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EQE-358 – MÉTODOS NUMÉRICOS EM ENGENHARIA QUÍMICA

2O PERÍODO /2009
PROFS. EVARISTO E ARGIMIRO

Gabarito da Lista de exercícios de Sistemas Algébricos


1) O modelo estacionário do estágio i de uma coluna de absorção de prato, na qual ocorre uma
reação química irreversível na fase líquida, é descrito pelas equações de balanço de massa
abaixo:
L  xi 1  V  yi 1  L  xi  V  yi  H  k  xi2 para i  1, 2,  , N (N: número total de pratos)
L: vazão molar da fase líquida;
V: vazão molar da fase gás;
H: número de mols da fase líquida no prato i;
k: constante de velocidade da reação [tempo-1];
xi : fração molar na fase líquida;
yi : fração molar na fase gás.
m  xi
A relação de equilíbrio entre as fases é dada pela expressão: yi  .
1    xi
Utilizando os seguintes valores das varáveis e de parâmetros: L = 40 kmol/h; V = 60 kmol/h;
H = 20 kmol; k = ½ h-1, m = 0,75 ,  = 0,05, N = 6; y0 = 0,254237 e x7 = 0 , as equações do
modelo transformam-se em:
2  2 xi2 
 yi 1   xi   yi    xi 1  0 para i  1, 2, 3, 4, 5, 6
3  3 6 
0, 75  xi
Em que y0  0, 254237 ; x7  0 e yi  para i  1, 2, 3, 4, 5, 6 .
1  0, 05  xi
Para resolver este sistema, adotam-se inicialmente os valores iniciais que constituem a
solução do problema linear:
2 (0)  (0) 2 (0)  (0)
 yi 1   xi   yi   xi 1  0 para i  1, 2, 3, 4, 5, 6
3  3 
Em que y0(0)  0, 254237 ; x7(0)  0 e yi(0)  0, 75  xi(0) para i  1, 2, 3, 4, 5, 6
Este sistema por ser linear e tri-diagonal pode ser resolvido recursivamente resultando nos
valores:
 x1(0)   0,168157 
 (0)   
 x2   0, 082744 
 x3(0)   0, 040037 
 (0)    
 x4   0, 018684 
 x (0)   0, 008007 
 5(0)  
 x  0, 002669 
 6   
1a) Explique sucintamente como estes valores foram determinados;
2 (0)  (0) 2 (0)  (0)
Substituindo yi(0)  0, 75  xi(0) em:  yi 1   xi   yi   xi 1  0 para i  1, 2, 3, 4, 5, 6
3  3 

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Resulta:
y0(0) 4 (0)
1  3  xi
xi(0)  2  xi(0)
1  0 para i  1, 2, 3, 4, 5, 6 , com x0    y0 ; x7(0)  0
(0) (0)

0, 75 3
x0(0) 2 (0) 4  y0(0) 2 (0)
Para i =1, tem-se: 3  x (0)
1 x(0)
0  2 x
(0)
2 x (0)
1    x2    x2
3 3 9 3
2 (0) 4  y0(0) 2 (0)
Para i  2, 3, 4, 5, 6 xi(0)   i   xi 1 , como x1(0)    x2 , tem-se
i 9 3

4  y0(0)
1  3 e  1 
9
2
1   i 1 
Mas: xi(0)  xi(0) , logo:
i 1

 2  (0)  i 1 2
3  xi(0)  xi(0)
1   3    xi   i 1  2  xi 1  xi 
(0) (0)
  xi(0)
1
  i 1  3
2
3
2
i 1 i 1
2 
Permitindo identificar: i  3  e  i  i 1 para i  2, 3, 4, 5, 6 , com
i 1 i

4  y0(0) x0(0)
1  3 e  1   .
9 1
Resultando em:
k 1 2 3 4 5 6
k 3,000000 2,333333 2,142857 2,066667 2,032258 2,015873

k 0,112994 0,048426 0,022599 0,010935 0,005381 0,002669

x7(0) 2
Como x7(0)  0 , x6(0)   6    6 e xi(0)   i   xi(0)
1 para i =5, 4, 3, 2, 1.
6 i
Obtém-se:
k 6 5 4 3 2 1
xk(0) 0, 002669 0, 008007 0, 018684 0, 040037 0, 082744 0,168157

1b) Para resolver o problema aplicou-se o método de Newton-Raphson ao sistema original,


indique abaixo como seria este procedimento indicando claramente a matriz Jacobiana
correspondente;
Representando o sistema pelas equações:
2  2 0, 75 x 
Primeira equação: f1  x1 , x2    y0  1    1   x1  x2  0
3  3 1  0, 05  x1 6 

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2 0, 75  xi 1  2 0, 75 x 
i´ésima equação: fi  xi 1 , xi , xi 1     1    i   xi  xi 1  0 para
3 1  0, 05  xi 1  3 1  0, 05  xi 6 
i = 2, 3,4,5
2 0, 75  x5  2 0, 75 x 
Última equação: f 6  x5 , x6     1    i   x6  0 .
3 1  0, 05  x5  3 1  0, 05  x6 6 
d  0, 75  x  0, 75
Em vista de    , tem-se:
dx  1  0, 05  x  1  0, 05  x 2

f1  x1 , x2   2 0, 75 x1  f  x , x 
J1,1    1     e J1,2  1 1 2  1
x1  3 1  0, 05  x  2
3 x2
 1 
fi  xi 1 , xi , xi 1 
; J i ,i  fi  xi 1 , xi , xi 1    1  2 
2 0, 75  0, 75 x 
J i ,i 1     ie
xi 1 3 1  0, 05  xi 1  2
xi  3 1  0, 05  x  2
3
 i 
f i  xi 1 , xi , xi 1 
J i ,i 1   1 para i = 2, 3,4,5
xi 1

f 6  x5 , x6  2 0, 75 f 6  x5 , x6   2 0, 75 x6 
J 6,5    e J     1    .
x5 3 1  0, 05  x5 2
6,6
x6  3 1  0, 05  x 2 3 
 6 
Os demais elementos da matriz J são nulos!
Ter-se-ia em cada iteração um sistema tridiagonal:
Primeira equação:

2  2 0, 75 x1 k    k 
b1 k    x1 k 1  x1 k     x2 k 1  x2 k    d1 k    y0  1   k 
 k 
  x1  x2
3  3 1  0, 05  x1 6 

i-ésima equação:

ai k    xik11  xik1   bi k    xi k 1  xi k     xik11  xik1   di k  

2 0, 75  xi1  2 xi k    k 
k
0, 75 k 
  
k   1   k 
   xi  xi 1
3 1  0, 05  xi 1  3 1  0, 05  xi 6 

Última equação:

