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Aplicações práticas do

Baralho da
SEXUALIDADE

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DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

A642 Aplicações práticas do baralho da sexualidade / organizadora


Aline Sardinha. — Novo Hamburgo : Sinopsys Editora,
2022.
240 p. : il. ; 23 cm.

ISBN 978-65-5571-077-9

1. Comportamento sexual. 2. Psicologia. I. Sardinha, Aline.


II. Título.

CDD 306.76

Catalogação na publicação: Vanessa Levati Biff — CRB 10/2454

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Aline Sardinha
(Organizadora)

Aplicações práticas do
Baralho da
SEXUALIDADE

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2022

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© Sinopsys Editora e Sistemas Eireli, 2022.

Supervisão editorial: Ricardo Gusmão


Editora: Mirela Favaretto Aline Sa
Capa: Márcio Monticelli (UERJ)
Preparação de originais: Marquieli Oliveira de Terapi
Editoração: Monique Elias – Vincitore Comunicação Programa
(IPUB) d
doutorad
rapia de F
C-Rio). É
neiro (AT
capítulos
e internac
voltada p
coordena

Alessand
Paulo (U
Humana
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Brasileira

Ana Car
de Camp
nha) e eE
Médicos
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(51) 3066-3690
atendimento@sinopsyseditora.com.br Ana Clau
www.sinopsyseditora.com.br Massach
portame

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Autores
Aline Sardinha. Psicóloga, graduada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ) e terapeuta cognitivo-comportamental certificada pela Federação Brasileira
de Terapias Cognitivas (FBTC). É coordenadora do Núcleo de Disfunções Sexuais do
Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental do Instituto de Psiquiatria
(IPUB) da UFRJ e atua em clínica particular como psicoterapeuta e supervisora. Tem
doutorado e mestrado em Saúde Mental (IPUB/UFRJ) e especialização em Psicote-
rapia de Família e Casal pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PU-
C-Rio). É ex-presidente da Associação de Terapias Cognitivas do Estado do Rio de Ja-
neiro (ATC-Rio) e vice-presidente da FBTC. Tem mais de 60 publicações, entre livros,
capítulos e artigos científicos, além de pesquisas apresentadas em congressos nacionais
e internacionais. É autora da terapia cognitiva sexual, uma psicoterapia especificamente
voltada para o tratamento das questões sexuais e a promoção de satisfação sexual, e
coordenadora do Curso de Formação a Distância em Terapia Cognitiva Sexual.

Alessandra Diehl. Psiquiatra, mestre e doutora pela Universidade Federal de São


Paulo (Unifesp). Especialista em Dependência Química pela Unifesp e Sexualidade
Humana pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-doutoranda da Escola de En-
fermagem de Ribeirão Preto da USP (EERP-USP). Vice-presidente da Associação
Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD).

Ana Carolina Schmidt de Oliveira. Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica


de Campinas (PUC-Campinas) e pela Universidad Internacional de La Rioja (Espa-
nha) e eEspecialista em Dependência Química. Psicóloga na Vida Mental Serviços
Médicos e coordenadora pedagógica das Pós-Graduações em Dependência Química,
Terapia Cognitivo-Comportamental, Saúde Mental e Neurociências na Infância e na
Adolescência na Universidade Paulista (UNIP), polos São Paulo e Goiânia.

Ana Claudia Corrêa de Ornelas. Terapeuta bilíngue da Advocates Mental Health


Massachusetts. Coordenadora e professora dos cursos de Terapia Cognitivo-Com-
portamental e Sexualidade Humana do Child Behavior Institute (CBI) of Miami e

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terapeuta certificada pela FBTC. Mestre em Sexologia pela Universidade Gama Fi- especiali
lho (UGF), doutora em Saúde Mental pelo IPUB/UFRJ e visiting scholar no Center Terapia C
for Anxiety and Related Disorders (CARD), na Boston University. do Institu

Beatriz Novo Garcia. Psicóloga pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos E
com formação em Terapia Cognitivo-Comportamental. Pesquisadora no Ambula- (UnB). M
tório de Depressão Resistente do IPUB/UFRJ. Institute
nos tema
Breno Rosostolato. Psicólogo clínico, educador e terapeuta sexual de casal. Professor da FBTC. C
Faculdade Santa Marcelina e do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal). Emprego

Bruna Dionísio Manoel. Psicóloga clínica e servidora pública formada pela UERJ. Carmem
Psicóloga do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad) ra e mest
da UERJ. Mestre em Psicologia Social pela UERJ, especialista em Terapia Cogniti- e Letras
vo-Comportamental e Especialista em Doenças Transmissíveis. ratório d
Presiden
Bruna Letícia Braga Silva. Psicóloga formada pela UFRJ. Especialista em Terapia pias Cog
Cognitivo-Comportamental certificada pelo Instituto Beck e membro do Núcleo Nacional
de Disfunções Sexuais (NUDS) do IPUB/UFRJ. tiva certi

Bruno Luiz Avelino Cardoso. Psicólogo, terapeuta cognitivo certificado pela FBTC Carolina
e delegado da FBTC no Maranhão. Formação em Teaching and Supervising e Cogni- pecialista
tive Behavior Therapy for Couples pelo Beck Institute for Cognitive Behavior Thera- -graduaç
py. Doutorando em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), dade Bra
com período sanduíche na Pennsylvania State University e apoio da Fundação de do porta
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Mestre em Psicologia pela cer – Gê
Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Especialista em Terapia Cognitivo-
-Comportamental pela Wainer Psicologia e cursando Pós-graduação em Sexualida- Carolina
de Humana pelo CBI of Miami. Sócio-fundador do Instituto de Teoria e Pesquisa do Sul (U
em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. Supervisor da prática clínica e profes- cognitiva
sor convidado em terapia cognitivo-comportamental. revistas P
Psicologi
Camila Marques. Psicóloga graduada pela UFRJ. Especialista em Terapia Cogniti- Grupo d
vo-Comportamental pelo Centro de Psicologia Aplicada e Formação (CPAF-RJ) e Educativ
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Baralho da sexualidade: aplicações práticas

