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Resumo: A profissão de Engenheiro Clínico não é (João Pessoa-PB) e UFRS (Porto Alegre-RS) destinados
reconhecida no Brasil, logo, não há definição de qual a engenheiros eletricistas que quisessem trabalhar em
profissional pode exercer esta atividade e suas hospitais [2]. Hoje existem cerca de uma dezena de
atribuições. A ABEClin realizou uma pesquisa a nível cursos de especialização em Engenharia Clínica.
nacional para verificar o perfil do profissional que atua Em face do não reconhecimento pelo CONFEA e de
em Engenharia Clínica, onde foram coletadas existirem profissionais formados e atuantes, a
informações sobre formação, remuneração, entre outras. Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin)
Foi constatado que existem profissionais atuando com realizou uma pesquisa para verificar qual era o perfil e
remuneração abaixo do piso, a necessidade de formar as condições de trabalho a que estavam submetidos
mais profissionais para atender a uma demanda estes profissionais. Em virtude do não reconhecimento,
potencial reprimida e que a remuneração aumenta com a muitos cargos de Engenharia Clínica são ocupados por
especialização no caso do profissional graduado. É profissionais de outras áreas ou sem formação em
importante que seja feito o reconhecimento da profissão engenharia: técnicos, tecnólogos, administradores,
para melhor determinar quais profissionais podem atuar médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, advogados, etc.
e suas atribuições. A pesquisa realizada pela ABEClin foi inspirada por
Palavras-chave: Engenharia Clínica, Engenheiro outras duas pesquisas feitas pelo American College of
Clínico, Engenharia. Clinical Engineering (ACCE) [3] e pela Rede Brasileira
de Manutenção (RBM) [4].
Abstract: The Clinical Engineer profession is not A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética e seus
recognized in Brazil, so there is no definition of what dados foram liberados para a realização deste trabalho.
professional can perform this activity and their
assignments. The ABEClin has conducted research at Materiais e métodos
the national level to check the profile of the professional
working in Clinical Engineering, where several pieces Foi preparado um questionário, onde foram
of information were collected. It was found that there abordados os seguintes itens:
are professionals working with remuneration below the Idade
limit, the need to train more professionals to meet the Sexo
potential demand, and that remuneration increases with Estado
specialization. It is important to do the recognition of Tempo de formado
the profession to better determine which professionals Profissão
can act and their assignments. Formação
Keywords: Clinical Engineering, Clinical Engineer,
Tempo de experiência na área
Engineering,
Faixa salarial
Adicionais
Introdução
Beneficios
A Engenharia no Brasil é regulamentada pelo Ferramentas fornecidas
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia Valor do Vale Refeição
(CONFEA). O CONFEA define as especialidades de
Engenharia praticadas no país assim como as atividades A pesquisa foi divulgada para os membros da
e atribuições de cada modalidade [1]. ABEClin, e através das mídias sociais (Linkedin,
A modalidade de Engenharia denominada Facebook e grupos de discussão). O participante era
Engenharia Clínica não é reconhecida pelo CONFEA. identificado pelo número do Cadastro de Pessoa Física e
Porém, nos anos de 1993 e 1995, foram instituídos postava suas respostas na página de pesquisa do site da
cursos anuais de especialização em Engenharia Clínica, ABEClin. A pesquisa foi realizada durante o mês de
financiados pelo Ministério da Saúde, com carga horária abril de 2014 e aberta a todos os profissionais que atuam
de 1935 horas, sendo 620 de teoria e 1.315 de prática. na área de Engenharia Clínica (engenheiros, tecnólogos
Esses cursos foram implantados nas universidades e técnicos) e que participavam das mídias sociais
UNICAMP (Campinas-SP), USP (São Paulo-SP), UFPa (mesmo não sendo da área tecnológica).
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30% de 6 a 10 anos
O total de participantes foi de 202 entre engenheiros,
mais de 10 anos
tecnólogos e técnicos oriundos de todo o território 20%
nacional. 10%
Os resultados obtidos serão exibidos a seguir através 0%
das figuras 1 a 12, dispostas em três grupos (dados Engenheiro Tecnólogo Técnico
sociais, formação e remuneração):
90% 56%
80%
70%
60% 21%
50% Engenheiro
Tecnólogo 8%
40% 4% 2% 2% 2% 2% 2%
Técnico
30%
20%
10%
0%
ES
GO
PA
PI
PR
SP
CE
PE
RJ
RN
SE
AC
MG
AM
BA
DF
MS
RO
RR
RS
SC
2
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34% 40%
35%
20% 20% 30%
11% 11% 25%
4% 20%
Engenheiro
15%
Graduação Espec. Eng. Espec. MBA Mestrado Doutorado 10% Tecnólogo
Clínica genérica 5%
Técnico
0%
Remuneração
Figura 12: comparativo entre as remunerações das três
profissões (engenheiro, tecnólogo e técnico).
29%
17% 16%
Discussão
14% 14%
8%
2%
Perfil social
1%
3
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Referências
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