2 0, 75  x5   2 x6 k    k 
k
k 
  k 1 k    k    k 1 k   k  0, 75
a6   x5  x5   b6   x6  x6   d 6    1      x6
3 1  0, 05  x5 k   3 1  0, 05  x6 k  6 
f  x , x , x  2 0, 75
Sendo: ai k   i i 1 i i 1   para i = 2, 3, 4, 5, e 6
xi 1 x 
k 3 1  0, 05  x k  2
i 1  i 1 
 
f i  xi 1 , xi , xi 1  xi k  
  1  
k  2 0, 75
bi   para i = 1, 2, 3, 4, 5, e 6
3 
xi
 
2
xi 
k  3 1  0, 05  xi k 
 

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1c) Como pode ser aproveitada a estrutura tri-diagonal da matriz Jacobiana no método
iterativo desenvolvido?
Após determinar os valores de ai k  , bi k  e di k  aplica-se em cada iteração o método de
Thomas levando-se em conta que ci k   1 (não varia com i e k!).
1d) Na Tabela a seguir apresentam-se os valores obtidos nas 3 primeiras iterações do
procedimento implementado em computador. Comente estes resultados!
xi Chute Inicial Iteração 1 Iteração 2 Iteração 3
x1 0,168157 0,162553 0,162543 0,162543
x2 0,082744 0,078082 0,078072 0,078072
x3 0,040037 0,037362 0,037356 0,037356
x4 0,018684 0,017350 0,017347 0,017347
x5 0,008007 0,007422 0,007420 0,007420
x6 0,002669 0,002472 0,002472 0,002472

2) Em um conjunto de reações químicas, para determinar o número de reações independentes


monta-se uma matriz composta pelos coeficientes estequiométricos das reações considerando-
os como positivo quando o componente for reagente na reação correspondente e como
negativo quando o componente for produto na reação (esta matriz se chama de matriz
estequiométrica). Assim para o conjunto de reações químicas:

1a Reação: 4 NH3 + 5 O2 
 4 NO + 6 H2O

2a Reação: 4 NH3 + 3 O2 
 2 N2 + 6 H2O

3a Reação: 4 NH3 + 6 NO 
 5 N2 + 6 H2O

4a Reação: 2 NO + O2 
 2 NO2

5a Reação: 2 NO 
 N2 + O2

6a Reação: N2 + 2 O2 
 2 NO2

A matriz estequiométrica correspondente a este esquema de reações é:

4 5 6 0 4 0 
4 3 6 2 0 0 
 
0 6 5 6
A  
4 0 
0 1 0 0 2 2 
0 1 0 1 2 0

 
0 2 0 1 0 2 

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O número de reações independentes é igual ao posto (rank) da matriz A, sendo neste exemplo
igual a 3 (três). Baseado nesta informação indique três reações do esquema apresentado que
sejam independentes entre si, justificando sua escolha pelo cálculo do posto da matriz
estequiométrica das reações escolhidas.
Primeira Tentativa: as três primeiras reações . Sexta Tentativa: Segunda, terceira e quinta reações.

 4 3 6 2 0 0 

 0  1  2 T

 4 5 6 0 4 0    1  2  4 T
B  augment M M M  B   4 0 6 5 6 0  rank( B)  2
B   4 3 6 2 0 0  rank( B)  2
Fracasso
B  augment M M M Fracasso  
   0 1 0 1 2 0 
 4 0 6 5 6 0 

Segunda Tentativa: Primeira, segunda e quarta reações. Sétima Tentativa: Segunda, terceira e sexta reações.

 4 5 6 0 4 0 
 0 1 3 T
B  augment M M M  B   4 3 6 2 0 0  rank( B)  3 Sucesso
  1  2  5 T
 4 3 6 2 0 0


  B  augment M M M B   4 0 6 5 6 0  rank( B)  3 Sucesso
 0 1 0 0 2 2   
 0 2 0 1 0 2 

Terceira Tentativa: Primeira, segunda e quinta reações. Oitava Tentativa: Terceira, quarta e quinta reações.

 4 5 6 0 4 0   4 0 6 5 6 0 
 0 1 4 T
B  augment M M M  B   4 3 6 2 0 0  rank( B)  2 Fracasso 
2 3 4 T
B  augment M M M  B 0 1 0 0 2 2  rank( B)  3 Sucesso
   
 0 1 0 1 2 0   0 1 0 1 2 0 

Quarta Tentativa: Primeira, segunda e sexta reações. Nona Tentativa: Terceira, quarta e sexta reações.
 4 5 6 0 4 0 
  0  1  5 T
 B   4 3 6 2 0 0  rank( B)  3  4 0 6 5 6 0 
 
B  augment M M M Sucesso
2 3 5 T
B   0 1 0 0 2 2 
  B  augment M M M rank( B)  3 Sucesso
 0 2 0 1 0 2   
 0 2 0 1 0 2 

Quinta Tentativa: Segunda, terceira e quarta reações. Décima Tentativa: Quarta, quinta e sexta reações.

 4 3 6 2 0 0   0 1 0 0 2 2 
 1 2 3 T
B  augment M M M  B   4 0 6 5 6 0  rank( B)  3 Sucesso 
 3  4  5 T
B  augment M M M  B   0 1 0 1 2 0 rank( B)  2 Fracasso
   
 0 1 0 0 2 2   0 2 0 1 0 2 

3) O método de Gauss-Jacobi consiste em resolver de forma iterativa o sistema linear de


n
equações: a
j 1
ij  x j  bi para i  1, 2,  , n na forma:

Sendo x (jr ) o valor da variável xj na iteração r. Este procedimento tem a convergência


n aij
garantida se:   1 para i  1, 2, , n .
j 1 aik
j k
Baseado nestas informações descreva claramente um procedimento iterativo,
inequivocamente convergente, resultante da aplicação do método de Gauss-Jacobi ao sistema
linear abaixo:
 x1  2  x2  4  x3  11

 2  x2  x3  3
4  x  x  2  x  16
 1 2 3

Variável x1:
Através da primeira equação: x1  11  2  x2  4  x3  2  4  6  1 : convergência não
assegurada
Através da segunda equação: 2  x2  x3  3  x1 não está presente: não é possível explicitar x1

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1 1 1 1 3
Através da terceira equação: x1  4   x2   x3       1 : convergência
4 2 4 2 4
assegurada
Variável x2:
11 1 1 5
Através da primeira equação: x2    x1  2  x3    2   1 : convergência não
2 2 2 2
assegurada
3 1 1
Através da segunda equação: x2    x3   1 : convergência assegurada
2 2 2
Variável x3:
11 1 1 1 1 3
Através da primeira equação: x3    x1   x2       1 : convergência
4 4 2 4 2 4
assegurada
Resultando no procedimento iterativo:
  k 1 1 k  1 k 
 x1  4  4  x2  2  x3