Gama Fi- especialista em Transtornos Alimentares e Obesidade pela PUC-Rio. Formação em


o Center Terapia Cognitiva Sexual. Pesquisadora do NUDS do IPUB/UFRJ. Sócia-diretora
do Instituto InLazo.

e (UFF), Carlos Eduardo Portela. Graduado em Psicologia pela Universidade de Brasília


Ambula- (UnB). Mestre em Psicologia Clínica e Cultura pela UnB. Fez treinamento no Beck
Institute for Cognitive Behavior Therapy com o criador da abordagem, Aaron Beck,
nos temas de depressão, suicídio, ensino e supervisão. Especialista certificado pela
ofessor da FBTC. Certificado Master em Terapia Cognitiva no Adulto pela Direção-Geral do
Unisal). Emprego e das Relações de Trabalho de Portugal (DGERT).

la UERJ. Carmem Beatriz Neufeld. Livre-docente pela USP, pós-doutora pela UFRJ, douto-
(Nepad) ra e mestre pela PUCRS e professora associada da Faculdade de Filosofia, Ciências
Cogniti- e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP). Fundadora e coordenadora do Labo-
ratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental (LaPICC) da USP.
Presidente da Federación que congrega las Asociaciones Nacionales de Psicotera-
m Terapia pias Cognitivas y Conductuales (ALAPCCO). Bolsista produtividade do Conselho
o Núcleo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e terapeuta cogni-
tiva certificada pela FBTC, com mais de 20 anos de experiência clínica.

ela FBTC Carolina Freitas. Mestre em Psicologia. Psicóloga, psicopedagoga, sexóloga. Es-
g e Cogni- pecialista em Educação Sexual. Terapeuta cognitiva sexual, professora de pós-
or Thera- -graduação, palestrante e supervisora clínica. Delegada estadual (Goiás) da Socie-
UFSCar), dade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH). Colaboradora
dação de do portal sexosemduvida.com. Coordenadora e idealizadora do Programa Flores-
ogia pela cer – Gênero e Sexualidade.
ognitivo-
exualida- Carolina Lisboa. Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande
Pesquisa do Sul (UFRGS), com estágio na Universidade do Minho (Portugal). Terapeuta
e profes- cognitiva certificada pela FBTC. Pesquisadora 1D-CNPq. Editora associada das
revistas PSICO e Psykhe (Chile). Professora do Programa de Pós-graduação em
Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. Coordenadora do
Cogniti- Grupo de Pesquisa Relações Interpessoais e Violência: Contextos Clínicos, Sociais,
AF-RJ) e Educativos e Virtuais.
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Caroline L. Mallmann. Psicóloga pela UFRGS, mestre e doutoranda em Psi- Enylda M
cologia Clínica pela PUCRS. Especialista em Terapias Cognitivo-Comporta- versidad
mentais pela Wainer Psicologia. Psicóloga clínica, professora e pesquisadora na Humana
temática do uso das tecnologias e suas relações com a saúde mental. e mestra
de Medi
Cláudia Patty Guilger-Primos. Graduanda em Psicologia pela USP, aluna de função n
Iniciação Científica e integrante do LaPICC-USP. Bolsista CNPq. Clínicas

Débora C. Fava. Doutoranda em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio Everton


dos Sinos (Unisinos) e mestre em Cognição Humana pela PUCRS. Profes- Hermíni
sora de Pós-graduação em nível de especialização em Terapia Cognitiva na portame
infância e na adolescência em diversos estados do Brasil. Coordenadora da Sexual. T
ELO – Psicologia e Desenvolvimento em Porto Alegre (RS). Especialista em tamenta
Psicoterapia Cognitivo-Comportamental pela Wainer Psicologia e Psicologia e casais.
Clínica pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Formada em Manejo do
Comportamento Infantil pela Piedmont Virginia Community College (Esta- Glauce C
dos Unidos). Psicoterapeuta certificada pela FBTC, trabalha em consultório ra clínica
particular e atua com assessoria a escolas, desenvolvendo treinamento e ca- UFRJ. P
pacitação de professores sobre desenvolvimento socioemocional e manejo do Equipes
comportamento. ordenad
Assistên
Diana Soledade Camera. Graduada e mestranda em Psicologia pela UFRJ. nômico
Fez parte da Liga Acadêmica de Terapia Cognitivo-Comportamental pioneira lia da Fu
da UFRJ e é vinculada à ATC-Rio. Tem formação e atua em terapia cognitivo- leira de
-comportamental, terapia do esquema e terapia cognitiva sexual. Coautora do Janeiro).
capítulo Disfunções sexuais, juntamente a Antonio Carvalho e Aline Sardinha, (SBRAM
do livro Psicoeducação em terapia cognitivo-comportamental. nica e H
SCMRJ)
Eduarda Naidel Barboza e Barbosa. Psicóloga clínica graduada pela UFRJ.
Mestra e doutora em Psicologia Clínica pela PUC-Rio. Especialista em Ge- Helena S
rontologia pela UERJ e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamen- Especiali
tal pela PUC-Rio. Formada em Terapia Cognitiva Sexual e cursando Pós-gra- Design G
duação em Sexualidade Humana pelo Centro Universitário Celso Lisboa/ rebro e p
CBI of Miami. Gráfico,
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em Psi- Enylda Motta. Psicóloga e psicoterapeuta de família e casal pela Pontifícia Uni-
mporta- versidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Especialista em Sexualidade
adora na Humana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
e mestranda em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência pela Faculdade
de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (FM-UFMG), exercendo
aluna de função no Ambulatório de Sexologia do Hospital Jenny Farias e do Hospital das
Clínicas (HC) da UFMG.

e do Rio Everton Poubel Santana. Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário


