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Universidade Estácio de Sá

Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial

Disciplina: Gestão de Operações e Logística


Professor: Antônio Augusto Gonçalves
Aluna: Fabia Caroline Ferraz Monteiro Silva
Data: 06 de abril de 2015

Controle de estoque de materiais com diferentes padrões de demanda: estudo de


caso em uma indústria química.

Objetivo Principal
Propor um método de classificação de materiais em famílias afins com a adoção
de políticas distintas de ressuprimento e estoques de segurança, com o objetivo de
garantir o balanceamento dos estoques e atender aos níveis de serviço requeridos à
produção.

Resumo
Os estudos de controle de estoque começaram a ser feitos em 1913, quando
Harris introduziu a fórmula de lote econômico de compra, pois os estoques representam
grande parte do custo logístico da empresa.
Quando a empresa trabalha com muitos itens, o gerenciamento do estoque torna-
se mais complexo. Uma das alternativas é a separação dos itens em subgrupos.
A forma de classificação mais utilizada é a Curva ABC. Esta metodologia utiliza
o critério do valor de uso anual, mas só é considerada eficiente para classificação de
itens quase homogêneos, em que o valor de uso é a principal diferença.
Se há grande variedade de itens, pode ser necessário classifica-los por
multicritérios, tais como, lead time, atributos em comum, obsolescência e etc. Alguns
autores defendem o modelo multiitem por três razões:
1- a agregação dos itens em grupo permite uma economia de tempo que pode ser
canalizado para o tratamento dos itens mais importantes;
2- mesmo que os modelos tradicionais proponham soluções para cada item, uma
análise ainda deverá ser feita, podendo levar muito tempo;
3- itens utilizados em grupos funcionais são afetados, simultaneamente pelas
mesmas restrições.
As mudanças no mercado vêm gerando uma demanda irregular, chamada de
lumpy, que se caracteriza pelo alto nível de variabilidade. Por este motivo, a política de
ressuprimento é considerada um grande desafio, uma vez que os estoques operam com a
presença de eventos aleatórios. Já os estoques de segurança existem por conta dessas
incertezas de demanda e do lead time dos fornecedores.
O artigo explicita que o desempenho dos sistemas de estoque não depende
somente de como estes são planejados, mas também da arquitetura de cada organização.
Para este artigo foi feito um estudo de caso em uma empresa de médio porte que
fabrica e comercializa produtos químicos para limpeza doméstica e industrial. Grande
parte do custo desta empresa está relacionada à manutenção dos estoques. Dos 508 itens
em estoque, 12% representavam 80% do valor anual movimentado (itens A) e 66% dos
itens representavam 5% do valor movimentado (itens C), explicitando a necessidade de
maior atenção ser dirigida aos itens A.
O trabalho focou na definição das políticas de ressuprimento e o cálculo dos
estoques de segurança, com o objetivo de reduzir o estoque médio e para colocar as
requisições e o dimensionamento preciso dos estoques de segurança de acordo com os
níveis de serviço requeridos.
A conclusão de trabalho foi que os reflexos práticos foram imediatos pois, além
da disponibilização de capital para outros fins, o arranjo físico de materiais foi
beneficiado, diminuindo as avarias por acúmulo e os inventários periódicos se tornaram
mais fáceis por estarem mais organizados.
Cabe ressaltar também que todos os processos da empresa precisam estar mais
integrados, uma vez que com a gestão de estoques mais eficiente, os problemas antes
encobertos, agora precisam ser solucionados.
A gestão de estoques precisa ainda de monitoramento contínuo, atualização de
parâmetros, antecipação de problemas e etc, uma vez que o ambiente está em constante
mudança.
Para finalizar, importante dizer que a utilização de uma boa ferramenta de
suporte à tomada de decisão, alinhada aos objetivos da empresa, é um fator que
contribui para a competitividade.

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