 3 1
 x2 k 1    x3 k 
 2 2
  k 1 11 1  k  1  k 
 x3  4  4  x1  2  x2

Com x1 0  x2 0  x3 0  0 , obtém-se os resultados:
k 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
x1 k  0 4,00 2,250 2,781 3,125 3,004 2,978 3,003 3,003 2,999 3,000 3,000

x2 k  0 1,50 2,875 2,000 1,875 2,027 2,016 1,993 1,999 2,001 2,000 2,000

x3 k  0 2,75 1,000 0,750 1,055 1,031 0,985 0,998 1,003 1,000 1,000 1,000

Este procedimento iterativo é representado graficamente a seguir:

X0 k 3

X1 k
2
X2 k
1

0
0 2 4 6 8 10
k

Para acelerar o algoritmo poderíamos modificar o método de acordo com (Gauss-Seidel):

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  k 1 11 1  k  1  k 
 x3  4  4  x1  2  x2

 3 1 k 1
x2     x3 
k 1

 2 2
  k 1 1  k 1 1  k 1
 x1  4  4  x2  2  x3

Com x1 0  x2 0  x3 0  0 , obtém-se os resultados:
k 0 1 2 3 4 5 6
x1 k  0 1,906 3,103 2,990 3,001 3,000 3,000

x2 k  0 2,875 1,918 2,008 1,999 2,000 2,000

x3 k  0 2,750 0,836 1,015 0,999 1,000 1,000

Este procedimento iterativo é representado graficamente a seguir:

X0 k
2
X1 k

X2 k
1

0
0 2 4 6 8 10
k

Mostrando-se assim a aceleração do procedimento, pois converge à solução em um menor


número de iterações!
4) Uma coluna de absorção é composta por N estágios de equilíbrio. As fases gasosa e líquida
percorrem a coluna em contracorrente, considera-se a fase gasosa composta de um gás inerte e
não solúvel na fase líquida transportando um soluto a uma concentração y [massa de
soluto/massa de gás inerte] e a fase líquida é composta por um líquido inerte e não volátil que
transporta o mesmo soluto a uma concentração x [massa de soluto/massa de líquido inerte]. A
relação de equilíbrio de fases em cada estágio é suposta linear: y = K  x. Considerando que o
líquido alimenta a coluna isento do soluto e baseado nas suposições chega-se às equações de
balanço do soluto:
Estágio 1: 0  1     X 1    X 2  0

Estágio i [i = 2, ..., N1]: X i 1  1     X i    X i 1  0

Estágio N: X N 1  1     X N    0

G y
onde   K  ; X i  i , G: vazão mássica de gás inerte (constante) e L: vazão mássica de
L yN
líquido inerte (constante).

7
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2O PERÍODO /2009
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4a) Mostre que a solução deste sistema linear e tri-diagonal é expressa por:
 i  1 
N 1i
Xi     N 1  para i  1,  , N . Como removeria a aparente singularidade desta
  1 
expressão para  = 1?
A equação de balanço do estágio i é: X i 1  1     X i    X i 1  0 com X0 =0 e XN+1 =1, essa
equação pode ser interpretada como uma equação de diferenças de segunda ordem, linear,
coeficientes constantes e homogênea. Para determinar sua solução, supõe-se que a mesma
pode ser expressa por: X i 1  p  X i , ou seja: X i  p  X i 1 e X i 1  p  X i  p 2  X i 1 ,
substituindo as duas últimas expressões em: X i 1  1     X i    X i 1  0 , resulta:

   p 2  1     p  1  X i 1   p  1     p  1   X i 1  0 , como X i 1  0 há dois valores de


1
p que satisfazem a equação: p  1 e p  o que permite expressar a solução da equação de

B  1    i 1 
diferenças por: X i  A  , como X 0  A  B  0  B   A e X i  1  i   A   i  A
 i
     
  N 1  1   N 1
Como: X N 1     A  1  A  . E, finalmente:
   N 1  1
N 1

 i  1 
X i   N 1i   N 1  para i  1,  , N
  1 
i  1 i
Note que: lim  , assim quando   1 a solução do problema é:
1  N 1  1 N 1
i
Xi  para i  1,  , N se  =1
N 1
4b) Para uma coluna com 10 estágios [N = 10] deseja-se calcular o valor de  que faz com
que haja a remoção de 90% do soluto da corrente gasosa, isto é deseja-se determinar  que
corresponda a X1 = 0,1. Deste modo o problema reduz-se à resolução da equação não linear:
  1    1 
X 1  10   11   0,1  10   11   0,1  0
  1    1 
Abaixo, representa-se o gráfico de X1 versus 
0.2

x1 z
k
0.1
x 1( sol )

0
0 0.5 1
z , sol
k

Aplicou-se a essa equação o método de Newton-Raphson obtendo-se os resultados:

8
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chute inicial = 0,8 chute inicial = 1,5 chute inicial = 0,4


iteração k iteração k iteração k
k k k
0 0,8 0 1,5 0 0,4
1 1,1704 1 0,9361 1 68,4705
2 1,0250 2 1,0294 2 -4,0824. 103
3 1,0197 3 1,0197 3 DIVERGIU
4 1,0196 4 1,0196
5 1,0196 5 1,0196
Descreva o procedimento iterativo aplicado e comente os resultados apresentados, em
particular, explicando por que com chute inicial = 0,4 o procedimento iterativo não convergiu.

5) Uma coluna de destilação de 3 pratos é operada de forma contínua para destilar um mistura
binária, segundo o esquema:

D , xd = x4
Condensador
[Estágio 4]

V y3 L,x4

Prato 3

V y2 L,x3

F, z Prato 2
(alimentação)

V y1 L+F,x2

Prato 1

V y0 L+F,x1

Refervedor B, xB = x0
[Estágio 0]

Em que as composições acima se referem à fração molar do elemento mais leve.


Considera-se esta mistura binária com a volatilidade relativa constante, isto é:
 y   1  xi  yi   xi
   i    xi  ou yi  para i = 0, 1, 2 e 3.
 1  yi   xi  yi    1  yi    xi  1  xi 

Os balanços molares do elemento mais volátil nos estágios são descritos por:

1  R    y0  x0    R 
F
Refervedor (estágio "0"):    x0  x1   0
 D

1  R    y1  y0    R     x1  x2   0
F
Prato 1:
 D
 F F
Prato 2 (prato de alimentação): 1  R    y2  y1    R    x2  R  x3   z
 D D

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Prato 3: 1  R    y3  y2   R   x3  x4   0
Condensador (estágio 4): y3  x4  0

Sendo: R = L/D: razão de refluxo; V=(1+R).D: vazão molar do vapor.


