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Edição
Janeiro / Fevereiro /
Março / Abril
2016
Boletim Informativo da
Sociedade Brasileira de
Neuropsicopedagogia
Edição 04 - Abril de 2016
Luiz Antonio Corrêa
Presidente
Marlene Gonzatto
Vice-Presidente
Aline Carolina Rausis
Secretária Executiva
Clarice Luiz Sant’Anna
Secretária Institucional
Rikeli Ferreira T. Hackbarth
Tesoureira
João Beauclair
Mayra Minohara
Rosa Elena Seabra Gaspar
Conselho Fiscal
Bárbara M. H. Rosa
Joselma Gomes
Vanessa Machado
Zilanda de Souza
Conselho de Ética
Fabrício Bruno Cardoso
Rita M. T. Russo
Vera Lúcia de Siqueira Mietto
Conselho Técnico-Profissional
ÍNDICE
Palavra do Presidente
Pag.4
Evento Nacional
Pag.6
Neuropsicopedagogia em Destaque
Pag.7
Textos
Resenha
Livro “Porque Não Somos Racionais: como o
Cérebro Faz Escolhas e Toma Decisões” de Ra-
mon Cosenza
pag.17
Artigos
Psicólogo, Pedagogo.
Doutor em Psicologia
Presidente da SBNPp
Sociedade Brasileira de
Neuropsicopedagogia
Espaço Multidisciplinar De
Aprendizagem
Afirmo com muita convicção e Enfatizo a importância da intervenção
alegria que abrir um “Espaço Multidisci- neuropsicopedagógica em casos neces-
plinar de Aprendizagem” faz parte de um sários e o encaminhamento acertivo no
sonho que começa a se tornar realidade processo educativo para melhorar o ren-
em Botucatu/SP. Agradeço à SBNPp e ao dimento escolar dos alunos. Os resulta-
CENSUPEG pelo apoio. Tenho certeza de dos positivos me proporcionam felicida-
que a Educação só poderá ser transfor- de e realização profisisonal.
mada por meio de novas competências
e muito comprometimento, e o Neurop-
Rosa Elena Seabra Gaspar
sicopedagogo possui papel fundamental
Botucatu-SP
neste processo.
Neuropsicopedagoga Clínica
A Neuropsicopedagogia transforma rea-
Membro do Conselho Fiscal da
lidades e rompe com paradigmas, e ao
SBNPp
educador é proporcionado novos olha-
SBNPp nº 00.308
res e novos conhecimentos.
Palestrante voluntário: Prof. Cristiano Pedroso (psicólogo, pedagogo, músico, graduando em matemá-
tica, especialista em gestão, neuropsicólogo, psicomotricista, mestre em distúrbios do desenvolvimento).
Ciência Neuropsicopedagógica E
Interfaces Com A Saúde
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de trans-
tornos mentais. Trad. Maria Inês Corrêa Nascimento... et al. 5.ed.rev.. Porto Alegre;
Artmed, 2014.
BRASIL. .MEC / SEESP. Educação inclusiva: atendimento educacional especializado
para a deficiência mental. Brasília: SEESP / MEC; 2006.
______.Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros curriculares nacionais:
documento introdutório. Brasília: SEF; 1996.
DANCEY, C.P.; REIDY, J. Estatística sem matemática para a psicologia. 5.ed – Porto
Alegre: Penso, 2013.
OMS. CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Orga-
nização Mundial de Saúde. 2003.
OMS. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10.
Porto alegre: Artmed, 1993.
OMS. Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacio-
nados à saúde da CID-10. 10 ed. rev. 5. Reimpr – São Paulo: Editora da universidade
São Paulo, 2014.
PASQUALI, L. Psicometria: Teoria dos testes na psicologia e na educação. 3.ed.
– Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
SAMPIERI R.H.; COLLADO C.F.; LUCIO P.B. Metodologia de pesquisa. 3. ed. São Pau-
lo: McGraw-Hill, 2006.
CONCLUSÃO
http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/RELATO-
RIO_MUNDIAL_COMPLETO.pdf - RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE A DEFICIÊN-
CIA / ultimo acesso em 13/12/2015.
http://www.abebe.org.br/wp-content/uploads/oms2001.pdf - RELATÓRIO
SOBRE A SAÚDE NO MUNDO 2001 Saúde Mental: Nova Concepção,
Nova Esperança/ ultimo acesso em 13/12/2015.
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf - DECLARAÇÃO
DE SALAMANCA - Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Ne-
cessidades Educativas Especiais / ultimo acesso em 13/12/2015.
https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.
aapb.org/i4a/pages/index.cfm%3Fpageid%3D3463&prev=search
Existe uma crença popular de que somos seres racionais. Em verdade, tal-
vez a crença exata seja de que “adultos são racionais” enquanto crianças e
adolescentes seriam mais “emocionais e impulsivos”. Sob esse véu da crença
na racionalidade humana acreditamos que decidimos de forma consciente e
lógica sobre os desafios do dia a dia, sempre em busca de nosso melhor inte-
resse. Pelo menos na maior parte do tempo.