. Profes- Hermínio da Silveira (UNI-IBMR) e especialista em Terapia Cognitivo-Com-
nitiva na portamental pela PUC-Rio. Formação presencial e on-line em Terapia Cognitiva
adora da Sexual. Terapeuta certificado pela FBTC. Atua com terapia cognitivo-compor-
lista em tamental e terapia comportamental dialética, atendendo adolescentes, adultos
sicologia e casais.
anejo do
ge (Esta- Glauce Cerqueira Corrêa da Silva. Psicóloga clínica e hospitalar. Pesquisado-
nsultório ra clínica na área de Saúde e Consultora em Psicologia. Mestre e doutora pela
nto e ca- UFRJ. Promotora da Saúde Mental de Médicos em Serviços Especializados e
anejo do Equipes de Assistência. Coordenadora do Instituto SemNó de Psicologia. Co-
ordenadora de Psicologia do Hospital Quinta D’Or. Psicóloga da Fundação de
Assistência e Previdência Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-
a UFRJ. nômico e Social (FAPES/BNDES), Programa de Estratégia de Saúde da Famí-
pioneira lia da Fundação. Diretora do Departamento de Psicologia da Associação Brasi-
ognitivo- leira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE) nacional e regional (Rio de
utora do Janeiro). Presidente da Associação Brasileira Multiprofissional em Oncologia
ardinha, (SBRAMO). Psicóloga responsável pelo Núcleo Integrado de Psicologia Clí-
nica e Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (NIPCH/
SCMRJ).
a UFRJ.
em Ge- Helena Seger. Mestranda em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da USP.
rtamen- Especialista em Branding pela IE Business School (Madrid/Espanha). Bacharel em
Pós-gra- Design Gráfico pela Belas Artes. Sócia e diretora de arte e criação na agência O Cé-
Lisboa/ rebro e professora e palestrante nas áreas de Branding, Personal Branding, Design
Gráfico, Neurociência e Psicologia aplicadas ao Design.
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Janaína Bianca Barletta. Psicóloga e pós-doutoranda em Psicologia pela USP/ Lúcia R
Ribeirão Preto. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Mestre e
Sergipe (UFS). Mestre em Psicologia e especialista em Psicologia Clínica da gias (UL
Saúde pela UnB. Especialista em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental em Educ
pelo Centro de Estudos Superiores Silvio Romero/Faculdade de Ciências Mé- sidade d
dicas de Minas Gerais (CESSR/FCMMG). Especialista em Psicologia Clínica investiga
pelo CFP, certificada pela FBTC. Faculdad

Karine Lopes. Psicóloga clínica com treinamento profissional em Terapia Luiza de


Cognitivo-Comportamental pelo IPUB/UFRJ e formação em Terapia Cog- pia Cogn
nitiva Sexual.
Manuela
Kelly Paim. Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Psico- UFRJ. E
terapia de Casal e Família. Mestre em Psicologia Clínica pela Unisinos. For- portame
mada em Terapia do Esquema pela Wainer Psicologia e pelo NYC Institute for sitiva, ce
Schema Therapy. Terapeuta do esquema certificada pela International Society
of Schema Therapy (ISST). Organizadora dos livros Terapia cognitiva focada Marco A
em esquemas: integração em psicoterapia, Terapia do esquema para casais e Tera- peuta e s
pias cognitivo-comportamentais para casais e família: bases teóricas, pesquisas e nas Emo
intervenções. ro de Te

Liliana Seger. Psicóloga. Mestre e doutora em Psicologia pelo Instituto de Margari


Psicologia da USP. Especialista em Psicologia Clínica e Psicologia Hospitalar drática n
pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo e terapeuta certificada em ra e coo
Terapias Cognitivas pela FBTC. Coordenadora do Programa para o Transtor- projeto A
no Explosivo Intermitente do Programa do Ambulatório dos Transtornos do Health B
Impulso (PRO-AMITI) do Instituto de Psiquiatria da FMUSP. (HBSC/
lógico d
Lorena Scatolin Silva. Graduada em Psicologia pela Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas Sobral Pinto da Universidade de Cuiabá (FAIESP/Unic). Maria A
Iniciou a especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental pela Wainer IPUB/U
Psicologia em 2017. Tem experiência na área clínica, com ênfase em terapia tal de cr
cognitivo-comportamental, e formação em terapia cognitiva sexual. ficação i

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ela USP/ Lúcia Ramiro. Professora de português e inglês na Universidade de Évora.


deral de Mestre em Sexologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnolo-
ínica da gias (ULHT). Doutora e pós-doutora em Ciências da Educação. Especialista
amental em Educação para a Saúde pela Faculdade de Motricidade Humana da Univer-
cias Mé- sidade de Lisboa (FMH/ULisboa). Docente do ensino básico e secundário e
a Clínica investigadora no projeto aventura social e no instituto de saúde ambiental da
Faculdade de Medicina da ULisboa (ISAMB/FMUL).

Terapia Luiza de Saules Peña. Bacharel em Psicologia pela PUC-Rio. Formada em Tera-
pia Cog- pia Cognitivo-Comportamental, com trabalho focado em adolescentes e adultos.

Manuela Borges. Psicóloga clínica. Mestre em Saúde Mental pelo IPUB/


m Psico- UFRJ. Especialista em Neuropsicologia pelo CFP. Terapeuta cognitivo-com-
nos. For- portamental de crianças e adolescentes. Educadora parental em Disciplina Po-
itute for sitiva, certificada pela Positive Discipline Association.
l Society
a focada Marco Aurélio Mendes. Psicólogo e mestre em Ciências pela UFRJ. Psicotera-
s e Tera- peuta e supervisor certificado pela Sociedade Internacional de Terapia Focada
squisas e nas Emoções. Terapeuta certificado pela FBTC. Diretor do Instituto Brasilei-
ro de Terapia Focada nas Emoções e Psicoterapias Integrativas (TFE Brasil).

ituto de Margarida Gaspar de Matos. Psicóloga clínica e da saúde. Professora cate-


ospitalar drática na ULisboa. Doutora em Psicologia pela FMH/ULisboa. Investigado-
cada em ra e coordenadora de grupo no ISAMB/FMUL. Coordenadora nacional do
Transtor- projeto Aventura Social e de diversos projetos nacionais e europeus, como o
ornos do Health Behaviour in School-aged Children com a World Health Organization
(HBSC/WHO, e o Dream Teens. Coordenadora do Gabinete de Apoio Psico-
lógico da FMH/ULisboa.
Ciências
P/Unic). Maria Angélica Regalla. Psicóloga clínica. Doutora em Saúde Mental pelo
a Wainer IPUB/UFRJ e psicopedagoga pela UERJ. Terapeuta cognitivo-comportamen-
m terapia tal de crianças, adolescentes e adultos. Terapeuta de família e casal. Tem certi-
ficação internacional nível II em terapia focada nas emoções.