Além destes balanços têm-se os balanços globais:
 BD  F

 B  xB  D  xD  F  z
Sendo: xB = x0 e xD = x4.
Sabendo-se que F = 100 kmol/h e z = 0,5, considere os dois problemas:
5a) Dados D = 80 kmol/h e R = 5 calcular as vazões molares B, L e V e as composições
internas da coluna;
5b) Dados xD = 0,8 e xB = 0,25 calcular as vazões molares D, B, L, V e R e as composições
internas da coluna.

Descreva de forma detalhada os procedimentos numéricos que deveriam ser implementados


para resolver cada um dos problemas, enfatizando em sua descrição as condições iniciais a
serem adotadas.
Abaixo se apresentam os resultados convergidos aplicando procedimentos numéricos
adequados:
Problema a: B = 20 kmol/h; L = 400 kmol/h e V = 480 kmol/h

i 0 1 2 3
xi 0,009 0,034 0,117 0,292
(produto de fundo)
yi 0,035 0,122 0,347 0,623
(produto de topo)

Problema b: D = 61,538 kmol/h; B = 38,462 kmol/h; L = 489,721 kmol/h; V = 551,26 kmol/h


e R = 7,958

i 0 1 2 3
xi 0,020 0,072 0,222 0,500
(produto de fundo)
yi 0,075 0,236 0,533 0,800
(produto de topo)

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6) No sistema hidráulico abaixo, uma bomba centrífuga é utilizada para transferir líquido de
um tanque a outro, estando os tanques no mesmo nível

p1 p3

p2 Q

A bomba eleva a pressão do líquido de p1 (pressão atmosférica) a p2, mas ocorre uma perda de
carga na tubulação que liga os dois tanques e a pressão na saída da tubulação cai para p3
novamente a pressão atmosférica.
A elevação da pressão devido à bomba centrífuga é dada por sua curva característica e é
expressa por:
p2  p1  a  b  Q 3/ 2
Sendo a e b constantes características da bomba e Q a vazão volumétrica.
f M   L  Q 2
A perda de carga na tubulação é expressa por: p2  p3  8 
2  D 5
Sendo:
fM : fator de atrito de Moody do interior da tubulação (suposto constante);
 : massa específica do líquido;
L : comprimento da tubulação;
D: diâmetro interno do tubo.
Calcule a vazão de líquido e a pressão na saída da bomba nos dois casos abaixo:
Dados 1 Dados 2

D (polegadas) 1,049 2,469


L (pés) 50,0 210,6
fM (adimensional) 0,032 0,026
a , psi 16,7 38,5
b, psi/(gpm)1.5 0,052 0,0296
Resolver o problema para os dois conjuntos de dados e para os dois líquidos: (a) água:  =
62,4 lbm/ft3 ; (b) querosene:  =51,4 lbm/ft3.

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 .052  psi
 1.049   50   62.4  lb  .032   16.7  b   
D     in L     ft     fM    a     psi  .0296  gal 1.5
 2.469   210.6   51.4  ft3 
.026   38.5   
 
 min 
p ref  1 atm
 2
 
a  1.136   a  p ref  3 
   
  
0
p ref  2.62 
 b0    7.198  10 4  m3
Qref    Qref   
 3 s
 2
  5.456  10 
 a p 3
 1 ref 
  
 b1  
  
b  Q 1.5   8 f    L  Q 2
 M 0 0  ref  
 0  ref 0   0  0
 
 
    D   p ref 
p ref 2 5
       0.15 
   
0.136 0
 1.5      
b   Qref   1.62   2  0.337 
 1 1   8 fM1 1 L1  Qref 1  
 
 p ref
  
   D   p ref
2 5
 
 1 

  1 
d  d 

0  0.824 

x  1      x
0  i i 1  1.5   1  i 1.5 x1 
f ( xi j )    F( xi j )   
 1 2   d x 
j  1
 x  1   d  x 2   i j 1 
 0 i 
  i .75 
1 
 i i  1  
x  1      x .75 
g ( xij )   G( xi j )   x 
0 4
 x  1   d x   1 
 0 i j 1   1   d 
 i j

p2adm( xi)  1       x 
1.5 2 1.5 .75
ff ( xi j )      x   d x gg ( xi j )      x   d x
i i i j  i i  i i i j

iter  4
i  0 j  0 k  1  iter

 2 
 
 2

x  
 1     
3
k k 1 k 1 k 1
 i   x  x  lsolve F x ij f x ij
   
 i  

x 
 2 1.656 1.697 1.703 1.703 

 1 2.681 2.205 2.162 2.162 

gal
p 2  x  1 atm p 2  1.703atm p 2  25.027psi Q  x  Qref Q  24.662
0 iter 1 iter i min

k  0  iter 
f x
iter
ij  8
 1.959  10

 2 
  k  1  iter
 4 
x  
   1 
3 k
x  x
k 1
 lsolve G x 
k 1
i j g x  
k 1
ij 
 i  
   
 i  

x 
 2 1.656 1.703 1.703 1.703 

 1 4.361 4.671 4.672 4.672 

 
gal
p 2  x  1 atm p 2  1.703atm p 2  25.027psi Q  x  Qref Q  24.662 iter
0 iter 1 iter i min g x ij 0
X  1 X  root ( ff( X ij) X ) X  2.162 p2adm( X i)  1 atm  1.703atm p2adm( X i)  1 atm  25.027psi

gal
X  Qref  24.662
i min

12
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7) Na realidade o fator de atrito de Moody no interior da tubulação é função do número de


D   u Q
Reynolds, Re  onde u  : velocidade média no interior do tubo e  :
    D / 2
2

viscosidade do líquido, e da rugosidade interna do tubo em acordo com:


64
(i) Para Re  2000: f M  ;
Re
(ii) Para Re > 2000, o valor de fM é solução da Equação de Colebrook expressa por:

