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Resumo da História de Portugal

A Reconquista cristã e o Condado Portucalense:

O lento movimento da reconquista cristã começa nas Astúrias. Os Visigodos vão


reconquistando terras aos muçulmanos.

Com a reconquista vão nascendo novos reinos e condados cristãos: Leão, Castela,
Navarra, Aragão, o Condado Portucalense e o Condado da Catalunha.

Estes reinos tinham um inimigo comum os Muçulmanos e rivalizavam entre si pela


posse do território e pela sucessão ao trono.

Nos finais do séc. XI, o rei de castelã, D. Afonso VI, recebeu a ajuda de vários
estrangeiros entre eles D. Raimundo e D. Henrique de Borgonha.

Pelos seus feitos D. Afonso VI deu-lhes as filhas em casamento e terras.

D. Raimundo casou com a primogénita D. Urraca e D. Henrique casou com D. Teresa e


recebeu o Condado Portucalense.

A formação de Portugal:

D. Henrique governou o condado portucalense, mas dependia do rei de Leão e Castela,


mas desejava tornar-se independente.

1112 D. Henrique morreu e o seu filho era menor. Quem ficou a governar o reino foi D.
Teresa, com a ajuda da nobreza galega.

O seu filho D. Afonso Henriques juntou-se aos fidalgos e na Batalha de S. Mamede, em


1128, derrotou a sua mãe e começou a governar o condado portucalense.

Em 1143 é assinado o Tratado de Zamora onde o rei de Leão reconheceu a


independência do Condado. Então D. Afonso Henriques passou a ser rei do reino de
Portugal.

Em 1179 o Papa através da Bula Manifestis Probatum reconheceu Portugal como um


reino independente e D. Afonso Henriques como rei de Portugal.
A primeira dinastia:

Dinastia é o período de tempo que uma determinada família real (pais, filhos…)
permanecem no poder. O poder é transmitido de forma hereditária (de pai para filho).

Alargamento do reino:

D. Afonso Henriques lutou contra os muçulmanos para alargar o território através da


reconquista de terras.

Em 1139 venceu a Batalha de Ourique.

Quando morreu em 1185 Portugal já se estendia até ao Alentejo.

12 de setembro de 1297 foi assinado entre Portugal e Castela o Tratado de Alcanises


onde ficaram definidos os limites do território português.

O povoamento do reino:

Os reis da primeira dinastia efetuaram novas conquistas de terras e também


procuraram povoar o território.

Uma das medidas tomadas foi a doação de terras aos senhores da nobreza e do clero,
mas estes tinham de as cultivar e defender do inimigo.

A doação de terras era feita através d e um documento escrito chamado carta de foral,
nele estava escrito os direitos e deveres dos seus donos.

D. Dinis mandou construir a 1.ª Universidade portuguesa, em Lisboa, para valorizar a


língua portuguesa e desenvolver a cultura e os saberes.

D. Dinis instituiu a língua portuguesa como a língua oficial da corte.

Este rei desenvolveu a economia criando vários concelhos e feiras.

A segunda dinastia, a crise de 1383-1385:

O rei D. Fernando morreu em 1383 deixando uma única filha, D. Beatriz casada com o
rei D. João de Castela. Se D. Beatriz se tornasse rainha o seu marido seria rei de
Portugal e Portugal perderia a independência.
Quem ficou a governar foi a sua mãe D. Leonor de Teles, que defendia o direito da filha
de subir ao trono.

A opinião da população dividia-se, uns diziam que realmente D. Beatriz deveria subir
ao trono, outros que o trono deveria continuar português e para isso quem deveria
suceder a D. Fernando devia ser o seu meu-irmão D. João, Mestre de Avis. Este
apoiado por muitos populares expulsou D. Leonor de Teles e os seus apoiantes.

Começou assim a crise de 1383-1385 e a guerra da independência entre Portugal e


Castela.

D. João foi aclamado rei de Portugal, nas cortes de Coimbra.

Para fazer valer o direito de D. Beatriz o seu marido D. João invadiu Portugal e iniciou-
se um longo período de guerra.

No dia 14 de agosto de 1385 deu-se a batalha de Aljubarrota e os portugueses


comandados por D. João I e por D. Nuno Álvares Pereira ganharam a batalha e a
independência. D. João mandou erguer neste local um Mosteiro.

A expansão portuguesa:

A crise económica, a escassez de comida e as doenças, como a peste fez com que
Portugal necessita-se de se expandir para difundir a fé cristã e tentar sair desta crise.

A expansão marítima portuguesa teve um grande impulsionador, o Infante D.


Henrique, 3.º filho do rei D. João I.

A expansão começou em 1415, com a conquista de Ceuta, onde havia cereais e ouro.

1419 Descoberta Madeira Tristão Vaz Teixeira


e Gonçalves Zarcos

1427 Descoberta Açores Diogo de Silves

1434 Passou o cabo Bojador Gil Eanes ----

1436 Conquista de Rio do Ouro Afonso Baldaia

1441 Passou o cabo Branco Nuno Tristão -----

1443 Conquista das Ilhas de Arguim Nuno Tristão


1444 Conquista de Cabo Verde Dinis Dias

1445 Conquista da Guiné-Bissau Nuno Tristão

1460 Conquista da Serra Leoa Pedro de Sintra

1472 Descoberta Ilha de Fernando Fernando Pó


1471- Descoberta de S. Tomé e João de Santarém e


1472 Príncipe Pêro Escobar

1482 Conquista S. Jorge da Mina

1483 Passou a Foz do Rio Zaire Diogo Cão

1488 Passou o Cabo das Tormentas/ Bartolomeu Dias

Cabo da Boa Esperança

1498 Chegada à Índia Vasco da Gama Pimenta, noz-


moscada, cravo,
especiarias, sedas.

1500 Chegada/Descoberta do Brasil Pedro Álvares Pau-brasil, acúcar,


Cabral tabaco, cacau,
algodão, ouro,
prata e diamantes.

A terceira dinastia, a perda da independência:

Quando o rei D. Sebastião morreu, na batalha de Alcácer Quibir (Marrocos), o trono


ficou sem sucessor.

Sucedeu-lhe o seu tio, o Cardeal D. Henrique, só que como estava muito velhote
morreu pouco depois.

O rei de Espanha disse que por ser neto de D. Manuel I, tinha direito ao trono
português e ficou conhecido como D. Filipe I.

Durante 60 anos Portugal foi governado por reis espanhóis: D. Filipe I, D. Filipe II e D.
Filipe III.
As viagens marítimas foram escritas por vários autores, nomeadamente Luís Vaz de
Camões nos Lusíadas.

A quarta dinastia, a restauração:

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