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CENTRO EDUCACIONAL SESI nº 376

Aluno(a)________________________________________________ n°_____ Turma:_______

Professor(a):____________________________ Disciplina: ______________ Data:_________

Critérios:
✔ Elaboração de texto argumentativo e coerente.
✔ Discute e elabora pensamento crítico a respeito da Globalização.
LEIA ATENTAMENTE AS DUAS NOTICIAS PARA RESPONDER
A EUROPA SE CALA DIANTE DO DRAMA DOS IMIGRANTES
Foi preciso milhares de mortos e dramas espantosos, como os 50 migrantes mortos por asfixia, encontrados em um caminhão na
Áustria, ontem, para que os dirigentes europeus começassem a sair da zona de retaguarda, na qual se encontram desde que os
primeiros migrantes chegaram à costa da Sicília. O comissário encarregado pela Imigração no interior da União Europeia, Dimitris
Avramopoulus, no último dia 13 de agosto, disse que “a imigração não é um problema grego, nem alemão, nem italiano, nem
húngaro e nem austríaco”, mas, sim, “europeu”. E, no entanto, apesar dos mais de 100.000 refugiados (números oficiais do
organismo Frontex) provenientes da Síria, Afeganistão, Eritreia, Iraque e Sudão do Sul que cruzaram o Mediterrâneo para alcançar
o território europeu, no último mês de julho, a Europa se escondeu no silêncio e até destruiu as iniciativas da Comissão Europeia.
A reportagem é de Eduardo Febbro, publicada por Página/12, 28-08-2015. A tradução é do  Cepat.
Tanto é assim que, no dia 23 de agosto, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, publicou uma inflamada
coluna de opinião no jornal conservador Le Figaro, onde defendeu os valores humanistas da Europa contra a indiferença, as brigas,
o racismo e os antagonismos que enviesam qualquer posição comum em relação à imigração.Juncker recordou que esses
migrantes fugiam da “guerra na Síria, do medo de Daesh na Líbia ou da ditadura na Eritreia” e afirmou: “O que me espanta é
constatar o ressentimento, a repulsa, o medo com o qual se trata essas pessoas. Incendiar os campos de refugiados, distanciar os
barcos dos portos, violentar os solicitantes de asilo ou fechar os olhos frente à miséria e a pobreza, isso não é a Europa”. No
entanto, isso é o que ocorre hoje.
Os sucessivos encontros europeus consagrados ao tema das fronteiras e a imigração apenas dissimularam a mordaça que cobria
os lábios dos líderes europeus.

Com uma extrema-direita perseguindo as urnas e uma direita cada vez mais dura, que também tira proveito da “ameaça migratória”,
o tema é uma bomba-relógio política em cada país. Abordá-lo é se expor a uma controvérsia pública e à conseguinte perda de votos
em um eleitorado excessivamente sensibilizado em torno da temática da imigração. Os Estados repetem o mesmo discurso
“humanidade e firmeza”. Quase ninguém se atreve a enfrentar um problema complexo e cujas origens são, muitas vezes, as
próprias guerras que o Ocidente desencadeou ou os conflitos nos quais interveio (Afeganistão, Síria, Líbia, Iraque).