1   2,51 
 2  log   
fM  3, 7  D Re f M 
onde : rugosidade interna do tubo;
D: diâmetro interno do tubo.
Um bom chute inicial para essa equação é a equação de Blassius expressa por:

f M  0.316  Re 0.25 que é válida para tubulações lisas (=0) e escoamento turbulento.
Refaça todas as situações do problema 1 com essas novas considerações usando
 = 0,0005 ft.
9   adm 2.52 x 
TOL  10
 
f xRe  adm  x  2 log   
 3.7 Re 


Moody Re  adm   fM 
64
Re
if Re  2000

otherwise
.125
Re
x
.316

x  root f xRe  adm x  
1
fM 
2
x
fM

D    Qref
i j i  .0005 ft 
Reref ( ij)   D   5.72  10 3 
  
0 
  
2
 Di 
     .0005 ft   3
 2 j  D   2.43  10 
 1 

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 x  1       x   
1.5
 0  i i 1  
F( xij)    I  
1 0
x  1  Moody  Reref ( ij)  x      d   x  2  i  0 j  0
0 1 i i j 1  0 1

 2 
J( xi j )  y  F( xi j )  
for k  0  1  2

X   3  0 
k
J  10  Fx  10
4  4 k  
 I i j  y
 1
 i  
F( X i j)   
 0.84 
   
J  i  

iter  5 k  1  iter X
k
 X
k 1
 lsolve J X  k 1
 
i j F X
k 1
i j 

X
 2 1.666 1.704 1.708 1.709 1.709  iter
 V  X
 1 2.634 2.182 2.143 2.143 2.143 

gal
p 2  V  1 atm p 2  1.709atm p 2  25.108psi Q  V  Qref Q  24.453
0 1 i min

x  1 x  root ( g ( xi j ) x) x  x x  2.143


l
 x  1       x   
.75
G( xij)   0  i i 1  
0 ref 
x  1  Moody Re ( ij)  x     d  x 
1 i i j 1 
 2 
J( xij)  y  G( xi j)  
0  
4
for k  0  1
X   3
k
J  10  Gx  10
4  4 k 
 I ij  y   1
 i  
   
J  i  

X
k
 X
k1

 lsolve J X
k1
 
ij G X
k 1
ij  V  X
iter

 2 1.666 1.708 1.709 1.709 1.709 


X 
 1 4.267 4.592 4.593 4.593 4.593 

gal
p 2  V  1 atm p 2  1.709atm p 2  25.108psi Q  V  Qref Q  24.453
0 1 i min

8) As principais reações que ocorrem na produção de gás de síntese através da oxidação


parcial do metano com oxigênio são:
CH 4  1 2 O2  CO  2H 2

CH 4  H 2 O  CO  3H 2

H 2  CO2  CO  H 2 O

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Calcule a relação entre as vazões molares de oxigênio e metano na alimentação de um


reator de gás de síntese operando adiabaticamente, tal que a temperatura de equilíbrio da
mistura no interior do reator seja igual a 2200oF. A pressão de operação do reator é igual a 20
atm e a temperatura de entrada dos reagentes é igual a 1000oF.
Considerando o comportamento da mistura reacional como ideal as seguintes relações
de equilíbrio prevalecem:
pCO  pH2 2 pCO  pH3 2
Reação 1: K 1   1,3 1011 Reação 2: K 2   1, 7837 105
pCH 4  pO2 pCH 4  pH 2O
1
2

pCO  pH 2O
Reação 3: K 3   2, 6058
pC 02  pH 2

Sendo: pCO ; pCO2 ; pH 2O ; pH 2 ; pCH4 e pO2 são as pressões parciais, respectivamente, do CO,
CO2, H2O, H2, CH4 e O2.
As entalpias dos diversos componentes envolvidos no processo a 1000 e 2200oF estão listadas
abaixo:
Componente o o
H 1000 F H 2200 F
(BTU/lbmol) (BTU/lbmol)
CH4 -13492 8427
H2O -90546 -78213
CO2 -154958 -139009
CO -38528 -28837
H2 10100 18927
O2 10690 20831

Uma quarta reação química também ocorre a altas temperaturas:


2
pCO
Reação 4: C  CO2  2CO  K 4  1329,5
 aC  pC 02

aC é a atividade do carbono no estado sólido (seu valor pode ser considerado como unitário).
Considerando em primeira instância a inexistência da reação 4 e as seguintes variáveis:
x1 : número de mols do CO no equilíbrio/mol de CH4 na alimentação ;
x2: número de mols do CO2 no equilíbrio/mol de CH4 na alimentação ;
x3 : número de mols do H2O no equilíbrio/mol de CH4 na alimentação ;
x4 : número de mols do H2 no equilíbrio /mol de CH4 na alimentação;
x5: número de mols do CH4 no equilíbrio /mol de CH4 na alimentação;
x6: número de mols do O2 na alimentação /mol de CH4 na alimentação;
x7: número total de mols dos produtos /mol de CH4 na alimentação.

15
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Devido ao valor elevado da constante de equilíbrio da primeira reação, pode-se


considerar como se todo o oxigênio alimentado ao sistema fosse consumido, isto é: pO2  0 ,
com essa consideração os balanços de massa de cada elemento químico presente e o balanço
de energia conduzem ao sistema de equações:
Balanço de oxigênio: 2  x6  x1  2  x2  x3
Balanço de hidrogênio: 4  2  x3  2  x4  4  x5
Balanço de carbono: 1  x1  x2  x5
Balanço global do produto: x7  x1  x2  x3  x4  x5
2
Equilíbrio da segunda reação: Ptotal  x1  x43  1, 7837 105  x3  x5  x72

Equilíbrio da terceira reação: x1  x3  2, 6058  x2  x4


Balanço de energia:
28837  x1  139009  x2  78213  x3  18927  x4  8427  x5  13592  10690  x6
Resolva este sistema de equações algébricas.
pCO2
P  x2
Após resolver o sistema calcule: K   total 1 com aC  1 . Se K  K 4  1329,5 há
aC  pC 02 x2  x7
possibilidade de formação de carvão sólido no interior do reator, caso contrário tal não ocorre.
Verifique qual das possibilidades prevalece!
 38528 28837 
Entalpias dos Componentes  154958 139009
  2
90546 78213 
H  
P
P  20  
 10100 18927  5
 1
 13492 8427
 1.783710 H  H
  H
1 0
 10690 20831 

4
Número Total de Mols da Mistura xT( x)   x
i
i0
Montagem do vetor das funções

 x x 
 0
x 
2
x 
 2 1 2 5 
 x  x  2 x  2 
 2 3 4 
 x x x 1
0 1 4

 
f ( x)   4 


i  0
 H x   H
i 1 i 4 0
 H x 
5 0 5

 
 x  x  2.6058x
0 2
 x
1 3 
 
   x   x  3  xT( x) 2 x  x 
 0 3 2 4 

16
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Montagem da Matriz Jacobiana


Elementos da última linha da matriz Jacobiana: g 0( x)    x 33  2 xT(x)x2 x4 g 1( x)  2 xT( x)  x  x
2 4