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Maria Eduarda Bezerra de Mello Lopes. Graduada em Psicologia pela Faculdade Mauro L
ESUDA e graduada em Administração pela Universidade Católica de Pernambuco fessor da
(Unicap). Pós-graduada em Marketing e em Psicologia e Sexualidade Humana pela da Unive
Universidade de Pernambuco (UPE), com formação em terapia cognitiva sexual e (Pará, M
em terapia cognitivo-comportamental em casal, sexualidade e família. tuto Bras
volvimen
Maria Luiza Gómez Menezes Guimarães. Pedagoga graduada pela Universi- Sexual na
dade do Estado da Bahia (UNEB). Terapeuta integral e hipnoterapeuta pelo bro do C
Instituto Imyself. Formada em Hipnose Clínica e Terapêutica pelo Professor
Dr. Antônio Carreiro. Milene F
rapia Sis
Mariana Poubel. Psicóloga formada pela UFRJ. Mestre em Saúde Mental pelo Atualme
IPUB/UFRJ. Formada em Terapia Cognitivo-Comportamental para adultos e Instituiçõ
crianças e adolescentes e em Análise do Comportamento pelo Instituto Cog- educação
nitivo e Comportamental de Psicologia (ICCP). Formação em Terapia de Es- comunic
quemas pela Wainer Psicologia (em andamento). Multiplicadora do Programa casais, fa
de Qualidade na Interação Familiar (PQIF) e supervisora clínica e colunista do
site Comporte-se. Mônica L
técnica d
Mariana Sampaio Perdigão. Psicóloga pela PUC-Rio, com formação em Terapia da Assoc
Cognitivo-Comportamental pela Central TCC e especialização clínica em Te- nal de M
rapia Cognitivo-Comportamental também pela PUC-Rio. Formada em Terapia e Saúde S
Cognitiva Sexual.
Mônica S
Marseylle Assis Brasil. Graduada pela PUC-RJ. Terapeuta cognitivo-compor- tamental
tamental certificada pela FBTC. Pós-graduação em Terapias Contextuais pelo Terapia C
Centro de Estudos da Família e do Indivíduo de Porto Alegre (CEFI). Formada tônio Ca
em Terapia Cognitiva Sexual. Pesquisadora do NUDS do IPUB/UFRJ. MBA em
Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sócia-diretora do Ins- Natalia G
tituto InLazo. ferior e C
lheres com
Marta Reis. Psicóloga clínica. Mestre em Sexologia pela ULHT. Doutora e pós-
-doutora em Ciências da Educação. Especialista em Educação para a Saúde pela Nathália
ULisboa. Investigadora da equipe do projeto Aventura Social e do ISAMB/FMUL. tivo-Com
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Baralho da sexualidade: aplicações práticas

aculdade Mauro Luís Barbosa Júnior. Fisioterapeuta e mestre em Ciências pela UERJ. Pro-
nambuco fessor das Pós-graduações em Fisioterapia Pélvica da InterFISIO do Rio de Janeiro,
mana pela da Universidade Estácio de Sá (UNESA) do Rio de Janeiro, do Instituto Inspirar
sexual e (Pará, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo), do Insti-
tuto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) do Paraná e do Instituto de Desen-
volvimento Educacional (IDE) de Pernambuco. Fisioterapeuta pélvico em Saúde
Universi- Sexual nas Clínicas Vivace e no Centro de Medicina Sexual do Rio de Janeiro. Mem-
uta pelo bro do Comitê Científico da SBRASH.
rofessor
Milene F. Furlanetto. Farmacêutica e psicóloga pela PUCRS. Especialista em Te-
rapia Sistêmica Familiar pelo CEFI e mestre em Psicologia Clínica pela Unisinos.
ntal pelo Atualmente, compõe o Grupo de Pesquisa do Núcleo de Estudos sobre Famílias e
adultos e Instituições Educacionais e Sociais (NEFIES), em que desenvolve pesquisas sobre
uto Cog- educação sexual na escola, comportamentos sexuais de risco entre adolescentes e
a de Es- comunicação familiar sobre sexualidade. Também atua como psicóloga clínica de
rograma casais, famílias e indivíduos na abordagem sistêmica.
unista do
Mônica Lopes. Fisioterapeuta pélvica especialista em saúde da mulher. Responsável
técnica da Clínica Salutaire. Professora da Pós-graduação da InterFISIO. Membro
m Terapia da Associação Brasileira de Fisioterapia Pélvica (ABFP), da Sociedade Internacio-
a em Te- nal de Medicina Sexual (ISSM) e da Associação Brasileira de Estudos em Medicina
m Terapia e Saúde Sexual (ABEMSS).

Mônica Silva. Psicóloga pela UFRJ, com formação em Terapia Cognitivo-Compor-


compor- tamental pela Central TCC, em Terapia de Esquemas pela Wainer Psicologia e em
uais pelo Terapia Cognitivo Sexual do Grupo de Estudos em Sexualidade pelo professor An-
Formada tônio Carvalho. Faz parte da equipe de pesquisa do NUDS do IPUB/UFRJ.
MBA em
a do Ins- Natalia Gama. Médica ginecologista e especialista em Patologias do Trato Genital In-
ferior e Colposcopia pela UFRJ, com experiência em diagnóstico e tratamento das mu-
lheres com queixa de dor na relação sexual, especialmente com vulvodínia e vaginismo.
ra e pós-
úde pela Nathália Garcia da Silva. Psicóloga pela UNESA e especialista em Terapia Cogni-
/FMUL. tivo-Comportamental pela PUC-Rio. Tem formação em Terapia Cognitiva Sexual e
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extensão em Transtornos Alimentares e Obesidade pelo Centro de Avaliação, Aten- pelo Cen
dimento e Educação em Saúde Mental (CAAESM). Atende crianças, adolescentes, ticante d
adultos e famílias utilizando a terapia cognitivo-comportamental e a terapia com- Centre. I
portamental dialética. Líder e colíder de diversos grupos de terapia comportamen- Pepê no
tal dialética no Rio de Janeiro.
Walter d
Patrícia Barros. Psicóloga e pós-doutora em Psicologia Clínica pela USP. Mestre e em Psiqu
doutora em Psicologia Social pela UERJ. Diretora do Espaço Infância e Adolescên-
cia no Brasil e em Portugal. Pesquisadora na Universidade do Minho, em Portugal, e Yeger M
psicóloga na área de avaliação e intervenção precoce no Hospital CUF Porto. no Grup
em Terap
Paula da Costa Caldeira. Psicóloga pela UFRJ. Especialista em Terapia Cognitivo- tor da Cl
-Comportamental pela PUC-Rio e aluna do mestrado probatório do NUDS do
IPUB/UFRJ.