Na realidade, apesar de seus massivos adversários, quem rompeu o pacto de imobilidade foi a chanceler alemãAngela Merkel.
Pela primeira vez, em dez anos, no dia 25 de agosto, Merkel visitou um campo de refugiados na Saxônia, onde escutou o grito de
200 manifestantes que a tratavam como “traidora”. Antes, no dia 24, em Berlim, Merkel e o presidente francês François
Hollande pediram que a Europa adote uma resposta “unificada” frente à crise dos migrantes. Até esse momento, os demais
responsáveis haviam se mantido em silêncio. A própria chanceler anunciou que todos os refugiados sírios que haviam chegado à
Alemanha através de outros países europeus não seriam expulsos. Por surpreendente que seja, Merkel está transformando a direita
alemã, no que diz respeito à imigração, com um discurso e ações baseadas nas que, outrora,  foram assumidas
pelo Executivo vermelho-verde, ou seja, a aliança entre os social-democratas do SPD e os ambientalistas de Die Grünen.
Na França, durante o mês de agosto (férias), os partidos políticos realizam uma série de reuniões chamadas “universidades de
verão”. Em 2015, em plena catástrofe migratória, o Partido Socialista, por exemplo, não tangenciou o tema. O prestígio humanista,
ainda que retórico, nem sequer se assomou nos debates. Em relação aos ambientalistas, para além de uma indignação verbal, não
houve ação, formulações concretas ou um programa para interpelar oExecutivo. Neste deserto de boas intenções, de náufragos, de
afogados ou esmagados pelos trens, de dezenas de milhares de pessoas nas fronteiras da Grécia, Hungria, Sérvia, França, Itália,
Áustria e Alemanha, a extrema-direita adotou um perfil discreto. Como destaca no jornal Le Monde, Jérôme Fourquet, diretor do
departamento de opinião da agência de pesquisa IFOP: “Marine Le Pen (a líder da ultradireita Frente Nacional) não tem
necessidade de dizer muito. O combustível está aí”. A direita tradicional, agrupada agora no recém-fundado partido  Os
Republicanos, tampouco saiu da cova. O único que se destacou, no início do verão, foi Nicolas Sarkozy. O ex-presidente e chefe
deOs Republicanos havia comparado o fluxo dos migrantes a um “vazamento de água”.
O imobilismo, as expressões insultuosas, as agressões, a construção de muros e barreiras ou a própria extrema-direita não poderão
corrigir o curso dos fatos, nem tampouco o novo encontro com a história que tem a Europa. SegundoJean-Christophe Dumont, o
especialista das migrações na OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), mais de um milhão
de pessoas ingressará clandestinamente de uma maneira ou de outra no Velho Continente. Com mais de 2.000 migrantes mortos
até agora, neste ano, as fronteiras europeias são hoje as mais mortíferas do mundo. A Europa se move, por sua vez, entre várias
fronteiras incertas: a de seus valores, a do humanismo, a da solidariedade, a do medo, a do racismo, a dos cálculos políticos e a das
medidas fortes destinadas a deter o fluxo migratório, recusando receber os migrantes e forçando-lhes a voltar para seus países. A
complexidade do drama e da crise é tal que sem uma síntese entre todas essas fronteiras delicadas, os dramas como os da Áustria
se propagarão com uma frequência destrutora. O Mediterrâneo continuará sendo uma sepultura a céu aberto e a Europa se tornará
um éden entrincheirado.
(http://www.ihu.unisinos.br/noticias/546254-a-europa-se-cala-diante-do-drama-dos-imigrantes)
CENTRO EDUCACIONAL SESI nº 376
Edição do dia 19/06/2018
19/06/2018 21h46 - Atualizado em 19/06/2018 21h46

Portugal e Marrocos vai ser o jogo


com mais estrangeiros em campo
Marrocos tem 17 jogadores que não nasceram no país; Portugal tem sete estrangeiros
na equipe.
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Portugal e Marrocos vai ser o jogo com mais estrangeiros em campo


Edição do dia 19/06/2018
19/06/2018 21h46 - Atualizado em 19/06/2018 21h46

Portugal e Marrocos fazem uma partida nesta quarta-feira (20) que vai ter uma legião estrangeira em
campo.
Portugal vai entrar em campo e Manuel da Costa Trindade vai jogar, só que pelo adversário. Afinal ele é
francês, mas como não fala holandês, tem uma certa dificuldade em jogar no Marrocos.
Por incrível que pareça, essa louca mistura faz sentido. No jogo de quarta-feira (20), ser português e
ser marroquino vai muito além de ter nascido em um desses dois países.
Esse jogo mostra que vestir a camisa de um país não é obra do destino. Jogar por uma seleção pode
ser uma escolha e um gesto de afirmação da própria identidade.
Dar as mãos é um dos únicos possíveis gestos de união em um time que fala sete línguas diferentes:
17 jogadores não nasceram no Marrocos. São oito franceses, cinco holandeses, dois espanhóis, um
belga e um canadense.
Mas a seleção de Portugal também ocupa espaços nesse mapa. São sete estrangeiros na equipe: três
franceses, um alemão, um angolano, um cabo-verdiano, e o brasileiro Pepe, de Maceió.
A grande maioria desses jogadores não é importada ou naturalizada. São filhos de marroquinos e
portugueses que foram ganhar a vida no exterior, mas mantive os pés firmes nas origens.
Portugal e Marrocos vai ser o jogo com mais estrangeiros em campo nesta Copa e, como se não
bastasse, um dos jogadores, a atração principal, nasceu em outro planeta.
Fonte:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/06/portugal-e-marrocos-vai-ser-o-jogo-com-mais-estran
geiros-em-campo.html

1-Segundo o texto quais são as responsabilidades da Europa diante da imigração.

2-Compare a situação da imigração europeia com processo de globalização.

3-Qual é o impacto cultural e de identidade na Europa?

4- Quais devem ser as maiores dificuldades enfrentadas pelos imigrantes na Europa?

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