesões re-
ções clínicas que a cirurgia precoce pode ser siduais inestéticas deve guiar a opção ou não de
uma opção de tratamento como hemangio- tratamento. A escolha pela observação ativa (tra-
mas que obstruem ou deformam estruturas tamento expectante) ou manejo medicamentoso
vitais (como a via área ou órbita), ou envol- com betabloqueadores deve ser discutido com a
vem esteticamente áreas sensíveis. Nessas família, levando em consideração o tipo de le-
circunstâncias, a cirurgia pode ser indicada10: são, localização, risco de potenciais complica-
1) quando a ulceração não melhorou com o ções funcionais ou lesões residuais inestéticas,
tratamento local ou medicamentoso; sempre pesando o risco e o benefício com o uso

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Hemangioma da infância – Atualização 2021

de medicações tópicas ou sistêmicas. Assim, o te iniciado antes da fase de crescimento rápido


tratamento devidamente indicado e prontamen- possibilita o melhor prognóstico final (fig. 10).

Figura 10. Hemangioma da infância tratado precocemente com propranolol oral, por 6 meses.
Comprometimento ocular.

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Hemangioma da infância – Atualização 2021

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12
Departamento Científico de Dermatologia (gestão 2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria

Diretoria Plena (em processo de formação)


Triênio 2022/2024

PRESIDENTE: Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) COORDENAÇÃO DE PESQUISA PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ
Clóvis Francisco Constantino (SP) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Cláudio Leone (SP) Anenísia Coelho de Andrade
1º VICE-PRESIDENTE: PR - SOCIEDADE PARANAENSE
DIRETORIA CIENTÍFICA COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ)
DIRETOR: COORDENAÇÃO: Victor Horácio de Souza Costa Junior
2º VICE-PRESIDENTE: Dirceu Solé (SP) Rosana Fiorini Puccini (SP)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) RJ - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO
DIRETORA ADJUNTA: MEMBROS: ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETÁRIO GERAL: Luciana Rodrigues Silva (BA) Rosana Alves (ES) Cláudio Hoineff
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Suzy Santana Cavalcante (BA) RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA
1º SECRETÁRIO: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS Ana Lucia Ferreira (RJ) DO RIO GRANDE DO NORTE
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) E PROMOÇÕES Silvia Wanick Sarinho (PE) Manoel Reginaldo Rocha de Holanda
DIRETORA: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
2º SECRETÁRIO: RO - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA
Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP)
Rodrigo Aboudib Ferreira (ES) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO Wilmerson Vieira da Silva
MEMBROS:
3º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO: RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA
Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
Claudio Hoineff (RJ) Claudio Barsanti (SP) Mareny Damasceno Pereira
Paulo César Guimarães (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: Cléa Rodrigues Leone (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO
Sidnei Ferreira (RJ) Paulo Tadeu de Mattos Prereira Poggiali (MG) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) RIO GRANDE DO SUL
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Sérgio Luis Amantéa
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: COORDENAÇÃO DO PROGRAMA SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) DE REANIMAÇÃO NEONATAL MUSEU DA PEDIATRIA Nilza Maria Medeiros Perin
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) (MEMORIAL DA PEDIATRIA BRASILEIRA)
SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA
Donizetti Dimer Giambernardino (PR) Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO: Ana Jovina Barreto Bispo
Edson Ferreira Liberal (RJ)
COORDENAÇÃO DO CURSO DE SP - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL MEMBROS: SÃO PAULO
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA Mario Santoro Junior (SP)
PEDIÁTRICA (CANP) Renata Dejtiar Waksman
José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) Jeferson Pedro Piva (RS) TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE
COORDENADORES REGIONAIS
DE PEDIATRIA
NORTE: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Ana Mackartney de Souza Marinho
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Renata Dejtiar Waksman (SP) REDE DA PEDIATRIA
NORDESTE: Edson Ferreira Liberal (RJ) COORDENADOR GERAL: DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
Marynea Silva do Vale (MA) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) Rubem Couto (MT) • Adolescência