4 
g 2( x)  xT( x)  x  2 x  xT( x)
2  0  3
g 3( x)  3   x  x
2
 2 xT( x)  x  x
2 4 
g 4( x)  xT( x)  x  2 x  xT( x)
2 4 
 .5 1 .5 0 0 1 
 I  identity ( 6)
 0 0 1 1 2 0  Jnumerico( x)  y  f ( x)
 1 1 0 0 1 0  for j  0  5
J( x)   H 
 0 1 H1 1 H2 1 H3 1 H4 1 H5 0  v  x  10
 4 j
I
 x 2.6058 x x 2.6058 x 0 0  j f ( v )  f ( x)
 2 3 0 1  J 
 g 0( x) g 1( x) g2( x) g3( x) g 4( x) 0  4
  10
J
Chute Inicial : considera apenas a primeira reação

1  0 
0  0 
   
X    f ( X )  
0 0 
J( X )  0.306 Jnumerico( X )  0.306
2  0.111 
0  0 
   
 .5   0.018 
Newton nume ( x)  y  f ( x)
Newton ( x)  y  f ( x)
k0
k0
k
k X x
X x
9
9 while y  10
while y  10

x X
k
 lsolve J X
k

y   x X
k
 lsolve  Jnumerico X

k
y    
y  f ( x) y  f ( x)
kk 1 kk 1
k k
X x X x
X X

x  X M  Newton ( x) K  cols ( M) K6

M 1  Newton nume ( x)
K1  cols M1  K1  6

 1 0.961 0.961   1 0.783 1.013 0.964 0.961 0.961 



0.783 1.013 0.964
  
 0 0.028 0.027 0.027 0.027 0.027
  0 0.028 0.027 0.027 0.027 0.027

 0 0.145 0.135 0.137 0.137 0.137 
 0 0.145 0.135 0.137 0.137 0.137 
M1  
M 1.841 
1.841 
2 1.478 1.945 1.846 1.841
2 1.478 1.945 1.846 1.841  
   0 3
 0 3 0.189 0.04 8.521  10 0.011 
0.011 
0.011
0.189 0.04 8.521  10 0.011  
   0.5 0.492 0.601 0.578 0.577 0.577 
 0.5 0.492 0.601 0.578 0.577 0.577 

K 1 T
Valores Convergidos x1  M x1  ( 0.961465 0.027466 0.137033 1.840831 0.011068 0.576715)

 T  ( 0
f x1 0 0 0 0 0 )

Cálculo do número total de mols da mistura e das frações molares


x1
 
n total_1  xT x1 n total_1  2.978 i  0  4 z1 
i
i
n total_1
T
z1  ( 0.32287084 0.00922354 0.04601709 0.61817168 0.00371685)
Verificação da possibilidade de existência de carvão sólido:

2
P  x1 
Kmedio 
 0
Kmedio  226.042 como esse valor é menor do que 1329.5(K_4) não há carbono sólido
x1  xT x1
1
  presente no reator!

17
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9) Refaça o problema 3 considerando a possibilidade da primeira reação não ser completa,


isto é, considere a possibilidade de haver oxigênio não reagido no produto.
Considerando:
x6: número de mols do O2 no equilíbrio /mol de CH4 na alimentação;
x7: número total de mols dos produtos /mol de CH4 na alimentação.
x8: número de mols do O2 na alimentação /mol de CH4 na alimentação;
Equilíbrio da primeira reação:
3
pCO  pH2 2 x  x2 P 
2

  total   1,3 1011   Ptotal  2  x1  x42  1,3 1011  x5  x6   x7  2


3 3
 1 4
pCH 4  pO22 x5  x6
1

 x7 
2
O equilíbrio da segunda reação indica: Ptotal  x1  x43  1, 7837 105  x3  x5  x72
Dividindo a última equação pela anterior, resulta:
1, 7837 105  x3  x7 1,3 1011
Ptotal  x4    Ptotal  x4  x6  x3  x7 , elevando ambos os
1,3 1011  x6 1, 7837 105
2
 1,3 1011  6
  
2
membros ao quadrado:   x4  P  x  x  xi , permitindo calcular:
 1, 7837 10
5 total 6 3
 i 1
5
 x3    xi
2
6
x6  i 1
2
e x7   xi
 1,3 1011  i 1
 x4   Ptotal   x3 
2

 1, 7837 10
5

Resultando no sistema:
Balanço de oxigênio: 2  x8  x1  2  x2  x3  x6
Balanço de hidrogênio: 4  2  x3  2  x4  4  x5
Balanço de carbono: 1  x1  x2  x5
Balanço global do produto: x8  x1  x2  x3  x4  x5  x6
2
Equilíbrio da segunda reação: Ptotal  x1  x43  1, 7837 105  x3  x5  x72

Equilíbrio da terceira reação: x1  x3  2, 6058  x2  x4


Balanço de energia:
28837  x1  139009  x2  78213  x3  18927  x4  8427  x5  20831  x6  13592  10690  x8
5
 x3    xi
2
6
Nas equações acima as expressões x6  i 1
2
e x7   xi
 1,3 1011  i 1
 x4   Ptotal   x3 
2

 1, 7837 10
5

são substituídas!

18
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TOL  10
 38528 28837 
Entalpias dos Componentes  154958 139009
  P  20
90546 78213 
H   2
 10100 18927  1.3 10
11
 
P
H 
1
H
 13492    5 H
8427  1 0
  P
1.5 1.783710
 10690 20831 
9
  1.453  10

5
Número Total de Mols da Mistura xT( x)   x
i
i 0
Montagem do vetor das funções
 x
0
x
2 
 x 
1
x x
5 6

 2 2 
 x  x  2 x  2 
 2 3 4

 x x x 1
0 1 4

 
 5 
f ( x)   Hi1xi  H4 0  H5 0x6
i  0 
 
 x  x  2.6058x x 
0 2 1 3
 
   x0  x3 3  xT( x) 2 x2 x4 
 
 0  3
 x  x 2   x ( x) 1.5 x  x 
T 4 5 
Montagem da Matriz Jacobiana
Elementos da última linha da matriz Jacobiana: g 0( x)    x  33  2 xT(x)x2x4 g 1( x)  2 xT( x)  x  x
2 4

4 
g 2( x)  xT( x)  x  2 x  xT( x)
2  g 3( x)  3   x  x
0  3 2
 2 xT( x)  x  x
2 4 
g 4( x)  xT( x)  x  2 x  xT( x)
2 4 
 3
g5( x)  x
2
 1.5  xT( x)
0.5
x  x
4 5
g6( x)  1.5  xT( x)
0.5
x  x
g7( x)  2  x  x  1.5  xT( x)
4 5
0 3
0.5
x  x
4 5

g8( x)   xT( x)  x  xT( x)  1.5 x
5 4  g9( x)   xT( x)  x 
 T )
x (
4  2 x
x
 1.5 x

