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UFSB Docente: Rogerio Quintella

CC: Oficina de Textos Discente: Kethellem Costa Mendes


Acadêmicos e Técnicos em
Humanidades
Nome: Sustentabilidade Escritores: LANDIM, Ana Paula Miguel; BERNADO, Cristiany
quanto às embalagens Oliveira; MARTINS, Inayara Beatriz Araujo; FRANCISCO,
de alimentos no Brasil Michele Rodrigues; SANTOS, Monique Barreto; MELO, Nathália
Ramos de.
Local de Publicação: Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol. 26, 2016, pp. 82-92
Revista Polímeros: Ciência
e Tecnologia - SciELO
Ficha O artigo fala sobre as formas de sustentabilidade quanto às
embalagens de alimentos produzidas no Brasil. Seu uso e descarte de
forma incorreta gera um grande volume de resíduos sólidos que
causam danos ao meio ambiente. Por essa razão, têm-se buscado
formas sustentáveis para amenizar o impacto ambiental causado
como a reutilização, reciclagem, além da propagação de polímeros
verdes e materiais biodegradáveis.
Os resíduos sólidos em sua maioria permanecem no meio ambiente
por centenas e até milhares de anos, causando danos a esse ambiente
e consequentemente uma crise ambiental. Um aspecto interessante é
que as embalagens servem também para medir o nível de atividade
econômica e desenvolvimento de um país associando-o a um
desenvolvimento de forma sustentável (p.82). “Para contribuir
positivamente com a sustentabilidade, as embalagens devem ser
fabricadas a partir de materiais oriundos de fontes ambientalmente
corretas, com tecnologias limpas de produção, serem recuperáveis
após a utilização, além de serem fabricadas, transportadas e
recicladas utilizando energia renovável”. No entanto, é baixo o
investimento de embalagens sustentáveis pelas empresas, e as
poucas indústrias que adotam embalagens sustentáveis usam
materiais reciclados.
O artigo cita as embalagens quanto suas classificações em três tipos:
primárias secundárias e terciárias, e quanto aos tipos de materiais
para a produção de embalagens de alimentos: plásticos, metais,
vidros e celulose-papel/papelão. O plástico tem dois grandes grupos,
os termofixos que não são recicláveis, e os termoplásticos que
podem ser remoldados (p.83), “de acordo com a ABRE, os plásticos
representam 37,47% no valor total da produção de embalagens”.
Uma desvantagem é que não são biodegradáveis e “sua produção
geralmente emite gases poluentes ao meio ambiente e é dependente
do petróleo, um recurso natural do planeta não renovável”; o metal
tem “16,03% no valor de produção no setor de embalagens”, os
metais mais usados são o aço e o alumínio, o aço é reciclável e
degradável, e o alumínio pode demorar de 100 a 500 anos para se
degradar; sendo o Brasil o 6° maior produtor mundial desse metal
(p.84); o vidro, “corresponde a 4,86% no valor de produção de
embalagens no Brasil” somente, além de ser reutilizável e reciclável;
e por ultimo, a celulose que corresponde “35,05% no valor bruto
total de produção no setor de embalagens”, sendo recicláveis e
UFSB Docente: Rogerio Quintella
biodegradáveis, porém as embalagens são caras e difíceis de serem
recicláveis, pois é necessário o uso de outros materiais para sua
composição.
Foi colocado em pauta o descarte indevido de resíduos sólidos no
meio ambiente que geram muito problemas, como proliferação de
doenças e contaminação ao solo. “Dentre esses resíduos sólidos 1/3 é
composto por embalagens, o que o torna este setor um dos principais
responsáveis pelo aumento do lixo no país”. A Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), através da Lei nº 12.305/10 incentivou a
pratica da sustentabilidade. “Apesar do impacto ambiental gerado
pelas embalagens, estas reduzem o desperdício de alimentos, tendo
um papel importante para segurança alimentar e na redução do
impacto ambiental gerado pelo próprio alimento”, no entanto, de
acordo com a AVC (Avaliação do Ciclo de Vida) essas embalagens
devem ser sustentáveis para finalmente reduzir o impacto ambiental
(p.85).
Com o aumento mundial da preocupação com o meio ambiente, as
indústrias de embalagem tiveram que se adaptar ao modo sustentável
de alguma forma, optando pela utilização de reciclagem, polímeros
verdes e os biodegradáveis, tornando-as ferramenta de marketing
dessas empresas para de alguma forma induzir consumidores a
compra. Quanto a atividade de reciclagem, os quatro materiais
básicos para a produção de embalagens de alimentos aqui citados
tem papel relevante no país (p.86). Além da reciclagem de
embalagem multicamadas (cartonada Longa-vida) que é a junção de
dois ou mais materiais, sendo a reciclagem das embalagens
cartonadas indefinida. “no Brasil em 2012 houve uma reciclagem de
29% das embalagens Longa-vida pós-consumo, totalizando 61 mil
toneladas”.
Já os polímeros verdes, são os produtos ambientalmente corretos, e
sustentáveis. “Após o final da vida útil, os polímeros verdes podem
ser reutilizados, reciclados ou enviados para sistemas de reciclagem
energética, na qual há emissão neutra de carbono, onde o CO2
liberado na atmosfera é novamente capturado pela próxima safra”.
“Um polímero ‘verde’ é dito sustentável e não necessariamente
biodegradável” (p.88). As embalagens biodegradáveis são
embalagens de fácil degradação em contato com a terra. “Os
polímeros melhor adaptados à biodegradação completa são os
naturais, aqueles hidrolisáveis a CO2 e H2O, ou a CH4 e os
polímeros sintéticos que possuem estruturas próximas aos naturais”.
Porém, no Brasil, as embalagens mais usadas são aquelas de fontes
fósseis que não são renováveis, e tem um tempo longo de
degradação (p.89). [Sendo assim, é necessário mudanças quanto ao
uso de embalagens no Brasil, tanto de alimentos, quanto de outros
setores, que degradam o meio ambiente causando danos ao
ecossistema, sendo necessária a adoção de embalagens recicláveis,
biodegradáveis e polímeros verdes para que não se agrave ainda
mais o impacto ambiental já existente].

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