Ramiro Figueiredo Catelan. Doutor em Psicologia pela PUCRS. Mestre em Psico-


logia Social e Institucional pela UFRGS. Especialista em Terapia Cognitivo-Com-
portamental pelo CEFI. Tem treinamento intensivo em terapia comportamental
dialética pelo Behavioral Tech/Linehan Institute. Atua como psicoterapeuta e su-
pervisor clínico em consultório particular e é professor do Grupo Wainer.

Roseane Dorte Halkjaer Lassen. Enfermeira, sanitarista e mestranda em Psiquia-


tria e Saúde Mental pelo IPUB/UFRJ.

Stephanie Zakhour. Psicóloga clínica pela Université Saint-Joseph (USJ) de Beiru-


te e mestre em Psicologia Cognitiva e Comportamental pela mesma universidade.
Tem certificação pelo Beck Institute for Cognitive Behavior Therapy e extensão em
Tratamento de Transtornos de Personalidade. Doutoranda em Terapia Cognitiva
Sexual pelo IPUB/UFRJ no Ambulatório de Depressão Resistente ao Tratamento
(DeReTrat) e no NUDS.

Thais Pereira Quintão. Especialista em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental


pela UNESA. Formada em Terapia do Esquema pela Wainer Psicologia. Especia-
lista em Terapia Cognitivo-Comportamental focada na Criança e no Adolescente
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Baralho da sexualidade: aplicações práticas

ão, Aten- pelo Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). Pra-


escentes, ticante do Programa de Resiliência no Pathways FRIENDS Health and Research
pia com- Centre. Idealizadora do Programa de Regulação Emocional para Crianças Lalá e
ortamen- Pepê no Controle das Emoções (em prelo).

Walter dos Santos Gonçalves. Psiquiatra, especialista em Sexualidade e mestrando


Mestre e em Psiquiatria e Saúde Mental pelo IPUB/UFRJ.
dolescên-
ortugal, e Yeger Moreschi Telles. Psicólogo pela PUCRS. Mestrando em Psicologia Clínica
to. no Grupo de Pesquisa Relações Interpessoais e Violência da PUCRS. Especialista
em Terapia Cognitivo-Comportamental e formando em Terapia do Esquema. Dire-
ognitivo- tor da Clínica Unidade Bem-Estar.
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vo-Com-
tamental
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Psiquia-

de Beiru-
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Cognitiva
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Especia-
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15

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Para Gil, meu parceiro de vida.

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Agradecimentos
Este livro é resultado do esforço e do empenho de muitas pessoas. Em primei-
ro lugar, desejo agradecer aos colegas e alunos que, desde o lançamento da terapia
cognitiva sexual e, posteriormente, do Baralho da sexualidade, se interessaram, abri-
ram espaço e oportunidades para a sua divulgação. Em segundo lugar, agradeço à
Editora Sinopsys pela parceria entusiasmada com que recebe e viabiliza as minhas
ideias. Agradeço, ainda, à colega Carolina Freitas, psicóloga e aluna no Curso de For-
mação a Distância em Terapia Cognitiva Sexual, que me ajudou a refinar o formato
das propostas relatadas neste livro, a partir da sua experiência utilizando o Baralho
da sexualidade na formação de terapeutas em Goiânia (GO). Destaco, também, a
contribuição dedicada e competente da querida colega Stephanie Zakhour, dou-
toranda no IPUB/UFRJ, que muito me ajudou com a organização e a formatação
desta obra. Por último, por serem de maior importância, agradeço imensamente a
todos os profissionais que contribuíram para este livro. A cada capítulo que chegava,
minha alegria e meu orgulho de estar rodeada de pessoas tão brilhantes e criativas
só aumentava. Não tenho palavras para expressar a minha gratidão por vocês terem
apostado no Baralho da sexualidade e trazido tantas perspectivas incríveis e possibi-
lidades para a sua utilização. Vamos juntes!

Aline Sardinha

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uma pess
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terapeuta
Apr

Dra. C
Professora
Presidente

baralho_sexualidade_preview.indd 20 28/02/2022 08:38


Apresentação
Há convites que são verdadeiros presentes. Este presente me foi oferecido por
uma pessoa que admiro muito, como profissional e como pessoa: a organizadora deste
livro. Assim, a primeira coisa que me cabe aqui é agradecer a oportunidade de prefa-
ciar esta obra, que certamente atuará como um presente também para os leitores.
Por que imagino que este livro possa ser um presente para os leitores? Porque
se trata de um livro cheio de práticas, de dicas clínicas e, principalmente, cheio de
criatividade.
Aline Sardinha compilou o uso de uma ferramenta clínica, o Baralho da sexua-
lidade, criando um verdadeiro manual multidimensional e multiteórico do uso dessa
ferramenta. Na obra, as pessoas encontrarão oportunidades diversas de uso do baralho
e, principalmente, muita criatividade e sensibilidade para a aproximação de um tema
tão importante, complexo e muitas vezes desafiador para os clínicos: a sexualidade.
Aline organiza a proposta em cinco grandes unidades, sendo a primeira delas
focada no uso do baralho como recurso didático para a formação de profissionais
em sexualidade. A segunda é focada na avaliação e no tratamento multidisciplinar
das queixas e disfunções sexuais. A terceira unidade discorre sobre a abordagem da
sexualidade em psicoterapia individual e de casal, com possibilidades de articula-
ção teórico-práticas, oferecendo um panorama diverso e complementar. As últimas
duas unidades abordam possibilidades de intervenções em sexualidade com adoles-
centes e famílias, encerrando a obra com sugestões de abordagem multidisciplinar
da sexualidade em contextos de saúde.
O livro convida o leitor a refletir sobre o tema por meio de diferentes pers-
pectivas explicativas a partir das técnicas descritas, como reflexões práticas, sociais,
políticas, culturais, religiosas e profissionais, que perpassam os diferentes fazeres
em psicologia. Trata-se de um convite para a flexibilização da nossa prática como
terapeutas, educadores e seres humanos.
Aproveite este presente! Boa leitura!