SUDESTE: Normeide Pedreira dos Santos Franca (BA) COORDENADORES: • Aleitamento Materno
Marisa Lages Ribeiro (MG) Marcia de Freitas (SP) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) • Alergia
Nelson Grisard (SC) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Bioética
SUL:
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Luciana Rodrigues Silva (BA) • Cardiologia
Cristina Targa Ferreira (RS)
• Dermatologia
CENTRO-OESTE: PORTAL SBP AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA • Emergência
Renata Belem Pessoa de Melo Seixas (DF) Clovis Francisco Constantino (SP) Ana Isabel Coelho Montero • Endocrinologia
Edson Ferreira Liberal (RJ) • Gastroenterologia
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Anamaria Cavalcante e Silva (CE) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA
Marcos Reis Gonçalves • Genética
TITULARES: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Hematologia
Jose Hugo Lins Pessoa (SP) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE
PEDIATRIA • Hepatologia
Marisa Lages Ribeiro (MG) Sidnei Ferreira (RJ) • Imunizações
Marynea Silva do Vale (MA) Adriana Távora de Albuquerque Taveira
EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) • Imunologia Clínica
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE • Infectologia
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza (PA) COORDENAÇÃO: PEDIATRIA • Medicina da Dor e Cuidados Paliativos
SUPLENTES: Renato Soibelmann Procianoy (RS) Camila dos Santos Salomão • Nefrologia
Analiria Moraes Pimentel (PE) MEMBROS: BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA • Neonatologia
Dolores Fernanadez Fernandez (BA) Crésio de Aragão Dantas Alves (BA) Ana Luiza Velloso da Paz Matos • Neurologia
Rosana Alves (ES) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA • Nutrologia
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) João Guilherme Bezerra Alves (PE) Anamaria Cavalcante e Silva • Oncologia
Sulim Abramovici (SP) Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA • Otorrinolaringologia
Magda Lahorgue Nunes (RS) DO DISTRITO FEDERAL • Pediatria Ambulatorial
CONSELHO FISCAL Giselia Alves Pontes da Silva (PE) Renata Belém Pessoa de Melo Seixas • Ped. Desenvolvimento e Comportamento
TITULARES: Dirceu Solé (SP) • Pneumologia
Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE
Clea Rodrigues Leone (SP) DE PEDIATRIA • Reumatologia
Licia Maria Oliveira Moreira (BA) EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Roberta Paranhos Fragoso • Saúde Escolar
Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) • Segurança
EDITORES CIENTÍFICOS: GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA
SUPLENTES: • Sono
Clémax Couto Sant’Anna (RJ) Marise Helena Cardoso Tófoli
Jocileide Sales Campos (CE) • Suporte Nutricional
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA • Terapia Intensiva
Ana Marcia Guimaraes Alves (GO)
Gilberto Pascolat (PR) EDITORA ADJUNTA: E PEDIATRIA DO MARANHÃO • Toxicologia e Saúde Ambiental
Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) Marynea Silva do Vale
DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA GRUPOS DE TRABALHO
COORDENAÇÃO DO PRONAP Cássio da Cunha Ibiapina • Atividade física
DIRETOR: Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) • Cirurgia pediátrica
Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Tulio Konstantyner (SP) MS - SOCIEDADE DE PED. DO MATO
GROSSO DO SUL • Criança, adolescente e natureza
DIRETORA ADJUNTA: Cláudia Bezerra de Almeida (SP) • Doença inflamatória intestinal
Sidnei Ferreira (RJ) Carmen Lúcia de Almeida Santos
COORDENAÇÃO DO TRATADO • Doenças raras
Edson Ferreira Liberal (RJ) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE
DE PEDIATRIA • Drogas e violência na adolescência
MEMBROS: DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) • Educação é Saúde
Gilberto Pascolat (PR) Paula Helena de Almeida Gattass Bumlai
Dirceu Sole (SP) • Imunobiológicos em pediatria
Paulo Tadeu Falanghe (SP) PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA • Metodologia científica
Edson Ferreira Liberal (RJ) Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Cláudio Orestes Britto Filho (PB) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) • Oftalmologia pediátrica
Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA • Ortopedia para o pediatra
Anenisia Coelho de Andrade (PI) Fábio Ancona Lopez (SP) Maria do Socorro Ferreira Martins • Pediatria e humanidades
Isabel Rey Madeira (RJ) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE • Políticas públicas para neonatologia
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA PERNAMBUCO • Saúde mental
Jocileide Sales Campos (CE) Angelica Maria Bicudo (SP) Alexsandra Ferreira da Costa Coelho • Saúde digital

www.sbp.com.br
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