5
 5 
 .5 1 .5 0  0 1 1
 
 0 0 1 1 2 0 0

 1 1 0 0 1 0 0 
H H H H H H H 
J( x)   0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 5 0 
 x 2.6058 x x 2.6058 x 0 0 0 
 2 3 0 1

 g 0( x) g 1( x) g 2( x) g 3( x) g 4( x) 0 0 
 
 g5( x) g6( x) g6( x) g7( x) g8( x) g9( x) 0 

19
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Chute Inicial : solução do problema 3o

 0 
 0.961465  
 0.027466  0 
   6 
1  10
 0.137033  
X   1.840831 f ( X )   2.942  10 
7 16
J( X )  2.1  10
   
 0.011068  2.497  10 6 
 10 16   
   2.996  10 7 
 0.576715  
 2.431 
T
x1  ( 0.961465 0.027466 0.137033 1.840831 0.011068 0.576715)

Newton ( x)  y  f ( x)
k0
k
X x
6
while y  10

x X
k
 lsolve J X 
k
y  
y  f ( x)
kk 1
k
X x
X

x  X M  Newton ( x) K  cols ( M ) K  28

25 26 27
0 0.961 0.961 0.961
1 0.027 0.027 0.027
2 0.137 0.137 0.137
M
3 1.841 1.841 1.841
4 0.011 0.011 0.011
5 1.557·10 -15 1.553·10 -15 1.553·10 -15
6 0.577 0.577 ...

Valores Convergidos x  M
K1 T 
x  0.961465 0.027466 0.137033 1.840831 0.011068 1.553288 10
 15 
0.576715
T T
f ( x)  ( 0 0 0 0 0 0 0.000001 0i ) x1  ( 0.961465 0.027466 0.137033 1.840831 0.011068 0.576715)

Cálculo do número total de moles da mistura e das frações molares


x
i
n total  xT( x) n total  2.978 i  0  5 z 
i n total
T
z  ( 0.32287084 0.00922354 0.04601709 0.61817168 0.00371685 0 )
T
z1  ( 0.32287084 0.00922354 0.04601709 0.61817168 0.00371685)

Verificação da possibilidade de existência de carvão sólido:

Kmedio 
P x
0  2 Kmedio  226.042 como esse valor é menor do que 1329.5(K_4) não há carbono sólido
x  xT( x) presente no reator!
1

20
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10) Considere o sistema hidráulico esquematizado abaixo:

  Tubo D
 Bomba B Tubo C  Tubo E
Bomba A

As pressões p1 e p5 nos pontos  e  podem ser consideradas como iguais à pressão


atmosférica. As equações que descrevem o escoamento em cada trecho do sistema são:
Ponto de junção  : QE  QD  QC

Bomba A : p2  p1   A   A  QC2 ; Bomba B : p3  p1   B   B  QD2

f M   LC  QC2
Perda de carga no tubo C: p2  p4  8 
2  Dc5

f M   LD  QD2
Perda de carga no tubo D: p3  p4  8 
2  DD5

f M   LE  QE2
Perda de carga no tubo E: p4  p5    g   z5  z4   8 
2  DE5
Onde z5  z4  70  ft (elevação da tubulação) , fM = 0,02792,  = 62,43 lbm/ft3 (água),
p1 = p5 = 1,00 atm e

Bomba  A (psia)  A psi/(gpm)2

A 156,6 0,00752
B 117,1 0,00427

Tubo D (inch) L (feet)


C 1,278 125
D 2,067 125
E 2,469 145

21
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Calcule p2, p3, p4, QC, QD e QE.

9 psi
TOL  10 A  156.6 psi  A  .00752 psi
2 B  117.1 psi  B  .00427
gpm 2
gpm
lb m
z  70 ft fM  .02792   62.43 p ref  1 atm g  9.80665
3 2
ft s
DC  1.278 in LC  125 ft DD  2.067 in LD  125 ft DE  2.469 in LE  145 ft

A  p ref fM   LE Qref_2  g  z


Qref_2  fM   LC Qref_2 fM   LD Qref_2 CE  8 p 
A CC  8 CD  8 2 5 p ref
2 5 2 5   DE  p ref
  DC  p ref   DD  p ref
A B A  B Qref_2
CA  1  CB  1  d A  1 d B 
p ref p ref p ref p ref

1 dA 0 0 0 0
 x0  d A  x1  CA   
  0 0 1 dB 0 0 
 x2  d B x3  CB  1 CC 0 0 1 0

   
 x  x  CC x 
0 4 1 J( x)  0 0 1 CD 1 0 
f ( x)     
x  x  CD x
 2 4 3  0 0 0 0 1 CE
 x  1  p  C  x   
 4 E 5    x   x
1 
 1 
3
0  1  
5 1
x  x  x  2 x  x
3 1 3  

0



x 
1


x
3

0 1 

1  1   1 9.656 0 0 0 
0
1  2.485  0 0 1 5.483 0 
0
     
17.734  1
x     J( x)  
1 1 17.734 0 0 0 
f ( x) 
1  1.602  0 0 1 1.602 1 0 
1  1.301  0 0 0 0 1 0.764

     
1  3   0 2 0 2 0 1 

k  0  3 x
k 1 k k
 x  lsolve J x f x
k
     k  0  4   f x
k
k
 
1 7.968 7.929 7.929 7.929 
1 0.382 0.386 0.386 0.386 
 
x 
1
1 2.954 2.866 2.866 2.866  T 
  18.301 0.184 2.232  10
6
0 0 
1.097 1.113 1.113 1.113 
1 
1.196 1.083 1.083 1.083
 
1 2.958 2.81 2.81 2.81 

p 1  x p p 1  7.929 atm QA  Qref_2 x QA  85.349gpm



0 3 ref 1 3

p 2  x p p 2  2.866 atm QB  Qref_2 x QB  144.919gpm



2 3 ref 3 3

p 4  x p p 4  1.083 atm QE  Qref_2 x QE  230.267gpm



4 3 ref 5 3

VERIFICAÇÃO DA SOLUÇÃO:

2
p 1  p ref   A   A  QA
2 fM   LC QA
 0 atm
  p 1  p 4  8  0 atm
2 5
  DC
p 2  p ref   B   B QB
2  15
   1.149  10  atm
2
fM   LD QB
2 p 2  p 4  8  0 atm
fM   LE QE 2 5
p 4  p ref   g  z  8  0 atm   DD
2 5
  DE