Mas e se nosso melhor interesse tivesse na verdade outros desejos? E se,
ao invés de servir a “nós” estivesse servindo ao nosso cérebro? Mas o nosso
Msc. cérebro não é a sede de “nós mesmos”? O que o Professor Ramon Cosenza
Larissa Zeggio nos mostra em seu brilhante livro “Porque não somos racionais: como o cé-
Psicóloga, Mestre em rebro faz escolhas e toma decisões” é a explicação neurocientífica de como
Ciências da Saúde, Douto- nossas decisões cotidianas estão direcionadas por mecanismos cerebrais na
ra em Neurociências, com maior parte do tempo não conscientes e automáticos, ou fora daquilo que
pós-doutorado em Cognição. chamamos de “nós”. Esses mecanismos foram herdados evolutivamente para
Coordenadora do Curso de aumentar nossas chances de sobrevivência em um ambiente diferente da
especialização em Neuropsi- civilização humana moderna: onde recursos como alimento eram escassos,
cologia e professora do curso tínhamos que lutar fisicamente contra predadores naturais, não havia tecno-
de Neuropsicopedagogia do logia ou luz artificial, e os grupos sociais que interagíamos eram pequenos e
Censupeg. Diretora técnica do próximos – algo bem longe da nossa era de fastfoods, urbanização, serviços
Método FRIENDS no Brasil pelo 24 horas e facebook.
IBIES e Sócia-fundadora da Clí- O livro está organizado em nove capítulos. No primeiro capítulo, “As origens:
nica Mudanças Positivas. a evolução do cérebro e suas funções”, o autor apresenta as origens evolutivas
do cérebro e suas funções para subsidiar a compreensão do processo de to-
mada de decisões. No segundo capítulo, “A mente em dobro: duas cognições”,
traz os fundamentos e características dos diferentes tipos de processamento
cognitivo: Tipo 1 (T1) e Tipo 2 (T2). O T1 é um tipo de processamento cogniti-
vo automático e instintivo, mais antigo do ponto de vista evolutivo e, portan-
to, compartilhado com outros animais. É responsável pela aprendizagem por
condicionamentos e governado pelas emoções, dependente de estímulos do
ambiente e sendo o tipo utilizado na maior parte do tempo enquanto toma-
mos decisões. O T2 consiste em um processamento cognitivo mais complexo,
dependente de memória operacional (portanto mais limitado), baseado na
linguagem, e requer mais recursos cerebrais, sendo, por isso, utilizado me-
nos frequentemente. É o que popularmente chamamos de razão “objetiva” ou
“fria” ou “calculada”. O terceiro capítulo, “Caindo na rede: as ilusões cognitivas”,
aborda justamente as tendências automáticas de funcionamento cerebral
(vieses) que foram herdadas evolutivamente para interpretarmos e agirmos
no ambiente de forma rápida; o que aumentaria nossas chances de sobre-
vivência. Entretanto, o autor discute como esses vieses (o viés da disponibili-
dade, do enquadramento, da ancoragem e de confirmação) podem resultar
em soluções inadequadas em um ambiente complexo como o que vivemos
A utilização de algumas metodologias educacionais no ensino, destacan-
do-se o ensino de ciências, como mapas conceituais, noções de alfabetização
científica, situações-problema, tema gerador e fundamentação em pesquisa,
que partam da ação em sala de aula, e possam promover uma real aprendi-
zagem significativa de acordo com a realidade contextual de cada escola, de-
monstra-se altamente útil para promoção de um ensino de qualidade.
c) Atenção.
d) Memória.
e) Pensamento.
f) Linguagem.
DISCALCULIA
Por sua vez, a discalculia refere-se sobretudo a criança, evolutiva, pode dar-
se em adultos, mas não é lecional, e estaria associada, principalmente, com as
dificuldades de aprendizagem da matemática (GARCIA, 1995).
DISLALIA
DISORTOGRAFIA
Podemos ter três grupos de crianças (e também adultos) com este pro-
blema. Um primeiro grupo apresenta predomínio de desatenção, outro tem
predomínio de hiperatividade/impulsividade e o terceiro apresenta ambos,
desatenção e hiperatividade. É muito importante termos em mente que um
“certo grau” de desatenção e hiperatividade ocorre normalmente nas pessoas,
e nem por isso elas têm o transtorno. Para dizer que a pessoa tem realmente
esse problema, a desatenção e/ou a hiperatividade têm que ocorrer de tal for-
ma a interferir no relacionamento social do indivíduo, na sua vida escolar ou
no seu trabalho. Além disso, os sintomas têm que ocorrer necessariamente na
escola (ou no trabalho, no caso de adultos) e também em casa. Por exemplo,
uma criança que “apronta todas” em casa, mas na escola se comporta bem,
REFERÊNCIAS
ACAMPORA, Bianca. Psicopedagogia clínica: O despertar das potencialida-
des. Rio de Janeiro: Wak editora, 2013.
Volta-se como um ousado intento, tanto para os pais, bem como, para os
profissionais associados, porém, a primazia da inclusão corrobora para a que-
bra de paradigmas, e considerando a crescente presença de indivíduos acon-
dicionados pela síndrome de Edwards, é mister que independentemente do
prognóstico, a inserção de fato e não por direito, ocorra indistintamente.
REFERÊNCIAS
BATISTA, Marcus Welby; ENUMO, Sônia Regina Fiorim. Inclusão escolar e
deficiência mental: análise da interação social entre companheiros. Es-
tudos de psicologia, v. 9, n. 1, p. 101-111, 2004.
WINK, Daniel Vitiello et al. Síndrome de Edwards. Porto Alegre, setembro de,
2001.
! NOTA
O Conselho Fiscal da SBNPp cumprindo com às prerrogativas que lhe são inerentes, e de acordo com
o seu Estatuto informa que analisou os balancetes, movimentos e demonstrativos financeiros do pe-
ríodo de 1º de julho de 2014 a 30 de junho de 2015 aprovando-os, apresentando à insigne Assembleia
Geral para apreciação.
Membros da SBNPp
Gestão 2014-2016