Dra. Carmem Beatriz Neufeld


Professora associada do Departamento de Psicologia da FFCLRP/USP.
Presidente da ALAPCCO (2019-2022). Bolsista produtividade CNPq.

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sificá-la
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al explica

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Prefácio
Desde as primeiras descrições da psicoterapia até hoje, é controverso clas-
sificá-la como uma das ciências humanas ou unicamente como uma ciência da
saúde. Nos últimos anos, os modelos empiristas e cientificistas foram se impondo
por meio da ideia, cada vez mais aceita, de uma prática psicoterápica baseada em
evidências. É com essa perspectiva que se identificam majoritariamente os tera-
peutas cognitivos, comportamentais e contextuais.
Em contrapartida, um dos poucos consensos na área é a importância de uma
relação terapêutica para além das teorias e técnicas, considerando-se as variáveis
do cliente, as habilidades pessoais e relacionais do terapeuta e um vínculo sin-
gular, que se estabelece como condição catalizadora da mudança. Apesar de ser
um terreno ainda pouco explorado, principalmente para os terapeutas cognitivo-
-comportamentais, é preciso reconhecer que existe algo de subjetivo e criativo
(um componente humano essencial) na psicoterapia.
Na graduação, tive o privilégio de ser estagiária da Drª. Eliane Falcone, no
Rio de Janeiro. Entre as várias lições aprendidas durante o convívio com essa
incrível mentora, talvez a que mais me marcou foi a ideia de que, a partir de uma
conceitualização de caso bem-feita e dentro de uma coerência teórico-meto-
dológica, adaptações das técnicas podem e devem ser construídas para melhor
atender às necessidades de cada cliente. Este livro é exatamente sobre isto: a
arte de articular teorias e técnicas para melhor atender às demandas que apare-
cem no atendimento às questões da sexualidade, considerando cada contexto
em suas especificidades.
O Baralho da sexualidade foi idealizado em 2017, visando a facilitar a abor-
dagem das questões relacionadas com a sexualidade na prática psicológica. O ob-
jetivo principal era instrumentalizar os colegas pouco familiarizados com o tema,
de modo a ampliar as possibilidades de escuta e intervenção nos aspectos da se-
xualidade dos pacientes na clínica, mesmo na ausência de formação específica do
terapeuta. À medida que eu construía a ferramenta, muitas ideias de utilização
foram se delineando nas diferentes vertentes da prática psicológica, ou mesmo em
outros campos da saúde e da educação. A partir disso, decidi não fazer um manu-
al explicando como usá-la. Ao contrário, o manual que acompanha o Baralho da

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sexualidade apresenta alguns conceitos teóricos que o embasam, seguido de um
encorajamento aos profissionais para utilizá-lo de forma criativa, no sentido de
atender às diferentes demandas relacionadas com a sexualidade em seus contex-
tos de atuação.
Nos quase três anos desde o seu lançamento, foi uma grata surpresa receber PARTE
os comentários e relatos de colegas e alunos de todo o Brasil contando sobre uti- Recurso
lizações do Baralho da sexualidade para lidar com demandas que eu, originalmen-
1. Conve
te, não pude prever. Por esse motivo, decidi organizar este livro, reunindo as ideias
mais inovadoras de uso do baralho que chegaram ao meu conhecimento. O formato 2. Baralh
foi pensado como um livro de receitas, com uma breve introdução teórica do as- em sexua
sunto, seguida do passo a passo da intervenção. Assim, é com muita alegria que eu
3. Uso do
convido você, leitor, a desfrutar dessas propostas advindas da experiência clínica
cognitivo
de colegas que brilhantemente propuseram soluções para variadas demandas clíni-
cas, integrando de forma coerente suas teorias e abordagens ao uso do Baralho da 4. Baralh
sexualidade1. Aproveito, também, para convidar você a me contar de que maneira o diante da
baralho é útil na sua prática.
5. Sensib

sexuais d
Aline Sardinha
6. Baralh
sexual e s

PARTE
Avaliação

7. Linha
emocion

8. “Eu se
cognitiva

9. Baralh
terapia co
1
A listagem das cartas do Baralho da sexualidade, bem como um vídeo de
10. Baral
introdução ao material e um vídeo de orientação à avaliação e à conceitualização
de caso estão disponíveis em: www.sinopsyseditora.com.br/barseaprf a satisfaç
24

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o de um
ntido de Sumário
s contex-

a receber PARTE I.
obre uti- Recurso didático na formação profissional em sexualidade....................................... 29
inalmen-
1. Conversando sobre sexo: desmistificando a sexualidade em psicólogos............ 31
as ideias
O formato 2. Baralho da sexualidade: instrumento de avaliação para a supervisão
ca do as- em sexualidade..................................................................................................................... 35
ia que eu
3. Uso do Baralho da sexualidade no treinamento de terapeutas
ia clínica
cognitivo-comportamentais para o manejo da contratransferência......................... 39
das clíni-
aralho da 4. Baralho da sexualidade: como abordar e se posicionar eticamente
maneira o diante da questão da atração sexual em terapia............................................................. 45

5. Sensibilização e capacitação de terapeutas para acolher demandas e queixas


sexuais de lésbicas, gays e bissexuais............................................................................... 49

6. Baralho da sexualidade na formação de fisioterapeutas que atuam em saúde


sexual e sexualidade............................................................................................................ 54

PARTE II.
Avaliação e tratamento das queixas e disfunções sexuais em psicoterapia.............. 57

7. Linha do tempo da queixa sexual: entendendo os processos cognitivos,


emocionais e comportamentais....................................................................................... 59

