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Namíbia, oficialmente 

República da Namíbia (em inglês: Republic of Namibia;


em alemão: Republik Namibia) é um país da África Austral limitado a norte
por Angola e Zâmbia, a leste pelo Botsuana, a sul pela África do Sul e a oeste
pelo Oceano Atlântico. Embora não faça fronteira com o Zimbábue, menos de 200 metros
da fronteira com a Zâmbia e Botsuana separa-os em seus pontos mais próximos. O país
ganhou a independência da África do Sul em 21 de março de 1990, após a Guerra de
Independência da Namíbia. Sua capital e maior cidade é Vinduque. A Namíbia é um país
membro da Organização das Nações Unidas (ONU), da Comunidade para o
Desenvolvimento da África Austral (SADC), da União Africana (UA) e da Commonwealth.
O território da Namíbia foi habitado desde os tempos antigos pelos
povos Khoisan, Damaras e Namaqua, com uma notável imigração de Bantos a partir
do século XIV, no que ficou conhecido como Expansão Banta. A maior parte do território
tornou-se um protetorado do Império Alemão em 1884, tendo permanecido como colônia
alemã até o final da Primeira Guerra Mundial. Em 1920, a Liga das Nações transferiu sua
administração para a África do Sul, que impôs suas leis ao novo território e,
consequentemente, sua política de Apartheid a partir de 1948. O porto de Walvis Bay e as
Ilhas do Pinguim, que haviam sido anexadas pela Colônia do Cabo sob a coroa britânica
em 1878, tornaram-se parte integrante da nova União Sul-Africana em sua criação em
1910.
As crescentes demandas levantadas por líderes africanos levaram a ONU a assumir a
responsabilidade direta sobre o território do país. Assim, a Organização do Povo do
Sudoeste Africano (SWAPO) foi reconhecida como representante oficial do povo da
Namíbia em 1973. A Namíbia, no entanto, permaneceu sob a administração da África do
Sul durante este tempo, sendo administrada como África do Sul-Oeste. Após guerrilhas e
conflitos internos, com grande participação da SWAPO, a África do Sul instalou uma
administração interina na Namíbia em 1985. Cinco anos depois, em 21 de março de 1990,
a Namíbia obteve a independência total da África do Sul, com exceção de Walvis Bay e as
Ilhas do Pinguim, que permaneceram sob controle sul-africano até 1994.
Com uma população de 2,1 milhões de habitantes, o país é um dos menos povoados do
mundo. Seu regime político consiste numa democracia parlamentarista multipartidária,
tendo Hage Geingob, da SWAPO, como presidente desde 2015. A agricultura, o turismo e
a indústria de mineração — incluindo a mineração de diamantes, urânio, ouro, prata e
metais comuns — formam a base da economia da Namíbia.

O topônimo Namíbia é a denominação que a Assembleia Geral da ONU adotou em 1968,


para o ex-Sudoeste Africano (em língua inglesa South-West Africa, em língua
alemã Südwestafrika, em língua africânder Suidwes-Afrika e em língua francesa Sud-
Ouest africain).[6] Namíbia é derivado do nome do deserto do Namibe, e que significa "área
onde ali não há mais nada".[7]

Anteriormente à época em que chegaram os colonizadores que vieram da Europa, o


território foi área de ocupação dos povos san, bem como os hereros, falantes do banto. No
final dos anos 1480, os navegadores que vieram de Portugal foram os exploradores das
regiões costeiras de Cape Cross, Walvis Bay e Dias Point. Séculos
depois, exploradores que vieram do Reino Unido e dos Países Baixos foram os ocupantes
do território.[6]
Em 1884, a Alemanha foi o país estabelecedor na região de
um protetorado denominado Sudoeste Africano, porém, os colonizadores que vieram do
Reino Unido foram o povo retentor de um enclave de importância no qual era incluído o
porto de Walvis Bay. O território ficou sob domínio dos alemães até que se iniciou a 1.ª
Guerra Mundial, em 1915, quando as tropas do Reino Unido com base na África do
Sul ocuparam a região.[6]
No mês de janeiro de 1921, a Liga das Nações deu uma outorga à África do Sul para
administrar o Sudoeste Africano.[6] Em 1946, a África do Sul fez uma solicitação
à Organização das Nações Unidas (ONU) para autorizar a plenitude de incorporar o
território. A ONU deu veto a essa pretensão e, depois de discutir muito, deu voto, em 1964,
para extinguir o mandato sul-africano acima do território. Ainda em 1966, a Organização
do Povo do Sudoeste Africano (South West Africa People's Organization) deu início a uma
luta com armas contra a ocupação sul-africana.[6]

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