22
11) Resolva o sistema linear abaixo:
 3 2 0 0 0 0 0   x1   1 
     
 3 4 1 0 0 0 0   x2   2 
 0 1 2 1 0 0 0   x3   3 
     
 0 0 4 6 2 0 0    x4    0 
 0 0 0 2 6 4 0   x5   3 
     
 0 0 0 0 1 2 1  x6   2 
 0 0 0 0 0 3 4   x7   1 

Thomas ( n a b c d )   b
0 0
d
0
 
0 
0
for i  1  n  1
a c
i i 1
 b 
i i 
i 1
d  a 
i i i 1
 
i 
i
x 
n 1 n 1
for i  n  2  0
c
i
x   x
i i  i 1
i
x

0 3 2 1


       
3 4 1 2
1 2 1 3
a   4  b   6  c   2  d   0 
        x  Thomas ( 7 a b c d )
2 6 4 3
1 2 1 2
3 4 0 1
       

T
x  ( 4.583 6.375 9.75 10.125 10.875 10.5 8.125)

12) Resolva a equação de diferenças:


ui  2  4  i  ui 1  ui  i para i  1, 2, 3, , n com u1  0 e un  2  1 .
Resolva para n = 4, 5 e 6.
n  4

i  0  n  1 a  1 b  4 ( i  1) c  1 d  i  1 d  d 1
i i i i n 1 n 1

x  Thomas ( n a b c d ) x  1


n

T
x  ( 0.201 0.198 0.219 0.174 1 )

r  4 x  x  1 i  1  n  1 r  x  4( i  1)  x  x  ( i  1) r 0
0 0 1 i i 1 i i 1

n  5

i  0  n  1 a  1 b  4 ( i  1) c  1 d  i  1 d  d 1
i i i i n 1 n 1

x  Thomas ( n a b c d ) x  1


n

T
x  ( 0.2 0.198 0.215 0.225 0.189 1 )

r  4 x  x  1 i  1  n  1 r  x  4( i  1)  x  x  ( i  1) r 0
0 0 1 i i 1 i i 1

n  6

i  0  n  1 a  1 b  4 ( i  1) c  1 d  i  1 d  d 1
i i i i n 1 n 1

x  Thomas ( n a b c d ) x  1


n

T
x  ( 0.2 0.198 0.215 0.222 0.229 0.199 1 )

r  4 x  x  1 i  1  n  1 r  x  4( i  1)  x  x  ( i  1) r 0
0 0 1 i i 1 i i 1

13) O modelo estacionário do estágio i de uma coluna de absorção de prato é descrito pela
equação de balanço de massa:
L  xi 1  V  yi 1  L  xi  V  yi para i  1, 2,  , N (N: número total de pratos)
L: vazão molar da fase líquida;
V: vazão molar da fase gás;
xi : fração molar na fase líquida;
yi : fração molar na fase gás.
Sabendo-se que a relação de equilíbrio entre as fase é linear e dada pela expressão:
yi = m . xi, sugira um procedimento iterativo para resolver este sistema conhecendo-se: L, V,
m , y0 e xN+1 > Para ilustrar seu procedimento adote: L = 40; V = 65; m = 0,72; N = 6; y0 = 0,25
e x7 =0.
Avalie o que ocorre com as composições de saída [x1 e yN] quando N tende a infinito.
L
Com yi = m . xi e considerando: R  , tem-se:
V
y0
R  xi 1   R  m   xi  m  xi 1  0 para i  1, 2,  , N com x0  e xN 1  0
m
R
Buscando uma solução da forma: xi   i   xi 1 como xN 1  0  xN   N
i
Com i = 1 tem-se:
y0 R
R  x2   R  m   x1  m  x0  R  x2   R  m   x1  y0  0  x1    x2
Rm Rm
y0
permitindo identificar: 1   R  m  e 1 
1
R
Com i = 2, 3, ....  R  m   xi  m  xi 1  R  xi 1 mas: xi 1   i 1   xi , então:
i 1

 mR   mR 
Rm   xi  m   i 1  R  xi 1   R  m    xi  m   i 1  R  xi 1
 i 1   i 1 

m R m   i 1 y
i   R  m   e i  para i = 2, 3, ...N; com: 1   R  m  e 1  0 .
i 1 i 1

Após determinar 1 ,  1 ,  2 ,  2 ,   N ,  N , tem-se: xN   N determinando-se a seguir:

R
xi   i   xi 1 para i   N  1 ,  N  2  ,  , 2, 1
i
40
Exemplo numérico: L = 40; V = 65; m = 0,72; N = 6; y0 = 0,25 e x7 =0. Logo: R   0, 615
65
Obtém-se:
i 1 2 3 4 5 6
i 1,335 1,004 0,894 0,840 0,808 0,787

i 0,187 0,134 0,108 0,093 0,083 0,076

E a seguir:
i 6 5 4 3 2 1
i 0,076 0,140 0,196 0,243 0,283 0,318

Quando N é muito elevado, a corrente líquida que saí do primeiro estágio tende a estar em
y 0, 25
equilíbrio com y0, isto é: x1  0   0,347 .
m 0, 72
 R y
Como: R  xN 1  R  x1  m  xN  y0  0  xN   1    0  0, 05
 m m
O mesmo resultado poderia ser obtido considerando que a solução de:
y0
R  xi 1   R  m   xi  m  xi 1  0 para i  1, 2,  , N com x0  e xN 1  0
m
é da forma: xi  A  p i  xi  p  xi 1 e xi 1  p  xi  p 2  xi 1 , isto é:

R  xi 1   R  m   xi  m  xi 1   R  p 2   R  m   p  m   xi 1  0

Implicando em R  p 2   R  m   p  m   p  1   R  p  m   0 que apresenta duas raízes:

m
p1  1 e p2  . A solução geral do problema é então:
R

m
i
y y   m  i  y  m i
xi  A  B    . Como x0  0  A  B  B  0  A , logo: xi  A  1      0    .
R m m   R   m  R 
  m  N 1  y0  m  N 1 y 1
Como: xN 1  0  0  A  1          A  0  . Resultando
  R   m  R  m 1  m  N 1
R  
 m i  N 1

1      N 1
y0   R   m
em: xi     . Para N elevado tem-se:    0 , assim:
m   m   N 1  R
1
  R  
y0   m   y0 y0   m   y0  R 
N 1

x1   1       0,347 e xN   1        1    0, 05 .
m   R   m m   R   m  m 

Resultados idênticos aos encontrados anteriormente.

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