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1. INTRODUÇÃO
Dessa forma, pode se dizer que a formação dos engenheiros precisa ser ampla e
inovadora. Xavier et al. (2020) constatou em uma pesquisa que é de extrema importância
buscar novos ideais e aprendizados para contribuir a uma empresa e também para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional, para assim, consequentemente, se inserir de maneira
consolidada ao mercado de trabalho.
Em 2020, com a pandemia instaurada pela Covid-19, as incertezas são mais presentes no
dia a dia dos estudantes de engenharia, visto que muitas formaturas foram adiadas e com a
implantação das aulas EaD (ensino à distância), a motivação pessoal, consequência da
disposição e relação com a vontade de alcançar as metas, foi perdida por muitos estudantes.
Nesse sentido, a intenção proposta com a pesquisa é compreender como funciona o
mercado de trabalho e conhecer as principais razões que levam o destaque de muitos
profissionais. Partindo disso, o estudo pretende encontrar respostas para o seguinte problema:
por que é tão difícil conseguir se inserir no mercado de trabalho?
A fim de obter respostas para o problema diretriz, tem-se como objetivo principal
investigar os motivos e escolhas que influenciam os profissionais da área da engenharia civil a
se inserirem no mercado de trabalho.
Para isso, foram analisados e descritos os comportamentos apresentados por uma amostra
de engenheiros e engenheiras da região Sul do Brasil. A partir do estudo realizado através de
um questionário de forma remota, por meio da plataforma Google Forms, foi possível
determinar alguns reflexos das adversidades e facilidades para a inserção no mercado de
trabalho.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3. METODOLOGIA
(1)
Nesse caso, utilizou-se o programa GNU Octave para realização de uma simulação para a
obtenção do espaço amostral tendo como valores fixados as seguintes variáveis: erro máximo
(e) = 0,135; valor tabelado (z) = 1,96 ; a proporção amostral (p) = 0,5 e o tamanho da
população (N) = 100, atingiu-se então o valor de (n) = 34,74, ou seja, é preciso atingir um
mínimo de 35 respostas da amostra para a pesquisa ser assegurada.
Lembrando que o trabalho busca responder o porquê é tão difícil conseguir se inserir no
mercado de trabalho na área de engenharia civil e também quais são as facilidades existentes,
II Colóquio de Matemática do Pampa
Curso de Matemática – Licenciatura, Campus Bagé/RS
Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Bagé/RS, Brasil. 25-27 maio 2022.
para isso foi enviado um questionário a 100 pessoas e a amostra teve a participação de 35
engenheiros(as) civis que atuam em diferentes áreas. Nesse sentido, os dados mostraram que:
Referente a qual tipo de instituição foi realizada a graduação, foi possível identificar que
a maioria dos entrevistados estudou em instituição de ensino privada (91,40%) e uma menor
porcentagem em ensino público (8,6%).
Sobre a principal ocupação dos engenheiros atualmente, a função mais destacada entre
eles foi o empreendedorismo (45,70%). Em segundo lugar ficaram os profissionais que atuam
como contratados, com 25,70%. Em terceiro lugar ficou a atividade de professor em
instituições de ensino superior, com 17,10%. Por fim, estão presentes alguns profissionais
liberais, servidores públicos e autônomos.
Para identificar possíveis falhas nos métodos de ensino foi perguntado aos entrevistados
em qual aspecto o curso se mostrou insuficiente e a maioria apontou que a principal carência
do curso de engenharia civil é a ausência de aulas práticas. Também destacaram a falta de
especialização docente e que muitos professores não tinham boa didática de ensino. A
infraestrutura da instituição que cursaram se mostrou insuficiente em alguns aspectos, assim
como a carga horária e os estágios, faltando a conexão com a prática da profissão. No entanto,
muitos acharam o curso suficiente em todos os sentidos.
A principal facilidade para o ingresso ao mercado de trabalho salientada pelos
engenheiros foi o contato com profissionais da área (54,30%), seguida da vivência de
experiências práticas durante o curso (28,60%), participação de eventos, congressos,
workshops e cursos disponibilizados pela instituição (11,30%), estrutura e professores
capacitados e atividades de pesquisa para inserção na docência. As demais alternativas não
foram levadas em consideração.
Dos entrevistados, 85,7% realizaram estágio extracurricular, desses a maioria afirmou
que contribuiu para sua formação profissional. Os demais 14,3% da amostra não realizaram.
Além disso, grande parte dos entrevistados apontou que para a inserção no mercado de
trabalho foi necessária a realização de algum curso de especialização em áreas específicas.
O tempo de inserção de trabalho de mais da metade dos engenheiros(as) foi menor de
6 meses (57,10%), o que é um bom resultado. Também há uma boa porcentagem que
conseguiu se inserir entre 6 meses e 1 ano (22,90%). O restante apenas conseguiu de 1 a 2
anos e de 2 a 3 anos. Felizmente ninguém precisou de mais de 3 anos para ter uma vaga no
mercado de trabalho.
Muitos foram os conselhos dados pelos profissionais aos estudantes de Engenharia
Civil, mas o mais destacado entre eles foi que os acadêmicos precisam ir em busca da prática
através de diversos estágios em empresas, construtoras e escritórios. Também indicaram a
realização de cursos de especialização e muita disciplina e dedicação durante todo o período
do curso.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
ASSIS, Janilson P.; SOUSA, Roberto P.; DIAS, Carlos T. S. Glossário de estatística. Mossoró, EdUFERSA,
2019.
PORTOBELLO ENGENHARIA. Construção civil no ano de 2020: consequências da pandemia. Minas Gerais,
2021. Disponível em: https://www.portobelloengenharia.com.br/construcao-civil-em-2020-quais-as-
consequencias-da-pandemia-no-setor/.
ROSA JUNIOR, Antonio José. Paradigmas educacionais na óptica do mercado de trabalho. São Paulo,
Integração Engenharia, 2017.