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Metodologia de ensino voltada especificamente para o mercado de

trabalho
Por Juan Rogés Sánchez

A cada vez o ensino se aproxima mais da especialização para o mercado laboral.


Existe o fato de que antigamente o aluno saia da faculdade com uma alta
preparação teórica que resultava de pouca utilidade na hora de pôr na prática por vários
motivos entre os quais estava a desatualização do curso por conta do avanço rápido das
tecnologias e mercados laborais e a desconexão com a realidade do mercado e as
empresas.

Há cerca de um ano, duas pesos-pesados da tecnologia mundial deixaram de exigir


diploma em seus disputados processos de seleção de talentos. E a dispensa do canudo
não chega a ser uma excentricidade de Google e Apple. A tendência tem tudo para se
difundir no meio corporativo nos próximos anos.

Notícias como esta expressam o perigo de a pessoa pagar cursos caros pensando
que está investindo num salário bom e uma profissão destacada e depois de anos e do
dinheiro investidos encontrar que tem que aceitar qualquer trabalho, com frequência fora
do mercado que queria conquistar.
Para combater isto, as faculdades, que são as que mais perdem com esta situação
se vendo no risco de ficar com suas aulas vazias, tem-se adaptado promovendo
programas e conteúdos que aproximam mais às empresas e aos mercados de influença
do curso de interesse.

Prova disso é a oferta de emprego no mercado brasileiro: em 2016, houve queda de


10,6% no total de vagas disponíveis entre analfabetos, de acordo com o Ministério do
Trabalho. Entre profissionais com ensino médio completo, houve baixa, mas três vezes
menor, de 3%. Já quando a régua do emprego considera apenas aqueles que
concluíram um curso de ensino superior, a variação foi positiva, com elevação de quase
1,5% na oferta.

Este tipo de políticas formativas resultam necessárias para manter o interesse do


aluno, e a sua utilidade na sociedade.

É o caso na Adtalem: ciente das transformações do mercado, a instituição decidiu levar


atividades de formação de carreira ao centro dos projetos pedagógicos. “Os currículos
passaram a contar com componentes obrigatórios de formação e todas as disciplinas, de
alguma forma, devem apontar para essa questão” afirma Maurício Garcia, vice-
presidente de Inovação e Ensino do Grupo Adtalem Educacional do Brasil, que conta
com 18 instituições de ensino superior no Brasil.

Esta preocupação é importante para o desenvolvimento laboral do aluno e a


aplicação dos seus conhecimentos dentro da sociedade.
A realização laboral é um sonho para muitos e alcançar-lha ajuda a conquistar
outros muitos sonhos. Porem, não há de se descuidar outras realizações formativas,
como é a necessidade das pessoas de pesquisar e conhecer outras áreas relacionadas
mas não orientadas especificamente ao mercado laboral, mesmo que ao longo prazo vão
ajudar ao aluno a inovar novas aplicações desse conhecimento na sua realidade,
agregando competitividade e criatividade como indivíduo.
Então, a minha posição pessoal é em favor de um currículo acadêmico a cada vez
mais próximo da realidade laboral, mas sem virar o único foco da pessoa, que precisa de
outras matérias para seu desempenho como ser humano.

Referencias:
Site: https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/mercado-de-trabalho-ensino-superior/

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