8. “Eu sei o que você pensa!”: trabalhando os mitos sexuais e as distorções


cognitivas.............................................................................................................................. 63

9. Baralho da sexualidade: instrumento de intervenção na


terapia cognitiva sexual...................................................................................................... 66
o de
10. Baralho da sexualidade como ferramenta para aprimorar
alização
a satisfação sexual................................................................................................................ 71

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11. Explorando possibilidades de excitação com o jogo do prazer.......................... 74 24. Desc
setting ter
12. Baralho da sexualidade como recurso em atendimento on-line:
ejaculação precoce.............................................................................................................. 78 25. Sexu
13. “Pense rápido!”: reestruturando crenças sexuais em um caso de 26. Sexu
disfunção erétil tratado com psicoterapia on-line......................................................... 82
27. Queb
14. Baralho da sexualidade no atendimento clínico a mulheres sexualida
com vaginismo..................................................................................................................... 86
28. Baral

29. (Re)
PARTE III.
Abordagem da sexualidade em psicoterapia: possibilidades 30. Minh
de articulação teórico-práticas......................................................................................... 91
31. Autis
15. Uso combinado do Baralho da sexualidade e do Baralho das como fer
habilidades sociais conjugais em intervenções com casais com diferentes
32. Baral
orientações sexuais............................................................................................................. 93
o diálogo
16. Uso do Baralho da sexualidade na terapia do esquema: identificação
e psicoeducação dos modos esquemáticos.................................................................... 99
PARTE
17. A teoria do apego e o Baralho da sexualidade...................................................... 103
Interven
18. Uso do Baralho da sexualidade com pacientes LGBTI...................................... 107
33. Baral
19. Uso do Baralho da sexualidade em uma intervenção em terapia e adultos
de casal com parceiro transexual.................................................................................... 115
34. Adol
20. Abordando mudanças na vida sexual de pessoas trans após e a comu
procedimentos de modificação corporal...................................................................... 119
35. Baral
21. Objetificação do corpo feminino: possibilidades de aplicação
do Baralho da sexualidade em psicoterapia................................................................. 126 36. A sex

22. Baralho da sexualidade: um olhar autocompassivo para o corpo.................... 132 37. Utiliz
adolesce
23. Transtornos alimentares e sexualidade:
falta de apetite – “não quero comer e não quero fazer sexo”.......................................136 38. Baral

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......... 74 24. Desconstruir e reconstruir a sexualidade da mulher negra no
setting terapêutico.............................................................................................................. 140

......... 78 25. Sexualidade na cultura árabe: desconstruindo mitos e estereótipos............... 144

26. Sexualidade na cultura árabe: identificando queixas e crenças........................ 148


......... 82
27. Quebrando o gelo: possibilidade de intervenção do Baralho da
sexualidade em pacientes com déficits em habilidades sociais................................ 152
......... 86
28. Baralho da sexualidade: aplicabilidade na prática perinatal.............................. 156

29. (Re)conhecer a sexualidade na terceira idade...................................................... 160

30. Minha sexualidade é um barato!............................................................................. 164


......... 91
31. Autismo e sexualidade: utilizando o Baralho da sexualidade
como ferramenta de avaliação e intervenção............................................................... 171

32. Baralho da sexualidade: instrumento facilitador para


......... 93
o diálogo com homens..................................................................................................... 177

......... 99
PARTE IV.
....... 103
Intervenções em sexualidade com adolescentes e famílias....................................... 181
....... 107
33. Baralho da sexualidade: instrumento de avaliação em jovens
e adultos portugueses....................................................................................................... 183
....... 115
34. Adolescentes: ampliando o conhecimento, a troca de informações
e a comunicação sobre sexo............................................................................................ 187
....... 119
35. Baralho da sexualidade: recurso lúdico e sexualidade na adolescência.......... 191

....... 126 36. A sexualidade vivida no imaginário........................................................................ 195

....... 132 37. Utilizando o Baralho da sexualidade na educação sexual de


adolescentes em contexto escolar.................................................................................. 199

.........136 38. Baralho da sexualidade e a identificação do bullying........................................... 205

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39. Baralho da sexualidade: instrumento para educação sexual na família........... 210

40. “Quem nunca?”: estimulando o diálogo sobre sexo entre


mães e filhas adolescentes............................................................................................... 214

PARTE V.
Abordagem multidisciplinar da sexualidade em contextos de saúde..................... 217

41. Baralho da sexualidade: instrumento de avaliação sexual


nos transtornos psiquiátricos.......................................................................................... 219

42. A nova vida sexual dos casais que passaram pelo câncer de mama.................. 222

43. Baralho da sexualidade: uma proposta para pacientes submetidos

fo
à reprodução assistida...................................................................................................... 226

44. Uso do Baralho da sexualidade em consultório ginecológico para


pacientes com vulvodínia e vaginismo.......................................................................... 233

45. Baralho da sexualidade: instrumento para manejo do tratamento


de vaginismo e vulvodínia pela fisioterapia pélvica sob o olhar
biopsicossocial da paciente............................................................................................. 237

Anexos disponíveis em: www.sinopsyseditora.com.br/barseaprf

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....... 210

....... 214

....... 217
Parte I
....... 219

....... 222
Recurso didático na
formação profissional
....... 226

....... 233

....... 237
em sexualidade

rf

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A
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cognitiv

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1
Conversando sobre sexo:
desmistificando a
sexualidade em psicólogos
Mariana Sampaio Perdigão
Paula da Costa Caldeira

A
inda hoje, é possível observar que os cursos de formação na área da saú-
de e educação continuam abordando a sexualidade em aspectos bioló-
gicos, em detrimento das perspectivas socioculturais, históricas e com-
portamentais (Dessunti et al., 2009). Contudo, isso compromete o preparo dos
futuros profissionais para uma abordagem eficaz e contextual acerca da sexua-
lidade (Paiva, 1996).
Além do despreparo profissional, a repressão em relação à sexualidade conti-
nua vigorando em nossa sociedade, de modo que ainda perduram associações do
sexo com ideias de pecado, inadequação, promiscuidade e imoralidade (Figueiró,
2009). Nesse contexto de educação sexual precária e distorcida, acabamos carre-
gando conosco uma gama de preconceitos e sentimentos, muitas vezes negativos,
em relação à sexualidade, o que exacerba ainda mais a nossa dificuldade em falar
sobre sexo abertamente, de maneira ética e científica, não normatizando e patolo-
gizando a sexualidade humana (Figueiró, 2009).
No que diz respeito à prática do psicólogo, este deve considerar que as
crenças sexuais e outras variáveis cognitivas são importantes aspectos dentro
dos múltiplos fatores implicados nos problemas sexuais. Se o terapeuta corro-
bora as crenças distorcidas do cliente, ele corre o risco de endossar todas essas
crenças e fazer intervenções iatrogênicas. Além disso, o terapeuta deve conhe-
cer os mitos sexuais, para que possa identificar quais aspectos da sexualidade
serão mais relevantes em suas intervenções psicoeducativas e de reestruturação
cognitiva (Sardinha, 2018).
31

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Então, a educação sexual precisa não apenas orientar, ensinar e informar, consider
mas também produzir discussões, reflexões e questionamentos acerca de valores para cad
e concepções, possibilitando a compreensão dos referenciais culturais, históricos palavra “
e éticos que fundamentam e desenvolvem a sexualidade (Maia & Ribeiro, 2011). realizar u
Além disso, ela precisa ajudar as pessoas a ter uma visão positiva da sexualida- pois, tod
de, desenvolver uma comunicação mais assertiva, elaborar seus próprios valores, sobre a fo
compreender melhor seus comportamentos e os dos outros e tomar decisões res- sexual. A
ponsáveis e saudáveis a respeito de sua vida sexual (Maia & Ribeiro, 2011). debate re
com foto
OBJETIVO GERAL crença se
• Informar e educar a respeito da sexualidade quaisquer profissionais interessados mente 1
e cuja demanda profissional refira-se a esse debate.
EXPER
OBJETIVOS ESPECÍFICOS A experi
• Debater a construção da sexualidade a partir de influências socioculturais, religio- ao intere
sas e familiares. mos que
• Refletir e desmistificar as distorções a respeito da sexualidade por meio de infor- devido à
mações cientificamente embasadas. tabu na s
• Promover uma maior conscientização sobre os reflexos subjetivos e sociais dessa dagem co
construção. Des
dade hum
POPULAÇÃO-ALVO tificas, em
Psicólogos e demais profissionais das áreas de saúde, escolar, empresarial, entre
outras, cuja prática perpassa o debate em sexualidade. SUGES
Sugere-s
MODALIDADE riquecer
Grupo. e compo
ditamos
MATERIAIS para a fo
Foram utilizadas as cartas do Baralho Mitos sexuais.

INSTRUÇÕES
Dividir os participantes em pequenos grupos de cinco a seis pessoas. Inicialmen-
te, realizar uma conversa sobre como ocorre a formação da sexualidade humana,
32

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Baralho da sexualidade: aplicações práticas

nformar, considerando as influências socioculturais, religiosas e familiares. A partir disso,


e valores para cada grupo, distribuir algumas cartas do Baralho Mitos sexuais, tapando a
istóricos palavra “mito”, atrás da carta, com uma fita adesiva. Após a distribuição das cartas,
o, 2011). realizar um debate de 10 a 15 minutos entre os pequenos grupos, para que, de-
exualida- pois, todos possam debater o assunto. Instruir os participantes a refletir e debater
s valores, sobre a formação, a veracidade e as implicações subjetivas e sociais de cada crença
sões res- sexual. Após essa tarefa, solicitar a cada grupo que escolha uma carta e apresente o
1). debate realizado para os demais grupos. Para cada mito apresentado, utilizar slides
com fotos, artigos e textos científicos pertinentes para explicar o porquê de cada
crença sexual ser considerada um mito sexual. O evento pode durar aproximada-
ressados mente 1 hora.

EXPERIÊNCIA E LIÇÕES APRENDIDAS


A experiência surpreendeu as expectativas dos moderadores no que diz respeito
s, religio- ao interesse pela terapia cognitiva sexual (TCS) e pela sexualidade. Não esperáva-
mos que o interesse, a curiosidade e a demanda profissional fossem tão grandes,
de infor- devido à dificuldade em falar sobre sexo — por esse assunto ainda ser um grande
tabu na sociedade — e à ausência de grandes produções científicas à luz da abor-
ais dessa dagem cognitivo-comportamental no campo da sexualidade.
Desse modo, refletimos sobre a importância das discussões sobre a sexuali-
dade humana em espaços acadêmicos e com profissionais de diversas áreas cien-
tificas, em virtude do desconhecimento e da enorme demanda.
ial, entre
SUGESTÕES
Sugere-se que o grupo seja realizado com profissionais de diversas áreas, para en-
riquecer os debates no que diz respeito à formação e à desmistificação de crenças
e comportamentos sexuais. Devido à dimensão do campo da sexualidade, acre-
ditamos que a troca de conhecimento entre diferentes profissionais é primordial
para a formação em sexualidade.

cialmen-
humana,
33

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REFERÊNCIAS
Dessunti, E. M., Soubhia, Z., & Alves, E. Múltiplos temas, compromissos comuns (pp.
(2009). A formação de recursos humanos 141-172). Universidade Estadual de Lon-
em saúde e a diversidade sexual. In M. N. drina. https://www.maryneidefigueiro.
D. Figueiró (Org.), Educação sexual: Múl- com.br/livros/educacao-sexual--multi-
tiplos temas, compromissos comuns (pp. plos-temas--compromissos-comuns
59-86). Universidade Estadual de Londri-
Maia, A. C. B., & Ribeiro, P. R. M. (2011).
na. https://www.maryneidefigueiro.com.
Educação sexual: Princípios para ação.
br/livros/educacao-sexual--multiplos-te-
Revista Paulista de Psicologia e Educação,
mas--compromissos-comuns
15(1), 41-51.
Figueiró, M. N. D. (2009). Educação sexu-
Sardinha, A. (2018). Baralho da sexualida-
al: Como ensinar no espaço da escola. In
de: Conversando sobre sexo com adolescentes
M. N. D. Figueiró (Org.), Educação sexual:
e adultos. Novo Hamburgo: Sinopsys.

34

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